Desde 31 de julho deste ano, quando foi lançada a nova versão do “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” com o subtema “Novos Desafios”, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) entregou a publicação especial a dezenas de candidatos que concorrem nestas eleições. O objetivo é contribuir com suas plataformas políticas para alavancar o desenvolvimento nacional. Confira fotos da entrega aqui. Entre os que receberam o documento, estão as candidatas à Presidência da República com mais chances de disputar o segundo turno da eleição Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).
Fotos: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
As candidatas à Presidência da República receberam as propostas do "Cresce Brasil" "Novos Desafios"
O "Cresce Brasil" tornou-se importante instrumento de mobilização dos engenheiros por um país mais justo e democrático e vem sendo constantemente atualizado e aprimorado desde sua primeira edição, em 2006. “É uma responsabilidade muito grande levar à frente o Cresce Brasil, que se mostra dinâmico na continuidade em contribuir com a sociedade”, declarou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da FNE, durante o lançamento da nova fase do projeto, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), na Capital.
Murilo Pinheiro enfatizou que o projeto inspirou e deu origem a importantes iniciativas governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal em 2007 e que já está na segunda fase. A publicação especial reúne as propostas dessa nova etapa do projeto, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
Gilberto Maringoni, que disputa o governo de São Paulo pela Frente de Esquerda PSOL-PSTU, ao receber as propostas , em 8/8, frisou que o Cresce Brasil recoloca “no centro da política nacional a questão do desenvolvimento, após quase 20 anos de baixíssimo investimento”. Outro ponto destacado por ele é que a iniciativa pauta a discussão sobre o papel do Estado para assegurar investimentos estruturais. Para ele, esse é um tema que virá à tona muito em breve.
Maringoni e outros candidatos, como ao Senado Federal por São Paulo (Eduardo Suplicy, PT; Gilberto Kassab, PSD; José Serra, PSDB; e Marlene Machado, PTB), participaram do ciclo de debates "A Engenharia, o Estado e o País", promovido pelo SEESP, nos meses que antecederam a eleição 2014 com o objetivo de abrir um espaço para que os mesmos apresentassem suas ideias e propostas aos engenheiros e demais categorias.
Todos os debates foram gravados em vídeo e podem ser conferidos na página do evento.
Novos desafios
A edição reitera a necessidade de prosseguir com os investimentos e projetos em infraestrutura ao desenvolvimento sustentável do País. Para tanto, é necessário conter, com urgência, o processo brasileiro de desindustrialização precoce no País, e investir no fortalecimento da indústria nacional, com inovação e ganhos de produtividade.
Um dos grandes desafios elencados no “Cresce Brasil” é recuperar setores estratégicos. Na visão do economista Marcos Dantas, consultor do projeto, é o de comunicação. Atualmente, a indústria eletroeletrônica deixou de existir e o Brasil apenas monta equipamentos. “A iniciativa da FNE é muito importante ao recolocar a engenharia brasileira no centro da formulação de uma política industrial e tecnológica que recupere essa nossa capacidade”, afirmou.
O coordenador da consultoria técnica do "Cresce Brasil", Carlos Monte, destacou, durante o lançamento da nova fase, as propostas na área de energia, que incluem a geração a partir do lixo, da madeira, da cana-de-açúcar, o carro elétrico e a garantia de eficiência. “Com a busca incessante por inovação e eficiência, vamos superar o conflito de se ampliar a taxa de juros para combater a inflação, o que na verdade garante ganhos aos banqueiros”, disse.
O projeto reflete a busca dos profissionais da engenharia pelo desenvolvimento do País. Como salientou o coordenador da iniciativa, Fernando Palmezan, seu lançamento e continuidade é motivo de orgulho para toda a categoria.
Saiba como foi o lançamento em 31 de julho deste ano aqui.
Imprensa SEESP
Na série especial de entrevistas pelos 80 anos do Sindicato dos Engenheiros no Estado De São Paulo (SEESP), o ex-presidente Allen Habert, que este a frente da entidade entre 1986 e 1989 e, atualmente, é diretor de Articulação Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Durante o bate-papo, o dirigente lembrou de momentos marcantes de sua gestão como o sequestro dos engenheiros da Petrobras.
