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Comunicação SEESP*

Estudantes de sete países se reunirão a partir de terça-feira (4/9) na terceira edição do Encontro Internacional para Liderança na Engenharia (Eile), que traz novamente o tema Cidade do Futuro. Além de brasileiros, italianos, peruanos, venezuelanos, colombianos, nigerianos e portugueses participam do evento que tem como objetivo desenvolver soluções para os problemas de cidades brasileiras baseadas em aspectos como inovação, viabilidade de implementação e impacto na sociedade.

O Eile é organizado pelo Grêmio Politécnico - associação dos alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - e conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP). Segundo os organizadores participam do encontro 32 alunos de graduação e pós-graduação, que irão debater com professores e especialistas temas como mobilidade urbana, sustentabilidade, energia e tecnologia. O programa conta com uma semana de atividades no campus da USP (em Santos), dois meses para os grupos de alunos estruturarem propostas de solução para as cidades e seis meses para que o melhor projeto seja desenvolvido.


* Com informações da assessoria de imprensa




João Guilherme Vargas Netto*

Estamos às vésperas do primeiro turno eleitoral, um exagero que pode ser desculpado pela urgência em definir desde já as candidaturas preferidas. Faltam apenas 45 dias para o primeiro turno, tempo que passa muito rápido.

Perante a urna eletrônica ao exercer o voto (munidos de “cola”) devemos digitar, pela ordem, o número do candidato a deputado federal (quatro dígitos, os dois primeiros do partido), o número do candidato a deputado estadual (cinco dígitos, os dois primeiros do partido); em ambos os casos se digitarmos apenas os dois primeiros dígitos partidários o voto será computado para legenda.


Em seguida digitamos os votos para dois senadores com três dígitos cada; não é possível para um mesmo eleitor votar duas vezes no mesmo candidato ao Senado, isto anularia um dos votos. Também por isto não se pode votar apenas no número partidário.


Os candidatos a governadores e o candidato a presidente são votados por seus números partidários, ou seja, em ambos os casos com dois dígitos.

Repito tudo isto para me esclarecer e esclarecer os leitores de que é preciso urgentemente ter a chapa completa e fazer a “cola”.

Posso me desculpar dizendo que o horário eleitoral gratuito ainda não começou e é nele que eu, como milhões de outros brasileiros, vamos nos informar definitivamente sobre a disputa eleitoral a ponto de compor a chapa e finalizar a “cola”.


Mas isto apenas não justifica a minha vacilação. Se eu não tenho já a minha chapa e a “cola” que campanha posso fazer (se for o caso), que conversa posso ter com conhecidos e amigos, que orientações posso dar aos colegas de trabalho?

Os dirigentes sindicais conscientes devem ter suas chapas e suas “colas” já estabelecidas, o que orientaria todas as suas iniciativas ao participar do processo eleitoral e ajudaria os trabalhadores que representam a também escolherem com coerência e espírito de classe.


Preciso urgentemente completar a minha chapa e fazer a minha “cola”.



*Consultor sindical


Fonte: VDI-Brasil

A Associação de Engenheiros Brasil Alemanha (VDI-Brasil), em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), promove uma formação prática relacionada à indústria 4.0:
"Webinar com o passo a passo para implementação da Indústria 4.0 na sua empresa", na terça-feira (28/8), às 9h. O evento é gratuíto, em inglês, e necessita de inscrição prévia.

 

Webinar é um seminário online em vídeo, gravado ou ao vivo, onde geralmente há interação da audiência via chat. As principais plataformas de Webinário são Youtube Live (Google Hangouts), WebinarJam e GoToWebinar. Considerado um eficiente formato de conteúdo, é muito utilizado para geração e qualificação de Leads.

A atividade tem como objetivo apresentar o "Workshop VDI 4000",
conduzido pelo Centro de Maturidade da Indústria 4.0 da RWTH Aachen, com foco em "Planejando novas Atividades de Digitalização na Indústria 4.0". Segundo os organizadores, a ideia é apresentar os benefícios dessa indústria e proporcionar insights sobre a aplicação de soluções digitais para demandas já existentes. O palestrante convidado é Sebastian Schmitz, Senior Manager Industrial Practice no I4.0MC.

