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24/07/2020

Headhunter fala sobre empregabilidade na engenharia em debate online do SEESP

Jéssica Silva
Comunicação SEESP

 

O perfil do engenheiro é muito bem demandado e bem visto no mercado de trabalho. Foi o que apontou Isis Borge, headhunter e diretora do Talenses Group – empresa de recrutamento –, na live do SEESP, realizada na última quinta-feira (22/7), pelo Instagram.

 

Com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), a live teve como tema “empregabilidade na engenharia”, e foi conduzida por Alexandra Justo, coordenadora da área de Oportunidades na Engenharia do sindicato.

 

Logo de início, Borge mapeou a grande aderência do perfil do engenheiro para diversos setores, demonstrando que o profissional em questão tem alta empregabilidade. “Vemos engenheiros nos mais diversos departamentos das empresas, não somente em engenharia de produtos, processos, manufatura, manutenção, mas como também engenheiros em supply chain [cadeia de mantimentos], em compras, logística, finanças, RH, TI [...] quando perguntamos para as empresas se o perfil pode ser de alguém formado em engenharia a resposta é sempre positiva”, ela atestou.

 

Justo questionou se, com as dificuldades econômicas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, o cenário mudou. Uma pesquisa realizada pelo Talenses Group – que será disponibilizada em breve no site da companhia – comparou a visão de mercado antes da pandemia e agora, segundo a headhunter.

 

 

Live Empregabilidade 220720Alexandra Justo (acima) e Isis Borge na live do SEESP na última quinta-feira (22/7).

 

 

Foram 1.294 respostas à pesquisa. Antes, os pontos principais buscados pelas empresas ao recrutar eram: o conhecimento técnico sobre a área de atuação e a língua inglesa fluente. Com a pandemia, estão sendo buscadas as habilidades digitais em primeiro lugar, seguidas do conhecimento técnico e, por fim, o inglês fluente.

 

Em relação ao comportamento, a engenheira destacou os resultados da pesquisa: “antes da pandemia procuravam proatividade, relacionamento interpessoal e resiliência. Pós-pandemia entra em primeiro lugar a flexibilidade, seguida de resiliência e proatividade”. Nessa mesma pesquisa, foi questionado se as pessoas tinham medo ou dúvidas sobre o futuro e o “sim” foi a resposta de 47%.

 

Com a pandemia, o formato dos processos seletivos também mudou, sendo realizados remotamente quase que por completos. “Pouquíssimas empresas têm etapas presenciais para entrega de documento ou computador”, Borge pontuou. Nesse sentido, uma nova habilidade é pedida aos profissionais disponíveis no mercado, a facilidade de comunicar-se por vídeo.

 

É uma habilidade, na visão da recrutadora, que vale a pena treinar. “Tem engenheiros que se dão super bem, mas outros sinto que ficam tensos com o vídeo, não só engenheiros, profissionais das exatas no geral”, ela afirmou. Em sua visão, isso se dá porque a habilidade da comunicação não é explorada na graduação do engenheiro. E indicou uma forma simples para desenvolver esta qualidade: ligar por vídeo para um amigo ou familiar antes de uma entrevista, para ficar mais desenvolto.

 

Para o preparo da entrevista, Borge deu dicas costumeiras como pesquisar sobre a empresa, pensar em perguntas-chave, pensar em como contribuir à vaga em questão. E concluiu: “Tudo é igual, só o formato que mudou”. Ela ressaltou que o novo formato pode ser permanente devido a agilidade que traz ao processo. Em sua visão é positivo, inclusive, para o profissional que se encontra desempregado e não terá que arcar com despesas para o deslocamento até o local da entrevista.

 

Mais dicas

A headhunter apontou mais competências requisitadas pelo mercado. Ela reforçou a necessidade do segundo idioma, a língua inglesa. Para os profissionais que desejam atuar em áreas técnicas, especialidades como mestrado e doutorado. Para os que buscam uma linha mais em gestão, cursos de extensão voltados à economia, finanças, que proporcionem uma visão ampla de negócios. Os recém-formados podem investir em cursos de Excel e ferramentas práticas. Já ao engenheiro sênior, segundo Borge, há uma forte demanda para conselheiros.

 

É válido para atividades muito específicas como de um engenheiro civil acrescentar o termo “Crea ativo” tanto no currículo como no perfil do LinkedIn. Testes comportamentais por meio de técnicas como o assessments – que exploram a personalidade da pessoa –, que são aplicados em processos seletivos também são oportunidades para se aprimorar.

 

Segundo ela, os testes mostram as ações do profissional com situações, se ele prefere um cenário de improviso ou mais regrado, se é uma pessoa que toma decisões pela razão ou pela emoção, se aprende por repetição ou analogias. O candidato, passando ou não para uma vaga, pode solicitar o resultado do seu teste.

 

IsisBorgeCarreira

Borge contou sobre sua trajetória profissional. Formada em engenharia mecânica, a headhunter atuou em duas grandes montadoras, Ford e GM, e gostava muito de suas tarefas nas áreas de qualidade e manufatura, também em engenharia de produtos. Mas sentia que não estava “100% feliz”. “Eu era uma pessoa que tinha habilidades com matemática e física, acabei indo para a engenharia [...] Ao longo do curso ia bem em todas as matérias, mas não era uma paixão nata como muitos dos meus pares”, ela externou.

 

Depois de sete anos e meio atuando nas montadoras, recebeu um convite de uma consultoria que viu em seu conhecimento técnico um diferencial para recrutar pessoas. “Naquele momento o mercado automotivo estava muito forte, e eles tinham vagas, mas não sabiam recrutar. Eles enxergaram como um potencial e eu acabei arriscando mudar. Muita gente na época me criticou”, lembrou a engenheira.

 

Porém, Borge disse que na primeira semana como headhunter já sabia que tinha tomado a decisão certa. E seu conhecimento técnico e experiência nunca foram deixados de lado. “Eu vejo as habilidades técnicas das pessoas, isso me ajuda a entender as vagas, a falar com as requisitantes, a descrever as vagas, eu entendo o que as empresas querem. E fica mais fácil também para os candidatos explicarem o que eles fazem [...] e com o tempo fui abrangendo mais mercados, mais áreas”, contou.

 

Parceria

Durante a live, a coordenadora da área de Oportunidades na Engenharia anunciou a parceria do Talenses Group com o SEESP. As vagas da companhia de recrutamento destinadas à área da engenharia serão divulgadas no portal do sindicato – clique aqui e cadastre-se gratuitamente para visualizá-las.

 

Confira a live na íntegra: 

 

 

 

A próxima live do SEESP debate “Eficiência energética e certificações verdes para edifícios”, e acontece no dia 30 de julho, quinta-feira, às 18h, pelo perfil do sindicato no Instagram. Siga e acompanhe em: @oportunidades_na_engenharia.

 

 

 

 

 

 

 

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