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Eliel

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Neste dia 25 de fevereiro, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) alcança um marco notável: 50 anos de história. A entidade certamente comemorará as cinco décadas de luta pelos engenheiros e por essa profissão que, mais que um ofício ou meio de vida, é instrumento dos avanços e transformações necessárias à humanidade. Ao longo desse período, a nossa federação amadureceu a sua atuação como entidade sindical e também como parte da sociedade civil organizada que pode e deve dar a sua contribuição para que o País trilhe os rumos do desenvolvimento sustentável, buscando inserção soberana no sistema internacional e qualidade de vida para a sua população. 

A tradução inegável desse esforço feito pela FNE é o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 como contribuição à retomada da expansão econômica no País. Bem-sucedida, a iniciativa cresceu em profundidade e abrangência, passando pela discussão sobre as cidades e as regiões metropolitanas, o enfrentamento da crise financeira, os gargalos que estancaram a retomada do crescimento observada a partir de 2007 e, ponto de pauta atual, a Copa 2014. Essa é vista como oportunidade de melhoria da infraestrutura das localidades que sediarão os jogos, assim como de vários outros avanços em termos de gestão pública e qualificação de mão de obra. Assim, a federação vem acompanhando os preparativos e debatendo problemas e soluções em seminários em várias partes do Brasil.

Outra vitória importante da FNE é o crescimento e fortalecimento dos seus 18 sindicatos filiados, entre os quais o SEESP, que ganharam relevância e representatividade em suas respectivas bases, além de projeção nacional em vários casos. Essa organização é hoje uma forte e coesa rede de entidades e lideranças guiadas pelo objetivo comum de defender o engenheiro e lutar pelo desenvolvimento, que se tornou capaz de superar obstáculos e construir saídas criativas para os problemas enfrentados. Fruto disso são, por exemplo, várias conquistas em relação à valorização profissional e à remuneração dos engenheiros em diversas cidades e estados brasileiros e também no setor privado. 

Portanto, ciente das vitórias alcançadas e também de que essas foram fruto de trabalho, dedicação e de um movimento unitário essencial, a FNE, em 2014, tem muito a comemorar. Porém, há também muito a se fazer.  A luta certamente continua, e em todas as suas frentes fundamentais. Na nossa agenda, permanece, por exemplo, a defesa incansável do piso profissional da categoria previsto na Lei 4.950-A/66, o que consideramos absolutamente justo e o mínimo necessário para que se garanta o reconhecimento a uma mão de obra fundamental ao País, seja no setor público ou nas empresas privadas.

Ganha ainda maior ênfase a ação sindical de caráter nacional e também o apoio à atuação das entidades filiadas nesse campo. É essencial fortalecer a luta dos engenheiros como trabalhadores e ampliar sua capacidade de organização e mobilização em defesa de seus direitos.

Naturalmente, segue o debate das questões cruciais da sociedade. Neste ano em especial, em que se disputam as eleições para a Presidência da República, os governos e parlamentos estaduais e o Congresso Nacional, a FNE trabalhará para oferecer aos candidatos propostas factíveis e de interesse público real.  Mantendo sua linha de total independência e sem ligações partidárias de qualquer nuance, a entidade fará a discussão política de forma ampla, democrática e visando o bem comum.

Como se vê, a celebração do jubileu de ouro da FNE traz uma pauta intensa de trabalho, o que, por sinal, só faz jus à sua história.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente 

Carlos Shiniti Saito


Abandono do sistema, descaso e desrespeito aos profissionais são algumas das consequências da privatização da empresa estatal Telecomunicações de São Paulo (Telesp) em 1998. O sistema telefônico havia sido remodelado integralmente a partir de 1972, época do milagre econômico, devido à competência dos engenheiros brasileiros que trabalhavam nessa companhia. Com a venda do patrimônio público à Telefônica, e mais tarde sua fusão com a Telesp Celular, sucedeu-se desmonte no setor, que culminou com a perda de qualidade nos serviços prestados ao consumidor.

