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Eliel

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Neste momento da vida nacional, repleto de desafios, o SEESP mantém sua atuação em defesa do conjunto dos engenheiros no Estado de São Paulo e na prestação de serviços aos seus associados, mas também fundamental participação no debate relativo às políticas públicas. Nos dias 21 e 22 de março, aconteceu a nona edição do Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), que já se tornou uma referência na discussão técnica relativa à produção limpa e à preservação de recursos naturais. Ao longo de dois dias, profissionais e estudantes tiveram acesso a palestras de altíssimo nível, que certamente contribuíram para enriquecer seu conhecimento e também proporcionar a necessária reflexão (confira cobertura completa neste site).

 

Se há um compromisso prioritário a ser assumido por todos, globalmente, é a sustentabilidade. A engenharia certamente é o instrumento essencial para que esse conceito não habite apenas discursos e teses acadêmicas, mas se concretize, tendo impacto real na economia, na saúde pública e na garantia de que as futuras gerações terão uma chance no Planeta.  Assim, para a nossa entidade, o tema faz parte de agenda permanente, tendo no EcoSP momento oportuno para oferecer aos profissionais conteúdo de qualidade.

 

Dando sequência às iniciativas voltadas ao bem-estar da população, no dia 16 de abril, acontece na sede do SEESP o seminário “Pontes, viadutos, barragens e a conservação das cidades – Engenharia de manutenção para garantir segurança e qualidade de vida”.  O objetivo é reunir especialistas nessas áreas e traçar um diagnóstico da situação vivida no País e, em especial, no Estado de São Paulo, além de propor medidas concretas que mudem o atual quadro de precariedade.

 

Na ocasião, apresentaremos a proposta de que as administrações nos níveis municipal, estadual e federal instituam um órgão com dotação orçamentária e corpo técnico qualificado para ser responsável por inspeção e conservação regulares nas estruturas de responsabilidade do poder público. Entra aqui a engenharia de manutenção, que nada tem de menor, embora comumente seja assim tratada por muitos gestores.

 

Como vimos insistindo há mais de uma década no âmbito do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, há muito que se vencer em termos de gargalos na infraestrutura urbana e de produção, mas é preciso que sejamos capazes de cuidar do que existe. Não se pode deixar o País relegado ao abandono.

 

Missão na FNE – Em 19 de março aconteceu a cerimônia de posse da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que estará à frente da entidade na gestão 2019-2022 (leia matéria na página 6). Temos a honra de mais uma vez presidir essa entidade que representa cerca de 500 mil profissionais em todo o Brasil e completou 55 anos em 25 de fevereiro último. É também uma enorme responsabilidade dar sequência ao trabalho de defesa da categoria e luta pelo desenvolvimento nacional, pautas ainda mais desafiadoras no atual cenário político e econômico. Nosso compromisso é de empenho total e absoluto.

 

 

Eng. Murilo Pinheiro

Presidente

Edmilson Saes e Kaoru Sasaki

 

 

Em 1994 foi aprovado o edital de privatização da Embraer (PND-A-05/94), no qual foram asseguradas aos trabalhadores duas cadeiras no Conselho de Administração da companhia, sendo uma para os empregados acionistas e outra para os não acionistas. O Conselho se compõe de 11 membros e a cada dois anos é renovado, com consequente eleição pelos empregados de seus representantes (titular e suplente).

 

Em 11 de janeiro deste ano foi aprovada pelo atual Conselho a formação da joint-venture entre Embraer e Boeing, ficando a Embraer SA com as áreas de Defesa e Aviação Executiva e a joint-venture com a aviação comercial.

 

Em função disso, discutimos com trabalhadores da engenharia, administrativo e produção o lançamento de uma chapa que tivesse condições de aglutinar a maioria dos trabalhadores para disputar a eleição do seu representante.

 

O pleito, conforme previsto no edital, se dá em dois turnos, caso no primeiro nenhuma chapa atinja maioria dos votos válidos. Neste, que ocorreu em 11 e 12 de fevereiro último, foram inscritas 13 chapas e terminamos em segundo lugar, cerca de mil votos atrás da chapa que concorria à reeleição (1.779 x 741).

 

Iniciada a campanha para o segundo turno, o apoio à nossa chapa foi crescendo. Visitamos a maioria dos sites do Brasil, em que expusemos nossas propostas e conversamos com os trabalhadores. Nenhuma pergunta ou dúvida ficou sem resposta.

 

Como resultado dessa ampla discussão com os trabalhadores, saímos vitoriosos no segundo turno, que ocorreu em 27 e 28 de fevereiro. De 34 urnas, ganhamos na ampla maioria e terminamos com aproximadamente 58% dos votos válidos, cerca de 800 votos à frente (2.989 x 2.194).

 

Nossas propostas foram construídas junto com os trabalhadores durante a campanha. Destacamos que o foco é trabalhar para que a capacidade técnica e os investimentos sejam preservados, e que essa transição seja acompanhada e fiscalizada.

 

A posse se dará em 22 de abril. Temos um plano de estabelecer um canal de comunicação efetivo com os empregados, para que possamos ouvi-los e prestar contas de nossas atividades no exercício do mandato.

