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19/07/2019

Agência Sindical completa 28 anos

Comunicação SEESP

 

Neste mês de julho a Agência Sindical comemora 28 anos de comunicação no mundo do trabalho. São diversas entidades sindicais que possuem os serviços prestados pela agência, além de consultoria, produções e também a comunicação própria, pois a agência alimenta sites, programas web e diversas plataformas com conteúdos diários sobre o movimento sindical e trabalhista.

 

No vídeo da semana, o jornalista e fundador da agência, João Franzin, dá o lugar de entrevistador à jornalista da Comunicação do SEESP, Rita Casaro, para ocupar desta vez o lugar de entrevistado. Franzin fala como a agência funciona, “somos uma empresa privada com oito funcionários e mais pessoas que fazem serviços freelancers. É um pessoal muito bom, muito dedicado, que veste a camisa”. Ele também aborda o momento atual político e a importância da comunicação ao movimento sindical. “A comunicação é absolutamente indispensável (...) Ela é a retaguarda no momento em que valoriza a ação sindical, repercutindo o que o sindicato faz, leva para a base, e também ela é vanguarda na medida em que expõe publicamente as posições dos sindicatos e faz a conexão com a sociedade, com os setores organizados”, ele afirma.

 

 

Reprodução Youtube

Entrevista Franzin 190719

 

Confira a entrevista:

 

A Agência Sindical é muito conhecida principalmente no meio sindical, é uma referência de informação. Como funciona a agência?

Somos uma empresa privada com oito funcionários e mais pessoas que fazem serviços freelancers. É um pessoal muito bom, muito dedicado, que veste a camisa, temos pessoas que trabalham conosco há 15 anos. Para acompanhar cada notícia do mundo do trabalho, a equipe se reveza num ciclo diário de quase 12 horas. Há ocasiões especiais em que mudamos esse ritmo, como numa greve geral, começamos às 4h da manhã. A Agência Sindical vive de prestar serviço para o movimento sindical na área de comunicação. Produzir boletins, jornais, revistas, vídeos, alimentar as redes das entidades que nos contratam. No Sindicato dos Trabalhadores de Transportes de Valores do Estado de São Paulo, o SindForte, por exemplo, nós trabalhamos lá desde 16 de fevereiro de 1992, um sábado de manhã, quando houve a assembleia de fundação da entidade. Eu estava lá. Com os metalúrgicos de Guarulhos nós estamos completando agora este ano 20 anos de trabalho. O Sindicato dos Servidores Municipais de Guarulhos, já são por volta de 12 anos. Entre outras entidades para quem trabalhamos há menos tempo.

 

Vocês também prestam serviços para entidades sindicais e para o mundo do trabalho. Como funciona essa divisão?

A nossa remuneração não vem do que postamos no nosso site, no nosso boletim eletrônico, nossas redes sociais, mas dos contratos com sindicatos e de entidades parceiras, como o SEESP. E por que a agência faz o próprio boletim eletrônico, o próprio site? Porque nós entendemos que a gente precisa manter o diálogo com o mundo do trabalho, precisa fazer a comunicação horizontal. Como bem observa João Guilherme Vargas Netto (consultor sindical), diferentemente da Europa, a comunicação sindical no Brasil é vertical, ela é muito voltada para as categorias. O sindicato às vezes está há um quarteirão do outro e não sabe que aquele sindicato fechou um acordo coletivo, não sabe que ali houve uma negociação, um dissídio no tribunal, que vai realizar eleições. Então as informações do sindicalismo não circulam no universo sindical. Claro que temos o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), que é uma fonte imprescindível, temos o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mas naquilo que é valorização sindical é a agência que tem feito.

 

Vivemos um momento difícil para o movimento sindical, mais difícil do que na Ditadura, talvez?

Na Ditadura, a perseguição aos sindicatos era seletiva, tinha o caráter ideológico de acabar com os comunistas e com os trabalhistas/ nacionalistas, aquilo que vinha de Getúlio, que era PCB, Partido Comunista Brasileiro. Depois, na medida em que o regime foi radicalizando, adotou a medida de arrocho salarial como uma política de estado. E aí de fato oprimia a massa trabalhadora, mas dava bandeira de luta para o movimento sindical. Hoje a situação é outra. Hoje o sindicalismo entrou na luta geopolítica sem querer. No projeto geopolítico de avassalamento da nação brasileira, desmonte do estado, os que pensaram o golpe e estão executando com método e com projeto, ao contrário do que diz a lenda, essas pessoas colocaram o sindicalismo também dentro daquilo que seria destruído, na visão deles o movimento sindical tem que ser destruído. Portanto é uma decisão de ordem política e eles nos atacam por todos os lados. Os sindicatos estão sofrendo de penúria financeira, é muito grave a situação da imensa maioria dos sindicatos, inclusive sindicatos patronais. Porque o fim da obrigatoriedade do imposto sindical afetou uma parte grande deles.

 

Como deve ser o esforço das entidades para investir e dispor de um serviço de comunicação como, por exemplo, este que a agência presta. Qual é a importância disso especialmente neste momento?

Há muitas formas de reagir, mas é difícil não tendo recurso. Porque você vai fazer uma luta e não tem suprimentos. O soldado tem que estar armado para fazer, se não o fuzil não serve pra nada. Não to dizendo que é uma situação de guerra e nem de enfrentamento, mas é uma tática de sobrevivência. Nesse aspecto, a comunicação é absolutamente indispensável, porque ela é a retaguarda e a vanguarda ao mesmo tempo. Ela é a retaguarda no momento em que ela fortalece, valoriza a ação sindical, repercutindo o que o sindicato faz, leva para a base, e também ela é vanguarda na medida em que expõe publicamente as posições dos sindicatos e faz a conexão com a sociedade, com os setores organizados. Então há uma conjuntura de dificuldade, mas, eu se fosse dirigente sindical, eu não mexeria em dois departamentos: jurídico e comunicação. Se desarticular departamento jurídico e de comunicação aí você entra num beco sem saída. Claro que o ataque vem por medidas provisórias, pela Lei 13.467, a questão do negociado sobre o legislado, o jurídico é absolutamente imprescindível. E a comunicação justamente é que vai valorizar essa ação sindical, dar respaldo sendo a retaguarda e, também, abrir e fazer os avanços que o movimento sindical precisa, até mesmo para criar condições de negociar com uma empresa.

 

Qual outra ação a comunicação sindical deve levar em conta?

Outra coisa importante é conversar com a sociedade. Ontem nós estivemos no sindicato de Guarulhos numa reunião e lá discutimos as questões do sindicato. E eu disse para a diretoria se íamos nos posicionar sobre a votação na Câmara dos Deputados, sobre a selvageria da reforma da Previdência. Então nós fizemos uma nota pública, que publicamos no site, depois mandamos para a imprensa, e hoje está em diversos sites. Então nós estamos falando com a sociedade nesse sentido.  

 

Quais os planos para o futuro da agência para avançar neste trabalho?

Nós estamos cuidando das nossas redes sociais. Nesses próximos três meses, vamos dar um formato mais profissional às nossas redes, trazer um profissional especializado nessa área para nos ajudar. A gente quer fortalecer as redes sociais da agência, Facebook, Instagram, site etc.

 

Veja a entrevista também no canal da Agência Sindical no Youtube clicando aqui.

 

 

 

 

 

 

 

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