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02/09/2025

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Valorizar a experiência na engenharia

 

Inova Sênior, lançado por ex-alunos da Poli/USP e do ITA, busca reconectar profissionais com mais de 60 anos ao mercado de trabalho. A iniciativa destaca a importância do conhecimento acumulado por esses técnicos de alto nível, que não devem ser descartados.

 

ExperienciaImagemA sólida formação na engenharia, associada aos anos de experiência no mercado de trabalho, enfrentando desafios diversos, buscando e encontrando soluções adequadas para as mais complexas situações, torna o profissional veterano um quadro extremamente valioso. Esse fato evidente, embora nem sempre reconhecido, está no cerne do Inova Sênior, iniciativa de ex-alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

 

O objetivo, informam os líderes do projeto que em agosto já contava com 200 participantes, é reintegrar engenheiros com mais de 60 anos ao mercado de trabalho, unindo tecnologia, inovação e experiência adquirida ao longo da vida. A proposta é mais do que pertinente se levarmos em conta a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 37% da população superando essa faixa etária em 2070.

 

Lançado oficialmente em 22 de agosto durante o Maturifest – evento sobre trabalho, empreendedorismo e longevidade 50+ –, o Inova Sênior tem um duplo propósito: combater o desperdício de conhecimento e o isolamento social de profissionais perfeitamente capazes. 

 

O tema faz parte das ações do SEESP, que atua, por meio de sua área de Oportunidades na Engenharia, para orientar profissionais experientes a se manterem ou voltarem ao mercado, inclusive trilhando novos rumos em sua carreira, a partir de seu conhecimento.

 

Importante lembrar que promover a atualização para tornar acessíveis as novas e indispensáveis ferramentas tecnológicas disponíveis hoje é tarefa bem mais simples do que formar um profissional apto a, desde já, assumir riscos e tarefas de grande responsabilidade.

 

Esse debate e os esforços muito bem-vindos nesse campo lançam luz sobre questões cruciais do nosso tempo, como o etarismo. Tal preconceito, por vezes, está institucionalizado, a exemplo de empresas que têm como política oficial não contratar pessoas mais velhas ou demiti-las automaticamente quando atingem determinada idade.

 

Injustas em si, tais regras são contraproducentes. Dispensar arbitrariamente a expertise existente sem estabelecer uma dinâmica virtuosa e respeitosa de transferência de saberes acumulados entre gerações pode gerar crises e perdas desnecessárias.

 

Obviamente, o que se defende não é que todos sejam condenados a trabalhar até o final da vida. Pelo contrário, todos os trabalhadores brasileiros – não só engenheiros – têm o direito constitucional e devem ter a chance de aproveitar uma aposentadoria digna após décadas de dedicação e esforço.  A ideia é valorizar a experiência, especialmente na engenharia, e oferecer a oportunidade aos que ainda têm muito a contribuir e desejam fazê-lo.

 

Vale refletir sobre a questão e colaborar para saídas que beneficiem os profissionais, as empresas e a sociedade.

 

Eng. Murilo Pinheiro – Presidente


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