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11/02/2021

Engenheira queniana desenvolve tijolo feito de plástico reciclado

Comunicação SEESP*

 

Nzambi MateeNzambi Matee com sua invenção, o tijolo de plástico reciclado. Foto:
African Magazine, reprodução do portal Só notícia boa.
Nzambi Matee, engenheira de 29 anos, inovou ao transformar “lixo em dinheiro” com a criação de tijolos resistentes, sustentáveis e de baixo custo a partir de resíduos de plásticos reciclados e areia.

 

A fábrica de Matee, “Gjenge Maker”, em Nairóbi, Quênia, produz atualmente cerca de 1.500 tijolos por dia, em diferentes tamanhos e cores. “Nosso produto é quase cinco a sete vezes mais resistente que o concreto”, afirma.

 

Ela conta que montou sua fábrica depois que ficou cansada de ver a poluição ocasionada pelo plástico. “Resíduos plásticos não são apenas um problema do Quênia, mas é um problema mundial. Aqui em Nairóbi, geramos cerca de 500 toneladas métricas de lixo plástico todos os dias e apenas uma fração disso é reciclada”, ressalta Matee em vídeo.

 

O lixo utilizado na produção dos tijolos vem gratuitamente de fábricas de embalagens, Matee paga apenas pelo plástico que obtém de outros recicladores.

 

Pela iniciativa, a jovem engenheira foi premiada como Young Champions of the Earth 2020, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (original em inglês Unep – United Nations Environment Programme).

 

Plástico e areia

Os tijolos são feitos a partir de uma mistura de diferentes tipos de plástico.

 

São eles: polietileno de alta densidade, usados ​​em frascos de leite e xampu; polietileno de baixa densidade, muitas vezes usado para sacos de cerais ou sanduíches; e polipropileno, usado em cordas, tampas e baldes.

 

Os resíduos plásticos são misturados à areia, aquecidos e depois comprimidos em tijolos, que são vendidos a preços variados, dependendo da espessura e da cor.

 

 

TijolosPlástico NzambiMatee InstagramTijolos de plástico da Gjenge Maker. Foto: reprodução Instagram.

 

 

Os tijolos cinza, mais comuns, custam $ 850 xelins quenianos, cerca de R$ 40,00, por metro quadrado, por exemplo. A engenheira, que antes da Gjenge Maker atuou na indústria do petróleo e como analista de dados, projetou suas próprias máquinas.

 

Ela conta que a fábrica reciclou 20 toneladas de resíduos de plástico desde sua fundação em 2017. Agora, a queniana planeja adicionar outra linha de produção maior, que pode triplicar a capacidade até o final do ano.

 

Confira a produção na página da fábrica de Matee no Instagram clicando aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Com informações da página brasileira Só notícia boa e da internacional Colossal.

 

 

 

 

 

 

 

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Comentários  
# UMA IDÉIA MUITO ESPECIALuriel villas boas 19-02-2021 17:19
A iniciativa da engenheira queniana precisa ser ressaltada por alguns aspectos. Em primeiro lugar, claro, pela utilização de produtos que em muitos lugares são jogados fora. Vem a seguir o fato de ser uma iniciativa implementada , em um país africano, que de certa forma não é colocado em destaque na economia mundial. E por fim, é um ponto positivo para a engenharia e para o segmento feminino. Merece portanto ampla divulgação.
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