Resultado é que hoje a empresa cobra a tarifa mais cara do mundo e é campeã de reclamações junto ao Órgão de Proteção ao Consumidor (Procon) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Contribuiu significativamente para isso o total descaso com a manutenção da rede externa em todas as ruas dos nossos municípios.

Sem garantir o bom atendimento, a Telefônica dá mais um passo na consolidação do desrespeito ao plano de outorga, que previa um sistema competitivo: está prestes a adquirir a empresa Tim, inaugurando oligopólio com danos ainda maiores à qualidade nos serviços.

Os engenheiros não ficaram imunes aos danos ocasionados pela privatização. Além do achatamento de seus ganhos, mediante descumprimento da Lei 4.950-A/66 – que estabelece o piso da categoria em nove salários mínimos vigentes no País para jornada diária de trabalho de oito horas –, e ausência de um plano de carreira, estão sendo prejudicados com a mudança na nomenclatura de seus cargos. Assim, embora exerçam a função de engenheiros, têm sido registrados como analistas, consultores e especialistas. Esse quadro, que tem se verificado também em outras operadoras de telecomunicações, configura descumprimento absoluto da Lei 5.194/66, que regulamenta o exercício da profissão. É premente que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) atue na fiscalização junto à Telefônica, para assegurar que essa situação absurda não continue a ocorrer.

Caso se intensifique esse processo inaugurado com a privatização do setor, a ameaça é de não haver mais engenheiros brasileiros atuando na área de telecomunicações. No caso da Telefônica/Vivo, essa mão de obra corre o risco de ser substituída pela grande massa de profissionais espanhóis que se encontram a trabalho no Brasil, nem sempre com a devida habilitação. É fundamental assegurar o cumprimento das normas.

O SEESP se manterá firme na defesa da categoria, que tem enfrentado situação aviltante, face a modelo que não atende às demandas da população e ainda tem se mostrado danoso ao conjunto dos trabalhadores.


Carlos Shiniti Saito é vice-presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Marília

Conforme balanço do Ministério da Educação (MEC) apresentado no início de janeiro, entre as 20 notas de corte mais altas da primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2014, 13 foram da área de engenharia – desde naval (a nota mais alta, 869.15), aeroespacial, eletrônica e computação, elétrica (sistemas de potência) até robótica e automação industrial. Civil e agronomia ficaram entre os dez cursos com maior número de inscrições, respectivamente, 130.059 e 104.560.

José Otávio Machado Menten, coordenador do curso de engenharia agronômica da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), não se surpreende com os números. Para ele, essa elevada procura é consequência direta do mercado. “O Brasil precisa de profissionais que resolvam problemas de infraestrutura, logística, produção etc.”, afirma. E os jovens, analisa, vislumbram que essas necessidades estão nas áreas tecnológicas. 

O diretor da Escola Politécnica da mesma instituição (Poli/USP) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso, lembra que o cenário nem sempre foi assim. “Depois de um gap no setor, o País se insere, mesmo como economia emergente, na corrida do desenvolvimento mundial.” Como consequência, explica, a primeira área a ser acionada é a da engenharia. A posição é reforçada por Ronaldo Faustino, professor do curso de engenharia de produção civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) – um dos mais concorridos entre as instituições de ensino superior (IES), com 100% das vagas no Sisu. Para ele, a área é importante na medida em que o Brasil terá de triplicar, até 2020, o número desses profissionais, caso a economia nacional cresça a um ritmo de 4% ao ano.


Brasil: locomotiva do momento

Os números mostram, também, segundo o professor do IFPE, que, apesar de atrasado em infraestrutura, o Brasil reúne inúmeras condições favoráveis para ser a grande locomotiva do momento. Já na área agrícola, Menten lembra que, nos últimos anos, os cursos de ciências agrárias, em especial de engenharia agronômica, vêm apresentando aumento de candidatos. “É o reconhecimento de nossa vocação. Trata-se do setor onde temos vantagens claras sobre os demais países: solos, água, clima, tecnologias agrícolas tropicais e produtores rurais competentes.” Em 2012, segundo o docente da Esalq/USP, existiam no País 262 cursos de engenharia agronômica, ofertando 20.532 vagas. Hoje, mais escolas estão sendo criadas em diversas regiões.

