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07/04/2014

Sinal de alerta ao uso e consumo de agrotóxico no Brasil

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados, debate, nesta terça-feira (8/4), o uso e o consumo de agrotóxicos no Brasil. Segundo o deputado Adrian (PMDB-RJ), que propôs o debate, dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indicam que o consumo de agrotóxicos cresceu 190% no Brasil, entre 2000 e 2010, enquanto o crescimento mundial no mesmo período foi de 93%. O país é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, movimentando 7,3 bilhões de dólares e 19% do mercado mundial, deixando os EUA em segundo lugar, com 17% do mercado global.

Segundo o parlamentar, a Anvisa tem encontrado, nas fiscalizações que realiza, diversas irregularidades como: alterações não autorizadas de formulações; falta de controle de qualidade na produção de agrotóxicos; indicações de misturas sem autorização; e reprocesso de produtos vencidos sem garantia de qualidade e segurança para a saúde pública.

“Além das irregularidades no processo de fabricação, há sérios problemas de contaminação ambiental e humana. Conforme dossiê divulgado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos”, afirma.

Campanha da CNTU
Em 2012, as categorias representadas pela CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) apresentaram ações nacionais que irão desenvolver neste ano em várias áreas. Uma delas é contra o uso do agrotóxico apresentada pela Federação Interestadual dos Nutricionistas dos Estados de Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e São Paulo (Febran).

Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo, já perdendo para os Estados Unidos, conforme advertência do presidente da Febran, Ernane Silveira Rosas. E apresenta, ainda, que, em 2010, 1 bilhão de litros de agrotóxicos foram jogados na agricultura nacional, equivalente a cerca de 5,2 litros desse produto por habitante ao ano.

Rosas critica o que classifica como monopólio do setor, dominado apenas por seis empresas multinacionais - Basf, Bayer, Monsanto, Syngenta, Dow e Du Pont. “É um absurdo que bilhões de pessoas estejam nas mãos dessas empresas, que faturaram, em 2010, 7,3 bilhões de dólares e, no ano passado, 8 bilhões.”

A proposta central da ação é exigir que o Brasil proíba a utilização dos agrotóxicos que foram banidos em seus países de origem.

* Veja aqui a apresentação de Ernane Silveira Rosas


 

Imprensa - SEESP
Com informações da Agência Câmara de Notícias











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