Em acordo firmado pelos vereadores no Colégio de Líderes, na terça-feira (1º/9), ficou estabelecido que a segunda votação do projeto de lei (PL) 305/15 será na terça-feira (8). Na mesma oportunidade deverá ser votado o projeto substitutivo, a ser encaminhado pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), que conta, até o momento, com 43 assinaturas de vereadores em apoio a nossa luta. Haverá concentração às 12h em frente ao SEESP, que fica próximo à Câmara Municipal.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESPAudiência pública ocorrida em 19 de agosto último, na Câmara, reuniu centenas de servidores
De acordo com os delegados sindicais do SEESP na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), a mobilização massiva da categoria junto aos vereadores, mostrando os erros e "injustiças" do PL proposto pelo Executivo, foi fundamental para sensibilizá-los e tê-los empenhados "em mudar uma proposta perversa e punitiva, sobretudo para os servidores mais antigos."
No dia 8 de setembro, o SEESP convida a todos os servidores a realizarem a maior de todas as mobilizações para mostrar determinação em termos um plano de carreira digno e que reflita o respeito profissional que engenheiros e arquitetos merecem. A luta já assegurou avanços significativos, todavia não existe vitória se ela não abranger a todos. Portanto, o compromisso é lotar o plenário da Câmara Municipal em apoio aos vereadores comprometidos com as nossas reivindicações.
Concentração no SEESP rumo à Câmara Municipal
Data: 8 de setembro de 2015 (terça-feira) – Horário: 12h
Local: Rua Genebra, 25 – Bela Vista – São Paulo/SP
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A matéria desta semana do JE na TV, programa do SEESP que é veiculado semanalmente na TV a cabo, traz alguns dos destaques do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), por intermédio de seu Departamento de Relações Internacionais. O evento ocorreu no SEESP, na Capital, e reuniu trabalhadores universitários de diversos países como Peru, Nicarágua, Uruguai e Argentina.
Imagem: reprodução JE na TVO engenheiro Fernando Palmezan é o entrevistado do JE na TV
Na entrevista, o engenheiro Fernando Palmezan, diretor Administrativo e Financeiro do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), para falar sobre educação continuada. O tema é uma das bandeiras de luta do projeto Brasil Inteligente, da CNTU, que teve uma nova edição de sua revista lançada durante a segunda edição do seminário internacional.
"A educação continuada hoje é vital para o profissional. Não sobrevive sem estar continuamente se aperfeiçoando e conhecendo novas técnicas da engenharia", afirma Palmezan.
A coluna No Ponto, do presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, fala sobre a proposta de uma política nacional de iluminação pública, feita pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
O programa vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Imprensa SEESP
Entre a sexta-feira (18/9) e o domngo (20), o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), do Equador, promovem o "Seminário Mídia e Democracia nas Américas". O encontro reunirá autoridades e especialistas internacionais para discutir o cenário político, o papel da mídia e a luta pela democratização da comunicação no continente.
A atividade é uma oportunidade para as entidades sociais e sindicais conhecerem e debaterem a atual conjuntura nos países com relação à democratização da comunidação, e será no San Raphael Hotel (Largo do Arouche, 150), no centro de São Paulo. As inscrições são limitadas. O valor é de R$ 100, sendo que estudantes pagam a metade (R$ 50). O formulário de adesão está disponível ao fim da página do site do Barão de Itararé aqui.
Haverá descontos especiais no próprio Hotel San Raphael para quem não for da cidade e precisar de hospedagem. Mais informações sobre a promoção podem ser consultadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: Barão de Itararé
A áreas do SEESP de Oportunidades, Comissão de Assuntos do Exercício Profissional (Caep), e o recém criado Núcleo Jovem Engenheiro, iniciaram um ciclo de palestras sobre o sindicato e o dia a dia da profissão para os estudantes do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec).