 

Nós trabalharemos para que a Embraer continue forte, mantenha sua capacidade técnica, gere empregos e tecnologia para nosso País.

 

 

Edmilson Saes é engenheiro de Desenvolvimento do Produto e diretor da Delegacia do SEESP em São José dos Campos

Kaoru Sasaki é supervisor de projetos de estrutura e sistemas do KC-390 em Gavião Peixoto

Lixo zero, reciclagem, transporte menos poluente, alimentos orgânicos e agroecologia, energia limpa e inovação tecnológica em prol da sustentabilidade. Esses temas compuseram a programação do IX Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP). Promovido pelo SEESP com o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o evento ocorreu em 21 e 22 de março último, na sede do sindicato paulista, na Capital. Profissionais da área e estudantes de todo o Estado lotaram o auditório.

 

Entre as autoridades à abertura, o vereador paulistano José Police Neto (PSD) e Douglas de Paula, representante do secretário Municipal de Infraestrutura e Obras de São Paulo, Vitor Aly. Também compôs a mesa inaugural Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do sindicato.

 

Durante a atividade foi expresso o apoio do SEESP ao Dia Nacional de Lutas em Defesa da Previdência Social, que se realizava em todo o País no mesmo dia do encerramento do EcoSP. A iniciativa chamada pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência pretendida pelo Governo Bolsonaro – constante da Proposta de Emenda à Constituição 6/2019 – reuniu milhares de pessoas nas diversas cidades e capitais brasileiras.

 

A tragédia em Brumadinho (MG), com a ruptura da barragem do Córrego do Feijão em 25 de janeiro último, também foi destacada. À abertura, Carlos Alberto Guimarães Garcez, vice-presidente do SEESP e organizador do encontro, frisou: “O sindicato montou um grupo de trabalho com especialistas na área de solo que já está se reunindo para debater propostas para evitar o que houve. Uma dessas sugestões é a criação de uma Secretaria de Engenharia de Manutenção de Obras e Serviços.” A proposta foi ratificada pelo presidente do sindicato, Murilo Pinheiro: “É fundamental para que tenhamos periodicidade na fiscalização dessas obras, com custo mais baixo e equipamentos públicos com mais qualidade.” Ele ressaltou o papel das entidades sindicais na discussão de temas cruciais como esse para a população. Murilo citou ainda edições anteriores do EcoSP – sucessor do EcoVale, que ocorreu em Taubaté, no Vale do Paraíba, durante quatro anos consecutivos. E enfatizou sua importância no debate de propostas para o desenvolvimento sustentável. Ao encontro do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da FNE.

 

 

Energia limpa

Entre as propostas dos engenheiros incluí­das nessa plataforma, o uso de fontes alternativas foi abordado durante o EcoSP. Patrícia Mazzante do Nascimento Crevilaro, da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), destacou os benefícios da utilização do gás natural. De acordo com ela, nesse sentido, a empresa – presente até o momento em 89 dos 177 municípios paulistas abrangidos na área de concessão – teve atuação marcante na remoção da nuvem de poluição que dominava um deles, Cubatão, até a década de 1980 e início de 1990. Em 1989, iniciou-se o processo de conversão e, atualmente, quase todas as indústrias locais utilizam o gás natural, que produz menos emissões, por exemplo, de material particulado e óxido de nitrogênio. Hoje, segundo Crevilaro, em todo o Estado, 1.265 indústrias utilizam o gás natural e 17 mil comércios.

 

Já Welington Capelari e Tarantine Martine, da Wobben Windpower, discorreram sobre os benefícios ambientais da energia eólica. Presente em 28 países, a empresa alemã conta com três fábricas no Brasil desde 1995, através da subsidiária Enercon. “O Brasil hoje conta 18,8GW instalados, nas regiões Nordeste e Sul, onde os ventos são mais propícios. A maior capacidade instalada encontra-se no Rio Grande do Norte”, salientou.

 

Segundo Tarantine, como qualquer grande empreendimento, mesmo atendidas as condicionantes ambientais, a instalação de parques eólicos gera impactos negativos a princípio. Mas depois são transformados em positivos. “A emissão de CO2 evitada nos últimos 12 meses equivale a 17 milhões de automóveis. Vinte e cinco milhões de toneladas deixaram de ser emitidas, conforme dados de dezembro de 2018”, revelou. Ainda, no sertão, garante água às populações. E de acordo com sua informação, a implantação movimenta as economias locais, ao gerar emprego e renda aos habitantes das comunidades no entorno.

 

No transporte, a SPTrans pesquisa desde 2015 o que existe de alternativa em eletromobilidade no mundo e já realiza testes com frota piloto tracionada a bateria. Quem detalhou foi Simão Saura Neto, da São Paulo Transporte S/A (SPTrans). Ele apresentou estudos que indicam economia de R$ 100 mil ao ano com combustível na substituição de um veículo a diesel por um elétrico a bateria. Em cerca de dez anos o investimento neste último se pagaria. Também foram feitos testes que demonstram que o consumo por quilômetro em ônibus movido a bateria corresponde a praticamente metade em relação ao trólebus.

