O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cuja entidade mantenedoura é o SEESP, promove o curso "Concessões e Concessões sobre PPP: introdução, conceitos e perspectivas", com duração de um dia inteiro e previsão de turmas para os próximos três sábados - dias 16, 23 e 30 de abril de 2016. A primeira turma já ocorreu no sábado (9).
Pela manhã, das 08h30 às 11h45, haverá conceitos de: Economia Brasileira e Atividades Reguladas; Concessão Pública; Fundamentos Econômicos das Concessões: Projetos ou Negócios; Leis; entre outros.
Na parte da tarde, das 13h às 16h45, conceitos de MIP, PMI e Chamamentos Públicos; Estrutura Privada para apresentação de uma MIP; Financiamento de Projetos de Concessão: Mercado de Dívidas; Financiamento de Concessões Mercados Alternativos.
O valor total do curso é de R$ 180,00 (em até seis vezes no cartão de crédito). O pagamento pode ser feito por boleto, a ser enviado por e-mail após a inscrição, ou no cartão de crédito no dia do curso. A atividade ocorrerá no prédio do Isitec, na Rua Martiniano de Carvalho, 170, Bela Vista, próximo à Estação São Joaquim do Metrô. Telefone para informações (11) 3254-6850.
Confira Vídeo sobre o curso:
Imprensa SEESP
Com o objetivo de solucionar os “problemas estéticos”, envolvendo as placas solares convencionais, empresas italianas aprimoraram a tecnologia e desenvolveram uma telha cerâmica fotovoltaica, que se integra à estrutura da casa ou edifício. Um dos motivos que levou ao desenvolvimento da nova telha, foi o fato de os painéis tradicionais serem grandes e pesados, eram alvo de reclamações de grande parte do público, que rejeitava os modelos alegando que não queria danificar a estética dos telhados, impedindo a disseminação da energia solar.
Foto: divulgaçãoTelhas são feitas de cerâmica e possuem células fotovoltaicas embutidas.
Feita cerâmica, as telhas possuem quatro células fotovoltaicas embutidas e a fiação segue embaixo do telhado para o conversor. De acordo com o fabricante, além de ser capaz de substituir os painéis para captação de luz do sol, a telha, batizada de Tegola Solare, pode gerar cerca de 3kw de energia em uma área instalada de 40m², ou seja, um telhado completo ou parcialmente coberto já poderia suprir as necessidades energéticas de uma casa tranquilamente. Porém, um impedimento para adquirir o produto, ainda, é que são mais caras do que as placas convencionais.
De acordo com os fabricantes, cidades como Veneza já adoraram a telha para manter suas características. A Itália é um país que possui muitas casas antigas e os centros históricos têm muitas regras de preservação, logo, em algumas cidades, a colocação de painéis solares é muitas vezes proibida por lei.
Como é a instalação?
A instalação das telhas fotovoltaicas é feita normalmente, como a de qualquer outro telhado, e a área que captará a luz solar depende da necessidade do imóvel. Por isso, os fabricantes também disponibilizam o mesmo modelo em telhas comuns.
Com informações do site Pensamento Verde
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Astrônomos brasileiros e alemães identificaram, pela primeira vez, uma estrela anã branca com atmosfera dominantemente composta por oxigênio. O que diferencia esta estrela das demais anãs brancas conhecidas até agora, é que não possui em sua atmosfera nenhum dos elementos até então encontrados nesse tipo de estrela: hidrogênio e hélio. Alguns sites especializados em tecnologia divulgaram que a estrela tem 99,9% de oxigênio.
Foto: WikiImagesAs anãs brancas são o estágio final da evolução da maioria das estrelas
A descoberta foi feita quando dados do rastreio SDSS (Sloan Digital Sky Survey) foram vasculhados por Kepler Oliveira e Gustavo Ourique, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Detlev Koester, da Universidade de Kiel, na Alemanha.
Os resultados surpreendentes foram publicados pela revista Science.
