Na segunda quinzena de agosto, em seu ciclo “A engenharia, o Estado e o País”, o SEESP recebeu em sua sede, na Capital, quatro candidatos: três ao Governo do Estado – Gilberto Natalini (PV), Wagner José Gonçalves Faria (PCB) e Laércio Benko (PHS) – e um ao Senado – Eduardo Suplicy (PT). A todos, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do sindicato, entregou a publicação “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Novos desafios”, atual versão do projeto lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que reúne as contribuições da categoria ao desenvolvimento sustentável nacional com distribuição de renda.
Estão agendados para setembro, até o momento, os candidatos ao Senado Ana Luiza Figueiredo Gomes (PSTU), Marlene Machado (PTB) e Gilberto Kassab (PSD), nos dias 3, 8 e 16, sempre às 17h. Aberto ao público, neste ano, o ciclo recebe os que disputam os cargos majoritários, o que inclui também os presidenciáveis. Os debates podem ser acompanhados ao vivo.
Compromisso com o ambiente
Presente no dia 15, Natalini destacou o compromisso de seu partido com a “causa ambiental”. Conforme ele, nesse sentido, a proposta é “buscar nova forma de desenvolvimento, com justiça social, respeito à natureza e à vida”. Exemplo negativo é a situação de escassez de água vivenciada no Estado, que, como frisou, se deve também à “miopia do governo”, que não investiu. Seu programa de gestão inclui realizar obras de captação, aumentar reservatórios, combater o desperdício de água (da ordem de 30% em território paulista), bem como cuidar dos cursos dos rios e nascentes.
Natalini comentou também que, em mobilidade urbana, sua prioridade será ao transporte público por trilhos. No âmbito administrativo, a proposta é diminuir os cargos de confiança de 15 para 10 mil e as secretarias estaduais de 25 para 16. Na área da saúde, seu compromisso é ampliar os gastos de 12% para 15% em quatro anos, totalizando R$ 5,6 bilhões.
Participação popular
No dia 18, foi a vez de Faria apresentar suas propostas à categoria. Acompanhado de seu candidato a vice-governador, Comandante Hermine, na sua concepção, tem-se uma redução do papel do Estado, o que é preciso reverter. Emblemático, conforme sua fala, é o caso da Sabesp, em que a ampliação do capital privado “não só piora as condições de trabalho, mas gera o mais baixo investimento na manutenção e ampliação dos mananciais, o que está diretamente relacionado à crise no abastecimento de água em São Paulo”. Na mesma linha, no transporte, Faria criticou a concessão de novas linhas do metrô à iniciativa privada. “Nosso eixo é a reversão total das privatizações dos serviços públicos essenciais.”
Além disso, o candidato pelo PCB denunciou o aumento da repressão policial, defendendo o fim da Polícia Militar no Estado e a criação de outra estrutura de segurança, “civil, com patrulhamento comunitário”. Segundo sua preleção, esse cenário aponta “a necessidade de aumento da democracia direta, via constituição de conselhos populares”.
Construir a “nova política”
Benko falou aos engenheiros no dia 19. Ele afirmou: “O objetivo é construir a ‘nova política’.” Para tanto, prometeu reforma administrativa, reduzindo os cargos comissionados e as secretarias estaduais das atuais 25 para apenas quatro: gestão pública, segurança pública, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.
Como primeiro ato, se eleito, Benko revelou: “Vou acabar com a progressão continuada na educação.” No transporte, disse, “devemos ter o compromisso de construir oito a dez quilômetros por ano de metrô. Contamos com o instrumento da PPP (parceria público-privada) hoje que torna isso possível”. Salientou, assim, ser a favor das privatizações, exceto no caso da Sabesp. A CPI dessa empresa na Câmara Municipal de São Paulo foi instalada no dia 20, através de requerimento feito por ele, um dos vereadores que a integram, no início de 2013. Na segurança pública, Benko afirmou que vai priorizar a “inteligência” e refutou a redução da maioridade penal como solução. “Daqui a pouco, vamos ter maternidade de segurança máxima”, ironizou. Ele concluiu: “Precisamos de menos burocratas e mais engenheiros na máquina pública.”