 

Conforme Saura, a empresa procurou instituições internacionais para trocar conhecimento e buscar alternativas para a mudança no sistema, como a Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional e a WRI Cidades Sustentáveis. Esta montou um cronograma de alteração da frota para atender a Lei Municipal nº 16.802/2018, a qual prevê prazos escalonados à redução de emissão de poluentes na cidade – exigência na nova licitação para renovação da frota de 13.600 ônibus.

 

Energia também foi o tema de Paulo da Fonseca Alves Pereira, da Kev Line Administração Empresarial. Ele falou sobre “desenvolvimento sinergético para resgatar o Brasil”, baseado em modelo de integração energética.

 

 

Reciclagem e lixo zero

Uma experiência em logística reversa chamou a atenção da plateia: a implantação de um setor de sustentabilidade em uma confecção do ramo têxtil – área industrial entre as mais poluentes. A iniciativa gerou um processo produtivo capaz de reciclar uniformes profissionais usados, bem como os retalhos que sobram após o corte da modelagem. O relato foi feito por Jonas Lessa, um dos idealizadores da Retalhar Logística Reversa e Consciente, que surgiu em 2014 a partir desse processo. Desde que o trabalho começou, ele estima que a empresa já contribuiu com redução nos aterros equivalente a 200 carros populares, levando em conta que uma tonelada de resíduos têxteis ocupa o mesmo volume que dois desses veículos. “O problema é gigantesco e precisa de solução em larga escala. As empresas ainda estão num processo de compreender a importância de investir nisso para prevenir os danos ambientais.” Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) instituir o instrumento da logística reversa, que prevê responsabilidade compartilhada pelos resíduos produzidos, falta regulamentação para que esse processo avance.

 

Ainda acerca do tema, o diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux), Isac Roizenblatt, falou sobre a importância de se reciclarem as lâmpadas de mercúrio fluorescentes, presentes inclusive em muitas empresas. “O mercúrio é um metal pesado, perigoso, tóxico”, argumentou. A associação Reciclux, segundo ele, conta 1.249 pontos de coleta e já recolheu mais de 2,6 milhões dessas lâmpadas. Roizenblatt explicou que o material reciclado é destinado a laboratórios e maquinações. Nada é descartado: “O pó fluorescente pode ser usado até na fabricação de tijolos”, destacou.

 

O engenheiro ambiental Luiz Gabriel Catoira de Vasconcelos, por sua vez, relatou sua participação no Núcleo de Educação Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (Neamb-UFSC) e atuação no projeto Escola Lixo Zero, tema de seu mestrado. O desafio foi lançado em 2016, no Colégio de Aplicação da UFSC, com a proposta inicial de não se produzir lixo por uma semana. O resultado foi a diminuição pela metade da geração de resíduos na escola, de 67kg por semana para 33kg. Para que uma instituição de ensino seja classificada como “lixo zero”, Vasconcelos colocou como pontos principais a mobilização por meio de desafio e a inserção do tema no currículo escolar.

 

Flavia Lemes da Cunha, fundadora da empresa de gestão de resíduos Casa Causa, também abordou o conceito lixo zero como uma meta para guiar as pessoas a mudarem seus modos de vida, em que “todos os materiais são projetados para permitir sua reutilização”. Segundo ela, abrange todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Uma pessoa produz em média 30kg de lixo por mês, conforme estudos apresentados por Cunha. Sobre a forma de descarte, frisou, ainda hoje 64% dos municípios brasileiros utilizam os lixões, o que deveria ter sido descontinuado em 2015 – segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos – e teve prazo estendido para 2021. Do lixo produzido, 40% provêm de restos de alimentos, volume que pode ser reduzido com a compostagem. Ademais, ela salientou a importância da reciclagem e coleta seletiva.

 

Também entre os palestrantes o engenheiro Olímpio de Melo Alvares Junior, que falou sobre as vantagens do Programa de Inspeção Veicular Ambiental brasileiro; o fotógrafo e videomaker Pedro Nakata Mascaro, o qual abordou os benefícios ambientais com o uso de drones; e Ana Flávia Borges Badue, do Instituto Kairós, que discorreu sobre a Lei 16.140/2015, relativa à inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do sistema municipal de São Paulo. Segundo ela, a busca agora é por tornar essa política um programa estratégico, que transforme a economia convencional em circular – ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

Cobertura completa aqui.

 

 

 

Por Soraya Misleh. Colaboraram Deborah Moreira e Jéssica Silva

Esses foram os compromissos prioritários reafirmados pela diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que tomou posse no dia 19 de março, em cerimônia em Brasília. Eleita durante o X Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), realizado em São Paulo, em setembro de 2018, a equipe (confira os integrantes aqui) conta com representantes dos 18 sindicatos filiados à entidade e tem à frente o também presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, que foi reconduzido ao cargo para a gestão 2019-2022.

 

Ao assumir o novo mandato, o dirigente lembrou o esforço de mais de uma década de mobilização em torno do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006. “Essa iniciativa, que percorre o País com a discussão sobre o desenvolvimento nacional e sobre como ter uma nação mais justa, é uma história que expressa a importância que damos à engenharia e ao nosso país”, afirmou.

