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01/11/2012

Pesquisa recupera hábitos alimentares de assentados gaúchos

Tradição, economia e saúde. Agricultoras dos assentamentos Ramada e Nova Ramada II no município Júlio de Castilho, no Rio Grande do Sul, participaram, durante um ano, de uma pesquisa que resgatou a cultura alimentar das famílias. O trabalho foi concluído neste mês, com um evento em que foram servidos diversos pratos e expostas as histórias das 19 famílias envolvidas.

A iniciativa foi da Emater do Rio Grande do Sul, que presta assistência técnica aos assentamentos. A extensionista Marisete Rockenbach explica que, primeiro, as agricultoras foram estimuladas a resgatar a história das famílias, montando suas árvores genealógicas. A lembrança da alimentação dos antepassados levou à comparação com os hábitos atuais. Depois, foram feitos levantamentos de custo da produção própria de certos itens e do preço pago para aquisição nos mercados.

A comparação mostrou que a produção própria pode resultar em até 77% de economia nos itens mais consumidos na região. "E é mais saudável", enfatiza Juliana dos Santos, assentada há 20 anos. No lote, ela tem soja, vacas de leite, milho, pastagem. E as "miudezas": mandioca, batata, verduras. "Tenho carne, leite e legumes em casa", conta Juliana, que compra no mercado apenas itens como farinha, arroz e açúcar.

História
Para além da economia, a pesquisa emocionou as assentadas ao recordar as origens das famílias. "Para mim foi maravilhoso. Lembramos as coisas de antigamente. Tem coisas que ainda fazemos igual", afirma Juliana. Com a sogra Bernadete Bellini, ela preparou um macarrão caseiro com molho de galinha caipira no evento que encerrou a pesquisa, no dia 18, no salão comunitário do assentamento Ramada.

Mais de 30 variedades de pratos preparados e produzidos pelas participantes foram apresentados, como bolo de melado, batata doce assada, nhoque de colher, pão de milho e torta mantuana, entre outros. Também foram expostos painéis com as receitas, os custos de produção e do mercado, pratos típicos das famílias e as árvores genealógicas.

"Foi muito gostoso. Nos reunimos, fizemos as coisas de antigamente", conta Bernadete Bellini, que resgatou a história dos avós e pais – parte da família veio da Alemanha, parte da Itália. A diferença desta geração? "Hoje tem gente que prefere comprar. Nós temos o costume de plantar, plantamos de tudo. É mais gostoso e não tem veneno", diz.

 

Imprensa – SEESP
Informação do Ministério do Desenvolvimento Agrário 



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