Foto: Marcellie Dessimoni
Palestra no Isitec reúne estudantes para falar sobre mercado de trabalho, Núcleo Jovem Engenheiro, entre outros assuntos
A primeira atividade ocorreu na quarta-feira última, 26 de agosto, com a proposta de levar informações sobre mercado de trabalho, direitos e deveres do profissional, legislação e apresentação e ações do núcleo jovem engenheiro. O resultado foi um bate-papo com dinâmica com os jovens que participaram.
“Os jovens foram bastante participativos e tiraram muitas dúvidas, principalmente em relação ao núcleo jovem e de como poderiam participar desta rede. Nos sentimos em casa, fomos muito bem recebidos por toda equipe e alunos”, a psicóloga Mariles Carvalho, do setor de Oportunidades.
Imprensa SEESP
Discutir a universidade e os programas de formação dos trabalhadores universitários para que haja uma renovação profunda em sua formação; discutir seu caráter organizacional, enquanto categoria; e construir um programa de transformação da sociedade, em conjunto com atores que estão historicamente ligados às grandes demandas sociais. Esses foram alguns desafios colocados na mesa que discutiu a “Importância e desafios dos trabalhadores universitários no Mercosul”, na tarde de quinta-feira (27/8), durante o II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Coordenada pela vice-presidente da CNT, Gilda Almeida, a atividade ocorreu às 14h, no auditório do SEESP, na capital paulista.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESPO economista Julio Gambina da Argentina
Os desafios foram elencados pelo argentino Julio Gambina, professor do Instituto de Estudos e Formação da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e da Universidade Nacional de Rosário. Gambina, que é especialista em política mundial e dívida externa, atualmente é um dos colaboradores do governo de Evo Morales, presidente da Bolívia, país o qual o dirigente fez uma ampla defesa.
“Comparando proporcionalmente a população e seu território, a Bolívia é o país, em todo o mundo, que possui as mais altas reservas internacionais, mais do que a China, que tem 4 trilhões de dólares de reservas internacionais”, disse, enfatizando que a Bolívia é o país que mais vai crescer na América Latina.
Mas, para impactarem efetivamente na economia, as mudanças naquele país tiveram que ser também culturais. Ao modificar sua constituição, em 2009, incorporou-se a economia comunitária como forma de organização econômica daquele país. “É um governo de um indígena, com integrantes indígenas, que sentam para discutir política com os profissionais doutores de igual para igual. E se equivocam, erram, acertam, experimentam, mas constroem um governo do povo”, completou.
Em sua visão, para a construção de modelos de governos alternativos ao pensamento hegemônico do capital, é fundamental que os trabalhadores universitários consolidem uma organização classista para se somarem às trincheiras já cavadas por outros movimentos, como dos trabalhadores rurais que lutam pela soberania alimentar dos povos.
“É preciso lutar pela soberania alimentar e ouvir o movimento dos trabalhadores do campo. A soberania alimentar não deve somente ser dos agricultores ou dos sem-terra, mas também dos nutricionistas, médicos, farmacêuticos, engenheiros, que têm que desenvolver processos técnicos produtivos para que o agronegócio não seja subordinado ao modelo produtivo das transnacionais da alimentação”, salientou, acrescentando que a América Latina e o Mercosul têm recursos e potencial intelectual para desenvolver a soberania financeira.
Mais especificamente sobre a integração, tema que foi cercado a todo momento pelos palestrantes da mesa, tem que ser feita em torno do trabalho e dos trabalhadores, e não de governos ou dos capitais, dando conta que algumas barreiras já estão sendo superadas como o idioma e as distâncias.
“Elegemos a integração dos povos, a unidade das trabalhadoras e dos trabalhadores do Sul, pensando em uma América Latina para a América Latina, por uma integração geral por um outro mundo possível”, concluiu.
Quem também participou da mesa foi Leonardo Batalha Pereira, do departamento de Relações Internacionais da Central Sindical uruguaia PIT-CNT, diretor do Sindicato dos Bancários do Uruguai, uma entidade nacional daquele país, e coordenador do Encuentro Sindical Nuestra América. Ele substituiu Juan Castilho, atual diretor nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho do Uruguai, que por questões políticas em seu país não pode comparecer, mas enviou uma carta saudando o seminário e discorrendo sobre mudanças na universidade.