 

Murilo destacou ainda a importância fundamental do movimento “Engenharia Unida”, que propõe uma coalizão de profissionais e suas entidades representativas para oferecer saídas aos desafios nacionais, criado pela FNE em 2016.  “Estamos num momento extremamente difícil e, unidos, podemos dar a nossa contribuição para superar essa situação”, enfatizou o dirigente.

Entre os temas cruciais na avaliação do presidente da FNE que devem ser objeto de atuação da engenharia está a precária situação no que diz respeito a inspeção e manutenção de construções no Brasil. “Temos uma proposta para que as administrações nas três instâncias criem uma Secretaria de Engenharia de Manutenção que tenha profissionais fazendo a inspeção periódica e o trabalho necessário”, informou. Conforme ele, a medida evitaria prejuízos, acidentes e até tragédias como a ocorrida em 25 de janeiro último em Brumadinho (MG), quando uma barragem da Vale S.A. se rompeu causando destruição e centenas de mortes.

 

 

Reconhecimento

A cerimônia de posse teve como marco o reconhecimento do trabalho da FNE e a importância da engenharia para o País. O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) lembrou a função do setor para reativar a economia. “A construção civil seria importante para gerar empregos.” Ele também apontou as demandas tecnológicas ligadas ao bem-estar da população, como a inclusão digital das populações das localidades distantes dos grandes centros, que ainda não têm acesso à internet. “O Acre e a Amazônia precisam da engenharia brasileira.” Na mesma linha, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) enfatizou a contribuição estratégica da profissão cujo saber está presente em debates centrais do Parlamento, a exemplo da Lei das Licitações.

 

Segundo ele, é urgente que se desenhe um projeto nacional, e a tarefa deverá contar com a participação da FNE e da engenharia unida. “Sem engenharia o Brasil não seria esse país forte”, completou a deputada federal Vanda Milani (SD-AC).

 

Para o vice-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Edson Alves Delgado, as entidades devem mais do que nunca estar irmanadas para que haja compreensão pela população dessa realidade. O desafio, apontou, é “mostrar que o fundamento da engenharia é colocar o conhecimento técnico científico a serviço da sociedade”.

 

“Não poderia estar ausente desta posse pela importância e representatividade que a FNE tem na engenharia nacional. Também por saber a importância das entidades, que são as porta-vozes dos profissionais. Nós no Sistema só seremos legitimados com o apoio das entidades”, declarou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB) e coordenador do Colégio de Presidentes do Confea, Antônio Carlos Aragão.  O presidente da Mútua – Caixa de Assistência, Paulo Guimarães, ratificou: “A engenharia unida vai se fortalecer cada vez. Contem conosco, pensando na Mútua como o braço social do Sistema.”

 

 

Ação sindical

O secretário de Tecnologias Aplicadas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Mauricio Pazini, apontou a importância da atuação da FNE e seus sindicatos filiados. “Agregam valor humano à atividade ao trabalhar na defesa dos profissionais que fazem engenharia.”

 

A presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Pará (Senge-PA), Eugênia Von Paumgartten, também salientou a relevância da representação dos profissionais, hoje amea­çada pelas regras impostas pela reforma trabalhista prevista na Lei 13.467/2017 e, mais recentemente, pela Medida Provisória 873, que restringem a ação das entidades e a mobilização das categorias. “Essa posse tem significado especial, é a primeira depois do ataque ao sindicalismo no Brasil e é uma demonstração de que vamos resistir e lutar. Não queremos corrupção, tampouco ditadura.”

 

Também prestigiaram a cerimônia de posse a senadora Mailza Gomes (PP-AC); o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP); os presidentes de Creas Carminda da Silva Pinheiro (AC), Fernando Dacal (AL), Edson Kuwahara (AP), Fátima Ribeiro Có (DF), Ana Adalgiza Dias Paulino (RN), Marcelo Costa Maia (TO) e o vice Arlindo Pires Lopes (AM); os conselheiros federais Modesto Ferreira dos Santos Filho, Marcos Camoeiras, Inarê Roberto R. Poeta e Silva e Ricardo Araújo, além dos presidentes dos sindicatos filiados à FNE e profissionais de todo o País.

 

 

 

Por Rita Casaro

Alunos de engenharia e de ensino técnico puderam conhecer de perto o que é um sindicato. Eles participaram do IX Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), nos dias 21 e 22 de março último, na sede do SEESP, na capital paulista. Durante o evento, o público pôde visitar o estande conjunto da Área de Oportunidades na Engenharia, da Casa do Engenheiro e do Núcleo Jovem Engenheiro, em que foi feita uma exposição dos serviços e atividades da entidade. Entusiasmados com o rol de benefícios oferecidos, muitos se associaram na hora ao SEESP. O Jornal do Engenheiro conversou com alguns desses novos sócios, alunos de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecília (UniSanta), de Santos (SP), que falaram sobre estágio, sonhos e o que é ser engenheiro atualmente. Confira:

 

Lais Guedes – 23 anos – 7º semestre

Optei por engenharia porque gosto de enfrentar desafios e resolver problemas e de estar em lugares diferentes. Comecei a fazer estágio em 2018. Trabalho com projeto estrutural, hidráulico e elétrico. Engana-se quem pensa que paramos de estudar quando terminamos a faculdade. A atualização é constante, porque o mundo muda muito rápido.