Foi em sua gestão que surgiu o Conselho Tecnológico do SEESP, em 1987, quando também foi criado o prêmio da Personalidade em Tecnologia, atualmente o principal prêmio de tecnologia do País. Para Allen Habert, o Brasil vive um dos momentos mais maduros de sua democracia e as oito décadas de existência do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, é um reflexo disso.
“Esses 80 anos nos anima muito a e a gente conclama, convida todos os profissionais, engenheiros e não engenheiros, a cerrar fileira conosco no sentido de poder melhorar a qualidade de vida dos nossos profissionais, da nossa população”, disse.
Habert mencionou, ainda, a riqueza material e a imaterial ao citar a cultura do brasileiro. “Esse país é excepcional. É um país ímpar no planeta, um país que tem a maior biodiversidade, que tem a maior quantidade de água, um subsolo invejável, mas, principalmente, constituiu um povo com grande diversidade e uma tolerância e um diálogo interno inédito nas outras democracias. Esse vigor nos dá a certeza que nós entramos definitivamente num processo civilizatório democrático, irreversível no Brasil”, completou.
Sequestro
Em 1989, quando três engenheiros da Petrobras foram sequestrados pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), na Colômbia, quando o país vizinho discutia a nacionalização do petróleo. “Eles queriam negociar com o movimento sindical brasileiro”, recordou.
Por isso, Habert foi quem coordenou as negociações com os seqüestradores, pessoalmente, na Colômbia. Após quatro dias, o então presidente do SEESP conseguiu negociar e cumprir as exigências para a libertação dos trabalhadores que, de acordo com Allen, eles pediram um avião, a não interferência do governo colombiano e a não invasão em seu território por parte do poder local.
“Foi uma demonstração de solidariedade que o movimento sindical exerce permanentemente e de que é muito importante a nossa atuação na América Latina. É um continente que necessita muito da engenharia, da ciência, tecnologia e inovação. O Brasil deu uma enorme contribuição nesse sentido”, comentou.
Outro ponto recordado, foi o fato de que o SEESP foi a primeira entidade sindical a conquistar o direito para a categoria de 12 dias, ao ano, para a requalificação profissional: “Após 25 dessa conquista, o sindicato ainda luta para que esse benefício possa ser estendido aos demais 12 milhões de profissionais com nível universitário em todo o País”.
CNTU
Com relação ao trabalho que vem desempenhando na CNTU, frisou que atualmente as 100 entidades sindicais de economistas, engenheiros, farmacêuticos, médicos, nutricionistas e odontologistas, reunidos nas cinco federações que compõem a CNTU, conversavam entre si e que “ao longo dos últimos cinco anos criamos um RG comum, uma plataforma de visão sobre o País e sobre nossas categorias que nos uniu e que e fará uma grande diferença”.
Assista a íntegra da entrevista especial:
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
No dia 21 de setembro último o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) completou 80 anos “de existência, de trabalho, de luta, de participação, de inserção na sociedade brasileira”. Nas palavras de Murilo Pinheiro, presidente do sindicato, em sua coluna semanal do JE na TV, a comemoração é motivo de orgulho: “Hoje temos orgulho em dizer que o nosso sindicato está presente nas questões da sociedade, que o nosso sindicato discute a qualidade de vida”.
Pinheiro lembra algumas bandeiras defendidas pela entidade sindical como a ampliação dos postos de trabalho, a valorização do profissional, o salário mínimo da categoria e, antes de tudo, uma sociedade justa e o crescimento e desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Confira a íntegra de No Ponto:
Imprensa SEESP
Assista a íntegra do JE na TV:
Imprensa SEESP
A candidatura presidencial de Marina Silva (PSB) defende a universalização da banda larga a partir da telefonia celular. É o que está dito em seu plano de governo, até o presente momento. Após receber diversas informações, comprovadamente verdadeiras, de órgãos como Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre a precariedade atual da rede de telefones móveis no País, será que a candidata do PSB cumprirá o que se comprometeu, em internalizar esse debate em sua campanha? Fará mudanças no texto?