Renda básica de cidadania
Já Suplicy apresentou, no dia 22, projetos de sua autoria naquela Casa, em 24 anos de atuação, e defendeu uma de suas ideias mais notórias: a renda básica de cidadania, a ser recebida por todos os brasileiros, além de estrangeiros que residem no País há cinco anos ou mais. Segundo ele, sancionada pelo então presidente Lula em 8 de janeiro de 2004, a proposta deve ser colocada em prática por etapas. Ele elogiou o Bolsa Família como um dos passos rumo a esse objetivo. Como é sua marca, brindou os engenheiros com a canção Blowing in the Wind, de Bob Dylan.
Nos debates, Suplicy recebeu de presente uma camisa da campanha dos engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo por valorização profissional e remuneração justa. Informado sobre essa luta, colocou-se à disposição para participar de conversa com o prefeito Haddad e a secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leda Paulani, manifestando seu apoio. O candidato esteve acompanhado do postulante a vice-governador do Estado Nivaldo Santana (PCdoB), na coligação encabeçada por Alexandre Padilha (PT).
Por Soraya Misleh
NOVIDADES
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Turismo
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Feira de profissões atrai jovens que querem cursar engenharia
Em 23 de agosto, jovens entre 15 e 19 anos, a maioria cursando o ensino médio, participaram da primeira Feira de Profissões da Engenharia, realizada pelo SEESP em sua sede, na Capital. O intuito foi apresentar alguns dos cursos de engenharia existentes na cidade de São Paulo e região e faculdades da área encontradas no País. Os estudantes acompanharam as exposições de professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Centro Universitário Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), Mackenzie, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) – este mantido pelo sindicato – e as faculdades São Judas e Cantareira. Matérias de formação e mercado de atuação das engenharias elétrica, de alimentos, civil, biomédica, mecânica, de controle e automação, agronômica, de inovação e de produção foram abordados.
O engenheiro metalúrgico Sérgio Andrade trouxe os gêmeos Daniel e Rodrigo de Vasconcelos Andrade, de 15 anos, e parabenizou o sindicato pela iniciativa. “Esse tipo de evento é importante para atrair mais jovens para a área, que precisa, cada vez mais, de novos e bons talentos”, observou. Já os filhos, ainda indecisos, gostaram de ter um contato mais direto com os professores e perceberam a área menos fria, mais dinâmica e voltada às mudanças.
Vinícius Veiga, 17, quer prestar vestibular na Poli-USP, na Unicamp e nas federais. Ainda não definiu em qual área, mas tem interesse pelo setor de energia. Vítor Franciscato, 19, já está cursando engenharia física na escola de Lorena, recentemente integrada à USP, mas compareceu à feira para obter mais informações a respeito de outras modalidades. “Quero, depois da graduação, estreitar o meu conhecimento em outra área, quem sabe mecânica.” Caso ainda de Renata Ornelas Guenaga, 19, que já estuda elétrica e também esteve na feira acompanhada do pai engenheiro. Ela pretende fazer pós-graduação em biomédica ou mecânica.
Na outra ponta, está a estudante Marina de Moreira, 16, em dúvida entre áreas bem diferentes: engenharia bioquímica e jornalismo. “Gosto muito de química e matemática, mas também de escrever”, resume sua inquietação. Já Felipe Mota Vieira, 16, considerou interessante e esclarecedora a atividade. “Nesse período antes do vestibular, temos sempre muitas dúvidas, e ter contato direto com o professor da universidade nos dá uma ideia melhor do que é a profissão, o que não conseguimos saber no ensino médio.”
