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A cerimônia de posse da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) , realizada em 28 de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo, marcou a renovação do compromisso da entidade com a defesa da categoria, a valorização da profissão e o desenvolvimento nacional. Essa agenda, que tem guiado a atuação da FNE, foi traduzida em ideias, propostas e discussão por meio do “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado há dez anos. Tal debate segue ativo e atual, pois mantemos nossa convicção sobre a necessidade e a possibilidade de o País alcançar um patamar socioeconômico que permita oferecer a toda a sua população condições de vida digna.
Os desafios que se colocam à nossa frente, contudo, ganharam ainda maior magnitude. Além de continuarmos com demandas essenciais por cumprir, como superar as deficiências da infraestrutura nacional e implementar uma política industrial efetiva, que assegure ganhos de produtividade e inovação tecnológica, deparamo-nos hoje com uma grave recessão. A tornar o cenário ainda mais complexo, arrasta-se uma crise política que dificulta encontrar saídas aos nós econômicos.
E é diante dessa situação preocupante que se insere o segundo compromisso assumido pela FNE: a disposição de atuar de forma coesa com o conjunto dos profissionais e entidades representativas da área tecnológica para que o País retome os rumos do crescimento econômico. Lançamos, portanto, o movimento “Engenharia Unida”, numa articulação nacional pelo desenvolvimento.
A “Engenharia Unida” já congrega um conjunto de forças fundamentais que se fizeram representar na cerimônia do dia 28 e na plenária que ocorreu no dia seguinte, na sede do SEESP. Dirigentes de Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), associações, instituições acadêmicas, empresariais e sindicatos da base da FNE e de fora dela debateram, ao longo da manhã do dia 29, o papel reservado à engenharia neste momento que o País atravessa e como colocar essa tarefa em prática.
Dessa dupla jornada da “Engenharia Unida” realizada em São Paulo, fica clara a disposição de ação coletiva dessas forças que constroem o Brasil. Se são grandes as dificuldades, maior é a capacidade de luta e trabalho de quem acredita que podemos alcançar o País que queremos e que o nosso povo merece.
Estamos certos de que esse foi o primeiro – e fundamental – passo na organização da “Engenharia Unida” que muito contribuirá com o Brasil. Vamos juntos defender as nossas categorias e profissão e, ao fazê-lo, estaremos atuando pelo bem do País. Apresentaremos propostas de saídas a essa crise e nos mobilizaremos para que sejam implementadas. A hora é de agir com coragem, determinação, seriedade e generosidade.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

João Paulo Dutra

O Fórum Social Mundial Temático de 2016, realizado entre os dias 19 e 23 de janeiro último, na cidade de Porto Alegre (RS), como os anteriores, também apresentou as mais diversas correntes de pensamento e embates sobre os temas políticos, sociais e econômicos atuais. O evento atraiu pequena presença de políticos, mas grande participação de setores sociais excluídos e mais oprimidos, como os índios, negros e quilombolas.
Como era de se esperar, a exemplo do que aconteceu nas edições anteriores, houve inexpressiva cobertura da imprensa brasileira, com o claro objetivo de ignorar o que estava ocorrendo.
Entre os muitos assuntos abordados, destaco dois em especial: um surpreendente movimento separatista dos estados da Região Sul – que nos fez lembrar as cidades e estados da época grega –, reivindicando autonomia e independência com relação ao resto do País; e outro, que nos diz respeito mais de perto, que é a convergência sobre os direitos da população idosa. Nesse último painel, ressaltamos a presença de um representante de Portugal que relatou a assistência e o respeito aos idosos naquele país.
Outro fato marcante no mesmo debate foi o testemunho de Emerson Lemes. Ele mostrou, em sua palestra, que a Previdência Social do Brasil é superavitária, ao contrário do que se vive dizendo. Como especialista em cálculo atuarial, Lemes afirmou que o nosso sistema não dá prejuízo e tem créditos com a União, pois, citando apenas os governos militares, lembrou que os recursos advindos da Previdência financiaram a construção da hidrelétrica binacional de Itaipu, a ponte Rio-Niterói (RJ) e a Rodovia Transamazônica (com 4.223km de comprimento, ligando a cidade de Cabedelo, na Paraíba, a Lábrea, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas). No mesmo painel, dois representantes do governo federal falaram sobre futuras mudanças que deverão acontecer nas aposentadorias dos brasileiros, por estarmos nos transformando, nos próximos 20 anos, em um país de idosos.
Ressalto ainda que durante outras apresentações do FSM ficamos sabendo que apenas 1% da população do Planeta detém 99% dos recursos mundiais!
Saliento, finalmente, que a escultura da Deusa Têmis do Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, está sem a venda e a balança, como lhe é característico. Essa maneira de representar a Justiça traduz uma visão premonitória. Sem venda, pode-se enxergar melhor, fugindo da maneira mío­pe de olhar, por exemplo, os direitos dos excluídos. Mais uma vez, é Porto Alegre indicando o caminho.
O fantástico desse encontro foi reviver e revirar todos os assuntos ocultos, fazendo-nos meditar e não esquecer, nem ignorar, nossas diversidades e sua importância. Vamos aguardar 2017 com esperança e luta para mostrar que um mundo melhor é possível.