Estrela Anã branca
Trata-se do estágio final da evolução de todas as estrelas que nascem com 8 a 11 massas solares - dependendo de suas composições iniciais -, as anãs brancas possuem brilho tênue, porte pequeno e uma densidade extremamente alta. Essa é a última etapa da vida da maioria das estrelas.
Cerca de 80% das anãs brancas possuem atmosferas dominadas por hidrogênio, e o restante tem o hélio como principal componente. Isso acontece porque, por sedimentação, os elementos mais pesados vão para as camadas inferiores, e os mais leves vão para as camadas mais altas.
Nova estrela
A atmosfera da nova estrela descoberta, entretanto, é dominada por oxigênio e somente apresenta traços de neônio e magnésio, o que indica que não pode haver hidrogênio, hélio ou carbono em sua composição - todos mais leves do que o oxigênio.
Modelos de evolução das estrelas
De acordo com o Kepler, a estrela desafia os modelos de evolução estelar existentes, que não preveem um objeto como o observado. Os modelos atuais preveem que uma mistura de oxigênio, neônio e magnésio seja encontrada em um pequeno número de estrelas, através da queima nuclear de carbono. No entanto, as anãs brancas formadas por este processo costumam ser muito mais pesadas.
"Se nem o núcleo deveria ser de oxigênio para massas menores que uma massa solar, muito menos a atmosfera," enfatiza Kepler.
Assim, está aberta a temporada de hipóteses para explicar a estrela com atmosfera de oxigênio, hipóteses que levarão à reescrita dos modelos de evolução estelar.
Com informações do site Inovação Tecnológica
Uma das principais bandeiras de luta da gestão atual da Federação Nacional dos Engenheiros,. A FNE, que tomou posse no último dia 28 de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo, é a engenharia unida. Em meio a uma crise econômica e política do País, engenheiros e dirigentes sindicais avaliam sua importância. Confira a edição do Podcast Jornal do Engenheiro sobre o tema.
Ao Podcast Jornal do Engenheiro, Marcellie Dessimoni, que está a frente do Núcleo Jovem Engenheiro, do SEESP, frisou que a engenharia unida não fique somente na teoria.
Carlos Augusto Kirchner, segundo vice-presidente da Delegacia Sindical de Bauru do SEESP, falou da importância em aproveitar este momento para reforçar o projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento, proposto pela Federação.
Já o coordenador técnico do projeto Cresce Brasil, Carlos Monte, lembra que para superar a crise nas instituições a engenharia precisa estar junta para contribuir na mudança da atual dinâmica nos serviços públicos.
Para Maria de Fátima Ribeiro Có, que integra a nova diretoria da FNE, é fundamental unir forças para alcançar um resultado mais rápido pela retomada do crescimento.
Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo e vice-presidente honorário para América Latina da União Internacional de Transporte Público, faz coro com Fátima Có e diz que é preciso sair da crise com fôlego.
Como solução, o professor titular da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso, aponta investimentos em tecnologia.
Imprensa SEESP
Edição Deborah Moreira
O uso do telefone celular para acessar a internet ultrapassou o do computador pela primeira vez no Brasil. É o que aponta o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014 divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais da metade dos 67 milhões de domicílios brasileiros passaram a ter acesso à internet em 2014 (54,9%). Em 2013, esse percentual era 48%. Mais de 60% dessas casas estavam na área urbana.
Foto: Agência Brasil
O celular para navegar na rede era usado em 80,4% das casas com acesso à internet, já o computador para esse fim estava em 76,6% desses domicílios e teve queda na comparação com 2013 (88,4%). A maior proporção desse uso foi registrada no Nordeste, com 92,5% dos domicílios com o celular como meio de acesso à internet.
