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06/09/2013

Debate – Ética para a credibilidade no jornalismo

O bom jornalismo é resultado da ética, que só pode se materializar no texto jornalístico quando há qualidade, técnica e credibilidade envolvidas em sua produção. Esses são conceitos essenciais para o que se convencionou chamar de bom jornalismo, nas palavras de Eugenio Bucci, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em sua apresentação sobre o livro Jornalismo, ética e qualidade, de Carlos Alberto Di Franco. Bucci falou no quarto encontro do ciclo de conferências “50 anos das Ciências da Comunicação no Brasil: a contribuição de São Paulo”, realizado no dia 30 de agosto, na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), e que se estenderá até 4 de outubro próximo.

Bucci destacou aspectos no livro que revelam a coerência e a conduta apartidária do autor, por meio da consistência de suas análises, que envolvem ética na imprensa. Para Bucci, a ética permite fazer um jornalismo de qualidade e a técnica garante a credibilidade. “Esse é o eixo ordenador do pensamento de Di Franco”, disse. E completa: “A independência editorial resulta de um distanciamento necessário do jornalista das esferas de governo, pois, caso haja essa proximidade, podem ser suscitadas indefinições jornalísticas.”

Jornalismo de múltiplos olhares

Se, por um lado, Bucci disse que, em uma democracia, a profissão deve ser exercida de maneira apartidária, por outro, ele afirmou ser incompatível, com um jornalismo saudável, governos que soneguem informações em plena democracia. “Por isso, o jornalismo deve necessariamente fazer uma apuração rigorosa dos fatos e apresentá-los à sociedade com uma linguagem aberta a múltiplos olhares, inclusive lançando mão de recursos gráficos atualizados, para realçar detalhes e destacar seu processo investigativo.”

Segundo ele, conforme preconiza Di Franco em seu livro de 1995, as empresas jornalísticas estão estruturadas em três níveis, dentre os quais a reportagem deve ter independência em relação à articulação e à publicidade. “A reportagem deve caminhar sem se deixar levar pelas predileções do veículo em que será veiculada. Seria bom se a opinião dos veículos fosse mais clara, o que realçaria o nível de independência de suas reportagens”, afirmou.

Mais informações sobre o ciclo: www.fapesp.br/7888

 

Fonte: Agência Fapesp




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