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Agência Sindical

 

A reforma da Previdência cogitada por Bolsonaro é muito mais drástica do que a proposta por Temer. Ela dificulta o acesso à aposentadoria, esfaqueia diversos benefícios, estimula a privatização de um regime que hoje é solidário e pune principalmente os mais pobres.

 

O alerta vem em detalhado estudo feito por Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, integrante do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O especialista faz uma análise detalhada dos pontos que impactam os segurados do regime geral na versão preliminar da “reforma”, que deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional nos próximos dias.

 

Segundo Toninho, o projeto, trancado a sete chaves pelo governo, mas vazado pela imprensa, visa, em dez anos, “cortar R$ 1 trilhão no valor dos benefícios pagos pelos padrões atuais”. Ele alerta que a maldade é ainda mais grave, “quando se sabe que esses benefícios têm natureza alimentar”.

 

Para o diretor do Diap, o sindicalismo precisa buscar entender um tema “complexo e árido”, como também “levar esse debate para seus Jurídicos e informar a base sobre os ataques que estão embutidos na reforma”.

 

>>> Clique aqui e leia o estudo na íntegra.

 

 

 

 

Jornal da USP*

 

Desde 2016, professores da USP, em São Carlos, já levaram três turmas para conhecer a cidade de Mariana, em Minas Gerais, onde ocorreu o mais grave desastre ambiental da história provocado por vazamento de minério. A proposta é que os estudantes, que estão no primeiro ano do curso de Engenharia Ambiental, observem de perto os efeitos da tragédia.

 

“Estudamos os impactos ambientais em suas múltiplas dimensões: sociais, econômicas, de saúde pública, sobre os ecossistemas aquáticos e terrestres etc. Essa visita traz discussões sob o ponto de vista histórico e socioeconômico da mineração no Brasil”, explica o professor Carlos Roberto Monteiro de Andrade, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP. Junto ao professor Marcel Fantin, ele ministra a disciplina para estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

 

Durante a viagem didática, como é chamada a atividade em campo, os alunos têm a oportunidade interagir com os diversos atores sociais envolvidos no desastre – famílias, agentes públicos, jornalistas, pessoas de ONGs, entre outros – e ter uma dimensão da complexidade de problemas envolvidos em sua futura atuação profissional.

 

 

Foto: arquivo pessoal dos docentes
Estudantes USP Mariana
Conversa com os alunos em atividade em Mariana.

 

 

Embora na área de engenharia as questões técnicas costumem ser o foco, estudantes de Engenharia Ambiental precisam desenvolver um olhar crítico sobre tópicos de natureza social. “Uma reflexão que sempre colocamos aos alunos é que a qualidade e responsabilidade do trabalho deles já começam na graduação. Quanto menos rigor, quanto menos legislação ambiental, mais danos à população e ao ambiente e menos emprego para o engenheiro ambiental”, afirma o professor Marcel, que tem formação em Direito e em Política e Administração de Recursos Minerais.

 

O rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana ocorreu em novembro de 2015, provocando 19 mortes e atingindo o Rio Doce com milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro.

 

“Por dispor de recursos minerais fartos e diversos, o Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro, que é vendido praticamente sem qualquer beneficiamento. Esse processo mostra uma dependência estrutural do Brasil em relação a esse produto, mas, sobretudo, o poder da empresa de mineração em definir todos os critérios de implantação de suas plantas industriais, também definindo quais serão as normas que regerão ela própria”, critica o professor Carlos Andrade, formado em Ciências Sociais e em Arquitetura. “Assim como Brumadinho, essa é uma cidade completamente controlada pela Vale”, lamenta.

 

Sob o ponto de vista do princípio da prevenção, Marcel destaca que, após a privatização da Vale, questões econômicas passaram a prevalecer sobre a segurança. “A lógica do economista passou na frente da lógica do engenheiro de minas e do geólogo. Uma empresa negociada em bolsa passa a maximizar os lucros, o que está ligado a uma série de fatores, que vão desde a otimização da produção até, por exemplo, a redução nos investimentos em segurança de barragens.”

 

 

 

*Adaptado de Tatiana Zanon / Assessoria de Comunicação do IAU. Publicado no jornal da USP em 7/2/2019.

 

 

 

 

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