João Paulo Dutra é vice-presidente do SEESP

Soraya Misleh*

Diante de plenário lotado e representativo, ocorreu em 28 de março na Assembleia Legislativa de São Paulo a posse solene da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual Murilo Celso de Campos Pinheiro foi reconduzido à Presidência. No ensejo, foi lançado o movimento “Engenharia Unida”, convocando a ação coesa da categoria no enfrentamento dos desafios atuais.
A gestão 2016-2019 iniciou-se oficialmente em 16 do mesmo mês. Ministro de Estado, secretários nacionais, estaduais e municipais, parlamentares, prefeitos, desembargadores da Justiça e procuradores do Ministério Público do Trabalho abrilhantaram a cerimônia, que reuniu cerca de 1.800 pessoas. Prestigiaram o evento, ainda, entre outras personalidades, presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Creas), diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) e de federações por ela representadas, do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), de sindicatos de engenheiros de todo o País, de associações, centrais sindicais, entre outras organizações.
Pinheiro, que também está à frente do SEESP, saudou os sindicalistas e autoridades presentes. E enfatizou: “Diante do cenário social, político e econômico que o Brasil atravessa e considerando os reflexos da crise internacional, é obrigatório que tenhamos em mente a necessidade de resgatar o País de uma paralisia que o sufoca, ameaça seriamente as possibilidades de avanço e agrava as condições de vida da população brasileira, que hoje já vem sofrendo, principalmente com o desemprego. Temos como grande desafio manter a categoria dos engenheiros unida, forte, qualificada e empenhada em trabalhar para superar tais crises. E a FNE vem cumprindo seu papel de debater e elaborar propostas para colaborar com a retomada do desenvolvimento.”
Explicitando a atuação da federação nesse sentido, Pinheiro ressaltou: “Temos defendido a implantação de uma política industrial efetiva, que nos traga ganhos de produtividade, um essencial desafio a ser vencido no Brasil, apontando a necessidade de alterações na macroeconomia que favoreçam a produção e o avanço tecnológico em vez do rentismo. É preciso também que haja investimentos na infraestrutura impulsionados pelo Estado.”

Defendendo o Brasil
Ele afirmou ainda a premência de se formar cada vez mais massa crítica para fomentar as discussões e participar na construção de um projeto para o País – a FNE apresenta à sociedade o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que completa agora dez anos e se debruça em 2016 sobre o tema “Cidades”. Pinheiro foi enfático: “É preciso questionar o que está errado e aplaudir o que tem sido feito de bom. É assim que estamos conduzindo essa entidade que levanta as bandeiras da valorização profissional, da defesa dos direitos adquiridos pelos trabalhadores, do reconhecimento dos engenheiros, do empenho pela remuneração justa, plano de carreira nas empresas, qualificação de excelência.” E sublinhou: “Queremos continuar defendendo o Brasil e seus cidadãos, apoiando a investigação, o devido processo legal e a punição daqueles que agem contrariamente aos propósitos nacionais. Porém, é preciso muito cuidado para que as grandes instituições e empresas que há décadas impulsionam o crescimento e desenvolvimento não sejam desmanteladas, causando prejuízos aos trabalhadores e à sociedade.”
Coordenador técnico do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Carlos Monte atestou: “A engenharia, mais do que nunca, tem que estar unida. Temos que juntar todo mundo para encontrar soluções aos problemas enfrentados. Uma das coisas mais importantes é conseguir que os diferentes órgãos do governo aceitem a ideia da leniência, com as empresas, por sua vez, se comprometendo com uma mudança de hábitos em relação aos serviços públicos.” Na sua ótica, cabe aos profissionais da categoria cooperarem, assumindo seu papel de salvaguarda do conhecimento técnico e científico que “faz com que a engenharia seja o motor do desenvolvimento nacional”.

