logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

27/07/2018

Crescimento de São Paulo e do Brasil

Comunicação SEESP

 

Dando continuidade ao ciclo de debates neste período que antecede o início oficial das campanhas eleitorais, o SEESP recebeu, na última quinta-feira (26/7), a pré-candidata a Governadora de São Paulo Lisete Arelaro (Psol). A professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) atuou na equipe de Paulo Freire na Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal, durante o governo de Luiza Erundina, e é a única mulher a concorrer às eleições ao governo paulista este ano.

 

Em sua fala, Arelaro teceu um panorama sobre a atual conjuntura nacional, momento em que classificou como “o mais grave depois da ditadura”. “Não há um projeto de nação e não há um projeto de desenvolvimento”, ela afirmou destacando como exemplos de desmonte a entrega do Pré-sal às empresas estrangeiras, os processos de privatizações desenfreados, a consolidação da Emenda Constitucional 95 – que limita os gastos públicos por 20 anos – e a reforma trabalhista. Sobre este último, destacou o espanto ao ver “mulheres votarem numa lei que coloca outras mulheres para trabalharem em local insalubre estando grávidas”. E externou: “isso é século XIX”.

 


Foto: Beatriz Arruda
Lisete Psol


 

 

A candidata citou como tarefa necessária uma auditoria das contas do estado. Para ela, a forma de parcerias público-privadas (PPPs) que vem sendo feita é prejudicial, destacando que “há superfaturamento e atrasos nas obras (...) e se desapropriam áreas sem projetos aprovados; quem paga são os contribuintes”. Arelaro se comprometeu a retomar obras paradas sob a ótica de diminuição de desemprego. Neste ponto, ela convidou o sindicato a ser peça atuante em análises de projetos em andamento e futuros, se eleita.

 

Sobre transportes, a professora defendeu a recuperação das ferrovias como alternativa de modal e a atuação do estado na gestão da mobilidade. “Transporte não é para se ter lucro, é direito de ir e vir”, argumentou. Ela divulgou a proposta de tarifa zero aos domingos, “para estimular as pessoas a saírem de casa, ocuparem as praças”.

 


Ações 

 

Segundo dados apresentados pela pré-candidata, professores estaduais da educação básica ganham 40% menos do que outro profissional com o mesmo nível de graduação. “É a primeira vez que estamos vendo vagas sobrando nos cursos de licenciatura”, frisou Arelaro sobre a atual desvalorização da profissão. Ela assegurou que irá aumentar os salários da categoria e reabrir as “mais de duas mil salas de aulas fechadas”– ação do governo vigente realizada sob protestos dos estudantes, em 2015.

 

Como situação premente, ela destacou rever as desonerações de impostos que, segundo ressaltou, “foram 15 bilhões para grandes empresas sem registro de nenhuma contrapartida”. Também salientou a reconsideração do modelo de distribuição de água no estado, pois “32% da água se perde por vazamento”, além das crises hídricas que, na sua visão, são reflexos da má gestão. “Água é um direito”, exaltou Arelaro.

 

Como contribuição ao plano de governo, o vice-presidente do SEESP, João Carlos Gonçalves Bibbo, entregou à pré-candidata a nova edição do projeto "Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento". E colocou o sindicato à disposição “principalmente para discutir desenvolvimento”. Arelaro agradeceu a colaboração, opinando que “para crescer o Brasil, é preciso o crescimento também de São Paulo”.

 

O ciclo de encontro com pré-candidatos do SEESP continua no próximo dia 1º/8, recebendo Silvia Ferraro (Psol), às 11h, e Rogerio Chequer (Novo), às 15h, no auditório do sindicato.

 

 

 

 

 

 

 

Lido 1453 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda