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25/04/2013

Anpei alerta para os elevados custos de se inovar no Brasil

O presidente da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresas Inovadoras), Carlos Calmanovici, em recente debate no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), na Capital paulista, alertou para os elevados custos de se inovar no País. Falando sobre o Inova Empresa, disse que o plano parte de um ponto importante, já que o País conta com universidades fortes, e institutos com infraestrutura e corpo técnico que podem apoiar avanços em ciência, tecnologia e inovação. “Temos também as empresas inovadoras, que já fazem inovação nesse ambiente e são elementos que podem alavancar esse programa. Por serem inovadoras, têm liderança em seus segmentos e podem suportar um avanço significativo”, acrescentou. Ele destacou ainda o papel do governo federal que, por meio de vários programas, tem se posicionado levando em conta a importância da inovação na competitividade brasileira.

Contudo, para o executivo da Anpei, a base é apenas o ponto de partida e há um caminho longo a ser construído. “Tudo isso só vai acontecer se empresas enxergarem a agregação de valor e utilizarem os recursos e programas apresentados no Plano. A adesão das empresas e seu apetite por inovação dependem, fundamentalmente, da percepção de risco e avaliação do ambiente de negócios”, afirmou.

Custo Brasil
Ele lembrou que as empresas inovam para obter uma posição diferenciada em relação ao resto do mercado, inclusive o externo. “O gasto em inovação deve ser visto como investimento com características diferenciadas porque envolve a perspectiva de risco. A aversão maior ou menor ao risco depende muito das políticas macroeconômicas que possam favorecer ou não esse apetite ou tolerância ao risco”, enfatizou. Nesse sentido, disse ele, o chamado custo Brasil impacta terrivelmente os investimentos. “Hoje não somos competitivos para fazer inovação. Os custos para fazer inovação no Brasil são altos comparativamente a outros países”, alertou.

Ele defendeu que o País pense instrumentos mais ousados para encorajar as atividades de P,D&I feitas pelas e nas empresas, e não apenas em institutos de pesquisa e universidades. “Temos países caminhando muito mais rapidamente do que o Brasil nessa direção.” Calmanovici também mencionou a diminuição da participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “É essa indústria que alavanca iniciativa em inovação.”

O sistema de registro de propriedade intelectual no País é outro problema apontado por dirigente da Anpei: “Isso faz parte do ambiente e pode estimular algumas iniciativas das empresas em inovação. Notamos uma evolução enorme do INPI [Instituto Nacional da Propriedade Industrial] nos últimos anos, mas ainda há muito que melhorar.” Entre as dificuldades, ele citou o backlog de patentes, a lei de acesso biodiversidade e a necessidade de mudar a lei que trata da realização de contratos de transferência de tecnologia entre empresas.

“Enquanto não atuarmos nesses problemas, o Brasil vai continuar nas posições intermediárias em inovação, o que é totalmente incompatível com a posição brasileira na economia mundial”, enfatizou, acrescentando que os avanços são positivos, mas insuficientes para colocar o Brasil numa posição mais destacada em inovação.

Imprensa – SEESP
Com informações do site da Anpei




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