 

Maria Paula Nicola Arieta – 27 anos – 8º semestre

Achei bem legal (o sindicato), por isso nos associamos. Estou estagiando desde o início da minha faculdade na empresa da minha família, mas sei que conseguir estágio está bem difícil. Os processos seletivos estão bem restritivos. Hoje o profissional de engenharia precisa, além da técnica, ser um excelente comunicador e saber trabalhar em equipe. Tudo o que se faz num ambiente harmonioso rende mais e melhor.

 

Pedro Daniel de Souza Matias – 23 anos – 7º semestre

Trabalho desde o primeiro semestre na área de construção civil em empresa da minha família. Tive essa oportunidade, mas sei que não é o que acontece com os demais estudantes. Sabia que existia sindicato, mas não como funcionava. Na engenharia gosto mais da parte da execução. Ver a obra sair do chão e como o seu trabalho pode ajudar as pessoas a conquistarem um sonho, por exemplo, o da casa própria. Fiz um curso de mestre de obra para me ajudar a entender melhor todo o processo numa construção civil. Precisamos saber liderar uma equipe de forma mais correta e humanizada.

 

Ygor Henrique Siqueira Marinho – 23 anos – 8º semestre

Ainda não estou fazendo estágio. Em dois meses entreguei 20 currículos. Não me chamaram para nada. Aí fico especulando o que está acontecendo. Nas férias de agora tive umas cinco certificações de cursos complementares. Sinto-me preparado, com conhecimento, mas não tenho oportunidade para mostrar isso. Acredito que os cursos da nossa área deveriam se dedicar mais a aulas sobre gestão. Meu maior sonho é atuar como empreendedor dentro da construção civil, fazer tudo com qualidade, mas com custo acessível.

 

Thiago de França Benguella – 26 anos – 9º semestre

Comecei a estagiar em 2018. Mas estou em busca de outro estágio para agregar mais conhecimento da área que estou estudando. Precisamos saber escutar os outros profissionais que trabalham com a gente. Essa comunicação ajuda a cumprir prazos e a entregar boas obras. Não podemos ver o operário apenas como um número que está fazendo o seu projeto sair do papel, mas como ser humano. Meu sonho é me formar e estar empregado na área. Adquirir uma boa experiência que atenda valores humanos e éticos. E, com o tempo, ser um empreendedor.

 

 

De olho no mercado

Estágio para engenharias

A Área de Oportunidades na Engenharia mantém uma plataforma no site do SEESP (www.seesp.org.br) para divulgação de vagas de emprego e estágio na área. Confira alguns dos processos seletivos abertos:

 

TecBan

A empresa especializada em gestão de redes de autoatendimento bancário está com  inscrições abertas para seu programa de estágio. Entre os cursos elegíveis está o de Engenharia de Produção, com formação prevista para julho de 2021. As vagas são para as unidades de Alphaville e Bela Vista (SP) e Salvador (BA). Inscrições até 22 de abril próximo.

 

Amazon

A companhia norte-americana de comércio eletrônico está selecionando estudantes de diversos cursos, como os de engenharia (todas as modalidades), com previsão de conclusão a partir de dezembro de 2019. Inscrições até 15 de abril.

 

AkzoNobel

Fabricante holandesa de tintas, revestimentos e especialidades químicas está selecionando graduandos em diversos cursos, com formação prevista para 2021. Locais das vagas no Estado: São Paulo, São Roque, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. Inscrições até 5 de maio próximo.

 

 

Esses e outros processos aqui.

O SEESP realiza no próximo dia 16 de abril, às 13h, em seu auditório (Rua Genebra, 25, 1º andar, Bela Vista, Capital), seminário sobre a situação das obras, inspeções e manutenções de construções na cidade e no País. As tragédias ocorridas em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro último, quando se rompeu uma barragem da mineradora Vale S.A., e no centro de São Paulo, em 1º de maio de 2018, quando um edifício desabou após um incêndio, além de incidentes recentes com viadutos na Marginal do Rio Pinheiros e no acesso à Rodovia Presidente Dutra, são alguns exemplos do cenário precário e perigoso.

 

O objetivo da atividade é reunir especialistas que possam contribuir com diagnóstico da situação nos diversos segmentos e propor medidas técnicas e administrativas que tragam segurança à população e possibilitem o uso racional dos recursos públicos.

 

A engenharia tem importante papel. Assegurar a correta conservação de obras e estruturas não permite improvisos; exige coleta e análise de dados com precisão, planejamento e execução qualificada. A tarefa deve contar com o protagonismo dos profissionais da área tecnológica, que, por sua vez, precisam estar atentos a tal responsabilidade.

 

O seminário é aberto ao público. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2641 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

Seminário das Campanhas Salariais em 2019

Como faz tradicionalmente, o SEESP promove Seminário de Abertura das Campanhas Salariais no próximo dia 30 de abril, às 17h, na sua sede (Rua Genebra, 25, Bela Vista, Capital). A atividade recebe especialistas do mundo do trabalho, bem como representantes das empresas e entidades patronais com as quais o SEESP negocia para avaliar o contexto em que as campanhas estão sendo realizadas.

