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02/02/2016

Engenheiro XXI

Qualificação
Convênios do SEESP com universidades
Mais do que uma opção, fazer um curso de graduação, pós-graduação, especialização, MBA, de ensino a distância, de tecnologia ou profissionalizante é a garantia de desenvolver habilidades e ter mais chances de sucesso na carreira. Os convênios firmados com o SEESP colocam ao alcance dos associados e dependentes universidades e faculdades na Capital paulista e no Interior do Estado, com descontos nas mensalidades.
Confira alguns: Complexo Educacional das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), descontos de 10% a 20%; Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), 10% e 32%; Universidade Anhembi Morumbi, 20%; Faculdade Cantareira, 10% e sob consulta na pós-graduação; Universidade Ibirapuera, 50% e 40%; Universidade Nove de Julho (Uninove), 10% e 15%; Centro Universitário de Lins (Unilins), preços promocionais; Faculdade São Bernardo (Fasb), 10% e 15%.
Confira relação das instituições de ensino e mais informações sobre os convênios.

Opinião
Quem não se comunica se trumbica
A máxima do famoso apresentador de televisão José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha (1917-1988), está mais atual do que nunca. Nos dias de hoje, saber se comunicar é fundamental. Pode fazer a diferença em uma negociação de venda, reunião com gestores, entrevista de emprego, para influenciar as pessoas ou apenas garantir que ouçam a sua opinião. Os profissionais precisam ver o ato de se comunicar como uma estratégia para agregar valor a sua imagem, trabalho, produto ou serviço, utilizando-a como uma ferramenta de marketing pessoal.
Existem diversas formas de desenvolver uma comunicação mais assertiva, ampliando o vocabulário, melhorando a autoestima, aprimorando a dicção e oratória, mantendo-se informado, aceitando as pessoas e suas diferenças, entendendo suas dificuldades. Também há treinamentos voltados à comunicação, cursos de teatro, coaching, tratamento psicológico etc.. O importante é agir diante do problema, já que se relacionar com o outro depende essencialmente da comunicação em suas diversas formas.

Mariles Carvalho
Coordenadora do Departamento de Oportunidades e Desenvolvimento do SEESP
Telefone: (11) 3105-4302
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


De olho no mercado
Oportunidades de emprego
A Catho, empresa de recrutamento profissional, em matéria publicada em dezembro último, informa que as ofertas para mão de obra qualificada com nível superior em engenharia vêm crescendo no mercado de trabalho brasileiro, mas alguns estudos indicam a falta desses profissionais para ocupar essas vagas. Entre os itens que contribuem para esse fenômeno, segundo a reportagem, estão a dificuldade de inserção dos recém-formados no mercado e a migração de boa parte dessa mão de obra para outra área de atuação.
Em 2013, levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que sete em cada dez profissionais de ciência, tecnologia e engenharias não ocupam postos de trabalho típicos de suas áreas de formação. Confira o estudo.


Perfil social dos engenheiros no Brasil
Estudo realizado pelo professor e economista Waldir Quadros, das Faculdades de Campinas (Facamp), apresenta uma visão do perfil social dos jovens das seis profissões representadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), dentre essas a dos engenheiros. O trabalho analisou o período de 2004 a 2013 a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE). A faixa etária considerada é de 20 a 34 anos.
Do total de engenheiros ocupados em 2004, as três modalidades mais numerosas eram civis (38,6%), eletrônicos (23%) e mecânicos (26,1%), totalizando 88%, número que passou para 90% em 2013. O fenômeno, explica o professor, se deve à forte expansão da construção civil no período.
A distribuição dos profissionais revela destacado predomínio da região Sudeste, com 61,4% dessa mão de obra em 2013. Já a participação da região Sul avança, e a do Nordeste permanece praticamente inalterada. Juntas, as três concentravam 90% dos engenheiros em 2004 e 91% em 2013.
A estratificação social dos profissionais, segundo a pesquisa, também obteve melhora no período, tanto em termos nacionais como regionais, à exceção do Norte. O comportamento predominante é de expressiva expansão da alta classe média e retração nos outros dois estratos sociais – média e baixa classe média.