Inscrições para o evento aqui




Raquel Rolnik e Augusto Aneas*

Final feliz de uma das disputas em torno da apropriação do espaço urbano em São Paulo: o terreno que abrigará o Parque Augusta finalmente se torna um bem público e comum. Depois de décadas de impasse, a função social-ambiental-cultural do último bosque central da cidade prevaleceu sobre o direito das empresas proprietárias do terreno de explorá-lo construindo torres.

 


Foto: Minha Sampa

Parque Augusta foto Minha Sampa



O acordo hoje firmado entre Ministério Público, a Prefeitura e as construtoras Cyrela e Setin para tornar o Parque Augusta um bem público oficializa uma solução que há anos vem sendo apontada por urbanistas e ativistas como viável, justa e digna: as empresas doam o terreno para a Prefeitura em troca da transferência do potencial construtivo da área, considerando o atual zoneamento do local, hoje restrito por se tratar de uma Zona Especial de Proteção Ambiental (Zepam).

Este instrumento urbanístico previsto no Plano Diretor da cidade – de Transferência do Potencial Construtivo – confere aos proprietários de áreas destinadas à preservação ambiental ou do patrimônio histórico cultural o direito de utilizar ou vender o potencial construtivo ali não utilizado em outros terrenos da cidade – aonde, de acordo com o Plano, seja possível aumentar a área construída.


Além de receber da prefeitura um Certificado de Transferência de aproximadamente 3.360m² (correspondente a 10% da área de 24.000m², acrescido do fator de incentivo 1,4, conforme a regra de transferência aplicada em uma ZEPAM), as empresas também assumem o compromisso de pagamento de R$ 10 milhões, sendo R$ 6 milhões em obras para implantação do parque e R$ 4 milhões em dinheiro, que serão destinados para um fundo para a manutenção do parque, reforma de escolas municipais de educação infantil e implantação de um corredor verde conectando o Parque Augusta à vizinha Praça Roosevelt.


Esta contrapartida é fruto do acordo em torno das multas que as empresas foram obrigadas a pagar decorrentes dos processo judiciais que sofreram por terem fechado ilegalmente a área.


História

A luta por um parque neste terreno, público, aberto ao usufruto de todos, vem desde o final da década de 1970, quando o antigo colégio Des Oiseaux, que também acolheu o cursinho Equipe, foi demolido na calada da noite, permanecendo portanto o vazio da construção. O jardim já era utilizado por moradores do entorno. E isso articulou o movimento em torno da oficialização do espaço como parque público.


Em 2013, a disputa se acirrou com a venda da área para duas incorporadoras, o risco eminente de aprovação de um grande empreendimento imobiliário e o fechamento ilegal do terreno pelos novos proprietários. Naquele momento cresceu o movimento de indivíduos, grupos e coletivos de toda a cidade. Contra o empreendimento. Em prol de um parque.


Diante do fortalecimento da resistência popular em prol da transformação pública da área e da judicialização da disputa, o Ministério Público propôs para a prefeitura e empresas um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual a prefeitura utilizaria o dinheiro que havia sido desviado da cidade por Paulo Maluf, e que estava sendo repatriado para o Brasil pelos bancos estrangeiros, para pagar a desapropriação da área e indenizar os proprietários. Esta solução foi considerada controversa pelos próprios ativistas envolvidos na luta pelo Parque Augusta, por reforçar o círculo perverso da apropriação privada do público: dinheiro público desviado de forma ilícita que, quando recuperado, seria destinado ao privado para tornar uma área pública. No acordo que hoje se oficializa, essa verba será destinada para a implantação de CEUs, ETECs e creches nas periferias de São Paulo.


A segunda tentativa foi proposta pelo ex-prefeito João Dória de ceder um valioso terreno municipal junto à Marginal de Pinheiros para viabilizar uma permuta pelo terreno da Augusta. Tal acordo gerou grande resistência, tanto dos moradores de Pinheiros quanto dos defensores do Parque Augusta, que alegaram que a Prefeitura não apenas estaria transferindo o problema de um bairro para outro, como também se desfazendo de um bem público valioso. Basicamente para compensar as incorporadoras.