O professor José Marques Póvoa, diretor de graduação do Isitec, na sua explanação sobre o curso de engenharia da inovação, cujo processo seletivo será iniciado no dia 1º de outubro próximo, esclareceu: “Pretendemos mudar o conceito de engenharia, preparando os estudantes para os empregos que ainda não existem e para tecnologias que ainda serão inventadas.” Ele acrescentou que esse profissional será um eterno estudante. E completou: “Inovação é uma atitude, um estado de espírito, um processo criativo. O professor, na nossa escola, será o mediador do aprendizado.”
Segundo explicou, o instituto não vai formar um profissional generalista ou especialista, mas multiespecialista. Nosso lema é: “Aprender a aprender. Aprender a fazer e fazer.”
Reserve já sua presença na festa de aniversário do SEESP
No dia 26 de setembro, a partir das 19h, acontece uma grande festa no Clube Atlético Monte Líbano (Rua República do Líbano, 2.267, São Paulo/SP) em comemoração aos 80 anos do sindicato – a se completarem em 21 do mesmo mês. Para celebrar essa rica trajetória em defesa dos engenheiros, do desenvolvimento do Estado e do País, os associados ao SEESP precisam confirmar presença pelo telefone (11) 3113-2641 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Não deixe para a última hora. Vagas limitadas.
II Seminário Latino-americano
Na segunda edição do Seminário Latino-americano de Protensão (II Selap), que ocorrerá nos dias 12 e 13 de setembro, das 8h às 22h, no Hotel Panamby (próximo ao aeroporto internacional de Guarulhos), serão realizadas as palestras “Fundamentos e desafios no projeto de edifícios de concreto” e “Protensão e soluções desafiadoras” e o minicurso “Verificação de projetos”. Inscrições pelo telefone (11) 2714-7300 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Campinas pesquisa interesse por cursos
A Delegacia Sindical do SEESP na cidade, com sede própria, dispõe de uma sala equipada para oferta de cursos à categoria e quer saber quais as áreas e temas de interesse dos engenheiros. Assim, solicita aos profissionais que enviem sugestões e ideias para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Isitec promove curso de capacitação para gestores de iluminação pública
Regras baixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estão em vigor desde janeiro de 2014, estabelecem que a gestão da iluminação pública é agora obrigação das prefeituras. Com isso, as administrações deverão realizar a manutenção do sistema de iluminação pública (lâmpadas, braços e reatores) e conhecer todos os processos pertinentes à supervisão dessa atividade.
Em sintonia com essas mudanças, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) abriu oportunidade para profissionais, promovendo o curso de capacitação para gestores de iluminação pública. A atividade será nos dias 16, 17 e 18 de setembro, na sede do instituto (Rua Martiniano de Carvalho, 170 - Bela Vista - São Paulo). Associados ao SEESP têm desconto de R$ 100,00 no valor total (R$ 1.200,00). Mais informações e contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (11) 3254-6850.
Em entrevista coletiva à imprensa, realizada em São Paulo, em 6 de agosto, o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, apontou vários avanços trabalhistas assegurados nos últimos anos e um rol de importantes conquistas a serem ainda consolidadas. Entre essas, estão itens fundamentais como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, alteração no fator previdenciário que torne o dispositivo menos perverso e a rejeição total à terceirização precarizante.
Seria bastante importante que os candidatos a presidente nestas eleições tratassem em seu programa de governo da questão trabalhista, usualmente deixada de lado e preterida por outros temas, não necessariamente mais relevantes. É essencial que o futuro ou a futura presidente do País comprometa-se com uma pauta mínima, que inclua tanto mudanças positivas quanto as reivindicações acima mencionadas, como o compromisso de não eliminar direitos conquistados arduamente.
Se temos uma lição da crise econômica internacional que abalou o mundo a partir de 2008 e até hoje não foi superada, é que se precisa de um Estado – idealmente eficaz, transparente e plenamente democrático – a regrar o mercado. A regulação do trabalho entra nesse diapasão na nossa sociedade. Deixado ao bel-prazer, o capitalismo voltaria sem timidez aos padrões do início da revolução industrial ou até pior, considerando que ainda há trabalho escravo. Para haver avanços de fato e o Brasil se tornar um País com condições dignas de vida, é fundamental que haja direitos que protejam a mão de obra e a valorizem.