Jovens
Os dados tabulados pelo professor Quadros indicam que, no País, ocorre pequeno recuo da participação dos jovens profissionais entre os engenheiros ao longo do período considerado. Tal retração é mais aguda nas regiões Sul e Centro-Oeste. Em âmbito nacional, verifica-se razoável envelhecimento, acentuan­do o predomínio da faixa etária de 30 a 34 anos. Confira o trabalho.

02/02/2016

Canteiro

Acidente no Porto de Santos leva insegurança à Baixada
Nove meses após o grave incêndio que atingiu seis tanques de álcool anidro e gasolina no terminal de combustível da empresa Ultracargo, no Porto de Santos, a região se vê às voltas com outra ocorrência. Na tarde do dia 14 de janeiro último, 50 contêineres com produtos químicos pegaram fogo no terminal da Localfrio, na margem esquerda do complexo portuário, que fica na cidade de Guarujá. O incêndio começou em contêiner com ácido dicloroisocianúrico de sódio.

O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, alerta: “Alguma coisa está acontecendo no maior porto da América Latina.” E acrescenta: “A ação mais correta é sempre a prevenção, que começa já no projeto das instalações, com a sua devida execução, depois a fiscalização, manutenção e aprimoramento das medidas mitigatórias.”

Retirada de fios soltos nos postes vira lei em Olímpia
A luta contra o emaranhado de fios nos postes das cidades alcançou um avanço no município paulista de Olímpia. Lá está valendo a Lei nº 4.039, do Executivo local, que determina a obrigatoriedade de a empresa concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica atender às normas técnicas aplicáveis à ocupação do espaço público. A lei foi assinada pelo prefeito Eugênio José Zuliani em 12 de novembro último, a partir de ofício encaminhado pelo SEESP sobre o assunto, com o reforço do presidente da Câmara Municipal local e da Delegacia Sindical em Barretos, vereador Luiz Antônio Salata.

Jundiaí e Paraná
O tema está em pauta também em outras localidades. Em Jundiaí, a partir de uma indicação do vereador Rafael Purgato (PCdoB) à Prefeitura, a Diretoria de Iluminação Pública do município iniciou estudos sobre projeto de lei para regulamentar a manutenção de fios e cabos nos pos­tes da cidade. Em reunião com o parlamentar, o diretor de iluminação pública, Marcelo Cardoso, apresentou os estudos realizados. “A partir da indicação, fomos pesquisar junto ao Sindicato dos Engenheiros sobre legislações existentes no País”, relata.
Já o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateaubriand (PR), Marcel Micheletto, está orientando os municípios locais a criarem leis obrigando as concessionárias de distribuição de energia elétrica a seguirem as normas técnicas para a ocupação do espaço público e retirar os fios inutilizados dos postes. Micheletto segue, assim, orientação da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que enviou à AMP proposta aos Executivos municipais.

Sem acordo para as demissões na Usiminas
O processo de negociação mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em Santos, entre Usiminas e sindicatos para minimizar a situação dos empregados que começaram a ser demitidos pela empresa terminou sem acordo. Na última reunião, em 14 de janeiro, a siderúrgica apresentou sua “proposta final”. “A empresa poderia oferecer muito mais. Com essa posição, ela mostra insensibilidade ao problema social que vai causar a milhares de pessoas e à região”, criticou o presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho. A companhia, informa ele, alega que chegou ao seu limite financeiro, apesar de não apresentar nenhuma comprovação disso. “Estamos solicitando esses números desde o início das reuniões no MPT, mas a empresa se mostrou irredutível.”
As demissões ocorrem depois que a companhia, cuja matriz fica em Ipatinga (MG), anunciou, em novembro último, a desativação da área primária. A Usiminas passa a ser apenas laminadora e operadora portuá­ria. Segundo a empresa, no total, serão dispensados 1.800 trabalhadores. Já os sindicatos acreditam que tal número poderá ser superior.

Diretoria da Mútua visita SEESP e Isitec
Em 18 de janeiro último, o diretor-presidente da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-SP (Mútua), Paulo Roberto de Queiroz Guimarães, foi recebido pela diretoria do SEESP. Entre outros assuntos, as atividades do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo sindicato. Guimarães, acompanhado de outros diretores e equipe técnica da entidade, também conheceu as instalações dessa instituição de ensino.

