Jéssica Silva / Comunicação SEESP
Pensado para profissionais e estudantes que desejam utilizar métodos estruturados na execução de suas obras, os engenheiros civis e professores Antônio Carlos da Costa Valente e Victor Meireles Aires escreveram o livro “Gestão de projetos e Lean Construction – Uma abordagem prática e integrada”.
Os docentes, relata Aires, identificaram uma carência na literatura brasileira voltada ao Lean Construction. “Entendemos que esse conhecimento, quando conectado às boas práticas de gestão de projetos, só tem a contribuir para o desenvolvimento mais assertivo de obras civis, gerando também crescimento profissional aos engenheiros, arquitetos e demais profissionais ligados a gestão de obras”, explica.
Foto: Divulgação
O engenheiro civil explica que o conteúdo da publicação surgiu de um compilado das aulas e cursos de extensão que ele e Valente ministram na Faculdade de Tecnologia (Ftec), no Rio Grande do Sul. O Lean, que teve origem na fábrica da Toyota (Japão), é uma técnica conhecida por propor redução de desperdícios e melhoria contínua, que migrou do automobilismo para outras indústrias convencionais, como a da construção. E é para suprir o gap de publicações nacionais sobre o assunto, voltado à construção civil, que os docentes decidiram escrever a obra.
A proposta da publicação é propiciar gestão mais coordenada dos trabalhos para obter benefícios como o aumento da eficiência dos processos, planejamento integrado, além de redução de desperdícios, melhoria contínua e um melhor resultado final do projeto. Para tanto, a obra busca associar as boas práticas da gestão de projetos, como gerenciamento de escopo, tempo, custos, comunicação, riscos, entre outras, aos princípios, ferramentas e conhecimentos já consolidados da filosofia Lean Construction.
O livro tem lançamento previsto para a primeira quinzena de novembro e estará disponível nas principais livrarias do País e no site da editora Appris: www.editoraappris.com.br
Jornal Engenheiro*
Com a inovação em pauta, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Já em 2015, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), através da iniciativa Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), publicou um estudo chamado “Fortalecimento das Engenharias” que sinalizava a deficiência entre o que a indústria necessitava e o que as faculdades ofereciam. Nesse contexto, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP, com o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), foi citado como exemplo de formação adequada.
“Para uma nação inovadora, produtiva e desenvolvida, precisamos de pessoas inovadoras”, destaca nesta entrevista ao Engenheiro Paulo Mól, coordenador da MEI e superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), braço da CNI. Para ele, é preciso que cada vez mais faculdades se apoiem em diretrizes voltadas ao fomento da inovação, como as do Isitec, para qualificar os profissionais à indústria transformada pelas novas tecnologias.
Em 2015 a CNI levantou a deficiência entre mercado e faculdade. Como está esse cenário hoje?
O gap ainda existe. Falamos muito em internet das coisas, big data, inteligência artificial e todas essas tecnologias que são disruptivas, que vêm para alterar completamente as relações de trabalho, de produção. Mas o tempo de adaptação da academia, do preparo do professor e do aluno entrar em contato com tudo isso está descompassado. Muitas vezes no último ano de engenharia é que o aluno realmente vai lidar com o mercado de trabalho, ter aplicação da teoria, desenvolver grandes projetos, isso gera dificuldade ao futuro profissional. No Brasil pouco mais da metade de engenheiros atua na indústria. Na Alemanha, por exemplo, a indústria é praticamente formada por engenheiros. Para um país avançar na agenda de inovação, essa interlocução entre academia e empresa é fundamental, é uma convergência de propósitos. A academia precisa voltar seu olhar para os desafios do mercado. O número de engenheiros doutores atuando na produção é ainda menor (1,7%, segundo o estudo), a maioria esmagadora fica nas universidades. Ele pode até atuar na academia, desde que seja com projetos que atendam demandas nas empresas. Muitas vezes as linhas de pesquisas não são direcionadas a geração de empregos, renda e resultados efetivos para o País.
Como o Isitec se destaca nesse ponto?
A inovação é quando o conhecimento gera valor de mercado. O instituto tem um projeto pedagógico modelo de desenvolvimento de graduação com parcerias, com problemáticas reais. Se você cria uma estrutura em que de fato se busca que o conhecimento gere valor de mercado, está conectado com alguma empresa, alguma solução à sociedade, que resulta em um projeto de propostas para que tudo aconteça, isso é muito bem-vindo. É o que as faculdades precisam fazer. Mais importante do que atualizar as grades curriculares, são as diretrizes para o estudo e a aplicação dele para a indústria, para a sociedade, para o País.