Não é possível imaginar uma nação de primeiro mundo na qual os seus trabalhadores vivam à míngua. Temos que lutar por bons salários, condições de trabalho adequadas e acesso à atualização profissional e educação continuada para todos. Obviamente, para que isso se dê, há todo um programa na política econômica a ser cumprido, que culmine na geração de empregos de qualidade. Mas essa condição não pode ser uma desculpa para que se abra mão de direitos que são inegociáveis e assim precisam ser vistos.
Temos discutido, no âmbito da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), a necessidade de se garantir a centralidade do trabalho na sociedade brasileira. Isso implica ampliar a participação da renda do trabalho no Produto Interno Bruto (PIB), fortalecer as instituições públicas e estatais voltadas ao tema, caso do próprio Ministério do Trabalho e Emprego, e assegurar voz ao movimento sindical plural.
Na nossa avaliação, essas são questões essenciais a serem consideradas por quem pretende governar o Brasil pelos próximos quatro anos de forma justa e pensando estrategicamente na construção de um país melhor.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente
Aldo Rebelo
A Copa do Brasil foi perseguida pelo legado que deveria deixar na forma de melhorias diversas para o povo brasileiro: serviços e obras públicas, aumento do Produto Interno Bruto (PIB), dinamismo de negócios, criação de empregos, projeção geopolítica, atração turística e outros numerosos fatores que um megaevento desse porte impacta nas entranhas do país anfitrião. Tudo isso foi conquistado a mancheias. Mas parece que muitos se surpreenderam com a característica lúdica do torneio, que entre nós ganhou uma exuberância jamais vista nas 19 copas até então realizadas.
A imprensa, as delegações e os turistas estrangeiros foram os primeiros a reconhecer que lugar de Copa do Mundo é no Brasil. Todas deveriam acontecer aqui, disse o ex-craque e hoje integrante da Comissão Técnica da Holanda Pierre Van Hooijdonk, resumindo um sentimento que se generalizou entre as multidões que participaram ou acompanharam o torneio durante um mês.
Já não cabe lembrar os profetas do caos, as cassandras de predições catastróficas, os grupos tangidos por interesses político-eleitorais disfarçados de crítica ou pessimismo – pois não era de pessimismo que se tratava, e sim de um vendaval corrosivo que procurava minar a Copa para atingir o governo que tanto trabalhou por ela. Esses foram soterrados pelo sucesso do empreendimento.
Cabe-nos mais celebrar o engajamento festivo de um país que, em sua torcida, combinava a tensão da disputa com a alegria do encontro. Os estrangeiros foram recebidos como irmãos e sentiram-se em casa, em tal confraternização que, nos 64 jogos, não se registrou um só incidente digno de nota.
A adesão popular foi tamanha que, apesar do mau desempenho da seleção brasileira, a alegria continuou nos estádios e nas ruas mesmo depois da derrota para a Alemanha. Nem se sucedeu o ambiente fúnebre da campanha de 1950.
Neste espaço, impõe-se uma homenagem à engenharia nacional. Os projetos e obras de execução de reforma e construção de estádios, aeroportos e equipamentos de transporte público nas 12 cidades-sedes foram bem-sucedidos. As arenas, principalmente, erguem-se como testemunho da capacidade realizadora do Brasil. Belas, modernas, confortáveis, ficaram prontas a tempo e funcionaram a contento como palcos da mais alegre das Copas. Algumas já receberam certificados de excelência ambiental.
Infelizmente vai demorar, mas todo o universo do futebol deixou claro que gostaria que outra Copa logo se realizasse sob o manto da alegria e competência verde-amarelas.
Aldo Rebelo é ministro do Esporte.