 

 

Sindicato sedia encontro “A condição feminina” da CNTU

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), por meio de seu Departamento Brasil 2022, promoveu a roda de conversa “A condição feminina”, no dia 29 de março último. A atividade, realizada na sede do SEESP, na Capital, contou com testemunhos de 12 mulheres líderes em diversas áreas de atuação, como ambiental, de economia, comunicação, artes, movimentos sociais, consultoria em política, tecnologia e engenharia.

 

A vice-presidente da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC, Silvana Guarnieri, foi uma das participantes. Ela lembrou de ações na cidade de Diadema, em que foi vice-prefeita, destacando o trabalho das casas abrigo para proteção da mulher e da Casa Beth Lobo, que acolhe e trata as vítimas de violência doméstica. “Precisamos trazer de volta a qualidade de vida (às mulheres)”, ressaltou.

 

 

Workshop gratuito em Bauru sobre trabalho em altura

A Delegacia Sindical do SEESP em Bauru realiza no próximo dia 12 de abril, das 14h às 17h, o workshop “Atualização sobre a NR 35 – Trabalho em altura”. O objetivo é apresentar aos profissionais da área as principais alterações promovidas pela NR 35 e Normas Técnicas.

 

Na programação, o auditor-fiscal José Eduardo Rubo fala sobre o programa de fiscalização da NR 35 pelo Ministério da Economia. Aguinaldo Bizzo de Almeida, engenheiro eletricista, traz a interpretação e aplicação da normativa e, finalizando as palestras, a médica do trabalho Fabiana Fernandes Sandri aborda a saúde ocupacional conforme a NR 35.

 

A atividade é gratuita e acontece na Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag) – Rua Doutor Fuas de Mattos Sabino, 1-15, Jardim América, Bauru (SP).

 

 

Núcleo Jovem do SEESP faz palestra aos futuros engenheiros da Umesp

O Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP ministrou palestra no dia 13 de março último na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), em São Bernardo do Campo, a convite da coordenadora da graduação de Engenharia Ambiental da instituição, Marcia Sartori. Participaram da atividade estudantes desse curso e a gestora de sustentabilidade da Brasil Sustentável Editora, professora Cláudia Saleme.

 

Na palestra, Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo, levou aos jovens informações sobre áreas de atuação e setores em alta no País que demandam mão de obra de engenharia. Ela abordou ainda a importância da participação em entidades de classe desde a universidade para que possam compreender o universo profissional, assim como contribuir nos debates técnicos. “Ser engenheiro na sociedade atual é estar preparado para enfrentar desafios diários e realizar ações grandiosas em benefício da sociedade”, declarou Dessimoni. Na visão da engenheira, ações como o ciclo de palestras, que são desenvolvidas pelo sindicato, têm contribuído para o esclarecimento e preparação dos futuros engenheiros à vida profissional em todos os aspectos.

Não há justificativa possível ao ocorrido em 25 de janeiro na cidade de Brumadinho (MG): três anos após o rompimento da barragem que destruiu a cidade de Mariana e matou o Rio Doce, o mesmo grupo econômico – a Vale – protagoniza nova tragédia de proporções ainda maiores. Até o fechamento desta edição do JE, já havia 65 mortos e 288 pessoas ainda estavam desaparecidas devido aos cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos da mina do Feijão no Rio Paraopeba que se espalharam por uma área de 3,6km² ao longo de 10km.

 

Neste momento, é preciso que todos os esforços sejam feitos para o socorro e o atendimento às vítimas desse flagelo, assim como para os reparos necessários. Mas não podemos permitir que um segundo desastre dessa monta seja novamente esquecido. Não só é necessário que as devidas reponsabilidades sejam apuradas, mas sobretudo que se tomem medidas para que algo do gênero jamais volte acontecer.

 

Conforme aponta nota divulgada pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), há 24 mil barragens espalhadas pelo País, das quais apenas 3% foram vistoriadas. Um insuficiente efetivo de 150 fiscais estaria encarregado de todo esse universo. “Não faltam conhecimento e profissionais capacitados para garantir a segurança da população e a preservação do meio ambiente, mas sim seriedade dos responsáveis por essas estruturas e atuação eficaz dos órgãos públicos encarregados de regular, fiscalizar e punir em caso de inconformidade com as normas estabelecidas”, aponta a FNE.

 

Outro ponto destacado pelo posicionamento da entidade é o fato de que, embora o Brasil disponha de corpo técnico com alto conhecimento nessa área, o atestado de baixo risco à barragem em Brumadinho foi dado à Vale por uma consultoria alemã, aparentemente não especializada no assunto, contratada pela própria empresa. Está claro hoje que tal aferição ficou muito aquém do mínimo necessário.

 

Conforme levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA) divulgado em novembro de 2018, 45 barragens apresentam problemas graves em sua estrutura. Ou seja, a qualquer momento, caso não se enfrente o tema com seriedade, novas Marianas e Brumadinhos podem surgir. E aqui entra o papel central da engenharia, cujos profissionais precisam ter autonomia para atuar de acordo com seu conhecimento e experiência, e não submetidos à ganância empresarial. A atividade econômica em todos os setores é obviamente essencial à geração de riqueza, emprego e bem-estar, mas pode e deve ser realizada segundo regras claras e rígidas de segurança. Ao Estado cabe fazer com que sejam cumpridas.