Por que é importante defender a bandeira de um país inovador?
Não há país que se coloque bem no mercado mundial sem inovação. Ter o conhecimento e investir em inovação é a garantia para se tornar uma nação competitiva. Mas o Brasil tem um duplo desafio. Enquanto países desenvolvidos estão desafiados apenas à agenda de inovação, o Brasil tem uma agenda inconclusa do passado. Temos questões de infraestrutura, questões educacionais básicas, a agenda do século XX. Há dois anos o PIB (Produto Interno Bruto) está caindo, logo os investimentos também. Dedicamos 1% do PIB em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), sendo praticamente dividido ao meio entre investimento público e privado. Países desenvolvidos, em média, investem mais de 2%, com a maior parte vinda do setor privado. Mas é preciso que a economia esteja estável e que o Estado alavanque o investimento das empresas. Hoje está muito claro que a agenda de inovação é uma agenda de País e que todos os agentes que compõem a tríplice aliança (Estado, empresa, academia) não estão performando bem. É preciso um empresariado atento a essa agenda, legislações mais claras de fomento a inovação e academia focada no conhecimento aplicável, recurso humano qualificado. Quando se fala em inovação, as pessoas pensam muito na tecnologia em si, em máquinas, equipamentos, laboratórios e esquecem que a parte mais importante são as pessoas por trás da máquina. Um país inovador precisa de pessoas inovadoras.
Como é o profissional que a indústria necessita?
Aquele professor pardal inventor, supercriativo, que se fecha na garagem e faz tudo sozinho está totalmente fora. Os trabalhos hoje requerem time, saber se comunicar, liderar e ser liderado. Ao mesmo tempo, ele precisa ter autonomia e tomada de decisões. Num mundo voltado para big data, para tecnologias de informação, em que os dados estão todos aí, cada vez mais o mercado vai querer profissionais que tenham de fato capacidade de decidir, que consigam raciocinar e se expressar. É também fundamental ter o olhar voltado à solução de problemas, que é um atributo próprio do engenheiro e do profissional inovador, e fluência na língua inglesa, pois projetos tecnológicos são globais. Isso deixou de ser um item desejável e passou a ser mandatório.
Como a CNI contribui para essa formação?
Temos o Senai, que trabalha fortemente com ensino e estrutura profissionalizante. No IEL, trabalhamos com o fortalecimento de habilidades correlatas para o profissional, com cursos voltados a gestão industrial, liderança para inovação, temas que são extremamente importantes para que o profissional possa de fato estar mais bem preparado para as ações que estão sendo requeridas no mercado.
*Por Jéssica Silva. Jornal da FNE, edição 186 / novembro de 2017. Foto: José Paulo Lacerda/CNI
Processo seletivo: O vestibular 2018 para Engenharia de Inovação do Isitec tem inscrições abertas até 8/12. A graduação é totalmente presencial, com possibilidade de bolsa de estudos integral. Faça sua inscrição clicando aqui.
Comunicação SEESP*
Confira empresas que estão com inscrições abertas a programas de estágio em 2018, direcionadas a diversas áreas incluindo engenharia:
Amazon
Fundada em 1994, é uma empresa multinacional de comércio eletrônico dos Estados Unido, atuando no Brasil desde 2012. As vagas são para atuar em São Paulo.
Inscrições até 15/11.
Site: www.ciadeestagios.com.br
Yara
Fundada em 1905, na Noruega a Yara possui presença mundial, com mais de 12 mil colaboradores e vendas para mais de 150 países. No Brasil, tem sede em Porto Alegre e escritório em São Paulo. O início do estágio será em fevereiro de 2018.
Inscrições até 20/12.
Site: www.ciadeestagios.com.br/yara
*Com informações de Companhia de Estágios PPM
Comunicação SEESP*
Representantes da delegacia sindical do SEESP em Marília estiveram reunidos com integrantes do Centro Universitário Eurípedes (Univem) e do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) para reafirmar o trabalho em prol da inovação. Na ocasião, foram definidas diretrizes para os projetos a serem desenvolvidos conjuntamente e em consonância com a parceria firmada entre as instituições em julho último.
