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29/11/2012

Opinião - Trânsito custa caro

O que muitos intuíam foi constatado por pesquisa em fase final de desenvolvimento. Os transtornos do trânsito na cidade São Paulo custam cada vez mais caro. Os prejuízos com os congestionamentos na capital paulista têm praticamente dobrado a cada quatro anos, como mostra levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Dados preliminares apurados pelo economista Marcos Cintra, vice-presidente da FGV-SP e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho da prefeitura paulistana, apontam que já passa dos R$ 50 bilhões o montante que a cidade perde, ou deixa de ganhar, por ano. Tudo por culpa dos congestionamentos. O valor é maior que o orçamento da Prefeitura de São Paulo para 2013, de R$ 42 bilhões. "É um aumento muito significativo desse custo no período. E não tem nada artificial que tenha colaborado, é o crescimento vegetativo dos problemas de trânsito", diz Cintra.

O diagnóstico final deve ser divulgado nos próximos dias. O valor ainda pode ter variação maior. Entra no cálculo o custo do tempo perdido nos congestionamentos, em horas de trabalho ou de lazer. Ainda são incluídas perdas com combustíveis no congestionamento, gastos com saúde por causa da poluição e até as horas perdidas pelos indivíduos. Mas desse total 75% correspondem a riquezas que deixam de ser produzidas enquanto a fila não anda. Em 2008, iam para o ralo, segundo o cálculo, R$ 33 bilhões - ante R$ 14 bilhões em 2004. É o que se convencionou chamar de Custo São Paulo. Segundo Cintra, os fatores mais preponderantes para o aumento desse custo nos últimos quatro anos são o aumento da frota e a queda na velocidade média. São Paulo combina uma frota de mais de 7 milhões de veículos e um serviço deficiente de transporte público.

Mas as saídas para esse tormento que custa caro existem e são buscadas por diversas prefeituras, em todo o país, talvez não com a celeridade que a dimensão do problema exige, porém, podem representar a “luz no fim do túnel”. Insere-se nessa busca o projeto da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, ainda na fase de estudos, que visa a driblar as promessas até não concretizadas pelo governo estadual de construir uma linha de trem até o aeroporto de Cumbica e outra de metrô até a via Dutra, na divisa entre a capital paulista e o município de 1,2 milhão de habitantes. O VLT teria custo total de R$ 1,2 bilhão.  Proposta semelhante foi apresentada pela Prefeitura de São José dos Campos, no Vale do Paraíba paulista. O Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), de São José dos Campos, é o responsável pela concepção do projeto para a implantação do metrô de superfície, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), em São José. Com aproximadamente 22 quilômetros de extensão, o metrô irá ligar as regiões sul, centro e leste da cidade.

Na Baixada Santista, a boa notícia foi dada pela oficialização da compra de 22 Veículos Leves sobre Trilhos na Região Metropolitana da Baixada Santista. Os VLTs fazem parte do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), empreendimento do governo do Estado que é gerenciado pela EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos. A previsão é de que os veículos começarão a operar em 2014 no trecho de 11km entre Barreiros, em São Vicente, e o Terminal Porto, em Santos, além da extensão de 6km entre as Estações Conselheiro Nébias e Valongo, também em Santos.

Agora, resta aguardar e torcer pela concretização desses projetos. Afinal, o custo econômico-financeiro dos congestionamentos mostrado pela pesquisa da FGV-SP desnuda a inviabilidade do atual sistema baseado principalmente no transporte individual por automóvel. Com ele, perdem-se tempo, dinheiro e, principalmente, qualidade de vida.

 

Imprensa – SEESP
Informação do site Mobilize Brasil – jornalista Silvério Rocha



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