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Eliel

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Dados do censo do ensino superior referentes a 2012, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no dia 17 de setembro, trazem uma boa notícia. As matrículas em engenharia foram as que mais cresceram, registrando aumento de 16,6% em relação a 2011.  Com isso, o total de ingressantes na área denominada “engenharia, produção e construção” somou 885.912, contra os 759.873 do ano anterior. Os concluintes desse grupo (que inclui engenheiros, mas também arquitetos e tecnólogos, entre outras categorias) chegaram a 74.539. Ainda registrando uma enorme diferença entre os que entram nesses cursos e os que se graduam efetivamente, também houve aí uma melhora significativa.

O resultado alvissareiro foi destacado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “O segmento que mais cresce em número de matrículas são os cursos tecnológicos. Isso tem muito a ver com o atual momento do Brasil, com o mercado de trabalho aquecido”, afirmou, durante a apresentação do censo, em Brasília. E também não escapou à presidente Dilma Rousseff, que ressaltou em palestra a investidores no dia 25 de setembro, em Nova York: “É importante que os senhores percebam o grande desafio que é um país que formava mais advogados do que engenheiros e que hoje pela primeira vez está formando mais engenheiros do que advogados.”

De fato, a novidade aponta o salutar interesse pelas profissões ligadas eminentemente ao desenvolvimento e representa uma conquista estratégica para o País. Conforme vimos alertando desde 2006, no âmbito no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, é vital à nação dispor de mão de obra qualificada e apta a enfrentar as tarefas ligadas aos avanços necessários na infraestrutura e indústria nacionais. Portanto, é um desafio a ser vencido ampliar esse contingente e garantir-lhe formação de qualidade.

Ciente disso, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados passaram a defender a bandeira por mais e melhores profissionais. Um esforço singelo, porém focado, foi a produção de um vídeo voltado aos alunos do ensino médio que visava apresentar a profissão e estimular a opção por ela. Intitulado “Mais engenheiros para construir o Brasil”, o trabalho traz informações sobre as cinco grandes áreas – civil, elétrica, mecânica, química e agronomia. Em cerca de 20 minutos, apresenta entrevistas com graduandos, profissionais bem colocados no mercado e professores experientes falando sobre as atribuições em cada modalidade, o ensino e perspectivas futuras.

De mais fôlego e na mesma sintonia está a criação pelo SEESP do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), hoje em fase final de credenciamento junto ao Ministério da Educação.  A escola oferecerá em breve o primeiro curso de Engenharia de Inovação do Brasil, visando a excelência no ensino. A ideia é propiciar aos estudantes uma educação de altíssima qualidade que os prepare para os desafios do mundo real e os torne aptos a buscar as soluções que o País precisa.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Roberto Pereira D’Araújo


O setor elétrico brasileiro, um dos mais vantajosos no planeta pela disponibilidade de recursos naturais, por incrível que pareça, está em crise. Desde 1995, quando o País resolveu seguir a moda da década e achar que, mesmo com tantas diferenças físicas, poderia mimetizar o sistema inglês, a regulamentação não tem estabilidade. A cada mês, novas regras são editadas, tornando as leis do setor um verdadeiro labirinto. Essa é a pior situação que pode ser imaginada quando se depende de capitais privados para garantir um suprimento adequado para uma nação em evolução.

A origem do problema é uma espécie de colonização de mentes que tomou conta dos empresários, de parte dos técnicos e da mídia. No fundo, todos sabem que o sistema brasileiro é absolutamente singular. Aqui, somos interligados de norte a sul e, brevemente, de leste a oeste sobre distâncias de mais de 4 mil km. Somos os líderes absolutos dos recursos hídricos, temos diversidades climáticas entre regiões e somos um país tropical. A nossa capacidade de reservar água, apesar de decrescente em relação às nossas necessidades, ainda é recorde no planeta. Somos capazes de “guardar” o equivalente a 220TWh nos nossos reservatórios. Quantos sistemas contam com esse estoque?