Responsabilidade
Presidindo a sessão, o deputado estadual Campos Machado (PTB) salientou: “Nas mãos dos engenheiros está o futuro deste País.” Na sua concepção, a coesão da categoria propiciará encontrar o caminho para a retomada do crescimento e desenvolvimento nacional. Também expressando seu reconhecimento à profissão, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) destacou: “O que o Brasil mais precisa é de infraestrutura. Sem isso, não tem como chegar a primeiro mundo, e temos muito a caminhar. A FNE é exemplo de união nacional para construir o País que sonhamos e queremos.”
Ministro das Cidades, Gilberto Kassab afirmou: “Contamos sempre com nossa engenharia, uma das melhores do mundo. Tenho certeza que muito vão contribuir ao desenvolvimento das cidades, Estado e País.” Indicando a crise que atinge fortemente o setor da construção civil, com dados alarmantes, o deputado estadual por São Paulo Ramalho da Construção (PSDB) seguiu também nessa direção: “Vamos dar as mãos para reinventar o Brasil que merecemos. Para girar a roda do desenvolvimento, contamos com vocês, engenheiros!” Também parlamentar paulista, Itamar Borges (PMDB) concluiu: “A engenharia unida é o que precisamos. Tem papel fundamental para somar forças e recolocar o País nos trilhos.”
Outro que prestou homenagens e reconhecimento aos profissionais da área foi o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim, ele próprio engenheiro. A categoria, como disse, assiste “com inquietude a crise ética, econômica e política por que passa o Brasil. Mas o engenheiro, profissional da construção, quer olhar não pelo retrovisor, mas o farol ligado à frente. Com o ‘Cresce Brasil’ e agora a ‘Engenharia Unida’, a FNE aposta na busca pela mobilização e unidade para se construir um projeto nacional.” E continuou: “Num momento em que o País fala tanto em disputa e está fragmentado, a federação fala em construir pontes.” Na mesma direção, Dario Rais Lopes, secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, vaticinou: “Só com consenso de classe vamos conseguir fazer com que a engenharia seja protagonista dos processos. Quando os governos deixam de praticar a boa engenharia, abre-se espaço para duas coisas: perda de qualidade e práticas não republicanas. É fundamental que nós, engenheiros, entendamos desse processo, e a partir daí possamos elencar propostas que construam, efetivamente, mais que um país decente e civilizado, um Brasil mais justo.”
Também homenageou a diretoria empossada o presidente do Confea, José Tadeu da Silva: “O conselho representa 1,250 milhão de profissionais e 350 mil empresas. Em nome deles, saúdo vocês. E vamos virar essa página, com engenharia, mais crescimento e mais desenvolvimento, como prega o ‘nosso’ projeto (referindo-se ao ‘Cresce Brasil’).” Trazendo mensagem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu vice, Márcio França, relatou as obras e investimentos que vêm sendo feitos no Estado e reconheceu: “O engenheiro é o profissional do desenvolvimento. Temos a esperança e expectativa que vocês vão ajudar o País a voltar a crescer com inovação e dignidade.”
Para Jurandir Fernandes, ex-secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo e vice-presidente honorário para a América Latina da União Internacional de Transporte Público (UITP Latin America), “não é o momento de ficarmos parados esperando que a crise, um dia, acabe. Temos de partir para duas ações: uma reflexão interna e ações propositivas, daí a engenharia unida”.

Planos de trabalho
A diretoria encabeçada por Pinheiro compôs chapa única eleita por ampla maioria no dia 7 de outubro de 2015, ao final do XI Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), em Campo Grande (MS). No total, foram 217 votos, ante seis nulos e sete brancos. Participaram do pleito representantes dos 18 sindicatos de engenheiros do País que compõem a federação, entre os quais o SEESP.
Manter a mobilização nacional em prol do desenvolvimento sustentável integra o plano de ação da diretoria empossada. Na certeza de que a federação tem trilhado caminho acertado ao aliar a demanda nacional à luta sindical, a gestão 2016-2019, além do chamado à engenharia unida, já inicia seus trabalhos inaugurando os debates relativos à etapa atual do projeto “Cresce Brasil”. O resultado será apresentado em julho próximo para discussão com a sociedade e os candidatos nas eleições municipais em todo o território nacional.
Na defesa dos representados pela FNE, em iniciativas integradas com os sindicatos a ela filiados, a nova diretoria seguirá a batalha pelo cumprimento da Lei 4.950-A/66, que estabelece o piso profissional da categoria. Além disso, fortalecerá a luta pela implementação da carreira de Estado para engenheiros e arquitetos nos três níveis de governo, com aprovação de projeto de lei no Congresso Nacional. Pauta essencial não só pelo reconhecimento e valorização profissional, essa visa também dotar as administrações públicas de corpo técnico capacitado para garantir desenvolvimento e qualidade de vida à população. A educação continuada é outra bandeira que a nova gestão levará adiante, o que inclui o apoio ao Isitec como importante iniciativa.