Ao mesmo tempo em que comemora números do Sisu, Menten observa que os cursos de engenharia precisam estar preparados para formar profissionais que atendam às demandas do mercado. Dessa forma, defende como essencial para garantir esse boom o aprimoramento constante das matrizes curriculares e dos projetos pedagógicos, para que o ensino continue primando pela qualidade e seja cada vez mais atraente para os jovens. Cardoso reforça a preocupação, argumentando que o País tem uma quantidade enorme de vagas disponível, em torno de 300 mil, mas o número de formados é ainda bem menor. “O Sisu mostra a entrada, não a saída”, esclarece. Desse número, informa, concluem o curso, no máximo, 20% – em torno de 50 mil. Tal ocorre, segundo o professor da Poli, porque há uma formação fraca dos estudantes brasileiros no ensino médio.

O professor José Marques Póvoa, consultor acadêmico do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP, corrobora a necessidade de atualizar o ensino de engenharia no Brasil, dizendo que há um verdadeiro “choque” de transição do aluno do ensino médio para a universidade. “Esse jovem vem de uma fase onde ele estuda com o professor, e não sozinho.” O que pode causar, argumenta Póvoa, já no primeiro ano do curso, um trauma, que pode levar à desistência. “Na proposta do instituto, o estudante deve virar engenheiro já no primeiro dia de aula.”

O Sisu – que seleciona estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – ofereceu, nesta primeira edição de 2014, 171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de educação superior em todo o território nacional, com destaque para as regiões Nordeste e Sudeste. Neste ano, cada candidato pôde fazer até duas opções de curso, o que elevou o número de inscrições para 4.988.206.


Por Rosângela Ribeiro Gil


Fundado em 21 de setembro de 1934, o sindicato completa, em 2014, 80 anos de existência. Como enfatiza seu presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro, “com uma trajetória marcada pela atuação em prol dos engenheiros, da tecnologia e do desenvolvimento nacional, há certamente muito a comemorar, mas também a realizar”. Ele continua: “A série de conquistas e lutas ao longo de sua história o leva a consolidar-se como entidade-cidadã e em defesa dos direitos de seus representados.”

Data tão importante será celebrada com muitas homenagens, eventos e trabalho. Em ano eleitoral e de Copa do Mundo no País, o SEESP – filiado à FNE e engajado em seu projeto, denominado “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – estará envolvido nas principais discussões de interesse da sociedade brasileira. Já vem participando dos debates sobre o legado a ser deixado à população pelo mundial de futebol e, como é de praxe, convidará os candidatos a presidente e governador neste pleito a apresentarem suas propostas à categoria, bem como deverá levar suas demandas a cada um. Além disso, deve contribuir à formação dessa mão de obra e, com isso, ao desenvolvimento do País. Através do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), do qual é entidade mantenedora, deve abrir em breve as portas à primeira turma de graduação em engenharia de inovação.


O começo

Esses passos começaram a ser dados dois meses após a promulgação da Constituição Federal de 1934. O objetivo era eleger para a Câmara Federal, ainda naquele ano, um deputado classista, figura criada pela nova Carta Magna. Sua indicação deveria ser feita por uma entidade sindical. Com a possibilidade de representar os interesses de sua categoria profissional, esse teria os mesmos direitos que os parlamentares eleitos pelo povo.

Um dos grandes inspiradores do futuro sindicato e defensor dessa ideia foi Roberto Cochrane Simonsen. Assim como ele, outros dos seus fundadores também eram empresários – ou profissionais autônomos. Reflexo de como se organizava na sociedade a maioria da categoria à época, como descrito na publicação “Memória – 60 anos do SEESP”, com um pequeno número de engenheiros empregados.