Foto: Beatriz ArrudaMarina Silva, em debate sobre banda larga, no dia 22 último, no SEESP, na Capital paulista
Essa é uma das questões que ficaram sem resposta após o término do debate, ocorrido no final da tarde de segunda-feira (22/9), no auditório do SEESP, durante a segunda edição do “Diálogos Conectados”, promovido pela campanha “Banda Larga É Um Direito Seu!” que, além da internet de alta velocidade, abordou a regulamentação do Marco Civil da Internet, a privacidade, lei de direitos autorais e software livre.
Como afirmou a própria candidata aos presentes , seu plano de governo “é vivo” e ainda está em debate. “Nós não fizemos essa discussão com a profundidade que vocês estão colocando. Nós estamos fazendo essa discussão. Tomamos a decisão de que o nosso programa seria um programa vivo e que estaria em debate”, explicou Silva aos presentes, após ser questionada sobre qual sua opinião sobre a utilização da infraestrutura já existente para a universalização, feita com dinheiro público (estimada em R$ 74 bilhões), mas que vem sendo explorada pela iniciativa privada, e sobre qual será o papel da Telebras – empresa de economia mista, responsável atualmente pela gestão do Plano Nacional de Banda Larga - caso vença as eleições.
Silva se mostrou disposta a alterar suas propostas de governo ao comentar que o “plano possibilita o debate” e “esmiuçá-lo”. A candidata também propôs debater de forma mais ampla a maneira como se dará a universalização. Em resposta a indagação feita pelo engenheiro Márcio Patusco, integrante do Clube da Engenharia, sobre a necessidade de haver um decreto presidencial para colocar a banda larga também no regime público, como determina a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), disse: “É preciso que se faça a discussão, mas, sem comprometer uma taxa de retorno que assegure a viabilidade dos empreendimentos (setor privado), que se valorize o acesso e que o Estado possa prover os cidadãos, os meios, nas regiões mais difíceis, como, por exemplo, as regiões mais isoladas como foi citado aqui o Norte e o Nordeste”.
A ex-ministra do Meio Ambiente reiterou diversas vezes que defende a parceria entre o poder público e empresas privadas para ampliar o acesso à rede mundial de computadores, sem detalhar quais recursos públicos serão utilizados ou qual o tamanho do papel do Estado.
Já a LGT exige, em seu artigo 65 do parágrafo 1º, que todo o serviço que for considerado essencial deve ser ofertado de forma universal, não podendo ser comercializado somente pelo setor privado. Atualmente, só a telefonia fixa está sujeita a essa regra, estipulada em 1997. Hoje, a realidade é outra. A telefonia fixa tende a ser extinta nos próximos anos e a internet está cada vez mais presente no cotidiano. Para que não houvesse qualquer dúvida sobre a essencialidade da internet, a Lei do Marco Civil da Internet, aprovada em abril deste ano, instituiu que se trata de um serviço essencial.
Compromisso com universalização e neutralidade
Três afirmações feitas pela candidata do PSB à Presidência da República receberam avaliação positiva dos representantes da campanha, que concederam uma coletiva de imprensa ao final do evento: o reconhecimento de que a banda larga é um serviço essencial; o comprometimento pela universalização do acesso e a manutenção da neutralidade da rede – que garante que todos os dados trafegados no ciberespaço sejam tratados sem discriminação.
Como bem lembrou a advogada Flávia Lefèvre, da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, que faz parte da campanha, a palavra universalização havia sido banida das políticas de banda larga em vigor no governo atual da presidente Dilma Rousseff.
“Na concepção da campanha, embora, no caso da participação da candidata Marina, hoje, tenha ficado vago como isso será feito, é muito importante para nós que as duas candidatas que participaram dos Diálogos Conectados estejam falando em universalização da banda larga e em essencialidade do serviço”, afirmou Lefèvre, referindo-se também à candidata do PT, que participou da primeira edição do Diálogos Conectados, na terça-feira (9/9).