Confira:
Entrevista com Murilo Pinheiro, presidente reeleito
Carta de Campo Grande – “É hora da Engenharia Unida”

*Colaboraram Deborah Moreira, Rosângela Ribeiro Gil e Lourdes Silva

Diretoria eleita – Gestão 2016-2019
Presidente
Murilo Celso de Campos Pinheiro

Vice-presidente
Carlos Bastos Abraham

Diretor Administrativo
Manuel José Menezes Vieira

Diretor Administrativo adjunto
Disneys Pinto da Silva

Diretor Financeiro
Antonio Florentino de Souza Filho

Diretor Financeiro adjunto
Luiz Benedito de Lima Neto

Diretor de Relações Internas
José Luiz Bortoli de Azambuja

Diretor Operacional
Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida

Diretora de Relações Institucionais
Thereza Neumann Santos de Freitas

Diretores Regionais 
Norte – Maria Odinéa M. Santos Ribeiro
Nordeste – Modesto F. dos Santos Filho
Sudeste – Clarice M. de Aquino Soraggi
Centro-Oeste – Gerson Tertuliano
Sul – Edson Kiyoshi Shimabukuro

Diretores Representantes na Confederação 
Titular – Sebastião A. da Fonseca Dias
Suplente – Wissler Botelho Barroso

Diretores de Departamentos 
Relações Internacionais
Francisco Wolney Costa da Silva
Relações Acadêmicas 
José Ailton Ferreira Pacheco
Negociações Coletivas
Tadeu Ubirajara Moreira Rodriguez
Assuntos do Exercício Profissional 
Maria de Fátima Ribeiro Có

Conselheiros Fiscais 
Efetivos 
Antônio Ciro Bovo
José Carlos Ferreira Rauen
Lincolin Silva Américo

Suplentes
Celso Atienza
Cláudio Henrique Bezerra Azevedo

Rosângela Ribeiro Gil

A nova etapa do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), já está em debate. Neste ano de eleições municipais, a discussão será sobre a qualidade de vida nas cidades e o desenvolvimento local. A primeira reunião de trabalho aconteceu em 1º de março último, na sede do SEESP, na Capital.
O presidente do sindicato e da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, salienta: “Queremos chegar a junho com o documento pronto para apresentarmos aos candidatos e, assim, contribuirmos, efetivamente, de forma propositiva e consistente.” O debate ganhou adesão do Clube de Engenharia, cujo presidente, Pedro Celestino da Silva Pereira Filho, lembrou a importância de resgatar o papel do planejamento e da engenharia pública.
O “Cresce Brasil – Cidades” terá como temas centrais mobilidade urbana, iluminação pública, moradia, saneamento ambiental (incluindo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos) e internet pública, além de finanças municipais, poder local e atividade econômica nas cidades. Para o coordenador técnico do projeto, Carlos Monte, é imprescindível a FNE manter o seu protagonismo nas boas discussões de projetos de desenvolvimento. “É uma missão árdua sintetizar as questões peculiares urbanas, como as que envolvem as cidades das regiões metropolitanas e as que estão às margens dos rios”, ponderou. E acrescentou: “Mas, ao mesmo tempo, desafiadora, porque queremos estimular a sociedade a sair dessa visão negativa sobre o País.”
O secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, apresentou algumas das preocupações do Ministério das Cidades com relação aos municípios de médio e grande porte em termos de mobilidade e sustentabilidade. “Esses dois temas precisam ser pensados a partir de um núcleo, em que estão o uso e a ocupação do solo, o deslocamento das pessoas e o trânsito”, explicou. Por isso, disse, o plano diretor deve combinar bem tais pontos. Nesse sentido, prosseguiu, a engenharia unida tem muito a contribuir, ajudando a elaborar propostas de qualidade que “pressupõem planejamento, projeto e gerenciamento”. Posição reforçada pelo consultor da federação, Artur Araújo, para quem o “País está imerso numa situação de crise por falta de engenharia e só conseguirá sair disso com excesso de engenharia”.