"Negar o papel dos movimentos sociais na Bolívia é negar o processo de transformação que viveu aquele país. Creio que nós trabalhadores somos os motores dos processos de transformação", disse Batalha.
Educação continuada
Como proposta de formação, a CNTU tem como bandeira a criação de um sistema de educação continuada como política de Estado. Concretamente, a proposta consiste em assegurar aos profissionais 12 dias, ao ano, sem prejuízo de remuneração, para dedicação à educação.
Esse é o tema central da quarta edição da revista Brasil Inteligente, que foi lançada no primeiro dia do evento, pelo presidente da Confederação, Murilo Pinheiro. A publicação está disponível na versão impressa e também online aqui.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
É preciso entender a conjuntura político-econômica mundial, reconhecer que há uma crise global do capital, para compreender a complexidade das mudanças na América Latina e nos países que compõem o Brics. Para tanto, é preciso tempo para elaborar, refletir, chegar a um posicionamento sobre os fatos para alcançar uma unidade e integração dos povos.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Na mesa, da esquerda para a direita, o argentino Julio Gambina, a vice-presidente da CNTU,
Gilda Almeida; e o dirigente uruguaio Leonardo Batalha
Essa é uma síntese das explanações dos dois palestrantes da mesa a “Importância e desafios dos trabalhadores universitários no Mercosul”, na tarde de quinta-feira (27/8), do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pelo departamento de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Coordenada pela vice-presidente da CNTU, Gilda Almeida, a mesa ocorreu às 14h, no auditório do SEESP, em São Paulo (SP).
Leonardo Batalha Pereira, do departamento de Relações Internacionais da Central Sindical uruguaia PIT-CNT, e também diretor do Sindicato dos Bancários do Uruguai, entidade nacional daquele país, saudou a iniciativa da Confederação em reunir os trabalhadores para organizar o pensamento e debater os grandes temas de fundo da atualidade. Em sua explanação, ele defendeu uma nova formação dos trabalhadores universitários, dos valores e da solidariedade entre os povos.
“Somos vítimas da cultura capitalista que nos obriga a resolver todas as coisas de forma imediata. E quando fazemos dessa forma, perdemos a capacidade para pensar e refletir uma resposta mais aprofundada sobre determinado tema. Então saudamos a iniciativa de debater e trocar informações. Temos que ter essa capacidade de pensar diferente mas ter espaços para debater e gerar posições unitárias. Por isso saudamos a CNTU como um exemplo no Brasil de um espaço plural e de debate”, disse Batalha, que também é um dos organizadores do Encuentro Sindical Nuestra América (Esna) – encontro anual criado em 2008, em Quito, Equador.
Batalha, que substituiu o diretor nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho do Uruguai, Juan Castilho, que não pode estar presente por questões de ordem política em seu país, convidou a CNTU e a todos os presentes a participarem do próximo Esna, que foi criado para estimular a integração entre os povos. O encontro já reuniu milhares de trabalhadores, de diversos países, para refletir sobre os processos políticos.
“Defendemos a autodeterminação dos povos e apostamos que a America Latina siga dessa forma. Por isso não se trata de uma simples análise sobre o que acontece na América Latina. Porque a composição social dos processos de transformações são diferentes”, explicou Batalha, que acredita que, além de viver um momento de reflexão profunda, o continente latino-americano vive também um momento de ação profunda.
Na visão do coordenador do Esna, tem que haver uma integração prática dos povos, rompendo as barreiras do idioma e geográficas. O encontro, de acordo com seu relato, está proporcionando também a integração com países que não falam castelhano. “Hoje trabalhamos muito com organizações sindicais inglesas dispostas a contribuir economicamente para que o encontro possa continuar formando trabalhadores”, recordou.