À fundação da entidade, reuniram-se em assembleia 12 engenheiros civis e arquitetos. Os trabalhos foram presididos por Francisco Teixeira da Silva Telles, que ocuparia a primeira presidência do sindicato, ficando no cargo até 1952. Conforme consta da ata de instalação do SEESP, em seu pronunciamento, ele procurou demonstrar “as vantagens resultantes para a classe com a sua organização de acordo com as leis vigentes”. Assim, propôs sua criação, inicialmente sob o nome de Sindicato Profissional de Engenheiros Civis e Arquitetos de São Paulo. A ideia foi aprovada por unanimidade. Na assembleia, também foram votados os estatutos, eleita e empossada a primeira diretoria, com mandato até 31 de março de 1936, ainda segundo registrado na ata. Além de Silva Telles, integraram-na: Guilherme Winter (secretário), Francisco Azevedo (tesoureiro), Hippolyto Gustavo Pujol, Oscar de Paula Bernardes e Archimedes de Barros Pimentel (Conselho Fiscal).

A partir daí, foi indicado a deputado classista pelo sindicato o engenheiro Ranulpho Pinheiro Lima. Como consta no livro “Memória – 60 anos do SEESP”, ele “chegou até a encaminhar alguma coisa, mas, com o golpe de 1937 e o consequente fechamento da Câmara, todo o trabalho foi suspenso. E o sindicato só começou a ter algum tipo de trabalho mais tarde, com o fim da representação classista”. A Carta Sindical foi registrada no Departamento Nacional do Trabalho, sediado no Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 1941, já sob a denominação Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, e abrangendo engenheiros de minas, civis, mecânicos, industriais, eletricistas, arquitetos e agrônomos.

O trabalho, contudo, era bastante limitado. Restringia-se à atuação assistencial, com um sistema de atendimento odontológico e médico-ambulatorial, e à representação junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), bem como a órgãos públicos. A virada se daria somente nos anos 1980, com o Movimento Renovação.


Por Soraya Misleh

O primeiro ato da série que deve marcar o ano de 2014, para lembrar os 50 anos do golpe militar de 31 de março de 1964 e exigir justiça, teve como protagonistas os trabalhadores. Realizada em 1º de fevereiro, a iniciativa denominada “Unidos, jamais vencidos” lotou o Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal de São Bernardo do Campo (SP). O ato foi organizado pelo Grupo de Trabalho 13, que investiga, junto à Comissão Nacional da Verdade (CNV), a repressão sobre o movimento sindical e os trabalhadores, bem como a colaboração do empresariado com a ditadura.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, prestigiou o evento, além do deputado estadual Adriano Diogo (PT), coordenador da Comissão Estadual da Verdade, e de João Vicente Goulart, filho do presidente deposto no golpe, João Goulart, o Jango. Vários outros parlamentares também estiveram presentes, como o deputado federal Vicentinho (PT) e os estaduais Ana do Carmo, Hamilton Pereira e José Zico Prado (todos do PT).

Num exemplo de ação unitária, teve a participação das dez centrais brasileiras – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Intersindical Central.

No ato, foram homenageados mais de 400 trabalhadores que lutaram contra a ditadura, inclusive alguns mortos nas mãos dos militares, representados por seus familiares. Depoimentos de ex-presos e perseguidos políticos foram exibidos em vídeos durante a iniciativa, que contou ainda com duas apresentações teatrais, do Grupo Solano Trindade e de Tin Urbinati, o qual realizou performance baseada no poema de Vinícius de Moraes intitulado “O operário em construção”.