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Revisão do fator previdenciário, proibição da dispensa imotivada, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, manutenção da política de valorização do salário mínimo, rejeição da terceirização em bases precarizantes e defesa da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essas devem ser algumas das reivindicações que continuarão na pauta do movimento sindical brasileiro nas negociações com o próximo mandatário do País. A previsão é do diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o jornalista Antônio Augusto de Queiroz, Toninho.
Ele concedeu entrevista coletiva no dia 6 de agosto em evento conjunto da Agência Sindical e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, na sede desse último, na Capital paulista, onde discorreu sobre o ambiente político em que se dá o processo eleitoral e o que está em jogo para o trabalhador.
Recentemente, Toninho elaborou balanço sobre os avanços trabalhistas no País, nos últimos 12 anos, qualificando como positivos os benefícios conquistados, que combinaram vontade governamental e unidade de ação das centrais sindicais. Entre esses, estão o reconhecimento do teletrabalho, ou trabalho a distância (Lei 12.551/11), a ampliação da formação profissional por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) e do aviso prévio de 30 para até 90 dias, a instituição da política de valorização do salário mínimo até 2015 (Lei 12.382/11) e a isenção de imposto de renda (IR) até o limite de R$ 6 mil na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No período de 2003 a 2010, o diretor do Diap seleciona, entre outros, o reconhecimento das centrais sindicais e o piso salarial profissional nacional para o magistério público da educação básica. Outra grande vitória, assegura, se deu em 15 de março de 2007, quando o ex-presidente Lula vetou a Emenda 3, que obrigava a necessidade de decisão prévia da Justiça do Trabalho para que se considerasse existente vínculo empregatício. Na prática, isso tirava o poder de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o que dificultaria o combate ao trabalho escravo e às terceirizações ilegais. Também é desse período a criação de 20 milhões de empregos formais. “O que significa quase a população do Chile”, compara.
A primeira batalha importante é a revisão do fator previdenciário – sistema implantado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso em 1999 –, que, segundo Toninho, criou uma regra muito perversa que penaliza de forma drástica quem começou a trabalhar mais cedo e significa, em alguns casos, redução em até 50% da aposentadoria. Para ele, uma das alternativas ao fator seria a fórmula 85/95, que soma idade ao tempo de contribuição, respectivamente para mulheres e homens.
Equipe econômica dos candidatos
Na sua concepção, outro aspecto fundamental a ser analisado nessas eleições é quem está no entorno de cada candidatura, particularmente na formulação da sua política econômica. E explica: “Se analisarmos os últimos 20 anos, constataremos que, em dez deles, houve um alinhamento automático com o sistema financeiro. Isso ocorreu nos oitos anos do Governo FHC e nos dois primeiros de Lula.” Por isso, continua: “Todo dinheiro que entrava nos cofres públicos era canalizado para o pagamento distorcido dos juros da dívida.” A situação que se manteve no primeiro mandato de Lula muda, analisa Toninho, quando Antonio Palocci foi substituído no Ministério da Fazenda por Guido Mantega, mais alinhado ao setor produtivo. “Todas as conquistas, programas sociais e avanços nos direitos trabalhistas que tivemos começaram a partir desse gesto”, defende.
O diretor do Diap elogia o movimento sindical na última década, que privilegiou a unidade de ação. “Havia diferença de método, mas objetivos comuns.” Na linha de avanços protagonizados nos últimos governos, cita ainda a mudança de perfil do Tribunal Superior do Trabalho (TST). “Hoje, esse está mais identificado com os direitos sociais dos trabalhadores.” De fato, nem sempre foi assim: em 1995, o órgão multou pesadamente os petroleiros brasileiros, por greve de 32 dias realizada em todo o Brasil, em maio daquele ano. “Esse fato apavorou e assustou o movimento sindical à época.”
Em 2012, Toninho recebeu o Prêmio Personalidade Profissional da Excelência em Serviços Públicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).