Segundo o vice-presidente da delegacia, Carlos Saito, os engenheiros do sindicato conheceram o Centro de Inovação Tecnológica (CITEC), o Centro Incubador de Empresas de Marília (CIEM) e o estúdio para a realização de gravação dos cursos de ensino a distância (EAD) do Univem. Para ele, a parceria entre as faculdades “certamente é a vanguarda do desenvolvimento do Parque Tecnológico no Interior Paulista”, que está na etapa de construção, em Marília.
A reunião teve a participação também das engenheiras da delegacia sindical Rosemary Miguel e Nelma Aparecida Mattosinho Martinez , e aconteceu na quinta-feira da VI Semana de Engenharia de Produção do Univem, com o apoio do Isitec – que tem o SEESP como mantenedor.
A semana, realizada em outubro (de 23 a 27/10), propôs aos estudantes de engenharias seminários e atividades sobre a área, tendo na programação a palestra do professor-doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) José Roberto Cardoso, também coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, e do diretor do SEESP e diretor de Extensão e Serviços de Consultoria do Isitec, Antonio Octaviano.
Na avaliação da professora e coordenadora do curso de Engenharia de Produção do Univem, Vânia Herrera, o evento foi produtivo. “É uma oportunidade dos alunos fazerem contato com engenheiros já experientes, o que acrescenta muito em suas futuras carreiras”, ela conta.
Foto: Univem
Professor Octaviano , do Isitec, realizou palestra na Semana de Engenharia de Produção no dia 26/10.
Foto: Delegacia Sindical de Marília
Engenheira Nelma Martinez e engenheiro Saito (à direita) durante o evento em que ocorreu a reunião das instituições.
*Com informações do Univem e da Delegacia Sindical do SEESP em Marília
Comunicação SEESP*
O Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP participou da primeira Semana da Engenharia das Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), em 31 de outubro último, realizando a palestra “Engenharia, profissão e mercado de trabalho”.
A coordenadora do Núcleo, Marcellie Dessimoni, falou aos estudantes sobre questões que norteiam a profissão e a influência da categoria para o desenvolvimento nacional. Abordou também critérios de seleção em vagas de estágio e emprego na área. Jéssica Tridade, estagiária do Núcleo, salientou na palestra a relevância do movimento jovem, que tem se consolidado em todo País através dos sindicatos, com o propósito de aumentar a participação do jovem profissional no debate sobre a engenharia.
“Foi um momento importante para orientar os jovens acadêmicos sobre a legislação trabalhista, os direitos e deveres do profissional da categoria, as exigências do mercado de trabalho e a criação do Núcleo Jovem Engenheiro na cidade”, conta Dessimoni.
Foto: Núcleo Jovem Engenheiro
Estudantes após a palestra do Núcleo Jovem do SEESP.
*Com informações do Núcleo Jovem Engenheiro
Comunicação SEESP
Em 15 de dezembro próximo acontecem simultaneamente em todo o País as eleições gerais para o Sistema Confea/Crea e Mútua. Os engenheiros paulistas terão a possibilidade de exercer o direito democrático a voto direto e secreto para presidentes dos conselhos Federal e Regional de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea-SP) e diretores geral e administrativo da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua-SP). Não haverá eleição para conselheiros federais no Estado. Os nomes dos candidatos constam do site do órgão (http://www.creasp.org.br/eleicoes2017). Os eleitos assumirão o cargo em 1º de janeiro de 2018, com mandato de três anos.
Como participar
O processo se dará em turno único. A votação terá início às 9h e seguirá até as 19h, quando o presidente da mesa receptora distribuirá senhas a todos os eleitores presentes que ainda não tiverem exercido seu direito democrático, aos quais será solicitado entregar à mesa documento de identidade, civil ou profissional. A partir de então, somente poderão participar do processo aqueles portadores de senha. Encerrado o pleito, terá início a apuração.
Em São Paulo, diferentemente de outros estados que utilizarão urnas eletrônicas cedidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), o voto será feito em cédula de papel e depositado em urnas físicas. Para que seja válido, é fundamental assinalar a opção corretamente, de modo a não haver dúvidas. Por exemplo, deve-se atentar para que a anotação não extrapole o quadrado do candidato escolhido. Além disso, é importante não rasurar a cédula, sob risco de o voto ser anulado.
Onde votar
Além das sedes, inspetorias dos Creas e escritórios de representação em todo o Estado, haverá urnas em empresas, instituições de ensino e entidades de classe com atuação no âmbito do Sistema, conforme deliberação do Plenário do conselho regional.
