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05/12/2018

Plenária e posse de conselheiros consultivos da CNTU


Soraya Misleh

Comunicação SEESP

Como parte da 13ª Jornada Brasil 2002 – O País que queremos, realizada Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), ocorreu na última sexta-feira (30) a 14ª Plenária do Conselho Consultivo da entidade, coordenada pelo seu diretor de Articulação Nacional, Allen Habert. No ensejo foram empossados 80 novos conselheiros. Agora, somam-se 1.458. Ao final, foi aprovada por aclamação a Carta da 13ª Jornada, que teve como tema central “Democracia, abre as asas sobre nós: desafios e caminhos”, lida pela engenheira Thereza Neumann, conselheira consultiva.

 

Foto: Beatriz Arruda

plenária cntu 2018

 

 

“A CNTU é um foro tipicamente da sociedade civil, uma das mais importantes instituições para se conseguir preservar a democracia e muito forte. Reúne várias profissões e isso faz com que seja ouvida”, salientou o professor associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Paulo Feldmann, um dos conselheiros consultivos veteranos da confederação que compuseram a mesa e saudaram os recém-chegados. Ele lembrou que “vamos entrar numa fase neoliberal muito perversa, que tem a América Latina como o melhor laboratório”. No Brasil, segundo o docente, esse modelo levou a que os bancos lucrassem R$ 110 bilhões neste ano, “praticamente um déficit fiscal”. E observou: “Enquanto países desenvolvidos estão taxando os lucros dessas instituições financeiras, aqui não pagam impostos. Mudar isso é uma bandeira que a CNTU deve encampar.” Ademais, destacou: “Precisamos criar condições para a competitividade da nossa indústria. A confederação, cujo papel será importantíssimo daqui para a frente, tem que discutir isso a fundo.”


Também veterano e com a missão de deixar mensagem aos novos membros do Conselho Consultivo da entidade, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Paulo Cruvinel enfatizou: “Essa é a casa da consciência crítica do profissional, para descortinar e conhecer a verdade.” Com base na realidade, conforme sua visão, é mister construir estratégias que levem “ao futuro desejado, com equidade e igualdade, respeitando e valorizando a diversidade”. Habert lembrou na ocasião que a Embrapa foi criada em 1967, reúne 10 mil funcionários, entre os quais 2 mil pesquisadores. “É a Nasa da agricultura brasileira e sob risco agora de ser privatizada. Vamos ter que ficar atentos no sentido de não permitirmos esse atentado a nossa soberania e segurança alimentar”, enfatizou o diretor da CNTU.


Também conselheira consultiva, a psicóloga Valéria Sanchez salientou a importância da confederação como uma “casa de cura, porque a arma é a consciência crítica. E é através dela que vamos reprogramar o que está para ser desconstruído”. Ela ressaltou ainda o papel fundamental da educação, “da criança à universidade” nessa direção. Também saudou os empossados da noite o veterano Rodolfo Lucena, do portal Tutameia, que apresentou o projeto “Brasil Nação”, lançado em 2017 com a proposta de lutar contra a desigualdade e por democracia.


Representaram os empossados à plenária o engenheiro Roberto Saturnino Braga, especialista em economia e presidente do Centro Internacional Celso Furtado; a nutricionista Rita Helena; o delegado do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) junto à CPTM, engenheiro Élcio Kazuaki Niwa; e o cartunista Paulo Caruso, que brindou os presentes ao encerramento com composições de sua autoria, ao piano.



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