Capital x trabalho

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, destacou no ensejo o papel fundamental desempenhado pela classe trabalhadora para pôr fim ao período de exceção, que perdurou no País até os anos 1980. Não obstante, ele ponderou que o processo democrático ainda está incompleto. “Avançamos do ponto de vista da política, mas não temos democracia nos locais de trabalho. Nas fábricas, ainda impera a ditadura do patrão. Enquanto isso não mudar e houver um único brasileiro à margem da sociedade, essa luta não estará completa.” Nobre apontou algumas das bandeiras fundamentais à classe trabalhadora nesse sentido, como redução da jornada sem diminuição de salários e fim do fator previdenciário. Luiz Gonçalves, presidente estadual da NCST, afirmou que é preciso fazer frente a ataques pelo Congresso Nacional, como o representado pelo projeto de lei 4.330, relativo à terceirização, que precariza as relações do trabalho. Assim, lembrou que no dia 9 de abril haverá em São Paulo um ato unitário para “avançar na luta e conquistas da classe”.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, foi outro a chamar os trabalhadores a continua­rem a luta e homenagear aqueles que contribuíram à derrubada da ditadura. Entre eles, citou o jornalista Sérgio Gomes e o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto, que ajudaram a inserir os trabalhadores na luta. José Gonzaga, diretor executivo da UGT, também lembrou alguns nomes, entre eles o de Luiz Inácio Lula da Silva, liderança na greve de 1978 em São Bernardo do Campo.

Emocionado, Adilson Araujo, presidente da CTB, enfatizou: “O Brasil sempre esteve acordado, porque vocês nunca dormiram.” Ele cedeu sua fala a João Batista Lemos, trabalhador da Volkswagen à época da ditadura, o qual afirmou que a empresa enviou uma lista com 30 nomes de militantes ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), como consta em relatório relativo à anistia. “As grandes multinacionais entregaram os trabalhadores à repressão. As empresas que colaboraram com o golpe têm que ser punidas também”, completou Luiz Carlos Prates, o Mancha, secretário nacional da CSP-Conlutas, para quem parte da estrutura que vigorou no período continua intacta, com torturas policiais como herança e leis de exceção. A falta de democratização nas comunicações foi outro aspecto lembrado durante o ato.

Para Rosa Maria Cardoso da Cunha, coordenadora da Comissão Nacional da Verdade e do GT 13, o golpe de 1964 deve ser denominado civil-militar, pela participação do empresariado, com cessão de equipamentos como veículos, combustíveis e patrocínio da tortura. Segundo ela, houve cinco outras tentativas de golpe antes de 1964. “Foi gestado desde o Estado Novo por um consórcio de civis e militares que não queriam o povo na política.” Rosa Cardoso ponderou que a CNV tem atua­ção limitada, com mandato de 2,7 anos. A justiça, explicou, não alcançará as empresas, porque não se pode criminalizar pessoa jurídica. “Mas faremos essa reparação, nas lutas.” Por sua atuação junto à CNV, ela foi homenageada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) com o prêmio Personalidade Profissional 2013, em Excelência em gestão pública. Adriano Diogo concluiu: “Na resistência à ditadura estávamos todos juntos. Agora, para punir os torturadores e abrir os arquivos militares, temos que continuar juntos.”


Por Soraya Misleh


Alunos de graduação, de pós-graduação e professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu realizam, nos dias 3 e 4 de abril próximo, o “Workshop de tecnologia em mecanização agrícola”. O evento terá palestras e dinâmicas com temas direcionados ao aperfeiçoamento e à atualização dos conhecimentos sobre tecnologias disponíveis e desenvolvidas na área de mecanização agrícola.

José Paulo Molin, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), ministrará a palestra “Mecanização de precisão”, e Ulisses Antuniassi, da Unesp de Botucatu, falará sobre “Inovações em tecnologia de aplicação”.

As inscrições com desconto podem ser feitas pela internet até 15 de março. O local do encontro será o auditório Paulo Rodolfo Leopoldo, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu (SP).

SÃO CAETANO DO SUL

Instituto Mauá de Tecnologia (IMT)
Site: www.maua.br
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Telefone: (11) 4239-3401

Pós-graduação em sistemas eletrônicos embarcados. Com inscrições abertas, a previsão de início das aulas é março próximo. A especialização é voltada para profissionais desenvolvedores de software e firmware para dispositivos eletrônicos em geral e para os que atuam no desenvolvimento de sistemas eletrônicos com processamento digital. Nesse curso serão abordadas as possíveis aplicações em equipamentos das linhas branca (eletrodomésticos) e marrom (eletroeletrônicos focados no entretenimento), sistemas automotivos e de aplicação médica, bem como dispositivos móveis. Além de abordar conceitos teóricos, o curso faz amplo uso de atividades em laboratório, em que o participante terá contato com várias ferramentas de desenvolvimento. Carga total de 210 horas. O término está previsto para dezembro de 2014. A seleção dos participantes será feita mediante análise curricular e, eventualmente, entrevista pessoal. Para mais informações e ficha de inscrição, acesse o link http://goo.gl/0LV9Pj. Preço: 11 parcelas de R$ 1.188,00.


