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07/06/2013

Universidades ampliam papel em inovação

Uma tecnologia baseada em inteligência artificial que formula produtos à base de gorduras hidrogenadas, maximizando o seu desempenho nutricional e reduzindo custos. A ideia foi desenvolvida em parceria entre a Faculdade de Engenharia de Alimentos e a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, ambas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Depositada em 2008, a patente foi licenciada no ano passado para a empresa Nitryx, cujo fundador é Rodrigo Gonçalves, um dos inventores da tecnologia. A startup (termo mais utilizado para empresa nascente inovadora) está atualmente em fase de adequação e comercialização do produto para o seu primeiro cliente. Na mesma universidade, pesquisadores do Instituto de Química desenvolveram, em 2011, um fotômetro analisador de combustível, hoje vendido pela Techchrom, empresa que começou suas atividades na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica. O equipamento, que analisa no próprio posto a qualidade do combustível utilizado nos veículos – isto é, o teor de álcool na gasolina e no etanol – começou a ser “desenhado” na tese de doutorado de Ismael Chagas, hoje funcionário da Techchrom. Os exemplos acima são inovações que nasceram da parceria entre a universidade e o setor privado, com intermédio de um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Nos casos, a Agência Inova Unicamp auxiliou os pesquisadores no depósito do pedido das patentes e na formatação do contrato de licenciamento.

Com funções similares nas instituições de ensino e pesquisas públicas brasileiras, os NITs (ou agências de inovação) estimulam a relação universidade-empresa e a inovação em diversos âmbitos, a fim de levar a tecnologia à sociedade. Passaram a ser obrigatórios em instituições de ensino e pesquisa públicas a partir de 2004, com a Lei de Inovação (leia mais nesta matéria), em um momento de competitividade da economia, retomada do desenvolvimento industrial e aumento da produção científica no país. Um dos focos de atuação das agências é ajudar o pesquisador a trilhar o longo caminho entre um resultado de sucesso na bancada e a obtenção de uma patente. “Muitas vezes o pesquisador não sabe como redigir um projeto de depósito de propriedade intelectual utilizando argumentos robustos, de forma que a patente possa atrair oportunidades de financiamento”, explica o diretor executivo da Inova Unicamp, Roberto de Alencar Lotufo. Para suprir essa necessidade, especialistas orientam o pesquisador sobre Propriedade Intelectual (PI), direitos autorais e projetos de licenciamento, casos em que a transferência de tecnologia se dá por meio de convênios firmados entre universidades, pesquisadores e empresas. Sem os NITs, o processo ficaria por conta do próprio cientista, o que reduziria as chances do acesso da sociedade à ciência.

Em fase de expansão e calcada em referências internacionais em inovação como Massachusetts Institute of Technology (MIT), Stanford University e University of California, a Inova Unicamp vem apostando cada vez mais em investimentos em PI, projetos colaborativos e empreendedorismo tecnológico. Vinculado à Reitoria da universidade e com cerca de 40 profissionais, o órgão atua na identificação de tecnologias, proteção, avaliação comercial, definição de estratégias de transferência, identificação de empresas e empreendedores, negociação e celebração de contratos. “Hoje, auxiliamos no depósito de 60 patentes anuais no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em média, contra 20 quando a agência ainda não existia, posicionando a Unicamp como segunda instituição com maior pedido de patentes do país”, comemora Lotufo. O NIT também gerencia a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica e acaba de inaugurar, em março, as primeiras obras do Parque Científico e Tecnológico, área na universidade para a construção de laboratórios de pesquisa universidade-empresa. Ações de empreendedorismo tecnológico entre alunos de graduação e pós-graduação também estão no escopo da Inova Unicamp, por meio de eventos e competições de modelos de negócios com tecnologias da própria instituição. 

 

Fonte: Inova Unicamp – por Luiza Moretti




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