O sindicalista lembrou que dentre todos os problemas do ponto de vista educacional, o que mais preocupa atualmente é a formação de jovens e de mulheres, além de buscarem soluções para estreitar o vínculo entre a universidade e os movimentos sociais. “Se a intelectualidade orgânica não nos municiar de informação e elementos teóricos, será difícil os trabalhadores vislumbrarem a construção de uma sociedade diferente”, concluiu.
Crise é mundial
O economista argentino Julio Gambina, professor do Instituto de Estudos e Formação da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e da Universidade Nacional de Rosário, enfatizou em sua exposição que a crise econômica é mundial e não somente da Grécia, ou somente do Brasil, da China, etc. E, ao contrário das teorias que surgiram nos últimos anos sobre o fim do trabalho, há cada vez mais trabalhadores no mundo que sofrem com as políticas de ajuste fiscal, que impõem menores salários e precarização. Ele salientou que boa parte da crise resulta em uma crise alimentar. “Ocorre que boa parte da produção agrária não é mais para alimentar pessoas, mas sim alimentar máquinas”, lamentou Gambina, lembrando que 5 bilhões de pessoas no mundo passa por algum tipo de necessidade.
O economista argentino, que é especialista em política mundial e dívida externa, lamentou a falta de uma crítica mais aprofundada sobre os modos de produção que estão destruindo os recursos naturais: “Temos que reconhecer que somos capazes de produzir mais alimentos que necessitamos e que mesmo assim milhões sofrem de fome e desnutrição. É uma vergonha”.
América Latina e Brics
Em uma de suas provocações, Gambina questionou a todos sobre qual imagem os latinos têm de seu continente nos últimos anos. Na primeira década do século 21 até 2012 a America Latina cresceu mais do que a média da economia mundial. No entanto, em 2012, a situação mudou com a baixa do preço das commodities como o petróleo – barril que custava 150 baixou para menos de 40 dólares o barril – e a soja. E isso acabou gerando falta de recursos para manter os programas sociais que foram implantados nos últimos 10 anos em países como Venezuela, Brasil, Argentina, México e Paraguai. “Não há mais os mesmos recursos econômicos que havia há quatro ou cinco anos atrás. E essa política social só é possível se há recursos fiscais abundantes nos estados. Eu quero chamar a atenção e provocar vocês a refletirem sobre o período que estamos entrando: de crises fiscais em nossos países. Não temos mais os excedentes que tínhamos antes”, explicou.
Da mesma forma, os Brics – China, Russia, Brasil, Índia, África do Sul - também sofreram uma desaceleração econômica por conta de inversões dos capitais. Quando Estados Unidos, Europa e Japão constataram que a crise econômica viria, os capitais excedentes saíram desses países e foram para os países do Brics. Agora, explicou ele, esses capitais estão fugindo, o que não é ilegal.
Citando o educador Paulo Freire, o dirigente da Argentina alertou que os trabalhadores universitários estão privilegiando o saber profissional, muitas vezes aprendido com “algumas verdades que não são verdades ou vêm de uma formação eurocêntrica”. Para Gambina, o papel dos trabalhadores universitários é unir o saber profissional ao saber popular na busca de alternativas ao sistema hegemônico capitalista que está ruindo.
“Não temos que explicar ao povo o que ele tem que fazer. Necessitamos de uma articulação do saber profissional e do saber popular. Escutar e aprender mais com a dor dos povos e construir um novo pensamento critico. Claro que isso suporia também mudar profundamente o pensamento na universidade”, concluiu.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Nesta quinta-feira (27/8), durante a abertura do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), foi lançada a quarta edição da Revista Brasil Inteligente, que tem como tema central a educação continuada.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Murilo Pinheiro lança Revista Brasil Inteligente nº 4
Fruto de um trabalho em equipe, de diretores da Confederação, coordenados pelo diretor de Articulação Nacional da CNTU, Allen Habert, a publicação traz em suas 90 páginas temas de relevância nacional. A Educação, por exemplo, é esmiuçada em cinco matérias que falam sobre o acesso ao Ensino Superior; Pós-Graduação; educação continuada – uma das campanhas do projeto Brasil Inteligente, denominada Sistema Nacional de Educação Continuada dos Profissionais Universitários -; entre outros.