Por Rosângela Ribeiro Gil
Iniciativa que vem sendo atualizada desde sua apresentação em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” conta agora com mais uma versão: “Novos desafios”. Seu lançamento se deu na sede do SEESP, na Capital, em 31 de julho último. A edição, além de reiterar a necessidade de prosseguir com os investimentos e projetos em infraestrutura ao desenvolvimento sustentável do País, aponta a urgência de se conter desindustrialização precoce no País e avançar no fortalecimento desse setor estratégico, com inovação e ganhos de produtividade.
Comemorando o lançamento, o presidente da FNE e do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, enfatizou que o projeto dos engenheiros inspirou e deu origem ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal em 2007. João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical da FNE, salientou que a etapa atual da iniciativa insere-se e “quer influir diretamente na disputa eleitoral”. Assim, o documento será entregue aos candidatos neste pleito nacional e estadual.
Um dos consultores do projeto, Antonio Octaviano – diretor de extensão do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP com o apoio da FNE –, apresentou na oportunidade síntese de um dos temas tratados agora: educação para a inovação, “fator relevante a uma política de desenvolvimento, assim como a necessidade de adensamento das cadeias produtivas à reindustrialização”.
Para o consultor Marco Aurélio Cabral Pinto, é crucial solidificar avanços, como os ganhos salariais obtidos, e ir além, de modo a assegurar mercado interno e enfrentar os efeitos da crise internacional. Na sua concepção, o investimento em logística e energia, bem como a superação do “atraso histórico” em termos de infraestrutura, integram as saídas que o País deve perseguir. Ademais, na ótica do consultor Antonio Corrêa de Lacerda, para combater as desigualdades de renda e fortalecer a geração de emprego, não se pode abrir mão da industrialização. Criticando a visão financista e especulativa”, ele afirmou: “As propostas que estamos consolidando são o início de uma grande virada, espero que muito rapidamente.”
Comunicação, saneamento e transporte
Um dos grandes desafios elencados no “Cresce Brasil” é recuperar setores duramente golpeados num processo de desindustrialização precoce. Entre eles, um dos mais atingidos, na visão do consultor Marcos Dantas, é o de comunicação. “A indústria eletroeletrônica deixou de existir, agora somos apenas montadores de equipamentos. As empresas nacionais desapareceram e a tecnologia que desenvolveram foi transferida ao capital estrangeiro. Ele foi categórico: “A iniciativa da FNE é muito importante ao recolocar a engenharia brasileira no centro da formulação de uma política industrial e tecnológica que recupere essa nossa capacidade.” Setor também desmontado e contemplado pelo projeto “Cresce Brasil” é o do transporte ferroviário, que deve ser revitalizado. O tema foi apresentado por Clarice Soraggi, diretora Regional Sudeste da FNE e autora da nota técnica relativa ao assunto.
Assim como essas questões, as soluções para a universalização do saneamento básico se mantêm presentes nesse “Cresce Brasil”. O consultor João Sergio Cordeiro destacou que o “crescimento econômico nacional traz dados positivos, mas também desafios”. Um deles, abordado pelo especialista, diz respeito ao êxodo campo-cidade. Segundo ele, dos 200 milhões de brasileiros, 85% encontram-se hoje na zona urbana. As soluções passam, em sua grande maioria, pela gestão pública”. Nesse sentido, o trabalho de Cordeiro destaca a importância de os municípios elaborarem seus planos integrados de saneamento, em atendimento ao Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e ao marco legal do setor. Para tanto, é preciso fazer frente ao gargalo representado pela ausência de pessoal especializado e estrutura. “Se hoje fossem colocados os cerca de R$ 500 bilhões estimados como necessários à universalização do saneamento, não teríamos capacidade técnica para solucionar tal questão.” O desafio das cidades também foi tratado pelo consultor Luiz Salomão, que frisou: “Se não organizarmos uma política de ocupação do espaço totalmente distinta da atual, vamos observar um aprofundamento das distorções.”