Engenheiros devem ampliar participação no ConCidades
Para influenciar efetivamente na implementação de políticas públicas que contribuam à melhor qualidade de vida nas cidades, a categoria precisa ampliar sua participação junto ao Conselho Nacional das Cidades (ConCidades). Esse é o chamado feito por Alberto Pereira Luz, diretor do SEESP e representante da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) nesse fórum.
A categoria tradicionalmente participa desse processo. Assim, deve se envolver desde já. Com término em 5 de julho próximo, estão em curso as etapas municipais. Na sequência, ocorre a fase estadual, entre 1º de novembro e 31 de março do próximo ano, rumo à nacional, prevista para junho de 2017. Nesta sexta edição, além da eleição dos novos conselheiros, será debatido o tema “A função social da cidade e da propriedade”. O lema é “Cidades inclusivas, participativas e socialmente justas”. Confira mais informações.

Uma importante aliança entre o movimento sindical de trabalhadores e representantes do setor produtivo brasileiro pode contribuir para que o País siga os rumos do enfrentamento da crise de forma a buscar o crescimento e não mergulhar na recessão. Em ato realizado em São Paulo, em 3 de dezembro último, foi lançado o documento “Compromisso pelo desenvolvimento”, que conta com a adesão de várias importantes entidades, entre as quais o SEESP e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Dando sequência a esse esforço, no dia 15, o documento foi debatido com os ministros do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e, ainda, apresentado à presidente Dilma Rousseff.

Essa iniciativa, que tem fundamental participação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), converge com o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE em 2006 e hoje mais atual do que nunca. Como temos afirmado, a tarefa de equilibrar as contas públicas não pode ser cumprida à custa de se provocar uma grave recessão e tornar a vida da população ainda mais difícil. Ao mesmo tempo, é de extrema importância que o Brasil seja capaz de apurar e punir atos de corrupção sem que isso signifique a paralisação da sua economia ou o fim de importantes empresas nacionais.

Vivemos décadas de resignação diante de uma estagnação econômica que empobrecia o País e a população e, pior, impedia qualquer projeto de futuro. Não é possível que nos conformemos com um retrocesso que nos leve de volta a essa situação. É preciso buscar formas de garantir o emprego e a renda dos trabalhadores e a capacidade produtiva das empresas. O “Compromisso pelo desenvolvimento” aponta alguns caminhos para que possamos alcançar essa meta:
• Retomar rapidamente o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la, bem como criando ambiente regulatório que garanta segurança jurídica;
• retomar e ampliar os investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas, em especial na Petrobras;
• destravar o setor de construção, por meio de instrumentos institucionais adequados, inclusive acordos de leniência, entre outros, que garantam a penalização dos responsáveis e a segurança jurídica das empresas, com a manutenção dos empregos;
• criar condições para o aumento da produção e das exportações da indústria de transformação;
• priorizar a adoção de políticas de incentivo e sustentabilidade do setor produtivo (agricultura, indústria, comércio e serviços), de adensamento das cadeias produtivas e de reindustrialização do País;
• ampliar, em condições emergenciais, o financiamento de capital de giro para as empresas, com contrapartidas sociais e ambientais;
• adotar políticas de fortalecimento do mercado interno para incremento dos níveis de consumo, de emprego, renda e direitos sociais.

Confiantes de que o Brasil é muito maior que qualquer crise política ou econômica, como afirma o “Compromisso pelo desenvolvimento”, lutaremos para que essa pauta positiva conquiste a sociedade e sensibilize o Governo e o Parlamento, cujas atenções devem voltar-se ao interesse do País e do nosso povo.

Maryana Fragate Dias de Oliveira

Atualmente a construção civil é um dos setores mais importantes na economia brasileira, figurando entre os que mais geram riqueza e postos de trabalho. Infelizmente, a construção civil também é uma das principais geradoras de resíduos sólidos. Essa problemática é tema do projeto de conclusão de curso apresentado na primeira semana de dezembro de 2015 por um grupo de estudantes do décimo semestre de Engenharia Civil da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc) de Santos, orientados pelo professor Alessandro Borraschi Ferreira.

