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OPINIÃO - Oportunidades para engenheiros

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Fernando Palmezan Neto

      Poucas semanas antes do início da crise econômica que se espalhou pelo mundo a partir do segundo semestre de 2008, o Brasil crescia a taxas próximas de 5% do PIB (Produto Interno Bruto). Nesse quadro, era evidente a falta de profissionais em algumas áreas da engenharia, como a naval e a mecânica. Como efeito imediato da turbulência financeira, tivemos uma desaceleração da economia e consequente retração no processo de desenvolvimento. Para nossa categoria, o impacto direto de menor desenvolvimento são menos postos de trabalho.
       Como consequência de uma economia bem estruturada e pouco dependente de fatores diretamente ligados à importação e à exportação, nosso País está reagindo rapidamente aos efeitos nocivos da crise.
       Fica evidente que logo voltaremos aos níveis anteriores de demanda por profissionais ligados à área tecnológica. Aliada a essa retomada, temos ainda a confirmação dos campos de petróleo do pré-sal, o que, segundo a Petrobras, acarretará a necessidade de contratação de aproximadamente 200 mil profissionais. Diante disso, fica evidente que enfrentaremos novamente um grande gargalo para o desenvolvimento nacional: a falta de engenheiros. A crise – gerada também pela exacerbação das finanças – mostrou ao mundo que sem a valorização da produção, as economias apresentam-se demasiadamente frágeis. É preciso, portanto, que nos voltemos a ela e que seja assegurado um insumo essencial ao desenvolvimento, a mão de obra qualificada.
      Vale ressaltar que apenas para atender à demanda do pré-sal seria necessário muito tempo, visto que o Brasil forma aproximadamente 30 mil engenheiros por ano. Esse problema vem sendo abordado pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” desde meados de 2006. Na época, já se enfatizava que uma expansão econômica próxima de 6% exigiria dobrar esse número de formandos. Num esforço de reverter esse quadro, os sindicatos que compõem a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) têm chamado a atenção para a situação e incentivado a participação dos estudantes nos diversos seminários que realiza, debatendo temas afetos à infraestrutura, à industrialização e ao avanço tecnológico.
       Embora seja um problema a ser sanado, a situação não deixa de ser uma oportunidade a milhares de jovens que voltam a ter a chance de optar por uma carreira na engenharia, garantir seu futuro e ao mesmo tempo contribuir com o bem-estar de todo o povo brasileiro.



Fernando Palmezan Neto é diretor do SEESP e
coordenador do projeto “Cresce Brasil +Engenharia + Desenvolvimento”

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