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07/03/2024

Encontro cultural coloca em pauta saúde e segurança no trabalho

Jéssica Silva – Comunicação SEESP

 

Na quarta-feira (6/3), o SEESP sediou a reunião preparatória para o encontro gastronômico cultural de abril “Todo mundo tem que falar, cantar e comer!”, realizado tradicionalmente no último domingo de cada mês na Praça Memorial Vladimir Herzog e Espaço Cultural a Céu Aberto Elifas Andreato, com apoio de diversas entidades, entre elas o sindicato.

 

A edição em questão acontece em 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A ideia é que o encontro seja palco de ação conjunta das diversas organizações do mundo do trabalho principalmente para conscientizar e mobilizar a sociedade sobre a importância do tema, conforme explicou Sérgio Gomes, o “Serjão”, jornalista e diretor da Oboré – um dos idealizadores do “Todo mundo tem que falar, cantar e comer!”.

 

Participaram da reunião representantes das centrais sindicais e do fórum das centrais, da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, além de sindicatos e especialistas da área. Marcaram presença também o vice-presidente do SEESP Celso Atienza e os diretores da entidade José Manoel Teixeira, Gley Rosa, Leonídio Francisco Ribeiro Filho e Nestor Tupinambá.

 

“Se queremos levar esse debate ao público, temos que dar visibilidade para as questões de acidentes e de desmonte do setor. Temos que trabalhar a mensagem para que qualquer pessoa entenda a informação”, pontuou Carlos Clemente, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região (Sindmetal), ao início da reunião.

 

“Temos que chamar a atenção, tornar essa questão mais aberta, para além do que já fazemos em nossos gabinetes, nossos auditórios; os trabalhadores têm que estar presentes”, concordou o diretor da Fundacentro, Remígio Todeschini.

 

Em 2022, mais de mil acidentes por dia foram registrados no Brasil, totalizando 612 mil, de acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Para o engenheiro Leonídio Francisco Ribeiro Filho, que teve grande atuação profissional na área, inclusive, como assessor técnico da Fundacentro, é necessária uma nova política nacional de saúde e segurança laboral que atinja, especialmente, as novas formas de trabalho. “Temos que reforçar também a valorização dos profissionais e técnicos de segurança. A fiscalização eletrônica é uma vergonha”, criticou Ribeiro.

 

“Acidente não é uma fatalidade, não é azar. Todo acidente tem causa”, frisou Gley Rosa, diretor do SEESP e engenheiro de Segurança do Trabalho. E ratificou: “Falta fiscalização e quem paga somos nós. Precisamos ampliar ações rescisórias, fazer com que o empresário pague por não ter tomado os devidos cuidados, as devidas providencias de segurança com o trabalhador”.  

 

 

ReuniãoPreparatória TodoMundoTemqueFalar 060324 1Atividade aconteceu de forma híbrida na sede do SEESP, na Capital. Fotos: Jéssica Silva

 

 

ReuniãoPreparatória TodoMundoTemqueFalar 060324 2Serjão (ao microfone), um dos idealizadores do "Todo mundo tem que falar, cantar e comer!"

 

 

 

Na ocasião, os participantes decidiram pela elaboração de uma carta aberta sobre o tema, a ser oficialmente lançada no dia 28 de abril, durante o encontro na praça, que pautará lutas permanentes. “Não estamos mobilizando as pessoas apenas para uma data, mas para construir uma política que defenda a saúde e segurança no trabalho”, reforçou Clemente.

 

A próxima reunião do grupo será em 20 de março, com a produção do documento conjunto em pauta. Ao final da reunião, alguns dos presentes foram até à Praça Memorial Vladimir Herzog, na rua Santo Antônio, a 300 metros de distância do SEESP.

 

 

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 PraçaNomes JessicaSilva

Há dois anos o “Todo mundo tem que falar, cantar e comer!” acontece no local, sempre no último domingo do mês, a partir das 12h. “Depois da pandemia e do pandemônio, era preciso voltar a fazer encontros presenciais, o olho no olho, nada substitui isso. E em São Paulo não ocupamos nossas praças, elas ficam vazias, precisamos ocupá-las”, defende Serjão.

 

A programação da atividade sempre conta com manifestações culturais, exposições de arte ou lançamentos de livros, sempre com um tema relevante para aquele mês. E de praxe, uma apresentação musical e um restaurante a céu aberto, com a regra “quem pode, paga, quem não pode, pega”.

 

Para o dia 28 de abril, ficou definido show com o grupo Inimigos do Batente, tocando músicas sobre o mundo do trabalho e do trabalhador. E para o almoço: feijoada.

 

Leia também: História, arte e convívio na Praça Vladimir Herzog

 

 

 

 

 

 

 

 

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