“Gerar resíduos não é o principal problema. A maior dificuldade é destiná-los corretamente e não deixá-los clandestinamente em terrenos baldios, áreas de preservação ambiental e vias públicas”, explica o grupo. Composto por mim, além de Fabiano de Sá, Fernando Lima, Kayzo Vanderlindem e Otávio Vieira, esse tem o estudo desenvolvido com base no município de Praia Grande. O grupo afirma ainda: “A população em geral não está informada que existem regras para o transporte e destinação final dos resíduos e que muitas delas são de responsabilidade dos geradores. Esses geradores contratam o aluguel de caçambas que permanecem alguns dias em frente à obra, e, posteriormente, são movimentadas pelas empresas de transporte ao aterro de Santos para disposição final, embora atue na cidade a principal empresa de gerenciamento dos resíduos sólidos da Baixada Santista, com capacidade para 300 toneladas/dia de resíduos.”

A exemplo do comentado na sétima edição do Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), promovido pelo SEESP em abril último, o grupo também demonstra em seu projeto que os impactos para o município de Praia Grande, em termos de degradação ambiental, não são desprezíveis e apresenta soluções para uma gestão sustentável, uma vez que identificou agentes interessados em estabelecer parcerias para a reciclagem dos resíduos no município. Os formandos concluem o estudo: “Numa época em que a questão ambiental se apresenta de forma importante e urgente, pode-se afirmar que a situação referente à deposição irregular de resíduos da construção civil em Praia Grande é indesejável e necessita de uma gestão sustentável a médio e longo prazo.”

Maryana Fragate Dias de Oliveira, formanda em Engenharia Civil pela
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc) – Santos

Soraya Misleh

Como faz tradicionalmente desde 1987, o SEESP celebrou o Dia do Engenheiro – 11 de dezembro – com a entrega do prêmio Personalidade da Tecnologia aos destaques do ano em suas áreas de atuação. Em 2015, foram agraciados os seguintes nomes: Ruy Ohtake (categoria Desenvolvimento urbano), Yaro Burian Jr. (Educação), Valter Pieracciani (Inovação), Miro Teixeira (TI e comunicação), Rodrigo Otaviano Vilaça (Transporte, mobilidade urbana e logística) e Paulo Renato Paim (Valorização profissional) (confira suas trajetórias profissionais).

A cerimônia ocorreu na sede do sindicato, na Capital, e contou com aproximadamente 200 participantes, incluindo autoridades como o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, e o deputado estadual Itamar Borges (PCdoB), além de laureados em edições anteriores, entre eles o ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) Antonio Hélio Guerra Vieira.

Em sua 28ª edição, trata-se de reconhecimento a quem contribui ao desenvolvimento nacional e à defesa da profissão, como salientou o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, ao abrir a solenidade. “Quando damos um prêmio, estamos agradecendo-os pelos benefícios à categoria, ao cidadão e à área tecnológica”, disse. Aldo Rebelo enfatizou: “Essa homenagem tem vários sentidos, entre eles pedagógico, ao educar os jovens e profissionais a seguirem o percurso de quem tem prestado serviços à causa pública.” Ele complementou: “A engenharia é responsável pela construção material do País, da nossa infraestrutura, mas também de valores. Quando uma instituição promove a esperança no desenvolvimento e no progresso, ajuda a criar valores estabilizadores em uma sociedade complexa.” Para Itamar Borges, o conjunto de personalidades “resume a importância da engenharia ao nosso Estado e País”. Na visão da vice-prefeita de Diadema e presidente da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC, Silvana Guarnieri, “em comum, os premiados estão imbuídos de trazer à nossa sociedade e juventude o Brasil que tanto idealizamos e queremos”.

Coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP – responsável pela escolha das áreas e seleção dos nomes indicados pela categoria –, José Roberto Cardoso afirmou: “Essas personalidades são um marco para a engenharia nacional.” No ensejo, aproveitou para dar recado sobre a importância da educação voltada à inovação: “Precisamos dar aos alunos formação que estimule a criatividade e garanta que não se tenha medo de errar. Temos que deixar de ter estudantes como agentes passivos na sala de aula.” Nessa direção, o sindicato criou o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), iniciativa lembrada por Rebelo.