No entanto, essa imensa vantagem está no centro dos problemas que enfrentamos, chegando a ser demonizada por alguns. Tudo isso porque resolvemos adotar uma imitação de um sistema térmico. Nesses, com pequenas diferenças, uma usina vende o kWh real­mente produzido. Se seu preço é alto, ela não gera e não comercializa energia.

Aqui, justamente pelo fato de termos uma reserva compartilhada, para melhor geri-la, o operador nacional adota as mais diversas e variáveis configurações de geração. Assim, não se sabe quanto cada usina vai produzir e para quem está vendendo. A geração de uma usina pode ir a zero e ela continuar a “vender” energia.

Evidentemente, quando se adota um modelo que fixa um valor único para cada usina, como se fosse uma capacidade de vender kWh, cria-se um enorme problema de fechamento de contas com o mundo real. O tamanho do texto me impede de explicar os mecanismos envolvidos, mas posso assegurar que nem na mecânica quântica há a complexidade que existe nessa contabilidade.

O problema da metodologia que emite esse “selo” chamado “garantia física” por usina é que ela supõe um futuro e um nível de segurança para a operação. Mas, seguidamente, a operação real mostra-se cada vez mais pessimista do que a hipótese embutida na emissão do selo. O resultado é que selos mais antigos estão estimados acima do que seriam se fossem reavaliados. Isso significa que estamos correndo riscos, pois faltam usinas.

O apagão do Nordeste tem óbvias relações com o fato de que, mesmo sob hidrologia ruim, adiou-se o despacho de térmicas, para “não estragar” o anúncio da medida provisória das tarifas em 11 de setembro de 2012. Estranhamente, logo após a declaração, as térmicas foram despachadas ao máximo. Evidentemente, esvaziaram-se os reservatórios do São Francisco e, quase um ano depois, não havia água suficiente para reagir ao evento de perda do suprimento do Sudeste.

Esse é o perigo que não é percebido pela maioria dos brasileiros.


Roberto Pereira D’Araújo é engenheiro eletricista e diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina)

O movimento sindical, ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), as associações nacionais dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entre outras entidades sociais, cerraram fileiras contra a votação do Projeto de Lei (PL) 4.330/04 na Câmara dos Deputados e pelo seu arquivamento.

A matéria, caso aprovada conforme o relatório do deputado Arthur Maia (PMDB-BA), estenderá a terceirização às atividades-fim, resultando em precarização das relações do trabalho e perda de direitos históricos. Correm risco até mesmo regras previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O esforço manteve o assunto fora da pauta das comissões ao longo do mês de setembro, mas ainda é preciso derrotar a ameaça definitivamente, o que exigirá a continuidade da mobilização. “Essa é uma pauta prioritária hoje para todos nós”, ressalta o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Ele lembra que a proposta como está, que representa grave retrocesso, pode atingir a todos os trabalhadores, inclusive os engenheiros envolvidos diretamente com desenvolvimento e produção nas empresas.

Na avaliação do presidente da Anamatra, Paulo Luiz Schmidt, o projeto, que visa exclusivamente a redução de custos para as empresas, “é uma tragédia”. “O que era exceção pode virar regra, e isso aumentará drasticamente a concentração de renda e diminuirá o fator trabalho na renda nacional”, adverte. Ele observa ainda que o Brasil estaria na contramão do mundo, porque países como Chile, Argentina, México, Portugal, Espanha, Itália e França possuem a terceirização regulamentada e restrita, “porém todos com responsabilidade solidária”, que traz obrigações com respeito às regras trabalhistas à empresa que contrata empregados terceirizados por meio de outras.

