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12/06/2017

Engenharia Biomédica e duas especializações em alta na Engenharia

Raciocínio analítico, familiaridade com números e planilhas, capacidade de planejamento e pensamento a longo prazo. Talvez seja este o perfil clássico de um engenheiro, mas engana-se quem vê este profissional somente dentro de um arquétipo clássico: capacete, em meio a cálculos e envolto em obras da construção civil ou mergulhado em uma planta industrial. A profissão de engenheiro vem incorporando novas tecnologias o que abre um espectro novo e desafiador. Tanto para os recém-formados quanto para os profissionais que buscam novos caminhos.

E é na área de saúde que duas especialidades se apresentam como as mais promissoras nos próximos anos. As duas podem ser incluídas dentro do segmento da Engenharia Biomédica. Estamos falando do Engenheiro Hospitalar e do Engenheiro Clínico. Embora muito semelhantes e dentro de, praticamente, a mesma área de atuação, mostram-se atrativas no que diz respeito a oportunidades e boa remuneração.

Mas o que vêm a ser cada uma destas novas e promissoras especialidades?

O que faz um engenheiro hospitalar
A principal função de um engenheiro hospitalar é reunir e aplicar todas as tecnologias consideradas adequadas na busca por soluções para problemas hospitalares, seja na construção de uma nova unidade de saúde, seja na reforma e ampliação de espaços já construídos.

O fato é que uma construção hospitalar apresenta particularidades bem complexas quando comparada com o planejamento e edificação de casas ou edifícios comerciais.

Plantas hospitalares são verdadeiros quebra-cabeça com a exigência de equipamentos específicos, normas sanitárias rígidas e a construção de sistemas elétricos que assegurem confiabilidade e um sistema a ser acionado imediatamente em casos de emergência.

Para se ter uma ideia, a Engenharia Hospitalar exige que o profissional tenha conhecimento de normas técnicas específicas e regulamentadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Entre as quais podemos destacar:

A NBR 13534 – Instalações elétricas em estabelecimentos de saúde – Requisitos para segurança e, a NBR 7256 – Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde – Requisitos para projeto e execução das instalações.

Engenharia hospitalar exige projetos humanizados
Além do domínio dos cálculos e das normas técnicas e da legislação sanitária, ao engenheiro hospitalar também se exige um olhar humanizado. Ou seja, a capacidade de pensar e planejar espaços adequados para a convivência, principalmente em ambientes em que as pessoas – pacientes e acompanhantes – se encontram tão fragilizados quanto em um hospital.

O planejamento adequado de áreas verdes, salas e andares com baixo nível de ruído, espaços de privacidade, locais de deslocamento com segurança para todos os envolvidos, além de um cuidado especial nas áreas de entrada e de saída, principalmente em situações de emergência quando o fator tempo é importantíssimo.

O que faz um Engenheiro Clínico
O engenheiro clínico é o responsável por cuidar das tecnologias e equipamentos ligados diretamente à assistência ao paciente. Como é cada vez maior o uso de sofisticados equipamentos – tomografia computadorizada, ressonância magnética e avançados Centros de Tratamento Intensivo (CTIs) -, sua escolha na hora da aquisição, bem como a manutenção e eventuais atualizações fica sob responsabilidade deste profissional.

Além do acompanhamento e definição das especificações técnicas no período de aquisição de novos equipamentos, o engenheiro clínico também é o responsável pela manutenção. As máquinas devem funcionar em sua capacidade plena e estarem disponíveis, já que podem lidar com situações emergenciais das quais depende a vida humana.

Profissional é responsável pelo treinamento
Outra responsabilidade do engenheiro clínico é o treinamento. Equipamentos sofisticados e de alta complexidade tecnológica exigem capacitação por parte de médicos, enfermeiros e pessoal técnico. O treinamento deve ser constante devido ao surgimento, em intervalos cada vez mais curtos, de novidades e atualizações de software.

E no que diz respeito ao treinamento é importante ressaltar que alguns procedimentos são feitos em situações limites, nos quais tempo, agilidade e tomada rápida de decisões também influem no salvamento de uma vida.

O engenheiro clínico também deve ter conhecimento da planta e do ambiente hospitalar como um todo. Em uma definição mais simples, adquirir um equipamento de última geração não significa apenas comprar, retirar da embalagem e ligar na tomada. Ou seja, é necessário adequar a estrutura física de acordo com a altura e peso do maquinário; capacidade da rede elétrica; elaboração de um sistema de no breaks em caso de queda de energia; ergonomia para pacientes e operadores, entre outros. São aspectos que fazem parte do escopo de atuação do profissional especializado em Engenharia Clínica.

Novas capacitações exigem aprendizado contínuo
As duas especialidades não significam um “engenheiro de jaleco”, mas vão exigir muito estudo e leitura, cursos de aperfeiçoamento e estar antenado com as novas tecnologias. Mas são áreas promissoras, uma vez que os avanços da medicina estão aumentando, a cada ano, as estatísticas de qualidade de vida e longevidade.

 

 

Comunicação SEESP
Reprodução de notícia da VDI Brasil

 

 

 

 

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