 

O SEESP, juntamente com a FNE e seus demais sindicatos filiados, trabalhará na elaboração de propostas a serem debatidas com a sociedade e apresentadas ao poder público com o intuito de que sejam estabelecidos procedimentos que garantam acima de tudo o bem-estar das pessoas.

 

Nossa solidariedade aos atingidos por mais essa tragédia que, tudo indica, é fruto do descaso.

 

 

 

Eng. Murilo Pinheiro

Presidente

Allen Habert

 

 

 

O idealizador do SEESP foi um engenheiro politécnico: Roberto Simonsen. Sua motivação foi a participação dos engenheiros em torno da bancada classista (10%) na Constituinte de 1933-1934. Estimulou lideranças egressas da Poli para formarem a primeira diretoria do sindicato. Elegeu-se constituinte e depois deputado federal. A Constituição de 1934 teve curta duração, até 1937, mas foi  a expressão de  importantes avanços democráticos.

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Epusp) tinha sido criada em função da visão e articulação de um engenheiro e deputado estadual, Antônio Francisco de Paula Souza, em 1892-1893 e o primeiro diretor da instituição. O SEESP foi criado pelas mãos de um empreendedor e um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) (1928), da Escola de Sociologia e Política (1933) e também futuro senador em 1947. Dois pilares: saber e representação para desenvolver a engenharia nacional e edificar uma nação.

 

Por sua vez, o SEESP teve uma renovação histórica em 1980. Um conjunto de jovens engenheiros aliados aos da geração pós-1945, egressos de lutas pela engenharia nacional e pelas liberdades democráticas, auxiliam a inaugurar uma nova e vibrante etapa do movimento dos engenheiros em todo o País.

 

Nestes últimos 38 anos a entidade cresceu de 5 mil para 63 mil associados. Foram oito profissionais por dia de forma voluntária e ininterrupta que apostaram na ideia de criar uma consciência crítica da categoria e de pleitear um país desenvolvido e mais justo. Criou-se um fenômeno social das camadas médias universitárias.

 

Tive a oportunidade e responsabilidade aos 32 anos de ser eleito presidente do SEESP em 1986. Fui, como um dos coordenadores do Movimento de Ciência e Tecnologia na Constituinte, um articulador para a conquista do capítulo inédito de Ciência e Tecnologia da Constituição Federal. Isso influiu em todas as constituições estaduais (1989) e em centenas de constituições municipais (1990).

 

Em 2006 a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) é criada e poucos anos depois lança o projeto “Brasil 2022.

 

A CNTU, reconhecendo a importância do papel das escolas de engenharia para a soberania nacional, premia a professora-doutora Liedi Bernucci como Personalidade Profissional da Engenharia 2018 (inserir link), a primeira diretora engenheira em 125 anos de história da Epusp. Em síntese, a ideia é criar uma onda no País, unindo os brasileiros no processo de comemoração proativa do Bicentenário da Independência e da realização da Semana de Arte de Moderna de 2022. Seremos capazes nessas incertezas do momento atual, como modernistas do século XXI, de unir as forças do saber e da cultura e conquistar uma mudança de pele no País?

 

 

Allen Habert é engenheiro de produção e mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Epusp). Diretor de Articulação Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) e diretor do SEESP. Foi membro do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integra o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (C, T & I) de São Paulo

 

O SEESP, que completará 85 anos em 21 de setembro próximo, representa todos os engenheiros no Estado de São Paulo, que somam mais de 200 mil profissionais. A entidade atua permanentemente em defesa dos direitos e legítimos interesses da categoria, nas frentes sindical, política e jurídica.

 

Cumprindo sua função precípua, conduz negociações coletivas com cerca de 50 empresas e entidades patronais nos mais diversos segmentos, em campanhas salariais que abrangem cerca de 100 mil profissionais. Esse esforço envolve um processo que vai da elaboração da pauta de reivindicações, passando por realização de assembleias, mobilização dos profissionais e a negociação com os empregadores, até eventual recurso à Justiça do Trabalho. A empreitada envolve o papel ativo dos dirigentes, assim como de toda a estrutura da instituição, em especial das assessorias sindical, jurídica e de comunicação. Como os engenheiros têm diferentes datas-bases para a renovação de suas normas coletivas, definidas de 1º de janeiro a 1º de novembro, o trabalho é praticamente constante ao longo do ano. Neste vídeo, é possível entender como se dão as campanhas salariais.

 

Esse trabalho é crucial, pois é ele que garante ao profissional reajuste salarial, aumento real, participação nos lucros e resultados, benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, planos de saúde e muitos outros. “Sem o sindicato, o engenheiro ficaria totalmente à mercê da vontade das empresas que, muito provavelmente, não lhe concederiam ganho algum”, destaca o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro.  A partir da aprovação da Lei 13.467, que implementou a reforma trabalhista, o papel do sindicato tornou-se ainda mais essencial, tendo em vista a prevalência do negociado sobre o legislado instituída pela nova norma. “O trabalhador precisa estar amparado pela sua entidade representativa para que não lhe seja imposto um acordo que sequer cumpra o que está previsto em lei”, explica o dirigente.