Já Pedro Ekman, do Coletivo Intervozes, criticou as duas candidatas participantes. Para ele, Dilma foge da responsabilidade imposta por lei, que na avaliação da campanha, obriga a publicação de um decreto presidencial. Na ocasião, a candidata Dilma falou que é a favor de uma lei de universalização por acreditar que um decreto (presidencial) seria ato voluntarioso e criaria a judicialização.
“Dependendo da política pública que ela estabelecer, eu mesmo posso judicializar. Para mim não é que a lei permite que ela faça um decreto, a lei manda ela fazer um decreto. O Marco Civil diz: a internet é um serviço essencial. E a LGT diz: se o serviço for essencial não pode ser prestado só no regime privado. A composição das duas leis, no meu entender, obriga a presidência da república a fazer o decreto”, enfatizou Ekman.
“De qualquer forma, nós continuaremos cumprindo esse papel , de pressionar, enquanto movimento, enquanto sociedade civil. Nós o faremos seja qual for o candidato ou candidata a se eleger. A campanha banda larga não vai se encerrar no dia 5 de outubro”, lembrou Beatriz Tibiriçá, do Coletivo Digital, que também integra à campanha.
Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, foi uma das mais críticas. “Como você pretende universalizar a banda larga utilizando como base um serviço que tem essa tamanha precariedade cujos preços das tarifas são os mais altos do mundo. Essa é a proposta inicial que a candidata nos apresentou aqui, que é a que consta no plano dela. E ela não conseguiu nem defender isso e nem explicar como ela pretende fazer. E isso me preocupa muito”, lamentou.
Porém, Mielli reconheceu a abertura concedida por Marina Silva ao diálogo e a parabenizou pela participação e pelo gesto feito durante o encontro: “Num possível governo ela demonstrou que estaria aberta a fazer um diálogo conosco. E isso para nós da campanha é o que fica de importante: as duas candidatas com mais chances de se eleger estão dispostas ao diálogo com a sociedade civil”.
Alterações no “plano vivo”
Até agora, a candidata fez duas alterações em seu plano de governo, confirmadas pela campanha. Uma delas foi a retirada do trecho que defendia direitos aos homossexuais, como a proposta de apoio ao casamento gay, após receber críticas publicamente do pastor Silas Malafaia. Porém, a candidatura nega que tenha sido esse o motivo e alega “falha processual na editoração do texto”. A outra, foi a exclusão do trecho que defendia a manutenção do programa de energia nuclear que, conforme explicou a assessoria de imprensa ao SEESP, deixava dúvidas sobre qual a proposta da candidatura, uma vez que constavam no plano as duas propostas: uma afirmando que a coligação “Unidos pelo Brasil” era favorável a essa fonte de energia e outro item que afirmava que é contrário, que acabou sendo mantido no documento.
Uma terceira alteração, que a assessoria não confirma, é sobre as metas de produtividade para os produtores rurais, com a finalidade de desapropriação para reforma agrária, caso as mesmas não sejam atingidas. Após ouvir as preocupações do setor do agronegócio, no sábado (20), em um evento no interior paulista, o vice de sua chapa, Beto Albuquerque, teria dito que não haverá mais índices de produtividade e que se não houver produtividade, “será desapropriado pelo mercado, e não pelo governo”.
Uma explicação sobre essa “dualidade opositiva” em seu plano de governo, usando uma expressão dita pela própria Marina Silva, é a de que as ideias que se opõem não devem orientar o debate político. Ela defendeu o que chamou de "coexistência" para "assegurar" ao cidadão “o seu direito de escolha”.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Nossas cidades têm sido reféns do grande imperador automóvel desde o princípio do século passado. A chegada do transporte individual foi visto e festejado como um dos principais símbolos do capitalismo e da visão liberal de mundo. Liberdade, individualidade, desenvolvimento, portanto, a conquista definitiva do homem moderno rumo à felicidade plena e definitiva.
O conceito do fordismo dominou nossas vidas, desde então, baseado na produção em massa e entre uma grande quantidade de produtos a serem consumidos, o carro representava e, precisamos ser realistas, ainda representa, a verdadeira realização de um sonho de conquista e sucesso.