A voz dos homenageados
O renomado arquiteto Ruy Ohtake fez coro às lideranças: “A premiação contempla as iniciativas mais criativas e sociais que contribuem ao desenvolvimento tecnológico do País.” Ele informou ter vencido concurso para inovação em nova edificação da Escola Politécnica da USP. “A ideia é não se satisfazer com produção normal, tem que ser bonito, tem que ter inventividade.”

Já o engenheiro Yaro Burian Jr. brindou os presentes com uma aula sobre a importância da inclusão e inovação na educação. “Terceira indústria aeronáutica do mundo, a Embraer só existe porque alguns visionários acharam que educação era importante e criaram o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Dificilmente se poderia imaginar um investimento melhor do que o ensino. Hoje, um quilo de avião é exportado a US$ 1.363,00, enquanto um quilo de minério de ferro sai por cinco centavos.” De acordo com ele, o Brasil tenta atualmente enfrentar a perda de talentos por falta de educação. Burian citou como ação afirmativa importante nesse sentido a Lei de Cotas, e frisou: “Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em que se instituiu programa para inclusão de estudantes provenientes de escolas públicas, com pontos a mais para as minorias tradicionais prejudicadas no País, demonstrou-se que os alunos dessas instituições melhoravam o desempenho em relação ao vestibular. Os resultados são muito bons.”

Também engenheiro, Valter Pieracciani apontou outro desafio nacional: fortalecer a P, D & I (pesquisa, desenvolvimento e inovação). E ratificou a demanda apresentada por Burian, de que se assegure educação voltada à inovação às “crianças menos privilegiadas” – objetivo do projeto “A verdadeira mágica”, por ele idealizado. “Assim poderemos ter centenas de Santos Dumonts.”

A criação do Sistema Brasileiro de TV Digital, desenvolvido quando Miro Teixeira estava à frente do Ministério das Comunicações, foi ressaltada por esse deputado. “Devemos isso a vocês. A inteligência brasileira está presente e vai construir um país melhor.” Na concepção de Rodrigo Vilaça, a responsabilidade é transmitir conhecimento para as novas gerações no sentido de garantir gestores públicos inovadores. O senador Paulo Paim não compareceu à cerimônia. Justificando a ausência, enviou uma carta destacando o apoio à categoria e a defesa “intransigente dos direitos dos trabalhadores e dos discriminados”, em prol de uma nação soberana e igualitária.

Soraya Misleh

Caminhos à superação das dificuldades por que passa o País, rumo a um Brasil mais justo em 2022, foram debatidos no dia 10 de dezembro, na sede do SEESP, na Capital, durante o 3º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Precedeu o encontro o seminário “Trabalho, política e cultura – construindo diretrizes e propostas de ações”, realizado no dia 9 no mesmo local, por intermédio do Departamento Jovem Profissional da confederação.

À abertura da terceira edição, o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro – que também está à frente do SEESP –, conclamou: “Nossos passos e ações devem ir muito além das críticas, precisamos apresentar propostas sérias e factíveis com o objetivo de garantir o desenvolvimento do País. Por isso, aqui não falamos em recessão ou crise, mas em trabalho.” Também esteve à mesa o coordenador do evento e diretor de articulação nacional da CNTU, Allen Habert.
“O direito à educação continuada” foi o tema inaugural do encontro, que contou com especialistas em várias áreas. Maria Rosa Ravelli Abreu, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), apresentou um quadro histórico sobre o assunto em todo o mundo, que inclui lutas desde as décadas anteriores à Segunda Guerra Mundial (1939-1945) até os dias atuais. Segundo ela, a empregabilidade cada vez mais vai depender da requalificação da mão de obra. Para tanto, observou a importância da Convenção 140 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1974, que define como direito a “licença remunerada de estudos”. O Brasil promulgou-a em 1994, todavia ainda não a implantou.

Como uma das iniciativas positivas no País, Abreu citou a promulgação da Lei Estadual 8.029/1992, que instituiu o “Programa de Desenvolvimento Profissional e Reciclagem Tecnológica no âmbito da Educação Continuada”. Esse contempla engenheiros e demais profissionais da área tecnológica dos quadros da administração direta e indireta do Estado de São Paulo e prevê um mínimo de seis dias úteis por ano para reciclagem tecnológica, sem qualquer prejuízo na remuneração. 