Saneamento global
O professor João Sérgio Cordeiro, coor­denador do curso de Gestão Ambiental do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), apontou a relevância da questão urbana na atualidade. “Em 1970, éramos 90 milhões de brasileiros e apenas 55% estavam na área urbana. Quarenta e cinco anos depois, somos 200 milhões e 85% estão nas cidades, o que dá por volta de 170 milhões de pessoas. Mais que triplicamos as áreas urbanas.” Tal cenário, advertiu, significa que precisamos de mais água potável e de sistemas de manejo de esgoto e resíduos sólidos e interferir no uso e ocupação do solo.
A questão ambiental também foi destacada pelo engenheiro João Antonio Del Nero, que integra o Conselho Tecnológico do SEESP. Para ele, é uma vergonha o Brasil ainda ter lixões nos espaços urbanos. “Somos a décima economia do mundo, mas ainda não conseguimos eliminar essa tristeza”, criticou.
Ressaltando a importância do “Cresce Brasil – Cidades”, Jurandir Fernandes, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, afirmou que o projeto pode ter um arcabouço com alguns pontos para que todos os Executivos e Legislativos municipais entendam a importância de investimentos em diversas áreas. Segundo ele, quase 97% dos orçamentos municipais estão comprometidos com custeio da máquina administrativa e pagamento de juros de dívidas etc., sobrando pouco para investimentos. Para reverter esse quadro, Fernandes defende trabalhar fortemente com a engenharia unida. Nesse sentido, propugna por aumentar a produtividade e integração de todos os equipamentos públicos municipais. Barato e econômico, segundo ele, é também terminar o que está iniciado ou destravar o que está paralisado.
O diretor geral do Isitec, Saulo Krichanã, falou sobre a situação geral financeira dos municípios e da União. “Tudo o que estamos falando passa por uma questão chamada ‘necessidade de investimento’.”

Experiência
O enfrentamento da situação difícil por que passa o País, cenário onde se dará a elaboração e apresentação do “Cresce Brasil – Cidades”, para o consultor João Guilherme Vargas Netto, deve se dar com a repetição de experiências. Nesse sentido, ressaltou, a FNE está no caminho certo ao propor ao poder público e à sociedade, mais uma vez, um projeto que sirva de vetor a todas as forças capazes de disputar e discutir questões relacionadas ao desenvolvimento e crescimento.
A grandeza da nova edição também se define, disse Vargas Netto, pela ideia da engenharia unida numa perspectiva que ultrapassa a visão corporativista e até escolar, “mas que se finca no saber profissional”.

01/04/2016

Engenheiro XXI

Instabilidade econômica prejudica profissão
Em fevereiro último, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Bruno César Pino Oliveira de Araújo, apresentou tese de doutorado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) sobre as trajetórias ocupacionais de 9.041 jovens engenheiros brasileiros com carteira assinada, entre 2003 e 2012. A faixa etária analisada foi entre 23 e 25 anos. Essas trajetórias foram comparadas às de uma geração anterior, tanto em seu período-base (1995-2002) como entre 2003-2012.
Os principais resultados mostram que as ocupações ligadas à gestão (em áreas correlatas à engenharia ou não) são as que oferecem remuneração mais alta em todos os períodos analisados; nos anos 2000, o terceiro padrão mais atrativo para os jovens daquela geração foi permanecer como engenheiro típico, caminho perseguido por praticamente metade deles, o que não se verificou na década anterior; o salário inicial subiu 24% em termos reais entre 1995 e 2003. De acordo com a pesquisa, explica Araújo, o engenheiro define sua trajetória profissional mais ou menos três anos depois de ingressar no mercado de trabalho. “Isso quer dizer que é muito difícil haver uma mudança muito brusca de ocupação.”
Esses resultados, prossegue ele, indicam que se, por um lado, houve uma revalorização dos profissionais da categoria na última década, por outro, esse quadro não trouxe engenheiros anteriormente formados a carreiras típicas. “Tal constatação, aliada à baixa demanda pelos cursos da área durante os anos 1980 e 1990, corrobora a hipótese de um hiato geracional entre os engenheiros, cobrado por volta de 2010, com o início de grandes obras de infraestrutura com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).” O cenário aquecido, salienta, levou em 2009 ao fenômeno de a engenharia bater, pela primeira vez, o curso de Direito em termos de número de calouros. O gap geracional na área, aponta Araújo, ocorre por conta de períodos de baixa expansão econômica. “Quando o crescimento é retomado, não se tem o número de profissionais necessários, porque não teremos uma camada com dez ou 15 anos de mercado para tocar grandes obras”, analisa. Nessas condições, ressalta, surgem situações extremas: “Temos o profissional muito antigo, o sênior, que pode ser até o dono da empresa, ou aquele que está saindo da faculdade.”
O pesquisador observa que uma característica singular do Brasil frente ao mundo e até, em certa medida, aos países latino-americanos é a volatilidade estrutural muito grande, que cria um ambiente econômico incerto que impacta diretamente a engenharia nacional. “Ou seja, crescemos muito num momento e depois vamos a zero.” Ele exemplifica: “Uma pessoa, em 2009, viu que o País estava em alta com várias obras, por isso optou por engenharia; quando ela se formou, em 2015, o cenário já era outro.”