O que não se podia prever é que quanto mais pessoas passassem a ascender o olimpo do carro próprio, a realidade da mobilidade urbana e da configuração das cidades seria impactada de maneira cada vez mais dramática.
Eis que em pleno século XXI estamos a desconstruir paulatinamente o que foi erguido durante todo o século passado. Nossos gestores públicos por bem ou por mal já concluíram ser inviável continuar apostando cegamente em buscar soluções de transporte que priorizem o automóvel, até porque tornam os espaços urbanos definitivamente inviáveis.
Em lugar de uma cidade voltada para solucionar, ou melhor, apenas tentar sem sucesso, garantir espaços para os carros, o poder público começa a planejar baseado na busca da mobilidade que envolva todos os meios de locomoção privilegiando a ideia da “cidade para as pessoas”.
O direito de ir e vir colocado em sua real perspectiva toma o lugar da expressão: “ direito de andar com meu carro quando e onde eu quiser”, dá lugar ao direito da mobilidade, seja ela exercida de acordo com os meios mais adequados a determinada área ou região.
Pedestres, cadeirantes e ciclistas, entre outros, eram praticamente invisíveis e suas necessidades ou desejos absolutamente ignorados. Uma recente campanha lançada pelo Portal Mobilize, especializado em mobilidade urbana, deixa bem clara essa histórica negligencia ao concluir que mais de 90% das sinalizações existentes em cidades brasileiras são destinadas aos automóveis. Segundo informa a pesquisa Sinalize, “não existem totens com mapas que indiquem os principais pontos de referência, que podem ser alcançados a pé ou de bicicleta. Não há, salvo raras exceções, indicação das rotas adequadas aos ciclistas. Mais raros ainda são os sinais sonoros para pessoas com deficiência visual”.
Se levarmos em conta que, de acordo com pesquisa divulgada em julho pelo Datafolha, 79% dos moradores de São Paulo utilizam ônibus em seus deslocamentos, em segundo lugar o metrô com 39% das viagens e o carro apenas em terceiro com 17%, é óbvia e ululante a necessidade de planejar e investir em soluções que busquem atender essa grande maioria.
Só para complementar outros dados do estudo realizado pelo Datafolha. Os trens estão em quarto lugar com 14% dos deslocamentos diários, seguido de vans, peruas e lotações com 13% das respostas dos entrevistados e ainda 7% que fazem seus trajetos a pé, 2% são usuários de motos e por fim 1% respondeu que fazem uso de bicicletas ou táxis.**
Muito trabalho pela frente
Se a percepção do colapso se espalha com alguma velocidade, isso não significa que essa visão esteja consolidada de maneira clara e definitiva. Ainda mais fora dos eixos já fortemente impactados.
Infelizmente, as grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro continuam a representar exemplos de “progresso” e “modelos de exportação” a serem seguidos por outras capitais e cidades brasileiras em geral. Apesar da lenta mudança de rumos, os terríveis congestionamentos verificados nessas cidades têm sido replicados em outras regiões do país, graças às facilidades na compra dos automóveis e o estímulo insano ao transporte individual. O resultado é que nos últimos anos o trânsito parado e estressante passou a ser vivenciado até mesmo nas cidades médias do país quase sem exceção.
Seduzidos por esse modelo fracassado, infelizmente ainda somos obrigados a conviver com algumas autoridades públicas de visão limítrofe que, tentam resolver a questão do transporte construindo mais túneis, viadutos, novas pistas e novas avenidas. É muito dinheiro público investido em obras de resultado pontual e de curto prazo, quando em alguns casos sequer representem uma solução paliativa, mas meramente cosmética.
A equação em cidades já dominadas pela visão puramente automobilística não é de fácil resolução, mas o fato é que já não mais faltam informações para que saibamos os caminhos a trilhar. Sejam eles quais forem os obstáculos, é chegada a hora de envidar todos os esforços para a construção de uma mobilidade que contemple todos os meios de transporte sejam eles motorizados ou não.