Atendente de uma oficina de carros no sertão de Pernambuco, Kelyta Marília Tomaz da Silva, de 30 anos, tem computador e tablet em casa, mas ela, o filho João David, de 6 anos, e o marido, William, usam somente o celular quando o assunto é acessar a internet. “Uso mais para ver o Face [Facebook], converso muito no WhatsApp, e para ver vídeos, receitas”, contou ela ao apontar que essa é uma realidade entre amigos e conhecidos na cidade, que tem rede wifi gratuita na praça principal e nas pizzarias e bares. O pequeno João David já tem celular próprio com acesso à internet. “Meu filho está 24 horas no celular. O dia todo, até na hora de dormir”, informou ela, que também tem televisão de tela fina e conexão em banda larga fixa e móvel.
Banda larga móvel
O uso da banda larga móvel, presente em 62,8% dos domicílios com internet, aumentou 19,3 pontos percentuais em 2014 na comparação com 2013. Já a conexão de banda larga fixa diminuiu 5,2 pontos percentuais e atingiu 71,9% das casas com internet. O percentual de casas com banda larga móvel era maior no Norte (84,2%) e no Nordeste (66,2%). Além disso, 35% dos domicílios com internet tinham os dois tipos de banda larga em 2014.
O número de casas com acesso à internet por tablet, celular e televisão cresceu 137,7% – passando de 3,6 milhões para 8,6 milhões, de 2013 para 2014. O número de domicílios com acesso à internet por tablet (21,9%) e televisão (4,9%) cresceu 76,8% e 116,34% respectivamente no período.
O número de pessoas que acessou a internet por equipamentos eletrônicos diferentes do computador teve crescimento de 155,6% de 2013 para 2014, alcançando 10,5% da população de 10 anos ou mais de idade. O acesso à internet era uma realidade em 88,9% dos domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita de mais de 5 salários mínimos. Apenas 25,3% dos domicílios com renda inferior a um quarto do salário mínimo tinham internet.
Celular
Cerca de 136, 6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais tinham celular em 2014 no país. O número representa 77,9% dessa população e um aumento de quase 5% em relação a 2013 (6,4 milhões de pessoas) e de 142,8% em relação a 2005.
Com as menores proporções de pessoas com celular, as regiões Norte (69,4%) e Nordeste (69,9%) também registraram os maiores crescimentos desse contingente no período: 2,7 e 3,8 pontos percentuais. O Distrito Federal tinha a maior proporção de pessoas com celulares com 10 anos ou mais de idade (90,6%), já o Maranhão tinha a menor proporção, 54,4%.
Os grupos de idade que apresentaram os maiores aumentos entre 2013 e 2014 foram o de 10 a 14 anos de idade, ao passar de 49,9% para 54,1%, o de 15 a 17 anos, com 80,8% com celulares, em comparação a 76,7% em 2013, e o de 60 anos ou mais em que 55,6% tinham celulares em 2014, ante 51,6% em 2013.
Estudantes
O celular era um bem pessoal para 93,4% dos estudantes da rede privada de ensino e para 66,8% dos da rede pública, que representavam 74,3% dos estudantes brasileiros em 2014. Em 2013, esses percentuais eram 92,8% e 62,6% respectivamente. A proporção de pessoas com esse equipamento com 11 a 14 anos de estudo foi de 93,6% e de 96,8% com 15 anos ou mais de estudo. Os maiores crescimentos no período ocorreram nos grupos de 1 a 3 anos de estudo, que passou de 46,9% para 51,5% e 4 a 7 anos de estudo (de 67,4% para 71,1%).
Mais da metade da população rural passou a contar com telefone celular em 2014 (52,4%), após aumento de 4,6 ponto percentual em relação a 2013. A maioria dos celulares está na área urbana (82,3%), mas em todas as regiões a diferença entre as proporções do uso do celular nas áreas urbanas e rurais diminuiu. O local que registrou maior crescimento foi a área rural na Região Sudeste, com 5,6 pontos percentuais a mais que em 2013.
Fonte: Agência Brasil
No dia 22 de abril será realizada na sede da ONU, em Nova York, a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, dando início ao período de um ano para ratificação desse histórico tratado. O Acordo entra em vigor somente com a confirmação de pelo menos 55 países, que respondam por ao menos 55% das emissões mundiais de GEE (gases do efeito estufa).