“Para nós é uma honra ter essa revista, tão bem elaborada. Ela aprofunda os temas debatidos pela Confederação. Ela não tem só capa, ela tem conteúdo. É como aquele livro que pegamos novamente para reler”, destacou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da CNTU, que integrou a mesa de abertura.
Ao final do lançamento, Pinheiro parabenizou o trabalho dos dirigentes da entidade na produção da revista, em especial a Allen Habert, “que dedicou a realização dessa edição muitas horas de sua rotina”, e a Rita Casaro, assessora de comunicação da entidade, e a todos os que “apoiaram e engrandeceram a publicação com contribuições”.
Pinheiro frisou a importância do papel da entidade em promover discussões e estimular a participação de todos nas questões da sociedade brasileira. “A CNTU está firme, forte, presente, pronta e cada vez mais legítima na discussão das questões da sociedade brasileira”, enfatizou.
A revista é impressa e também está disponível na versão online, no site da CNTU. Conheça em primeira mão a quarta edição da Revista Brasil Inteligente: Brasil Inteligente nº 4
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Muita informação, debate e troca de experiência. Essa é a expectativa anunciada por Wellington Mello, coordenador do Departamento de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), durante sua fala de abertura, na manhã de quinta-feira (27/8), do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pela entidade.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Mesa de abertura do II Seminário Internacional da CNTU
Em sua segunda edição, o evento vai até sexta (28) e reúne profissionais de formação universitária do Uruguai, Argentina, Nicarágua, Peru e Índia para traçar um panorama sobre o trabalho e organização sindical na América Latina e no Brics.
Mello, cujo departamento organizou a atividade, falou do orgulho da CNTU em realizar um evento desse porte, com a participação de tantos trabalhadores vindos de outros países e de brasileiros, na busca de uma maior integração do ponto de vista do trabalho e do meio sindical.
“Quero começar dizendo da importância da CNTU estar promovendo este evento. Ele traz o conhecimento e reflexão sobre os temas escolhidos (que compõem o atual cenário geopolítico)”, disse o também representante da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), lembrando que um dos objetivos do evento é trazer à tona não somente a política da realidade, enquanto movimento sindical, mas contribuir concretamente com os trabalhadores, no desenvolvimento do país.
Ele lembrou, ainda, que os temas escolhidos para o seminário são estratégicos para o país no âmbito do Mercosul, como o Grande Canal Interoceânico da Nicarágua - com extensão de mais de 200 quilômetros, mais de 230 metros de largura e pelo menos 27 metros de profundidade - , que favorece a navegação de grandes embarcações para o escoamento das produções dos países da América Latina, inclusive do Brasil.
Outro tema que será abordado em uma das cinco meses que ocorrerão até amanhã (28) é a Ferrovia Bioceânica que, assim como o canal, será um “grande desafio para a engenharia dos países envolvidos”. E lembrou que “a questão ambiental tem uma importância fundamental nessas discussões”.
Ao final de sua intervenção, Mello salientou que para a CNTU é fundamental promover esses eventos dando condições para que todos os presentes também façam colaborações: “É importante que os integrantes dos sindicatos e federações também participem ativamente, que deem voz ao evento, contribuam para engrandecer o nosso seminário”.
Diplomacia
O diplomata Lanier Guedes Morais, representando o Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), também convidado a falar durante a abertura, falou “da importância do diálogo nacional e internacional para que a cooperação dos povos se faça valer e seja efetiva” e da realização de seminários como esse para ampliar a integração entre os países.
Ele colocou a rede de embaixadas do Brasil à disposição da CNTU para o processo de integração desencadeado pela confederação. "A diplomacia é o diálogo entre os países, as pessoas, as comunidades", disse Lanier Morais, que ressaltou a qualidade da programação, lembrando que o tema dos Brics, que será abordado na programação, é uma prioridade da política externa brasileira.