Para o diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) José Roberto Castilho Piqueira, sem uma boa e consistente base na graduação, não tem milagre ou educação continuada que dê jeito. E enfatizou: “Temos de valorizar a engenharia para evitar que o capital sem regulação cause desastres, como o de Mariana (MG).” No ensejo, o deputado estadual Carlos Neder (PT) informou que na Assembleia Legislativa foi formada, recentemente, uma frente parlamentar que discutirá o fortalecimento da atuação das universidades públicas federais e estaduais de São Paulo. “Estou tão motivado que farei um pronunciamento na Assembleia a respeito da campanha da CNTU (Por um Sistema Nacional de Educação Continuada aos Profissionais Universitários)”, avisou.

No painel seguinte, o economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ladislau Dowbor apresentou análise de sua autoria, intitulada “Resgatando o potencial financeiro do Brasil”, publicada pela Friedrich-Ebert-Stiffung. Falando sobre as dificuldades por que passa a nação e possibilidades, ele observou: “O País sofreu um processo distributivo a partir deste século e final do passado, porém nos últimos dez anos, o endividamento do cidadão mais que dobrou – em 2005, 19,3% da renda das famílias destinavam-se a pagar dívida, enquanto em março de 2015, eram 46,5%”. Dowbor concluiu: “Nosso problema é como usamos os recursos e distribuímos. É o que chamamos de governança.”

Plenária, posse e premiação
Na mesma direção, o tema central da 8ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU foi “Brasil 2022 – O País que queremos”, com contribuições ao projeto da confederação que leva esse nome, cujo objetivo é mobilizar os diversos atores sociais ao debate e proposições de transformações necessárias a um salto ao desenvolvimento nacional sustentável até o Bicentenário da Independência.

À abertura da Plenária, foram empossados 143 novos conselheiros. Agora, somam-se 920. A meta é chegar a mil. Allen Habert afirmou: “O conselho é uma espécie de Parlamento da confederação. Reúne intelectuais que articulam, fazem diagnósticos e propõem soluções. Se soubermos colocar nossa força e nos empoderarmos, teremos condições de atravessar as dificuldades.” Ao final, foi aprovada por aclamação a Carta do 3º Encontro Nacional da CNTU.

Encerrando as atividades, o prêmio Personalidade Profissional, em sua quinta edição, foi entregue a Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça (categoria Economia), Carlos Saboia Monte (Engenharia), José Miguel do Nascimento Júnior (Farmácia), Geraldo Ferreira Filho (Medicina), Patricia Constante Jaime (Nutrição), Rozângela Fernandes Camapum (Odontologia) e Gilberto Kassab (Excelência em gestão pública).

Colaboraram Rosângela Ribeiro Gil e Deborah Moreira


Leia cobertura completa em www.cntu.org.br .

O sindicato oferece ao estudante da área a oportunidade de se associar, sem pagamento de qualquer taxa e com todos os benefícios do profissional filiado. Nessa condição, o vínculo ao SEESP será como Jovem Associado. São vários os serviços, convênios e parcerias – cursos de idiomas, de informática, especialidades médicas, academias esportivas, em cultura, lazer e turismo, previdência privada, bem como muitos outros –, com descontos e condições especiais de pagamento. Confira relação completa.

A iniciativa integra a política da entidade de aproximar a juventude da vida sindical, que ganha consistência com a criação do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, a partir de julho último. Além dessa ação, por intermédio de seu setor de Oportunidades e Desenvolvimento, o sindicato coloca à disposição dos futuros engenheiros ou recém-formados orientação para elaboração de currículo, coaching de carreira, emissão de Carteira de Trabalho, simulação de entrevistas de emprego, entre outros serviços.

Como se filiar
Para se associar, o estudante de engenharia precisa dirigir-se à sede da entidade, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista) ou nas delegacias sindicais do Interior, com comprovante da matrícula escolar e cópia (frente e verso) dos documentos pessoais (RG, CPF ou CNH). Mais informações são obtidas com o Departamento de Cadastro do SEESP, pelos telefones (11) 3113-2624 e 3113-2625 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Os recém-formados e aqueles já atuantes no mercado de trabalho podem se associar como engenheiros, dirigindo-se também às unidades do sindicato e conhecendo os benefícios e taxas associativas.