Foto: Pedro Biondi/Flickr
Desmatamento na Amazônia
Para a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, a assinatura do Acordo de Paris pelo Brasil nessa solenidade será um gesto político da maior importância, seja pela repercussão internacional da reafirmação dos compromissos do país com o combate às mudanças climáticas, seja pela sinalização para a sociedade brasileira de que as metas assumidas no âmbito desse tratado serão efetivamente implementadas, gerando oportunidades que trarão mudanças reais e positivas do ponto de vista social, econômico e ambiental.
“A agenda do clima é, acima de tudo, uma agenda estratégica de desenvolvimento. Ela é ampla e urgente, do ponto de vista do risco climático e das oportunidades econômicas”, afirma Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima. “Buscar maior eficiência energética, reflorestar, recuperar áreas degradadas e tornar os processos produtivos mais sustentáveis envolvem não apenas mitigar as mudanças climáticas, mas trazer transformações que tornarão as atividades econômicas mais competitivas e promoverão uma sociedade mais justa e inclusiva. Essa é uma oportunidade sem precedentes para combatermos a crise, adotando uma outra forma de fazer negócios”, completa Rachel Biderman, diretora do WRI Brasil (World Resources Institute).
Decretos específicos
Por tudo isso, a Coalizão Brasil — movimento multissetorial que representa diversos setores da sociedade engajados nos desafios do clima, da agricultura e das florestas — espera que o governo brasileiro ratifique o mais breve possível o Acordo de Paris. Em termos legais, a ratificação precisa ser confirmada por meio de atos do Legislativo e do Executivo. Ambos os poderes devem corroborar formalmente, por meio de decretos específicos, os compromissos assumidos pelo Brasil na COP21.
“Validar o tratado em âmbito nacional é um dos passos fundamentais para iniciarmos o cumprimento das metas para o clima contidas na INDC brasileira, que, por sua vez, terão impactos em vários segmentos econômicos, sociais e ambientais do país”, lembra João Paulo Capobianco, presidente do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade). “Trata-se de um compromisso de Estado, que norteará o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos e décadas”, destaca Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Industria Brasileira de Árvores).
As metas contidas na INDC do Brasil incluem, entre outros compromissos:
- o reflorestamento e a restauração de 12 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;
- a implantação do sistema integração lavoura-pecuária-floresta em 5 milhões de hectares;
- a participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética e de 23% de energia renovável (além da hídrica) no fornecimento de energia elétrica até 2030.
Uma agenda com tal abrangência precisa de ampla discussão e, sobretudo, de planejamento.
“O governo deve estabelecer um processo de diálogo intenso com a sociedade, uma vez que o cumprimento das metas nacionais para o clima depende do engajamento e da mobilização de todos os setores”, completa Elizabeth Farina, diretora presidente da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
Sobre a Coalizão Brasil
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e à geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 120 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – coalizaobr.com.br. (EcoD/ #Envolverde)
Fonte: Site EcoD
Em 1973, o engenheiro da Motorola, Martin Cooper, fez a primeira chamada de um telefone portátil. Do outro lado da linha estava Joel Engel, chefe da Bell Labs, originalmente o braço de pesquisa e de desenvolvimento da AT&T. Um aparelho que está tão presente em nosso dia a dia atualmente que parece que está há tempos conosco. Porém, no último domingo (3/4), completou-se 43 anos do invento dessa inovação.
"Joel, aqui é Marty. Eu estou te ligando de um telefone celular, um telefone celular portátil de mão real”, disse Cooper. As empresas eram rivais na época e o engenheiro aproveitou para exibir o seu invento.
O modelo DynaTac tinha 33 cm de altura, 4,5 cm de largura, 8,9 de espessura e pesava 749 gramas. Tinha autonomia de 8 horas em modo de espera e uma hora de conversação; também não tinha visor e precisava de 10 horas de recarga para ser usado.