Graduação e pós com inscrições abertas e descontos
A Faculdade de Tecnologia São Francisco (Fatesf) está com cursos de graduação em Engenharia de Controle e Automação e Administração, com bolsa de estudos de 50% ou descontos de até 30% nas mensalidades, conforme convênio com o SEESP. Informações pelo telefone (12) 3955-3380, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.uniesp.edu.br .
Dica ainda é fazer uma especialização na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FespSP), que tem cursos de pós-graduação lato sensu em Ciência e política; Estudos brasileiros; Gestão pública; Globalização e cultura; MBA em PPP e concessões; Mídia, política e sociedade; Opinião pública e inteligência de mercado; Política e relações internacionais, Sociologia e outros. Pelo convênio com o sindicato, os engenheiros associados têm desconto de 15% nas mensalidades. Informações pelos telefones (11) 3123-7800 e 0800-7777800 e no site www.fespsp.org.br/extensao .

Curso do Isitec em Marília
Outra oportunidade de qualificação é a pós-graduação em Gestão ambiental sustentável do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), em Marília, sob a coordenação do professor João Sergio Cordeiro.
O objetivo é complementar a formação profissional de nível superior de profissionais de diversas áreas para atuarem em gestão ambiental de forma interdisciplinar, capacitando-os para o entendimento sistêmico dos múltiplos aspectos ambientais e para a contribuição na solução de seus mais importantes problemas. As inscrições estão abertas e devem ser feitas junto à Delegacia Sindical do SEESP local, pelo telefone (14) 3422-2062. O curso tem carga total de 408 horas.

01/04/2016

Canteiro

FNE inspira projeto contra excesso de fios nos postes de São Paulo
O vereador Gilberto Natalini (PV) apresentou em 2 de março, na Câmara Municipal de São Paulo, projeto de lei (PL) que dispõe sobre a obrigatoriedade de a empresa concessionária de distribuição de energia elétrica ordenar a fiação no espaço aéreo do município, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Queremos corrigir uma grave distorção que vem tomando conta das nossas ruas, que é o abandono de cabos e fios baixos soltos em postes, sejam eles de energia, telefonia, TV a cabo, internet ou outros serviços”, justifica o parlamentar.
O PL, que tem 11 artigos, foi inspirado em proposta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), levada pelo engenheiro Carlos
Kirchner, diretor do SEESP. Será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir a outras comissões técnicas da Casa. Só depois, irá a votação em Plenário. Natalini destaca: “Recebi uma assessoria gratuita da categoria. Se toda a sociedade civil organizada agisse como os engenheiros, a cidade seria outra.”

Discutir propostas de desenvolvimento para a Baixada
Em reunião do movimento “Cresce Baixada” realizada em 11 de março último, em Santos, dirigentes sindicais discutiram propostas para evitar mais demissões no setor siderúrgico, bastante prejudicado nos últimos meses após a Usiminas, instalada no polo petroquímico de Cubatão (SP), ter demitido quase 1.900 trabalhadores diretamente. Além disso, quase 8 mil terceirizados foram dispensados. Desses, 60 são engenheiros. Para agravar ainda mais o quadro, a siderúrgica colocou, em março, 1.300 funcionários em licença remunerada.
Outro ponto de pauta fundamental foi encontrar formas para promover o crescimento econômico da região. “Infelizmente, essa luta não tem motivado a participação de governos e outros segmentos da sociedade local como merecia”, lamenta o presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho. O encontro reforçou propostas já apresentadas para incrementar a economia da região, como atrair outros tipos de indústria, como naval e ferroviária. A utilização maior do aço na construção civil, por exemplo em habitações sociais, é outra sugestão.