 

 

Atuação ampla

Para além das negociações coletivas, o sindicato presta diversos serviços ao conjunto dos engenheiros. Entre eles, a recolocação no mercado de trabalho por meio de sua área de Oportunidades na Engenharia, que divulga vagas de emprego e estágio, além de oportunidades profissionais para autônomos e cursos de qualificação. Oferece ainda orientação sobre elaboração de currículo e para realização de entrevistas.

 

O Núcleo Jovem Engenheiro tem o objetivo de ampliar a participação da juventude no debate em torno das questões fundamentais da engenharia no País e do movimento sindical da categoria.

 

A entidade tem ainda como lutas prioritárias a defesa do salário mínimo profissional estabelecido pela Lei 4.950-A/1966, o que assegura piso remuneratório digno à categoria.  Outras bandeiras de luta são a criminalização do exercício ilegal da profissão e a instituição da carreira pública de Estado para os engenheiros. Ambos os temas estão previstos em proposições em tramitação no Congresso Nacional cuja aprovação o sindicato vem defendendo junto aos deputados e senadores.

 

O SEESP também participa de maneira qualificada do debate sobre desenvolvimento nacional, defendendo uma plataforma que garanta crescimento econômico, com distribuição de renda e preservação ambiental, objetivos presentes no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento.

 

O atendimento qualificado aos engenheiros se dá em sua sede, na cidade de São Paulo, e nas 25 Delegacias Sindicais distribuídas pelo Estado, de modo a estar mais próximo da categoria em cada região.

 

 

Participação fundamental

Para que siga trabalhando pelo profissional e pela engenharia nacional, o SEESP precisa ser cada vez mais forte, o que requer a participação e contribuição da categoria. Com esse intuito, a Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 7 de dezembro de 2018, para a qual os engenheiros foram convocados por meio de editais publicados nos jornais Folha de S. Paulo e Diário Oficial do Estado de São Paulo,  determinou a autorização para cobrança da Contribuição Sindical 2019, em conformidade com a Lei 13.467/2017.

 

Assim, todos os engenheiros devem pagar, até dia 28 de fevereiro, a guia de recolhimento  no valor de R$ 286,20, equivalente a 1/30 do salário mínimo profissional vigente em 2018 (R$ 8.586,00). Os profissionais com vínculo empregatício devem apresentar o comprovante de quitação à àrea responsável em seu local de trabalho para evitar o desconto de um dia de salário no mês de março. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2620.

 

 

 

Veja conquistas obtidas nas negociações

Reajuste salarial assegurado nas convenções que beneficiaram os engenheiros dos setores da indústria, comércio, consultoria, locação de equipamentos e máquinas e indústria gráfica. A conquista também beneficiou os profissionais que atuam na AES Eletropaulo, Airship, CDHU, Cesp, Cetesb, CPFL, CPFL Santa Cruz, CPTM, Dersa, Elektro, Emae, EMTU, Metrô, Sabesp, Usiminas Cubatão. A correção estende-se aos benefícios de caráter econômico.

 

Aqueles que trabalham na AES Tietê, Automatize, CET, Cteep,  Equisystem, IE Madeira e SPTrans obtiveram, além da reposição inflacionária, aumento real.

 

Aumento significativo, além da inflação do perío­do, em benefícios, como vale-refeição e alimentação, nas empresas AES Tietê, Cteep e IE Madeira.

 

Inclusão no acordo ou convenção do cumprimento do salário mínimo profissional conforme previsto na Lei 4.950-A/66(inserir link) no setor de comércio, consultoria, locação de equipamentos e máquinas, comércio de material elétrico, além das empresas AES Tietê, Airship, Automatize, CDHU; Cesp, Cetesb, Cteep, Dersa, Elektro, Eletropaulo, Equisystem, IE Madeira; Metrô, Sabesp, SPTrans e Usiminas Cubatão.

 

Garantia de qualificação profissional com até 12 dias por ano dedicados a cursos, seminários e  congressos sem prejuízo dos vencimentos nos setores da indústria e do comércio.

 

Garantia de emprego ou impossibilidade de demissão de engenheiros sem justa causa na Cesp (100% do quadro por dois anos), na Sabesp (98%), e na Emae (97,5%).

 

Fonte: Acordos e Convenções Coletivas 2018Levantamento: Gerência de Ação Sindical do SEESP

 

 

 

Confira a atuação da entidade pela categoria

• Campanhas salariais: https://goo.gl/Pg9q7z e https://goo.gl/YdECGL

• Orientação à carreira e colocação no mercado: https://goo.gl/jisyGk

• Núcleo Jovem Engenheiro: https://goo.gl/CykHDY

• Rede de atendimento: na Capital (https://goo.gl/qqtZ6o) e no interior (https://goo.gl/AUEfL7)

• Salário mínimo profissional: https://goo.gl/J4DwGY

• Debate sobre desenvolvimento e valorização da engenharia: http://www.crescebrasil.org.br

 

 

 

Por Rita Casaro

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