SÃO CARLOS

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
Site: www.ufscar.br
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Telefone: (16) 3351-9626

 Projeto e gestão de infraestrutura urbana. Até dia 5 de maio, o Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da instituição está com inscrições abertas para a próxima turma desse curso de especialização. O objetivo é ampliar e atualizar o conhecimento dos profissionais que atuam na área, a partir de uma abordagem que considera a natureza sistêmica e multidisciplinar dos problemas que afligem as cidades. As aulas estão previstas para iniciar no dia 10 de maio próximo, com término em agosto de 2015. Serão realizadas aos sábados, nos períodos da manhã e tarde. Os interessados devem preencher e enviar o formulário de pré-inscrição eletrônico e anexar as cópias do diploma de graduação, do histórico escolar e do comprovante de pagamento da inscrição.


SÃO PAULO

Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
Site: www.sindusconsp.com.br
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Telefone: (11) 3334-5600

Licitações de obras e serviços de engenharia. O curso acontece em 3 de abril próximo. As contratações pela administração pública respondem por expressiva participação no faturamento das empresas de construção civil, assim, vencer licitações compensadoras é fundamental para o desenvolvimento dos negócios. Por isso, o conteúdo programático contempla desde como se dá um processo licitatório até pregão eletrônico e recursos administrativos. A atividade será das 9h às 18h, na sede do SindusCon-SP (Rua Dona Veridiana, 55, Santa Cecília, São Paulo/SP). Para associados ao sindicato da construção civil e estudantes, o valor é de R$ 390,00; para não associados e pessoa física, R$ 690,00.

17/02/2014

Canteiro

Diretor do SEESP assume presidência da Aeamesp

Com mandato até 2016, tomou posse no dia 6 de fevereiro a nova diretoria executiva e os conselhos deliberativo e fiscal da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (Aeamesp). A solenidade ocorreu no auditório do SEESP, na Capital. À frente da entidade, estará o engenheiro Emiliano Stanislau Affonso Neto, que é ainda diretor adjunto do sindicato. No ensejo, ele destacou: “Temos um grande desafio pela frente, o de colaborar para o crescimento e melhoria das redes metroferroviárias, identificando gargalos e trabalhando para sua mitigação, criando parcerias e buscando o envolvimento da sociedade em ações que visem a implantação de novas linhas.”

Além dele, compõem a diretoria executiva empossada os vice-presidentes Ayres Rodrigues Gonçalves (Administração e finanças), Arnaldo Pinto Coelho (Atividades técnicas) e Carlos Augusto Rossi (Assuntos associativos); Agostinho Minicuci Junior e Antônio Luciano Videira Costa (1º e 2º tesoureiros); Maria Toshiko Yamawaki e Luiz Antônio Cortez Ferreira (1ª e 2º secretários). Integram o Conselho Deliberativo: Plinio Assmann, Manoel Santiago da Silva Leite, Mohamed Choucair, Mara Silvana Siqueira, Fabio Tadeu Alves, Odécio Braga de Louredo Filho, Antônio Fioravanti, Pedro Armante C. Machado, Valter Belapetravicius, Rolando José Santoro Netto, Thais S. Ambrósio G. Herani, Sidiney Assis da Silva Junior. E o Conselho Fiscal: Iria A. Hissnauer Assef, Antônio Marcio Barros Silva e Luiz Eduardo Argenton.


