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05/10/2018

"Desafie seu líder para lhe dar uma oportunidade"

Cauê OdebrechtCauê é engenheiro ambiental e sanitarista formado em 2014.
Desde então, segue carreira na Odebrecht, na Bahia. Fotos: Odebrecht.
 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

No Brasil, quase 24% da população tem algum tipo de deficiência. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, em seu último censo de 2010, contabilizou 45,6 milhões de pessoas com deficiência. O respeito e a diversidade também recebem atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em 1992, instituiu a data 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. O objetivo é estimular uma reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência (PcD).

 

A Lei 8.213/91 foi criada para garantir às pessoas com deficiência que sejam beneficiárias do Programa de Reabilitação Profissional pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a possibilidade de exercerem alguma atividade laboral. A chamada Lei de Cotas (12.711/2012) obriga empresas com mais de 100 funcionários a reservarem de 2% a 5% das vagas de seu quadro de efetivos para essas pessoas.

 

Cauê Borges Maia, 29 anos, solteiro e formado em engenharia Ambiental e Sanitária pela Faculdade de Ciência e Tecnologia (Salvador-BA), em 2014, e pós-graduado em Segurança do Trabalho, atua na área na Odebrecht Engenharia e Construção, que opera nas áreas de portos e aeroportos, transportes urbanos, saneamento, irrigação, hidrelétricas, requalificação urbana, habitação, energia, agroindústria e mineração e está presente em 16 países.

 

Ele entrou na empresa pelo Programa Estágio de Férias, em janeiro de 2014, em seguida foi enquadrado como estagiário regular durante um ano. Em março de 2015, após a sua formatura foi contratado como Engenheiro Trainee (Programa Jovem Parceiro). Maia falou ao Oportunidades na Engenharia sobre sua vida profissional na Odebrecht e como é importante não desistir e enfrentar os desafios.

 

Como foi sua decisão pela engenharia?

Veio pelo interesse pelas matérias de exatas e biologia. E pela paixão pela natureza, e o fascínio por entender que nada nela acontece por acaso.

 

Graduado, como foi o seu ingresso no mercado de trabalho?

Fui estagiário de férias da Odebrecht em uma obra de rodovia, acabei continuando como estagiário. Após completar o curso fui contratado, graças ao feedback dos profissionais que trabalharam comigo e ao meu líder que acreditou em meu potencial.

 

Cauê Odebrecht 2Na Usina de Asfalto, em Salvador.

 

Quais as suas atividades e rotina de trabalho na empresa?

Fui responsável pelo monitoramento dos cumprimentos dos requisitos legais de obra na área de meio ambiente e segurança, além de atender aos condicionantes ambientais. Fui também o encarregado por um programa de prevenção na área de segurança, e responsável pelos indicadores na área de sustentabilidade.

 

Como é a sua relação com a equipe?

Ela é muito boa com os colegas de trabalho, que são muito solícitos, e não hesito em pedir ajuda quando preciso. Aos poucos fui ganhando reconhecimento e fiz parte de grandes decisões do projeto.

 

Como foi trilhar o caminho da engenharia?

A engenharia é inspiradora e motivadora, a área da construção civil pesada é repleta de desafios, o que proporciona a oportunidade de mostrar o seu valor. Minha posição ainda propiciou que me relacionasse com os mais diversos setores da sociedade e da engenharia.

 

Cauê Odebrecht 3Na Usina de Asfalto, em Salvador.

 

O que é ser um bom profissional?

É usar seus conhecimentos técnicos e lógicos para criar as melhores soluções para os desafios, dos simples aos mais complexos. Um bom profissional não esquece que seu principal objetivo é o bem-estar do ser humano, dedicar o máximo de seu conhecimento durante o trabalho e tem compromisso com os princípios e metas da empresa.

 

Você poderia dar um conselho para os estudantes ou profissionais da área que também são pessoas com deficiência?

Use a visibilidade de suas diferenças e seu destaque para mostrar o seu trabalho, aos poucos vai deixar de ser o profissional PcD e passar a ser reconhecido por sua capacidade. Desafie seu líder a te dar uma oportunidade. Se o ambiente não for adequado, nem mesmo para o PcD será bom continuar.

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