Coordenador da consultoria técnica do “Cresce Brasil”, Carlos Monte comentou ainda sobre as propostas na área de energia, que incluem a geração a partir do lixo, da madeira, da cana-de-açúcar, o carro elétrico e a garantia de eficiência. Afora isso, ele lembrou os avanços obtidos após o início dessa iniciativa, como o anúncio do PAC, a descoberta do pré-sal, a desburocratização e retomada do planejamento portuário, bem como os programas sociais governamentais – como o Bolsa Família, Luz para todos e Minha Casa Minha Vida –, defendendo sua manutenção. “Com a busca incessante por inovação e eficiência, vamos superar o conflito de se ampliar a taxa de juros para combater a inflação, o que na verdade garante ganhos aos banqueiros.” O “Cresce Brasil” reflete essa busca e por isso, como salientou o coordenador da iniciativa, Fernando Palmezan, seu lançamento e continuidade é motivo de orgulho para os engenheiros.
Saiba mais sobre o “Cresce Brasil” e conheça o novo documento em www.crescebrasil.org.br.
Por Soraya Misleh
Em seu ciclo “A engenharia, o Estado e o País”, o SEESP recebeu em sua sede, na Capital, até agora três candidatos nas eleições de 2014, sendo dois ao Senado – José Serra, pelo PSDB e Coligação Mais Trabalho, e Carlos Alberto Santos (o indígena Kaká Werá), pelo PV, respectivamente em 30 e 31 de julho último – e um ao Governo paulista – Gilberto Maringoni, pela Frente de Esquerda PSOL-PSTU, no dia 8 de agosto.
A todos, foi entregue ao final, pelo presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, a publicação “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento –– Novos desafios”, atual versão do projeto da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que reúne as propostas da categoria ao desenvolvimento sustentável com distribuição de renda no País.
Estão confirmados ainda os candidatos ao Governo de São Paulo Gilberto Natalini (PV), Wagner José Gonçalves Faria (PCB) e Laércio Benko (PHS), nos dias 15, 18 e 19 deste mês, além dos concorrentes ao Senado Eduardo Suplicy (PT) e Marlene Machado (PTB), em 22 próximo e 8 de setembro. O ciclo acontece desde 1998 e é aberto ao público. Neste ano, recebe os que disputam os cargos majoritários, o que inclui também os presidenciáveis. Os debates podem ser acompanhados ao vivo aqui.
Prioridade à saúde
Acompanhado de seu suplente, José Aníbal, e de candidatos da Coligação aos Legislativos federal e estadual, Serra ressaltou os principais pontos em que pretende atuar caso seja eleito. Entre eles: reconstruir o sistema do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), melhorar a saúde pública e o saneamento básico, defender mais investimentos no Estado paulista e combater a utilização e o tráfico de drogas em território nacional.
Tendo ocupado vários cargos públicos, na sua apresentação aos engenheiros, Serra frisou que começou seus estudos de graduação na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), no início dos anos 1960, mas se formou em Economia. À época, salientou, engenharia “era uma profissão em que se ganhava bem”. Agora, considerou, o cenário é outro, pois o Brasil enfrenta “lentidão no desenvolvimento”. E continuou: “De 1980 para cá, a economia brasileira caiu três vezes. São 34 anos sem crescimento. Isso está por trás dos problemas da engenharia brasileira.”
Sobre o FAT, Serra afirmou que o fundo está “desfinanciado”. Quanto à saúde, citou pesquisa que a coloca, atualmente, como uma das grandes preocupações do brasileiro, defendendo melhor gestão dos recursos públicos, volta do profissionalismo e se opondo à ideia da “medicina para pobre”.
Foco no meio ambiente
Já Kaká apresentou como eixos do seu programa de gestão garantir um modelo que não envenene o solo, devolva aos rios e nascentes águas limpas, garanta ar de qualidade e o uso de fontes alternativas de energia. O candidato ao Senado pelo PV apresentou sua trajetória, marcada pela defesa dos povos tradicionais. Com cinco livros escritos, ao lado da candidata a vice-governadora por seu partido, Maria Lúcia Aidar, e a seu primeiro suplente, Jean Nascimento, ele expressou a política do PV para o Senado.