O profissional deve verificar onde há urnas instaladas próximas a seu trabalho ou domicílio no site do Crea-SP e cadastrar-se para votar em uma delas até 14 de novembro, acessando este link . Em caso de dificuldades, ligar para 0800-171811.
No dia da eleição, caso tenha se cadastrado devidamente e seu nome não conste na relação de aptos a participar, é possível votar em separado. Por garantia, imprima, guarde e leve o comprovante de realização do cadastro consigo na data. Conforme deliberação da Comissão Eleitoral Federal (CEF), caso não haja manifestação prévia do eleitor por local de sua preferência, a relação será elaborada considerando o endereço para correspondência constante do cadastro do Crea-SP.
Quem vota
Poderão escolher seus representantes os profissionais registrados no órgão e com suas anuidades em dia. Para saber se consta da relação dos profissionais ou mutualistas aptos a votar, o eleitor deve acessar este link .
A quitação de obrigações em atraso precisa ser feita em até 30 dias antes da data do pleito e o comprovante deve ser apresentado no ato da votação.
Ilustração: Maringoni
Conheça o sistema
Além do Confea – seu órgão central, com sede em Brasília –, o Sistema compreende 27 Creas. Nove coordenadorias de câmaras especializadas dos órgãos regionais, a Mútua, com 27 Caixas de Assistência, bem como os Colégios de Presidentes e de Entidades Nacionais – este último integrado por 28 organizações, representando cerca de 500 entidades de classe regionais e 200 instituições de ensino afiliadas e registradas nos órgãos estaduais – compõem ainda o Sistema.
Os conselhos são autarquias públicas que têm como função precípua a fiscalização do exercício profissional de engenheiros e demais categorias abrangidas por ele, como agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas, tecnólogos e técnicos de nível médio de diversas modalidades. A fiscalização tem caráter coercitivo, preventivo e educativo.
Ao regular essa atuação, a missão institucional dos órgãos, segundo consta do site do Confea, é, por meio dos serviços técnicos prestados ou obras executadas por profissionais devidamente habilitados, promover o bem-estar à sociedade, melhorias à qualidade de vida e geração de riquezas ao País.
O Crea-SP é o maior conselho de fiscalização do exercício profissional da América Latina, com agentes em 12 regiões administrativas. Conforme dados do Confea atualizados até 25 de outubro, congrega 357.849 profissionais ativos, de um universo de 1.376.541 abrangidos pelo Sistema em todo o País. Do total, 871.238 são engenheiros.
Já a Mútua foi criada pela Resolução 252, de 17 de dezembro de 1977, do Confea, em atendimento a autorização contida no artigo 4º da Lei nº 6.496 do mesmo ano. Sociedade civil sem fins lucrativos, tem como principal objetivo, segundo consta de seu site, “oferecer a seus associados planos de benefícios sociais, previdenciários e assistenciais, de acordo com sua disponibilidade financeira, respeitando o seu equilíbrio econômico-financeiro”. Todos os profissionais com registro nos Creas, bem como o quadro funcional do Sistema, podem se filiar.
Comunicação SEESP*
Jovens engenheiros de Bauru estiveram juntos nesta segunda-feira (30/10), em reunião do Nucleo Jovem da delegacia sindical do SEESP na cidade, realizada na Universidade Paulista (Unip-Bauru). O grupo foi criado em 22 de agosto último, após uma palestra da coordenadora do núcleo da capital, Marcellie Dessimoni, na Unip-Bauru.
A partir de 2018, o Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP intensificará a criação do movimento em todas as delegacias sindicais, conforme conta Dessimoni, com o objetivo de aumentar a participação da juventude no debate em torno da engenharia e do desenvolvimento nacional, “formando profissionais cada vez mais cientes dos seus direitos, deveres e contribuindo na luta sindical pelo futuro da profissão”.
Além da coordenadora, marcaram presença na reunião o diretor da delegacia sindical de Bauru, Cezar Santana, o professor e coordenador dos cursos de engenharia Mecânica e Civil da Unip, Luiz Adriano, o representante do núcleo em Bauru, Alison Tiburcio e a estagiária do núcleo, Jéssica Trindade.
Na avaliação de Dessimoni, a reunião foi bastante positiva: “todos estavam motivados a contribuir com os problemas reais da região e unir a categoria em prol do fortalecimento e da valorização profissional”.
Foto: Núcleo Jovem Engenheiro
Participantes da reunião do Núcleo Jovem Engenheiro de Bauru.