“Nosso país se fez através exatamente do que vocês estão fazendo aqui. Do diálogo, da busca de experiência de outros países, do respeito, da compreensão e da solidariedade. Essas experiência podem ser muito úteis, utilizando toda a rede de embaixadas que o Itamaraty possui, que pode facilitar o acesso de vocês a representantes de outros países”, declarou Morais, enfatizando a disponibilidade dos escritórios do Itamaraty em São Paulo e em Brasília para acolher as demandas da CNTU e contribuir na construção dos próximos seminários. Por experiência própria, contou que os embaixadores ficam muito contentes em receber os representantes brasileiros.
Debates
O presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, agradeceu a disponibilidade da diplomacia brasileira, que será fundamental para os processos de estreitamento das relações exteriores da entidade, que representa dois milhões de trabalhadores.
“A nossa Confederação que está a todo momento apresentando propostas, realizando seminários, discutindo com nossos pares e com a sociedade brasileira, que tem como foco o crescimento e o desenvolvimento, a discussão dos problemas da sociedade brasileira, tem como objetivo propor assuntos factíveis para que possamos discuti-los e trabalhar no sentido de um Brasil melhor, mais justo e mais alegre” declarou Pinheiro.
O presidente da CNTU lembrou que a Confederação tem um caminho longo pela frente de muita luta. “A CNTU está firme, forte, presente, pronta e cada vez mais legítima”, concluiu.
Lembrou que entre os objetivos do seminário é compreender a nova geopolítica que se apresenta, discutir o papel dos trabalhadores nos processos e contribuir na reflexão e qualificação das nossas intervenções no cenário internacional. É improtante depois de tudo que for apresentado aqui levar essas reflexões para nossas entidades.
Para a CNTU é fundamental promover esses eventos dando condições aos nossos trabalhadores para que eles façam as intervenções tanto da aproximação entre os trabalahdores internacionais, para a gente ter uma noção do que precisamos para o desenvolvimento do país, por isso é importante que os integrantes dos sindicatos e federações também participem ativamente, dar voz ao evento, contribuam para engrandecer o nosso seminário.
Também fizeram parte da mesa de abertura Stanley Gassek, diretor adjunto do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil; Ernane Rosas, presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran); Lia Almeida, representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar); Mário Ferrari, da Federação Nacional dos Médicos (Fenam); e Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo (Sindecon-SP).
O evento tem transmissão online aqui.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
No mês em que se comemora o Dia Mundial Sem Carro - 22 de setembro -, a capital francesa proibirá, no dia 27, a circulação de carros por grande parte da cidade em uma decisão inédita para favorecer o transporte alternativo na cidade e reduzir a poluição. Na data, que cairá em um domingo, nenhum veículo motorizado estará autorizado a andar pelas ruas e avenidas. Somente estarão autorizados ambulâncias e viaturas policiais. Com isso, os espaços estarão livres para pedestres e ciclistas.
Foto: Site Rendezvousenfrance.com
As áreas sem tráfego incluem 11 bairos (do 1º ao 11º arrondissement), e os mais conhecidos pontos turísticos, como a avenida Champs-Élysées, a Praça da República e de Stalingrado, a Praça da Bastilha e toda área ao redor da Torre Eiffel e do Bosque de Boulogne, entre outros.
Neste dia, estão previstos shows, exposições e uma série de outras atividades de entretenimento.
Paris sediará, em dezembro, a COP21, conferência internacional sobre mudanças climáticas e a cidade pretende dar o exemplo na luta pela redução da poluição.
Com informações de ViaTrolebus
Estatísticas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) mostram que em 82% dos casos de trabalho análogo à escravidão encontrados em 20 anos de combate ao crime, os trabalhadores eram terceirizados. Em 1995, os grupos móveis de fiscalização começaram a atuar.