Assinado acordo com a Usiminas

Em 17 de janeiro, foi firmado o acordo coletivo de trabalho dos engenheiros da Usiminas – Escritório São Paulo, após sua aprovação em assembleia no mesmo dia. Abrange a renovação de itens sociais por dois anos e econômicos, por um, com reajuste salarial de 6%, retroativo à data-base em 1º de novembro (pagamento das diferenças em 20 de janeiro). Além disso, inclui abono/compensação financeira de R$ 1.650,00; antecipação de parcela da PLR 2013 no valor de R$ 550,00; aumento no valor do auxílio-creche de R$ 170,00 para R$ 250,00 mensais; e garantia das demais cláusulas anteriores.


JE na TV

Desde 10 de fevereiro, é possível acompanhar programação inédita no JE na TV. O jornal do SEESP é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na Capital, pelos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou no site www.tvaberta.tv.br/ao-vivo, no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados, conforme grade variada (confira aqui). INSERIR LINKS

No dia 1º de janeiro, teve início novo mandato da chapa Trabalho, Integração e Compromisso, reeleita em 2013 para mais uma gestão à frente do SEESP. A confiança depositada pela categoria na equipe de dirigentes que comandará a entidade é motivo de grande orgulho e alegria, mas também representa enorme responsabilidade. Dessa forma, renovamos nosso compromisso de defender os engenheiros, fortalecer o nosso sindicato e lutar por um país melhor. Para nos guiar nessa tarefa, temos o programa de trabalho apresentado e aprovado pelos profissionais de todo o Estado. Assim, continuaremos a atuar intensamente na ação sindical, visando defender os interesses e direitos dos engenheiros e obter novas conquistas. Os acordos e convenções firmados pelo SEESP atualmente beneficiam cerca de 100 mil engenheiros.

Vamos nos empenhar para ampliar ainda mais a representação da categoria junto às empresas e sindicatos patronais. É objetivo também aprimorar o padrão desse diá­logo e manter um canal aberto permanentemente, visando buscar melhorias ao longo do ano e não apenas na data-base.

Sempre integrado ao conjunto do movimento sindical, o SEESP também atuará no sentido de colaborar com as lutas coletivas e a unidade das entidades. Portanto, manteremos nossa posição contrária ao projeto que pretende ampliar a terceirização no País e que, na prática, tira direitos históricos dos trabalhadores. Também pelo fim do fator previdenciário e pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, entre outras bandeiras fundamentais. Parceria constante e privilegiada será com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).

Estão na programação ações relativas ao mercado de trabalho em apoio ao profissional. Entre elas, o incremento constante da Área de Oportunidades e a continuidade do Programa Engenheiro Empreendedor. A atualização na formação do engenheiro, uma necessidade imperativa, será estimulada e apoiada. Um instrumento essencial para tal será o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cuja entidade mantenedora é o SEESP. Já credenciado pelo Ministério da Educação, esse começa suas atividades em 2014 e será uma excelente opção para cursos de extensão e pós-graduação.

Pretendemos ainda desenvolver iniciativas voltadas ao engenheiro formando e ao recém-formado, de modo a apoiar sua entrada no mercado de trabalho e também aproximá-lo do sindicato, instituição que defenderá seus interesses ao longo de toda a sua carreira.

Daremos sequência ao programa de benefícios e serviços oferecidos aos associados, expandindo os convênios existentes. Destaque especial continua­rão a ter o Plano de Saúde do Engenheiro, que já atende aproximadamente 30 mil vidas, e o SEESPPrev, o fundo de pensão da categoria.

No que diz respeito à inserção do sindicato no debate das questões da sociedade, avançaremos nesse caminho que tem se mostrado correto e vitorioso. A luta pelo desenvolvimento segue com o engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, cuja contribuição ao País tem sido valiosa.  Seguindo o que já se tornou tradição para o SEESP, realizaremos debates com os candidatos nos períodos eleitorais de 2014 e 2016, visando oferecer a eles sugestões da engenharia para uma melhor gestão. Obedecendo à regra absoluta de não partidarizar a nossa entidade, participaremos do debate político com ideias e propostas.

Seguindo esse norte e apoiados na mobilização dos engenheiros do Estado de São Paulo, cumpriremos a nossa missão de representar essa valorosa categoria.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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