O aparelho já tinha passado por alguns testes em Washington e foi apresentado por Cooper em uma conferência de imprensa no Manhattan Hilton. Na época, a Motorola estava tentando convencer a FCC (Comissão Federal de Comunicações, em inglês), a disponibilizar mais bandas de frequência para conseguir comercializar a tecnologia.
Apesar de a ligação ter sido feita nos anos 1970, o celular já estava sendo desenvolvido desde a década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, baseado em comunicação por rádio.
Fonte: Olhar Digital
A redução do consumo de energia, principalmente pelas indústrias, foi um dos fatores que contribuíram para a decisão do governo de adotar a bandeira tarifária verde nas contas de luz neste mês, o que significa que não há cobrança extra na tarifa. Isso porque com menos demanda, não é preciso acionar as termelétricas, que produzem energia mais cara que as usinas hidrelétricas, por exemplo.
Foto: Reprodução
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a adoção da bandeira verde foi definida levando em conta três fatores: o aumento de energia disponível com a redução da demanda, a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro e o aumento das chuvas no período úmido, que fez com que o nível dos reservatórios das hidrelétricas ficasse maior. O nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de armazenamento do país, está atualmente em 58,6%, bem acima dos 33,54% registrados em abril do ano passado.
O professor Gilberto Jannuzzi, do Departamento de Energia da Unicamp, diz que os reservatórios estão em melhor situação que anteriormente, mas, segundo ele, não se pode deixar de mencionar a forte queda da demanda de eletricidade no país. “Esse equilíbrio entre oferta e demanda é que interessa discutir. Reduzir a discussão apenas para dizer que os reservatórios estão mais cheios é desconhecer como funciona um sistema elétrico”.
O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 5,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a redução foi puxada pela demanda do setor industrial, que caiu 7,2% no período. O consumo residencial fechou fevereiro com queda de 3,2%. Na avaliação da EPE, o quadro de crédito restritivo, além da perspectiva de aumento do desemprego e retração da renda, tem levado o consumidor a adotar um comportamento mais cauteloso.
Januzzi lembra que o consumo de eletricidade é um termômetro extremamente importante para aferir como anda a economia do país. “O primeiro setor a demonstrar isso foi o industrial, que vem reduzindo o consumo há dois anos pelo menos”. Segundo ele, a redução do consumo residencial também deve ser levada em conta. “O setor residencial em períodos de crise abriga muito da economia informal e chega inclusive a apresentar pequeno aumento do consumo de eletricidade em períodos de recessão. Nem isso está acontecendo agora, e devemos buscar explicações em nossas pesquisas”.
Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o principal fator para a decisão do governo de adotar a bandeira verde neste mês foi o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas, Ele ressalta, no entanto, que a redução do consumo de energia do setor industrial também contribuiu para essa reserva ficar alta. “Então, ajudou na tomada de decisão do governo [a redução do consumo industrial]. Mas [o principal motivo é que] está chovendo muito, os reservatórios estão cheios, então o governo resolveu dar um alívio nas tarifas”, diz.
Castro alerta que nos próximos meses começa o período de seca na maior parte do país e, se não chover, o governo poderá acionar novamente as bandeiras tarifárias amarela ou vermelha para manter o equilíbrio financeiro das distribuidoras. “Isso pode acontecer e vai depender do nível dos reservatórios, da segurança. A partir de maio, historicamente chove menos. Tem que ter uma reserva de energia para o ano que vem”, acrescenta.
“Está tão baixo o consumo industrial que a energia está sobrando”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Alexandre Moana. De acordo com Moana, o governo poderá manter a bandeira verde até que haja uma retomada da economia. “Se o Brasil voltar a crescer, as térmicas vão ser demandadas no primeiro momento. Mas estamos em uma paralisia produtiva no país”.
O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado em janeiro de 2015, como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras com a compra de energia de usinas termelétricas. No primeiro ano de vigência, a bandeira adotada foi a vermelha, com cobrança extra de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em março, a bandeira foi amarela, com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh. Em abril, a bandeira é a verde, sem cobrança extra na conta de luz.
Fonte: Agência Brasil