Foto: MPT-divulgação
O setor de confecções é um dos que apresentam maioria dos casos
“Os casos mais frequentes estão no setor de confecções e da construção civil. São pessoas sem registro em carteira e principalmente sem documentos”, disse o auditor Luis Alexandre Faria, do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo.
O dado foi apresentado na terça-feira (25/8), quando foram discutidas a regulamentação da terceirização e as estratégias sindicais para as melhorias das condições de trabalho durante o 3º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde. O evento, promovido pela Fundacentro na Faculdade de Direito da USP, termina na sexta-feira (28).
Desde 1995, quando foram criados os grupos móveis de fiscalização, mais de 49 mil pessoas foram resgatadas de fazendas de gado, soja, algodão, frutas, cana, carvoarias, canteiros de obras, oficinas de costura, entre outros. Nesse período, o trabalho escravo contemporâneo deixou de ser visto como algo restrito a regiões de fronteira agropecuária, como a Amazônia, o cerrado e o Pantanal e, paulatinamente, passou a ser fiscalizado também nos grandes centros urbanos.
O combate à terceirização e ao PLC 30/2015, que tramita no Senado para regulamentação da prática, esteve no centro do debate. A secretária de Relações de Trabalho da CUT, Graça Costa, reafirmou o caráter nefasto do PL na “pauta precarizante”, cujos malefícios incluem a rotatividade e mais acidentes. “Os patrões nos acusam de não entender a realidade, de ser contra a modernidade. E não há nada de moderno na proposta que remonta os tempos de escravidão, tão antiga quanto o advento do capitalismo, reduzindo direitos, conquistas.”
Graça criticou ainda a PEC 18/2011, que reduz a idade mínima para o trabalho de 16 anos para 14. “Ao reduzir a idade para trabalhar, estimula um círculo vicioso de miséria, com jovens que vão deixar de estudar e entrarão precocemente no mercado de trabalho.”
Pejotização
O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, destacou a perversidade da terceirização, que transforma milhões de pessoas, que já tiveram direitos, em pessoas jurídicas (PJs), e empurra outros milhões para contratos terceirizados. “Dizem que somos contra os terceirizados e que não queremos que eles tenham direitos – um acinte. Muita gente esta à margem da lei, consequência da terceirização.”
Bancário, Índio destacou que a discriminação afeta gravemente a autoestima do trabalhador. “Já vi vigilante comendo sua marmita no banheiro, sentado na latrina, porque não se sentia à vontade para se sentar no refeitório.”
O dirigente aproveitou para criticar a Agenda Brasil, proposta pelo governo. “A agenda é para esfolar o trabalhador. Nos não podemos aceitar essa agenda, que é tão golpista como os manifestantes que vão às ruas pedir o impeachment da presidenta. Precisamos defender os poucos avanços que tivemos.”
Índio entende que no momento atual o grande capital impõe mais exploração para aumentar seus lucros, num ataque às convenções coletivas, à CLT, a princípios constitucionais de valorização do trabalhador e normas internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “É um processo mais que de terceirização, mas de precarização.”
Greve solidária
O conselheiro da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat) Luís Carlos Moro defendeu a greve solidária. Para ele, as categorias profissionais devem ampliar sua atuação também na defesa de interesses de categorias próximas.
“Greve é direito. Mas não basta o bancário defender apenas a sua categoria, porque vivemos uma luta institucional de classes. As estratégias sindicais devem se voltar para os trabalhadores com categorias vizinhas. Isso tem de ser estratégia do movimento sindical. O direito de greve por solidariedade. Vamos fazer essa estratégia”, disse Moro.
Para o advogado, os trabalhadores devem se unir para combater a ameaça da regulamentação da terceirização, "patrocinada por um Congresso afinado com os interesses das grandes empresas que patrocinam suas campanhas, e não com o interesse do povo brasileiro". “O PLC 30 é reflexo dessa dissociação”, disse.
Fonte: Rede Brasil Atual