Ipea divulga estudo sobre desigualdade de gênero no trabalho
Entre 2004 e 2014 as mulheres brasileiras conquistaram espaço no mercado de trabalho e ultrapassaram os homens no tempo médio de estudo – 6,4 anos, ante 5,3 no caso deles. Ainda assim, ganham em média 30% menos – situação agravada quando são negras, em que a diferença em relação aos homens brancos é de 40%. A constatação é do estudo “Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014”, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado pelo Ministério do Trabalho no dia 11 de março. Os dados foram extraídos das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo aponta ainda que as mulheres são as mais sacrificadas em momentos de crise econômica, principalmente as negras. Em 2014, 10,2% dessas últimas estavam desempregadas, enquanto a taxa entre os homens brancos era de 4,5%. Quando ocupadas, 39,08% das mulheres negras estão inseridas em relações precárias de trabalho, seguidas pelos homens negros (31,6%), mulheres brancas (26,9%) e homens brancos (20,6%).

Carreira própria na Prefeitura de São Paulo
Engenheiros que trabalham na Prefeitura de São Paulo obtiveram importante conquista. A Câmara Municipal aprovou em 29 de março, na íntegra, substitutivo ao Projeto de Lei 713/15, cujas alterações foram negociadas com os profissionais. Conforme o texto, serão garantidos maiores rendimentos, com correção da inflação, carreira própria para a categoria e piso salarial de R$ 7.032,90, com base na Lei 4.950-A/1966. O PL segue agora à sanção do prefeito.

Fraude com empréstimo consignado
O SEESP alerta os engenheiros aposentados – ou em vias de – sobre eventuais empréstimos consignados. De acordo com relatos de associados que procuraram o setor de aposentadoria, alguns beneficiários da Previdência estão sendo alvo de descontos do gênero sem ter efetivamente contratado o serviço. “É importante que o segurado verifique sempre o valor da aposentadoria. Caso perceba qualquer tipo de redução do provento, entre em contato urgente conosco”, orienta Cristina Cogo, do departamento.
Preventivamente, ela adverte que é importante solicitar o “bloqueio” do empréstimo consignado diretamente no setor de Manutenção em alguma das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “A questão é grave. Alguns aposentados estão tendo uma dor de cabeça enorme para provar que não fizeram essa operação e, assim, suspender os descontos”, observa. O sindicato enviará ofício à superintendência do INSS notificando os casos e solicitando medidas urgentes. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2662 ou pessoalmente, na sede do SEESP, na Capital. O atendimento é das 14h às 17h.

Erramos – Diferentemente do que foi publicado na matéria do Jornal do Engenheiro nº 489 intitulada “Na nova turma do Isitec, muitos alunos de escola pública” , José Luís Marques López Landeira é professor de Laboratório de Linguagens I, não de Linguística.

A aprovação pelo Senado, com a decisiva anuência do Governo Dilma, do Projeto de Lei 131/2015, de autoria de José Serra (PSDB/SP), significa, na prática, a entrega da exploração das reservas na camada do pré-sal às petroleiras estrangeiras. A votação feita em 24 de fevereiro último acaba com a obrigatoriedade da participação mínima de 30% da Petrobras e passa a existir uma preferência à empresa que será submetida ao Conselho Nacional de Política Energética. Ou seja, deixamos de ter um projeto de Estado relativo a essa riqueza fabulosa do povo brasileiro.

É de se perguntar por qual motivo o Brasil abriria mão voluntariamente de um recurso que lhe pertence e que tem condições de explorar, pois, ao longo de décadas, a nossa engenharia desenvolveu a tecnologia necessária para tanto. Para se ter uma ideia da dimensão do que está em jogo, conforme divulgado pela Agência Brasil no ano passado, estudo do Instituto Nacional de Óleo e Gás da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aponta para a existência de ao menos 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás na área do pré-sal. Conforme a pesquisa, há 90% de chance de essa previsão se confirmar, podendo esse número ser ampliado, passando dos 200 bilhões.

Em sua edição de 2012 do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) chama a atenção para a importância do modelo de partilha proposto para a exploração do pré-sal, que ampliava a parcela da riqueza mineral que caberia ao Estado e à sociedade e fortalecia a Petrobras. Além disso, seria instituído um fundo de desenvolvimento para que os recursos oriundos das novas reservas fossem aplicados prioritariamente em educação, cultura, ciência & tecnologia e proteção ao ambiente. A partir das perspectivas que se abriam diante desse cenário, a FNE propunha ênfase no investimento em C, T & I no setor petrolífero e sua dinamização a partir de pequenas empresas de capital nacional. A mudança aprovada no Senado, sob um inexplicável regime de urgência e, portanto, sem o necessário debate público, joga por terra tais ambições.

É inadmissível que se usem os casos de corrupção na Petrobras como pretexto para causar prejuízo muito maior ao Brasil que os desvios praticados por agentes públicos e executivos do setor privado. Mais do que nunca, é preciso fortalecer a nossa principal empresa e defender as nossas riquezas.