A tese dos defensores do parque – que nesta altura também já começavam a atuar com movimentos em torno da implantação de outros parques na cidade – a Rede Parques – é de que a definição da função socioambiental da área, tanto no Plano Diretor identificada como Zona Especial de Proteção Ambiental, como por lei (uma vez que já havia sido aprovada na Câmara Municipal a lei definindo a área como parque), deveria prevalecer sobre as expectativas de rentabilidade do terreno por parte dos proprietários.

Em tempo de privatizações e submissão do destino da cidade apenas à lógica da rentabilidade dos investidores, a conquista do Parque Augusta afirma-se como um símbolo de mobilização popular em prol do espaço público urbano, da afirmação do direito à cidade e a um meio ambiente equilibrado para a população. Alimenta também as lutas de outros movimentos existentes hoje na cidade que vão na mesma direção.

O trabalho continua: ativistas, coletivos e pessoas da cidade toda já se organizam para afirmar o desejo de implantação do projeto comunitário do Parque e para tornar o Parque Augusta um laboratório para uma nova forma de gestão pública de parques e outros equipamentos: nem privado, nem estatal, mas comunitário.

Conheça as estratégias do Movimento Parque Augusta (2014-2018)

1. Ações culturais e midiáticas, ocupações para reverberar a causa
Diversas ações de rua locais e na cidade, conversas, diálogos, ações culturais, festivais, ocupações diárias e a ocupação do verão de 2015.

2. Reabertura do parque
Liminar de abertura do parque aberto pelos advogados do movimento que culminaram com a abertura provisório do bosque do parque em 2015 por alguns meses. Judicialização do fechamento ilegal no Ministério Público de São Paulo.

3. Não permitir a aprovação do empreendimento ilegal
Pesquisas e relatórios técnicos elaborados pelo movimento sobre as ilegalidades do empreendimento em aprovação protocolodas para pressão na Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), SEL, Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp), Ministério Público de São Paulo e diversos outros órgãos e Secretarias da Cidade.

4. Mudança do zoneamento para ZEPAM no Plano Diretor
Pressão e participação massiva na discussão e elaboração do Plano Diretor da Cidade e na Lei de Uso e Ocupação do Solo para garantir o Parque Augusta como ZEPAM, além de diversas outras verdes desejadas pela aliança Rede Novos Parques.

5. Anulação do direito de protocolo
Estudo, análise e mapeamento das irregularidades administrativas do Direito de Protocolo do Parque Augusta. Com a Rede Novos Parques, através do Parque Linear Caxingui foi feito pressão na Procuradoria Geral e no Ministério Público de São Paulo para eliminação do Direito de Protocolo na cidade. Foi acolhida liminar temporário para desativação do artigo do Direito de Protocolo e a ação definitiva ainda será julgada. A instabilidade do Direito de Protocolo na cidade foi essencial para a pressão das empresas proprietárias do Parque para que aceitassem a TPC para solução do conflito.

6. Aplicação do processo de multas
Por solicitação e pressão do Movimento Parque Augusta, foi aberta uma Ação Civil pública no Ministério Público de São Paulo 4°PJ Patrimônio Público Social contra as empresas pelo fechamento ilegal do Parque Augusta com pagamento de indenização para a Cidade. No atual acordo, as empresas pagam a indenização de R$ 10 milhões para eliminação dessa Ação Civil Pública.

7. Transferência do potencial construtivo
Desde 2014, o Movimento Parque Augusta estuda com urbanistas e laboratórios da cidade a TPC como solução justa e digna para a conflito.

8. Projeto coletivo comunitário
O Movimento Parque Augusta desde 2014 vem coletando desejos e necessidades dos ativistas e população para a elaboração do desejo e projeto de parque. O trabalho resultou num Caderno-Síntese do Processo.

9. Gestão comunitária
O Movimento Parque Augusta desde 2014 vem discutindo novas formas de pensar a gestão do Parque Augusta na cidade. As conferências do Fórum Parque Augusta realizadas em 2017 estão todas disponíveis para consulta.


* Augusto Anea é arquiteto e urbanista formado pela FAUUSP em 2008. Desde 2014 é ativista e estrategista no Movimento Parque Augusta e na Rede Novos Parques; Raquel Rolnik é arquiteta e urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Artigo publicado no blog da Raquel Rolniq.


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