*Com informações do Núcleo Jovem Engenheiro
UFSCar
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza, de 9 a 11 de novembro, no Campus Sorocaba, o quinto Encontro Mês da Consciência Negra e o III Seminário de Educação das relações étnico-raciais e formação profissionais da Educação. O Encontro surgiu em 2013, por demanda de estudantes do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd-So) e de integrantes do Movimento Negro de Sorocaba, articulando-se ao Seminário de Educação a partir de 2014.
Um destaque é a participação de Stela Caputo, docente da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e líder do grupo de pesquisa Kekéré (pequeno, em Yorubá), cuja ênfase está em pesquisas com crianças e jovens de terreiros de candomblés brasileiros. A pesquisadora desenvolveu importante trabalho sobre a discriminação racial e religiosa dessas crianças, sobre o qual falará em palestra no dia 10, às 20h30, e em roda de conversa no dia 11, das 9 às 13 horas.
>>> Para se inscrever é necessário preencher formulário clicando aqui.
Confira programação:
Altamiro Borges*
O relatório elaborado pelo senador Hélio José (Pros-DF), que tem 253 páginas e será enviado ao plenário da Casa para votação até 6 de novembro, afirma que o sistema previdenciário, que faz parte da seguridade social, é superavitário. Ele ainda aponta os verdadeiros gargalos que precisam ser enfrentados de imediato, como as fraudes e a sonegação, e faz críticas à proposta de reforma do setor apresentada pela quadrilha de Michel Temer, que na prática significa o fim da aposentadoria dos brasileiros.
O relatório rechaça os dados divulgados pelo covil, que “desenham um futuro aterrorizante e totalmente inverossímil” com o intuito de acabar com a previdência pública e beneficiar as empresas privadas. “É importante destacar que a previdência social brasileira não é deficitária. Ela sofre com a conjunção de uma renitente má gestão por parte do governo, que, durante décadas: retirou dinheiro do sistema para utilização em projetos e interesses próprios e alheios ao escopo da Previdência; protegeu empresas devedoras, aplicando uma série de programas de perdão de dívidas e mesmo ignorando a lei para que empresas devedoras continuassem a participar de programas de empréstimos e benefícios fiscais e creditícios; e buscou a retirada de direitos dos trabalhadores vinculados à Previdência unicamente na perspectiva de redução dos gastos públicos”.
Segundo o deputado Hélio José, não é admissível qualquer discussão sobre déficit sem a correção das distorções relativas ao financiamento do sistema. “Os casos emblemáticos de sonegação que recorrentemente são negligenciados por ausência de fiscalização e meios eficientes para sua efetivação são estarrecedores e representam um sumidouro de recursos de quase impossível recuperação em face da legislação vigente.” De acordo com o seu relatório, as empresas privadas devem R$ 450 bilhões à Previdência e, para piorar, segundo a Procuradoria da Fazenda Nacional, somente R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis. “Esse débito decorre do não repasse das contribuições dos empregadores, mas também da prática empresarial de reter a parcela contributiva dos trabalhadores, o que configura um duplo malogro; pois, além de não repassar o dinheiro à Previdência esses empresários embolsam recursos que não lhes pertencem”.
Apesar destas conclusões alarmantes, que desmascaram as teses dos privatistas, a CPI do Senado não teve qualquer destaque na mídia venal. Ela foi instalada no final de abril e, desde então, promoveu 26 audiências públicas. Como observa o presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), “os grandes devedores da Previdência também são clientes da mídia. Sabíamos que uma investigação deste vulto não teria cobertura da grande imprensa”. Ele lembra ainda que 62 senadores assinaram a proposta de criação da comissão – eram necessárias apenas 27 assinaturas –, o que revela o grau de desconfiança dos parlamentares em relação aos argumentos apresentados pelo governo e pela mídia chapa-branca em defesa da reforma previdenciária.
*Altamiro Borges é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Companhia de Estágios PPM
A rede social Twitter está com inscrições abertas até o próximo dia 20 de novembro para vagas de estágio em diversas áreas, incluindo engenharia. São nove vagas no escritório de São Paulo, com início em janeiro de 2018.
Imagem: Site FreePik
Para se candidatar, o estudante deve ter a conclusão da graduação prevista entre junho e dezembro de 2019. As inscrições podem ser feitas no site: www.ciadeestagios.com.br/twitter .
>> Confira também as vagas de estágio com data de inscrição prorrogada nas empresas Scania, Mídia Carrier, LG, EDP, Clariant, Dow e BASF.