Com foco no desenvolvimento sustentável, Kaká defendeu a mudança de um modelo que agride o meio ambiente, para que se preserve a “civilização”. Segundo lembrou ele, na Eco 92 estudiosos já sinalizavam que se se mantiver o atual, “serão necessários três planetas Terra. Essas ideias e desejos de outro paradigma para uma política de Estado precisam ser incorporados ao modo de pensar de quem faz tecnologia e engenharia”.
Resgatar o papel do Estado
Primeiro candidato ao Governo paulista a participar do ciclo, Maringoni apontou o papel essencial do SEESP e da FNE ao recolocarem, a partir de 2006, com a apresentação do projeto “Cresce Brasil”, “no centro da política nacional a questão do desenvolvimento”. Para assegurar inversões à realização dos projetos ali elencados, conforme considerou, a iniciativa coloca a questão crucial de se rediscutir o papel do Estado. Sua capacidade de planejamento e indução do desenvolvimento foi retirada com as privatizações dos anos 1990, segundo avaliou.
Ele citou ainda a mudança na composição de acionistas na Sabesp, que hoje tem 50,26% sob capital público e 49,74%, privado – pano de fundo à crise hídrica verificada hoje em São Paulo. “Faltam investimentos. Seu lucro hoje é de R$ 1,932 bilhão e R$ 532 milhões destinam-se a dividendos aos sócios privados. A companhia precisa ser reestatizada.”
Na sua concepção, é necessário ter um Estado transparente a que se tenha o desenvolvimento almejado, que implica “transformação social, com garantia de distribuição de renda e da propriedade”. Para tanto, concluiu, os engenheiros são fundamentais. “São os grandes projetistas do futuro do Brasil.”
Por Soraya Misleh, com colaboração de Rosângela Ribeiro Gil
Serginho Groisman, Marcelo Tas e Guto Lacaz são alguns dos palestrantes confirmados na “1ª Feira anual de inovação de São Paulo”, promovida pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), nos dias 21 e 22 de agosto, das 13h às 22h30.
O evento acontecerá em sua sede, na Rua Martiniano de Carvalho, 170, na Bela Vista, Capital – local onde, no passado, situava-se o Colégio Equipe, palco de momentos memoráveis da música popular brasileira (MPB), com a apresentação de nomes como Caetano Veloso, Jards Macalé e Cartola.
Com expectativa de receber cerca de 5 mil pessoas, entre estudantes, professores e profissionais de diversas áreas do conhecimento, a iniciativa contará com uma praça de alimentação, banheiros e toda a estrutura necessária para acomodar os participantes. “Será uma oportunidade para debater a inovação em todos os campos, seja na ciência, nas artes, na tecnologia, entre outras”, ressalta Saulo Krichanã, diretor do Isitec.
Programação
A abertura será feita por Serginho Groisman, às 14h do dia 21, o qual abordará a inovação sob o ponto de vista da mídia. Logo em seguida, Rogério Félix, CEO da Saga, falará sobre mercado de games. O designer e ilustrador Guto Lacaz discorrerá sobre artes plásticas, das 19h30 às 20h30. E Marcelo Tas, apresentador do C.Q.C., da TV Bandeirantes, apresentará o que há de mais inovador nas redes sociais. No último dia, destaque para a palestra de Glauco Arbix, CEO da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública que custeia projetos de ciência, tecnologia e inovação.
História
Em plena ditadura militar, Serginho Groisman promoveu no antigo palco do Colégio Equipe, hoje Isitec, shows de nomes como Nelson Cavaquinho, Raul Seixas, Gonzagão e Gonzaguinha, que, por conta da censura, não tinham onde se apresentar.
Mais informações em www.isitec.org.br ou pelo telefone (11) 3254-6850.