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Educação – Isitec inaugura atividades em prol da inovação

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Soraya Misleh


“Com a cabeça no futuro e pés no presente” foi dado o pontapé inicial às iniciativas do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia) no dia 5 de junho. As palavras que procuraram definir a concepção arrojada que norteia o novo centro de ensino foram pronunciadas na ocasião pelo seu diretor-geral Antonio Octaviano. Realizado na sede do SEESP, entidade mantenedora, em São Paulo, o evento abriu o ciclo de seminários “Junho da Inovação”, que incluiu ainda o tema atual da economia verde (no dia 12) e tem na programação outros, como bio e nanotecnologia (19) e sustentabilidade ambiental nos empreendimentos de engenharia (26).

Octaviano lembrou que a proposta do Isitec decorre da visão de que o País não pode prescindir de uma cultura de inovação. Com isso, oferecerá a partir de 2013 graduação de engenharia nessa modalidade no prédio que abrigará a instituição de ensino, na Rua Martiniano de Carvalho, na Capital. E já a partir de agosto passará a disponibilizar cursos de extensão de curta duração.

Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, destacou que se trata da realização de um sonho, cujo trabalho “é da maior importância para todos nós, engenheiros, sindicalistas e cidadãos paulistanos e paulistas”. E completou: “Mostra que a entidade tem que pensar na inovação, na capacitação, na formação de qualidade.” Para Jurandir Fernandes, secretário estadual dos transportes metropolitanos de São Paulo, o papel do sindicato, nesse sentido, é de vanguarda. De fato, como observou José Marques Póvoa, diretor acadêmico do Isitec, não há a tradição entre organizações classistas de se envolverem com qualificação profissional. Também à abertura do ciclo, Edgar Horny, presidente da VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), valorizou a iniciativa como importante contribuição à competitividade e melhoria das condições de vida em âmbito nacional. “Não se chega a nenhum crescimento sem educação. Por isso, parabenizo o SEESP pela criação do Isitec.”

Na mesma linha, João Alberto Viol, presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), apontou a necessidade de mais profissionais qualificados. “Temos na inovação, na formação e na capacitação a chave. E esse instituto será uma grande alavanca à consolidação da engenharia brasileira.” Desse modo, salientou a importância do novo centro de ensino às empresas da área, que vivem, juntamente com seus profissionais, um momento de retomada, após 20 anos de crise. Acreditando no projeto e na atuação conjunta, Milton Léo, reitor do Unilins (Centro Universitário de Lins), ofereceu as instalações da escola à nova faculdade. Apoio que é motivo de orgulho para a equipe do Isitec, como ressaltou o diretor administrativo Fernando Palmezan.

Na opinião de José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, a instituição de ensino precisa ter a visão de que “a internacionalização é atualmente uma medida de qualidade e deverá ser praticada com intensidade para que consigamos formar um engenheiro global. Se o Isitec nascer com essa mentalidade, vai ser referência nacional. E é esse espírito que estou enxergando na equipe que está conduzindo essa proposta”. Coordenador de graduação do instituto, Marcelo Barroso observou que o cerne principal de sua atuação será garantir que o profissional tenha forte base científica e, “ao mesmo tempo, um pé na realidade das indústrias e das demandas sociais do Brasil”.

Saudando a iniciativa, o vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB) vaticinou: “Essa atividade do SEESP é uma alavanca em prol dos mais legítimos anseios de defesa da soberania nacional como instrumento para dar uma vida digna ao brasileiro mais simples.” O deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) concluiu: “O Isitec será muito importante nesse processo histórico por que o Brasil está passando. Terá uma longa vida de grandes contribuições na produção acadêmica, nos cursos, na formação e no aperfeiçoamento profissionais.”


Valorização do conhecimento

No evento inaugural, uma mostra de que o instituto segue essa trajetória. Em sua palestra sobre propriedade industrial na área de patentes, Maria dos Anjos Marques Buso, chefe da Divisão Regional de São Paulo do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), destacou a necessidade de o Brasil transformar o conhecimento em tecnologia e inovação. Ao que “a universidade tem que estar junto com a empresa”. Na sua concepção, isso é fundamental ao País ser competitivo em âmbito global.

Para o professor Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador da Agência USP de Inovação, o engenheiro é essencial nesse processo. E, sobretudo à solução de problemas que afligem a sociedade, é “extremamente importante a iniciativa de termos uma formação voltada para tanto”.

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