Lançado em ato no dia 3 de dezembro, na Capital, o manifesto “Compromisso pelo desenvolvimento”  foi entregue por sindicalistas e representantes do setor produtivo à presidente Dilma Rousseff no dia 15 do mesmo mês, no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, participou da agenda com a mandatária do País, ao lado de outros dirigentes dessas entidades – ambas são signatárias do documento, que conta hoje com a adesão de cerca de 70 organizações. “A presidente se apresentou muito disposta a discutir as propostas que constam do manifesto e disse que a saída era mesmo essa. Ela mostrou, ainda, que tem uma visão muito clara da importância da engenharia para o desenvolvimento do País, afirmando que é necessário retomar as obras paradas”, resumiu Pinheiro.

Na data, o documento foi ainda apresentado em reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. Abrindo esse encontro, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, saudou a iniciativa: “Temos que apresentar propostas para voltar a crescer, é isso o que a população espera e precisa agora. Unir a sociedade em torno dessa retomada é fundamental neste momento. Por isso, essas propostas conjuntas são tão relevantes para preservar empregos e renda e retomar nossa capacidade de crescer.” Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, também presente, reafirmou a importância da união entre trabalhadores e empresariado em prol do desenvolvimento nacional. “Apoiamos essas propostas por serem realistas e sob as quais podemos construir instrumentos de convergência para reanimar a economia brasileira”, destacou. Para os participantes da reunião, a turbulência política não pode paralisar a economia.

“Não é possível aceitar passivamente as projeções de um 2016 perdido”, afirma o manifesto. Pinheiro enfatizou: “Precisamos, com urgência, unir forças para a retomada do desenvolvimento.” O documento “Compromisso pelo desenvolvimento” aponta diretrizes de estímulo à geração de emprego, oferta de crédito e investimentos para fomentar a produção nacional.

Aprovado acordo na Telefônica/Vivo
Os engenheiros que trabalham na empresa aprovaram, em assembleias no dia 11 de dezembro, proposta apresentada pela Telefônica/Vivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015. Destacam-se: reajuste salarial de 7% retroativo à data-base (1º de setembro); piso de R$ 7.092,00, em conformidade com a Lei 4.950-A/66; além de reajuste dos auxílios creche em 30,3% (babá) e 9,88% (especial).

SEESP na Semana do Empreendedor em Bauru
O diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru, Cezar José Sant’Anna, vem realizando palestras nas escolas de engenharia, falando sobre as entidades ligadas à área. No dia 20 de novembro último, ele ministrou um minicurso na Semana do Empreendedor, promovida pelas Faculdades Integradas de Bauru (FIB), explicando as atividades do sindicato, a experiência pioneira do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Ele discorreu, ainda, sobre as atribuições do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), as ações da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag) e traçou um panorama da engenharia no País, as possíveis obras e as programadas pelo governo estadual. Entre elas, a relativa à linha Lilás do Metrô, a concessão de mais de 2 mil quilômetros de rodovias, entre outros temas pertinentes à profissão.

Usiminas apresenta cronograma de paralisação de equipamentos
No último dia 10 de dezembro, a Usiminas apresentou, em reunião, um cronograma de paralisação das suas áreas primárias, como anunciado no mês de novembro. Na ocasião, reafirmou que tal ação significará a demissão de trabalhadores. O SEESP e o Sindicato dos Metalúrgicos local voltaram a se manifestar contra a suspensão de todos os setores que estão envolvidos na produção do aço, assim como as dispensas, que podem alcançar, segundo os sindicalistas, mais de 6 mil funcionários.
O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, apresentou itens que a empresa deveria levar em consideração, como: recolocação interna de empregados e para outras plantas do grupo; capacitação e treinamentos para as novas atividades; incentivo para o empregado pré-aposentado com o pagamento da Previdência Social pelo tempo faltante; estabelecimento de Plano de Desligamento Voluntário (PDV); estender o plano de saúde aos demitidos; abono salarial; prioridade para recontratação do pessoal dispensado; e realizar depósitos complementares no plano de Previdência. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Florêncio Resende de Sá, solicitou que a empresa estude medidas como licenças e férias. As tratativas continuam.

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