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26/08/2019

Em defesa da Amazônia

 

Comunicação SEESP

 

As imagens das queimadas na Amazônia – que, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aumentaram 84% de janeiro a agosto deste ano – chocaram o mundo e levaram milhares às ruas nos últimos dias para protestar contra a devastação da floresta, em todo o Planeta. No Brasil, atos ocorreram em ao menos 40 cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro, Curitiba, Natal, Manaus, Salvador, São Luís, além do Distrito Federal e das cidades paulistas de Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto.

 

Na Capital paulista, protesto contra devastação da floresta. (Foto: Divulgação) 

 

São Paulo, que vivenciou os efeitos das queimadas no dia 19 de agosto, se somou às mobilizações. Na última sexta-feira (23) cerca de 10 mil pessoas se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e caminharam até a fachada da Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na região  dos Jardins, na Capital. Nos cartazes, apelos a “SOS Amazônia” e pela preservação ambiental.

 

Ato em defesa da Amazônia na cidade de São Paulo. (Foto: Soraya Misleh)

 

Floresta em pé

 

A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) – juntamente com seus sindicatos filiados, entre os quais o SEESP – se soma a essa defesa. Já em 2006, ao lançamento de seu projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, alertava para a expansão contínua das queimadas e seus efeitos nocivos, bem como apontava outros caminhos e propostas ao desenvolvimento sustentável, mantendo a floresta em pé. Em nota técnica para o “Cresce Brasil”, Daniela Bacchi Bartholomeu, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz – Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP), assinalava: “As alterações nos padrões de consumo e o aumento da produção de alimentos vêm resultando, nos últimos anos, num elevado crescimento da área ocupada por grandes culturas, tais como a soja. A expansão da fronteira agrícola vem ocupando áreas florestais, resultando em elevadas taxas de desmatamento e queimada (contribuindo para o agravamento do efeito estufa), bem como em alterações da qualidade do solo. Madeireiras ilegais também atuam de forma intensa nestas regiões.”

Bacchi alertava: “Deve-se atentar para políticas que visem à redução dessa taxa de desmatamento e da velocidade do avanço da fronteira agrícola. Aumentos de produtividade, através de pesquisas científicas e tecnológicas e otimização da utilização do solo, podem diminuir a necessidade de fertilizantes ou da água para irrigação e devem ser prioridades. É fundamental, portanto, conhecer o balanço energético de programas dessa natureza e os impactos em termos da mudança do uso do solo e da expansão da fronteira agrícola. Com relação ao setor madeireiro, deve haver fiscalização eficiente de atividades ilegais, bem como disseminação de processos de certificação florestal. Deve haver valoração da floresta plantada para a sociedade, assim como do custo de oportunidade de se manter a floresta em pé. (...)”

 

 

 

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