Comunicação SEESP
Na próxima quinta-feira, 30/5, o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, participa da cerimônia de comemoração dos 30 anos de instituição da Associação dos Aposentados e Pensionistas (AAPS) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Na ocasião, Murilo será homenageado em reconhecimento à sua trajetória em prol da entidade. A solenidade acontece na sede da AAPS, na capital paulista.
João Guilherme Vargas Netto*
Depois da jornada do dia 26 ficou tudo como antes e, portanto, o ímpeto governista foi derrotado.
A cobertura da mídia grande de maneira unânime ressaltou o apoio dos manifestantes às deformas, mas não pode deixar de dizer que ele se chocará com a vontade da população quando ela for confrontada, por exemplo, com a deforma previdenciária.
Para o movimento sindical dos trabalhadores persiste a tarefa de resistência a ela e de preparação da greve geral de 14 de junho.
O tripé no qual se sustenta a iniciativa dos trabalhadores é formado pela defesa da Constituição, pela exigência do destravamento da economia com a criação de empregos e pela contenção dos danos causados pelas políticas do governo (previdenciária, trabalhista, educacional, de saúde pública, do meio ambiente, cultural, da segurança pública, na infraestrutura, no desmanche do Estado e da soberania nacional).
Continua sendo uma luta defensiva capaz de articular o movimento sindical com todas as outras forças de resistência, por exemplo, com o apoio material, logístico e de pessoal à manifestação dos estudantes e professores no dia 30 de maio em defesa da Educação.
A contenção de danos pressupõe diversas frentes de resistência, objetivas, agregadoras e múltiplas, capazes também de influir no andamento das discussões congressuais.
No complicado tabuleiro político e social em que segue o jogo a relevância do movimento sindical dos trabalhadores precisa se impor, com pautas corretas e empenho mobilizador e unitário.
*consultor sindical.
João Guilherme Vargas Netto*
Três semanas nos separam do dia 14 de junho data prevista para a greve geral contra a deforma da Previdência e o fim das aposentadorias.
Neste intervalo de tempo estão programadas em todo o Brasil duas manifestações de rua: as do dia 26 de maio dos extremados bolsonaristas contra o STF, o Congresso Nacional e o “sistema” (talvez insuflados pelo próprio presidente que, no entanto, não participará delas) e as do dia 30 de maio dos estudantes, professores e diretores contra os cortes nas universidades e nos institutos técnicos federais e contra as agressões do ministro Cacho de Uva à Educação e a seus representantes (apesar do recuo ministerial nos cortes).
O movimento sindical dos trabalhadores em decisão unânime das centrais sindicais aderiu a estas manifestações e sem interferência na tática e com pleno endosso de sua pauta dará a elas todo apoio para o seu êxito.
A reunião das centrais, assessoradas pelo Dieese, que determinou o apoio à luta da Educação também reforçou o conjunto de medidas políticas, organizacionais, logísticas, de propaganda e comunicação capazes de garantir o sucesso da greve de 14 de junho, a grande tarefa do movimento sindical.
Seu cumprimento exige o diálogo com as bases dos trabalhadores em seus locais de trabalho, seja com a coleta de assinaturas do abaixo-assinado contra a deforma, seja com assembleias que garantam a aprovação dos trabalhadores e sua adesão à greve, seja com as articulações com outras forças e entidades favoráveis à pauta unitária e apoiadoras da greve.
Quaisquer atividades decorrentes da vida normal dos sindicatos e das categorias como campanhas e negociações salariais devem levar em conta o objetivo estratégico de preparação e reforço da greve, sem prejuízo do seu encaminhamento.
Assim, os motoristas e cobradores de São Paulo e de Guarulhos obtiveram vitórias em suas campanhas salariais (manutenção das cláusulas dos acordos, ganhos reais e aumentos da PLR), os primeiros com uma grande assembleia que culminou sua campanha e os segundos com uma greve de um dia.
Os professores das escolas particulares de São Paulo estão sendo convocados pelo Sinpro-SP para uma concentração dia 29, às 14h, na sede do TRT (Rua da Consolação, 1272) quando haverá uma audiência de conciliação na campanha salarial levada à dissídio.
Estes exemplos de iniciativas são mais que “esquentas”; são o que a vida corrente determina, os trabalhadores querem e os sindicatos realizam.
Quando se tem um objetivo claro todos os passos firmes ajudam na caminhada a se chegar a bom termo.
*consultor sindical.