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Dado o impulso às campanhas salariais dos engenheiros

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Soraya Misleh

 

Jonas da Costa Matos e Silvo Ando (à direita). Fotos: Soraya MislehRepresentante legítimo dos engenheiros no Estado de São Paulo, como destacou Murilo Pinheiro, presidente do sindicato, ao XXIV Seminário sobre Campanhas Salariais, realizado em 24 de abril último, o SEESP tem como função precípua a defesa dos direitos e conquistas da categoria nas campanhas salariais. Atualmente a entidade negocia com 36 empresas e entidades patronais, contemplando mais de 100 mil engenheiros em todo o território paulista. A maioria tem data-base em 1º. de maio e 1º. de junho. Concluído o evento anual, a percepção dos negociadores do sindicato é que está sedimentado o caminho rumo a bons acordos e convenções coletivas de trabalho.

 

O advogado Jonas da Costa Matos, do Departamento Jurídico do SEESP, acredita que o seminário tem sido importantíssimo para quebrar barreiras e pavimentar essa trajetória com responsabilidade e soluções razoáveis tanto para a empresa quanto para o trabalhador. “Este importante intercâmbio em nossa sede quebra o gelo”, brinca Silvio Ando, negociador do sindicato na Enel Distribuição São Paulo e Gridspertise Latam.

 

Arte: Fábio Souza

 

Negociador do SEESP junto a diversas empresas do setor energético, entre as quais a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), na avaliação de Antonio Areias Ferreira, o evento é fundamental para a aproximação empresa-sindicato. “Às vezes têm-se pontos contundentes, e o estreitamento das relações facilita muito as negociações. Conhecer as posições de outras empresas Da esq. para a dir., Antonio Areias Ferreira, Carlos Alberto Guimarães Garcez e Gley Rosa. Fotos: Soraya Misleh e Acervo SEESP fortalece a ter mais sensibilidade quanto ao que ocorre nos vários setores em todo o Estado de São Paulo”, analisa ele, que é presidente da Subsede Sindical em Campinas.

 

Ao encontro dessa visão, Carlos Alberto Guimarães Garcez, vice-presidente do SEESP e negociador junto à Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), ressalta: “Essa aproximação é fundamental. A empresa conhece o sindicato, e essa conversa preparatória traz o convívio respeitoso, ético e ajuda nas negociações, conforme a perspectiva econômica do País.”

 

O também dirigente Gley Rosa, negociador com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), elogia essa integração, “cada vez melhor, de modo a se evitar ter que chegar a dissídios ou greve”. Sua expectativa para 2025 é que tudo se resolva à mesa, de modo que o engenheiro se sinta valorizado. Na companhia, várias conquistas se deram fruto da ação do sindicato e da mobilização da categoria, como o pagamento do piso profissional (Lei 4.950-A/1966), conquistado conforme decisão judicial.

 

A partir da esq., Francisco Oiring, Henrique Monteiro Alves e Nestor Tupinambá. Fotos: Soraya Misleh e Rita CasaroNegociador na ISA Energia Brasil, o também dirigente Francisco Carlos de Azevedo Oiring descreveu sua impressão com o seminário em 2025: “Achei fantástico. Veio muito a calhar para o momento e a luta que virá a análise socioeconômica.”

 

Compartilham dessa avaliação os dirigentes Henrique Monteiro Alves e Nestor Tupinambá, representantes do sindicato, respectivamente, à mesa com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP). Ambos pontuaram que essa aproximação agrega e muito para que se alcancem os resultados em prol da categoria nas negociações.

 

Carlos Hannickel e Fátima Blockwitz. Fotos: Soraya Misleh e Acervo SEESPEsta é também a constatação de Fátima Blockwitz, presidente da Subsede Sindical em Sorocaba e negociadora na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), para quem, embora otimista e com a certeza de que acordo é sempre a melhor saída, o cenário é de incertezas nessas campanhas salariais, diante da privatização da companhia em 22 de julho de 2024.

 

Nesse quadro, acredita que o seminário ganha centralidade ao “quebrar o preconceito com relação às negociações com o SEESP, que se coloca como o que de fato é: parceiro. É o que somos, pela nossa própria condição e formação, pela possibilidade que temos de ajudar.”

 

Interlocutor pelo SEESP na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e na Prefeitura Municipal de São Paulo, Carlos Hannickel ratificou a importância, nesse processo, da análise de conjuntura que abre o seminário. Além disso, para ele, “ficaram bem colocadas nesse evento a capacidade e a demanda por engenharia nas empresas em meio à velocidade das inovações tecnológicas”.

 

Parcerias e projetos

 

Diretor do SEESP e um dos negociadores junto à São Paulo Transporte (SPTrans), Edilson Reis acredita também que o seminário tem papel crucial para troca de informações e apresentação da forma como o sindicato atua. Isso, na sua ótica, favorece a realização de parcerias para o desenvolvimento de projetos que beneficiem a sociedade, dentre os quais alguns na área de transporte e mobilidade, com a contribuição essencial da entidade.

 

Hannickel conclui: “No mundo se desenvolvem formas de produção industrial, agrícola, de todos os níveis, e temos que ter capacidade técnica. Tendo em vista a característica do SEESP de ter sempre preocupação com o desenvolvimento, o seminário abre brecha para levar às mesas de negociação esse debate, o qual, pelo que vi, é de interesse também das empresas, que têm que ajudar a formar sua mão de obra.”

 

Da esq. para a dir., Renato Becker, Edilson Reis e Fernando Palmezan. Fotos: Rita Casaro e Acervo SEESPÉ o que colocou o vice-presidente Fernando Palmezan ao evento, para quem a parceria com o SEESP a essa qualificação pode fazer parte dos Acordos Coletivos de Trabalho. Ele lembrou que já estão em andamento conversas com companhias como Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) nessa direção.

 

“Podemos ajudar a melhorar nossas empresas e o País. Estamos loucos para voar, navegar e construir”, animou o diretor do SEESP Renato Becker, colocando à disposição das companhias a estrutura do sindicato, como o Conselho Tecnológico, para novos projetos e parcerias.

 

 

 

Foto no destaque: Plateia formada por engenheiros e dirigentes negociadores do SEESP. Crédito: Rita Casaro

 

 

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