**O total da pesquisa é superior a 100%, pois as pessoas entrevistadas podiam citar mais de uma opção de transporte.
Autor: Reinaldo Canto é jornalista especializado em Sustentabilidade e Consumo Consciente e pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Passou pelas principais emissoras de televisão e rádio do País. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e colaborador do Instituto Ethos. Atualmente é colaborador e parceiro da Envolverde, professor em Gestão Ambiental na FAPPES e palestrante e consultor na área ambiental.
Fonte: Envolverde
O vice-presidente Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição junto com a presidente Dilma Rousseff (PT), se solidarizou com a luta dos arquitetos e engenheiros da Prefeitura de São Paulo que, desde quando o prefeito Fernando Haddad (PT) assumiu como prefeito, vem buscando diálogo com o Executivo Municipal nas rodadas de negociação sobre reajuste salarial e um novo plano de carreira.
Durante o Ciclo “A engenharia, o Estado e o País”, ocorrido na quarta-feira (17/9), Temer afirmou, à imprensa do SEESP, que apoia o projeto de lei (13/2013), em tramitação no Congresso Nacional, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, caracterizando como essenciais e exclusivas de Estado as atividades exercidas por engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos, ocupantes de cargo efetivo no serviço público federal, estadual e municipal.
Durante a exposição que fez na atividade, o vice-presidente se comprometeu a interceder pela luta das categorias: “Na primeira oportunidade eu darei uma palavra sobre esse movimento que vocês estão fazendo aqui. Isso depende de uma conjugação de esforços e de uma conexão das conversas. Mas poderei dar uma palavra para sensibilizar o município e tentar uma composição”.
Assista ao trecho da participação do vice-presidente:
Imprensa SEESP
A reportagem da semana do JE na TV acompanhou de perto o debate "Diálogos Conectados" promovido pela Campanha Banda Larga é um Direito Seu!, no auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), na terça-feira (9/9), sobre a universalização da banda larga. Na primeira edição o bate-papo foi com a candidata à reeleição para presidente, Dilma Rousseff.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Em entrevista exclusiva ao JE na TV, Dilma frisa a importância do estabelecimento de metas: “Você tem uma exigência: o Estado tem de definir metas, e não só metas quantitativas, mas também qualitativas. Eu, pessoalmente, fui contra radicalmente a todos aqueles que não queriam e a todas as propostas que não queriam a neutralidade da rede, porque embutida nas propostas estava uma questão, que é entregar banda larga de menor qualidade aos que pagam menos. Daí porque a neutralidade era tão importante naquele momento".
A secretária geral do Centro de Estudos da Mídia alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, lembra outros temas que foram tratados com a candidata como a regulamentação do Marco Civil da Internet, o fomento e investimento no conteúdo nacional por uma comunicação mais democrática, garantir a neutralidade da rede. "São temas fundamentais para o avanço da sociedade brasileira. Foi um sucesso", afirma Mielli.
Confira essas e outras análises na reportagem completa, abaixo:
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Nesta semana, o JE na TV inaugura uma série especial de entrevistas com os ex-presidentes do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) em homenagem aos 80 anos da entidade. Quem inaugura a série é o engenheiro Ubirajara Tannure Félix, o Bira, que presidiu o sindicato entre 1995 e 1998.
Bira, como é conhecido, iniciou sua trajetória na entidade sindical como diretor de base na gestão de 1989 a 1992, quando Rutênio Gurgel Bastos era presidente. Durante a entrevista, Tannure Félix recorda momentos marcantes da história do SEESP, e da sua própria. O dirigente contribuiu para formar e consolidar a categoria na base do Metrô paulista, onde tem forte atuação até hoje. Uma das ações que participou foi a implantação do Teleacidente, em convênio com o Ministério Público.
"Nós que somos engenheiros do Metrô conquistamos a representatividade da categoria na empresa em 1996, quando assinamos o primeiro acordo com o metrô", recorda, completando que "foi um ganho extraordinário" já que atualmente a empresa tem atualmente cerca de mil engenheiros. "Isso deu para o sindicato deu um salto muito positivo em sua ação sindical", conclui.
Confira a entrevista na íntegra:
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