Apesar da derrota significativa, a luta não acabou. A matéria ainda será apreciada na Câmara e se aprovada, seguirá à sanção pela Presidência da República. É necessário que a sociedade brasileira, independentemente de sua preferência partidária, atente para a relevância desse tema e faça toda a pressão possível para reverter a decisão. Aqui estão em jogo o interesse nacional e o futuro do País.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Valter Pieracciani

O reconhecimento pode se materializar em um simples cumprimento, um sincero bom dia. Ou alcançar a glória de um Prêmio Nobel. Ser reconhecido proporciona a nós, humanos, uma vibrante sensação de realização. Não me refiro aos estapafúrdios bônus em dinheiro.

Hoje, uma quantidade enorme de jovens obcecados trabalha e vive correndo atrás deles. Essa onda de bônus milionários introduziu uma enorme distorção em relação ao que se entende por reconhecimento; propositalmente, empresas e dirigentes inconsequentes estruturaram programas aos quais profissionais se entregam sacrificando suas vidas pessoais e, muitas vezes, seu caráter para receber quantias absurdas em dinheiro. Claro que as empresas fizeram as contas: esse trabalho frenético e sem limites custaria a elas, em condições normais, valores bem acima do total de bônus distribuí­dos. Lamentavelmente, muitos dos dirigentes dessas empresas não estão preocupados com o que vem depois. Com a vida e felicidade profissional desses executivos – jovens na maioria. Não querem saber das consequências, das doenças do trabalho, do estresse e até dos suicídios. Vendem a imagem falsa de que meritocracia é isso, e que é sinônimo de profissionalismo e força.

Quando me refiro a reconhecimento, falo do reconhecimento sadio, genuíno e, na maioria das vezes, dissociado do financeiro. Felizmente há ainda enorme espaço para ele. O reconhecimento verdadeiro emociona, motiva e provoca felicidade. Traz a verdadeira realização profissional. Na maioria das vezes chega inesperadamente. Acontece mais em longo prazo, porém quem é reconhecido guarda o momento para sempre. Não é um reconhecimento efêmero, passageiro como o pagamento de um bônus.

Os que têm a felicidade de saboreá-lo trabalharam, na maioria das vezes, naturalmente. O profissional que o recebe fez um bom trabalho e gosta do que faz, por isso fez direito. Ama seu ofício e, sendo assim, dedica-se a ele. Entregando-se, tem bom desempenho e com isso causa impacto nos resultados, que se mostram elevados. Não trabalhou para ser melhor que os outros, mas para ir ao encontro de seu propósito, fazer diferença, ser melhor para os outros. Enaltecer o valor de seu trabalho e de sua profissão.

Diferentemente dos reconhecimentos mercantilistas nos quais uns poucos ganham e, obrigatoriamente, outros tantos têm que perder, na realidade do reconhecimento sadio as pessoas não fazem bem a si próprias ou às suas empresas exclusivamente. O trabalho delas traz resultados para a sua classe profissional, sua comunidade e, muitas vezes, para a sociedade como um todo.

Dia 11 de dezembro último, o SEESP, em solenidade de premiação, reconheceu seis profissionais, dentre os quais este que aqui escreve. Durante toda a cerimônia, naquela noite feliz, foi o significado da palavra reconhecimento que apareceu o tempo todo em nossas mentes. Reconhecimento real, desinteressado, focado no bem comum. As seis categorias do prêmio, por si só, mostram a grandeza da iniciativa: Desenvolvimento urbano; Educação; Inovação; TI e comunicação; Transporte, mobilidade urbana e logística; e Valorização profissional.

No ambiente do auditório, amigos e familiares miscigenados a personalidades. Entre os presentes e os agraciados havia uma atmosfera de paz e realização profissional. Algo impensável nas empresas orientadas exclusivamente a resultados financeiros. Entre os premiados, o amor pelo trabalho e pela profissão era evidentemente o ponto em comum.

Foi um momento inesquecível que se sobrepôs à crise e à depressão. Em tempos difíceis, é o combustível reconhecimento que nos move positivamente.

Noite e cerimônia impecáveis. Comandada e “engenheirada” pelas cabeças brilhantes de duas figuras de máximo respeito: os engenheiros Murilo Celso de Campos Pinheiro e professor-doutor José Roberto Cardoso. Um viva aos engenheiros e ao reconhecimento do trabalho e da profissão!


Valter Pieracciani é engenheiro, criador do projeto educacional “A verdadeira mágica”,
agraciado pelo SEESP com o prêmio personalidade da Tecnologia em Inovação 2015

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