Conforme lembra Adílson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esse foi exatamente um dos pontos inegociáveis por parte do setor patronal, durante a mesa quadripartite – que reuniu empresários, centrais sindicais, governo e Parlamento, nos meses de junho e agosto. “Os patrões querem a responsabilidade subsidiária, porque ela significa a sonegação de direitos”, denuncia.  O advogado trabalhista Thiago Barison explica que esse subterfúgio dificulta ao terceirizado receber o que lhe é devido. Isso porque se as empresas que de fato realizam a atividade econômica só respondem subsidiariamente, será preciso esgotar sucessivas tentativas de execução para se chegar a quem tem bens. “Até lá, fica mais fácil pressionar o trabalhador a aceitar acordos ruins”, critica.


Desmonte

Outra preocupação é com a extinção das categorias profissionais, o que, na prática, acabará com a representação sindical. O presidente da ANPT, Carlos Eduardo de Azevedo Lima, questiona como reunir numa mesma luta trabalhadores de funções e com perspectivas profissionais diferentes. “Isso inviabiliza a negociação salarial de direitos e a própria liberdade sindical.” Para o advogado Barison, um dos propósitos da terceirização é confundir a relação trabalhista, inserindo um terceiro elemento, que simplesmente se encarrega de contratar e pagar. “Ou seja, separa-se a produção da contratação.”

Os presidentes da ANPT e da Anamatra concordam que outro problema da terceirização, já em vigor no País, é a falta de isonomia de salários e de condições de trabalho entre o empregado direto e o terceirizado. A questão não é alterada no PL 4.330/04, por isso, Schmidt realça que o projeto segue uma lógica mercantilista e de estímulo à terceirização de forma irresponsável e sem freios. Lima aprofunda as críticas ao PL dizendo que a força de trabalho não pode ser tratada como uma mercadoria. “A intermediação de mão de obra é vedada, inclusive por convenções internacionais.”


Por Rosângela Ribeiro Gil


No dia 23 de setembro, a Prefeitura da Capital inaugurou 20,4km de faixas exclusivas de ônibus, em diferentes bairros. Agora, são 170km. A promessa é de chegar aos 220km até o final do ano. Quanto aos corredores exclusivos, a pretensão é passar dos atuais 130km para 280km até o final do mandato de Fernando Haddad. O tema esteve em pauta durante a Semana da Mobilidade 2013, realizada pela Secretaria Municipal de Transportes entre 18 e 25 do mesmo mês, na sede do SEESP, em São Paulo.

Abordada na tarde do dia 24, a contribuição para solucionar o caos na mobilidade urbana que predomina na cidade é defendida por técnicos do setor. Edilson Reis, diretor do sindicato, afirma: “É um começo, mas é necessário avançar.” Ele destaca que o ideal seria ter cerca de 350km de corredores exclusivos – o equivalente a 30km por milhão de habitantes.

Além disso, a proposta do SEESP, apresentada por Reis durante o painel, inclui o compartilhamento de todos os modais de transporte, a aproximação do emprego da moradia e vice-versa, diminuindo a necessidade de deslocamentos diários, em articulação com as políticas de uso e ocupação do solo, habitação e meio ambiente. A cidade também não pode ser pensada isoladamente; é mister que o planejamento seja feito sob a ótica da integração metropolitana. Reis destaca ainda que no longo prazo é necessário que o sistema metroferroviário supere o sobre pneus como principal opção de transporte coletivo, como ocorre em diversos países do mundo. Atualmente, os ônibus – que ocupam 4.500km dos 17.500km do viário – são o principal meio.

Hoje, a cidade convive diariamente com uma frota individual regular de 7 milhões de automóveis, além de 3 milhões irregulares, apontou Ailton Brasiliense Pires, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), durante o seminário. O resultado, como pontuou Reis, são congestionamentos diários de 100km por faixa em média. A consequência é fruto de uma política desenvolvida nos anos 1950 em detrimento do transporte coletivo. Contribuiu a tal realidade nefasta, como explicitou Brasiliense, o crescimento desordenado vertiginoso da cidade entre 1900 e 1950 e o abandono dos bondes, que do início do século XX até 1917 somavam 220km. “Houve um plano de adensamento da Light que permitiu que ela tivesse o máximo lucro. Conformou-se um emaranhado e o número de automóveis, que era 70 mil, se multiplicou por cem ou mais”, salientou ele.

