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09/12/2013

CNTU homenageia personalidades profissionais 2013

Em sua terceira edição, foi entregue ao encerramento do 2º Encontro Nacional da CNTU, no dia 6 de dezembro, o prêmio Personalidade Profissional 2013 aos destaques do ano na luta por um país melhor. São eles: Antônio Corrêa de Lacerda (categoria Economia), Romero Jucá Filho (Engenharia), Maria do Socorro C. Ferreira (Farmácia), Paulo Roberto Davim (Medicina), Élido Bonomo (Nutrição), Maria Helena Machado de Souza (Odontologia) e Rosa Maria Cardoso da Cunha (Excelência na gestão pública). À abertura da cerimônia, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da CNTU, agradeceu a cada um dos agraciados “pelos serviços prestados à nação”, destacando o orgulho da entidade em homenageá-los.

 

Primeiro a receber o prêmio, o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antônio Corrêa de Lacerda afirmou sua satisfação em ser reconhecido pela atuação como economista pelos seus pares. E frisou: “Hoje, há disseminação grande de informações da área, mas enviesada, com a predominância de temas de curto prazo. As finanças tomaram conta, quando a função precípua da economia é desenvolver o bem-estar da população. O mercado financeiro não pode se sobrepor aos interesses nacionais.”

 

O senador Romero Jucá Filho (PMDB-RR) destacou o motivo que teria levado à indicação de seu nome para a homenagem. “Sou relator do projeto de lei que institui a carreira de Estado para engenheiros e arquitetos e vou lutar por isso.” Ele assumiu o compromisso de não apenas batalhar pela sua aprovação, mas a que a proposta se estenda também a outros setores universitários da administração pública. “Entre os servidores públicos, a maioria das categorias tem salário base baixo. A remuneração é injusta e é fundamental o incentivo. O comprometimento do servidor é o que a sociedade precisa.

 

Representada na ocasião por Ulisses Nogueira, a professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Maria do Socorro Ferreira, que se encontrava hospitalizada após ter submetida a uma cirurgia, enviou mensagem de agradecimento. Mencionando a honra com a indicação na categoria Farmácia, ela destacou a disposição de continuar a contribuir para “um mundo mais justo, humano e com qualidade de vida para todos os brasileiros”.

 

Ressaltando a importância do médico como vetor de transformação social, o senador Paulo Roberto Davim (PV-RN) ofereceu o prêmio a todos os seus colegas, declarando que se manterá na trincheira para aprimorar a saúde em âmbito nacional. Assim, manifestou o senso de responsabilidade para com um País melhor e mais inclusivo.

 

Professora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria Helena Machado de Souza avalia que é preciso uma mudança radical para tanto. Creditando o prêmio a sua contribuição na gestão pública da saúde junto ao ministério responsável pela área, ela afirmou que não conseguiu realizar a transformação necessária. “O grande problema do SUS (Sistema Único de Saúde) é a baixa remuneração e valorização do trabalhador.”

 

A importância da ação conjunta à sua indicação foi reconhecida por Élido Bonomo, que levantou um dos graves problemas a serem superados: o de o Brasil ser hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Além disso, somam-se às preocupações o fato de a nação estar consumindo e produzindo cada vez mais transgênicos, sem qualquer controle, bem como a questão da rotulagem de alimentos e propaganda destinada ao público infantil. “Temos algumas agendas comuns para pensar este país. E a carreira de Estado é fundamental para todos.”

 

Integrante da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso da Cunha foi a última a ser laureada e falou sobre o trabalho junto a esse fórum, que lhe garantiu o prêmio: “Temos feito um esforço grande em adotar as decisões políticas mais justas e adequar a comissão às experiências de direitos humanos internacionais. A justiça e política de transição feita pelos países em que houve períodos de violência é o caminho mais curto para uma democracia mais larga e sua estabilização. A comissão é parte dessa engrenagem. Inclui políticas de memória, de reparação e justiça.” Além de dar voz às vítimas, desnudar a verdade sobre o que ocorreu durante a ditadura militar no Brasil, conforme Cunha, deve incluir a denúncia da cumplicidade civil de empresários para a manutenção do regime de exceção. “Se não houvesse esse apoio, não teria durado tanto.” A partir desse trabalho, deve se garantir que não fiquem impunes os que cometeram crimes de lesa-humanidade.

 

 

 

Imprensa SEESP

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