Diante desse quadro, o presidente da ANTP foi categórico: “É preciso ter uma ou muitas faixas de ônibus.” Brasiliense defendeu ainda a necessidade de integração entre os corredores exclusivos. Ao encontro do que propugna o SEESP, afirmou que a política de mobilidade precisa ser articulada com as de desenvolvimento urbano, com visão metropolitana. E ressaltou a importância da ampliação da rede metroferroviária, que hoje soma cerca de 70km.


Planos municipais

Destacando que são feitas na Capital 18 milhões de viagens por dia, Ana Odila de Paiva, diretora de planejamento de transporte da São Paulo Transporte (SPTrans), apontou o gargalo da concentração da demanda para o centro da cidade. Segundo ela, metade do total passa por ali para fazer transferências e cerca de 1 milhão/dia têm a região como destino. Do total, 10 milhões de viagens são feitas por transporte coletivo – 81% por ônibus, 22% por metrô e 11% por trem. “É preciso qualificar o sistema de ônibus”, enfatizou. De acordo com Reis, pesquisa revela que 79% dos cidadãos abdicariam do automóvel se houvesse boa alternativa em transporte público.

Na concepção de Paiva, esse resultado seria possível com faixas exclusivas alcançando 1.200km do viário estrutural de interesse coletivo. Assim, estariam nos planos municipais priorizar esse tipo de transporte nos investimentos públicos e na ordenação do espaço viário. “A rede de corredores prevista para os próximos 12 anos é de 460km. O projeto para os próximos quatro anos é de mais 200km.”

Além disso, Paiva indicou a necessidade de se garantir ônibus onde não existem, utilizando-se toda a capacidade viária para montar uma rede conectada. E de se organizar o serviço, por exemplo colocando os pontos próximos dos cruzamentos e diminuindo a sobreposição de linhas e modais. “Serão mais 18 terminais nos próximos quatro anos e os existentes serão requalificados.” A diretora da SPTrans revelou também o projeto da Prefeitura de assegurar esse transporte coletivo em período integral, servindo os cidadãos inclusive de madrugada. Todo o trabalho é articulado com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Conforme Joaquim Carlos Mendes, superintendente de engenharia da empresa, 70% da operação dessa está por conta das faixas exclusivas.

Entre os planos da Prefeitura, está ainda o Arco do Tietê, que abrange estratégias e projetos para os próximos 30 anos no entorno do Rio Tietê. A proposta foi apresentada por Gustavo Partezani, diretor de desenvolvimento da SP Urbanismo. Segundo sua fala, o objetivo é diminuir distâncias e aproximar o trabalho da residência do cidadão, desenvolvendo a região Norte, qualificando a área e solucionando a ineficiência do transporte nas marginais.


Por Soraya Misleh


A carga tributária brasileira equivale a cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) – em 2012, a arrecadação foi de R$ 1,59 trilhão, superando em 7,03% a obtida no ano anterior. Objeto de estudo divulgado no primeiro semestre deste ano pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o montante compõe o orçamento público, definido anualmente pelo Estado.

No País, esse processo carece da participação da sociedade. “Quem sustenta o aparato do Estado, que precisa investir em educação e saúde pública, fazer obras, quem paga os salários dos prefeitos, vereadores, deputados é a população [mediante tributos]. Mas a maior parte das pessoas não tem essa consciência. Esse é um debate fundamental. A questão do orçamento público é crucial para o desenvolvimento da cidadania no País”, destaca o economista e professor universitário Odilon Guedes. Na sua concepção, o processo é muito bem feito e organizado do ponto de vista dos projetos. Por exemplo, os prefeitos de todo o Brasil deveriam enviar até 30 de setembro seus planos plurianuais com a definição de investimentos por quatro anos. “Mas as pessoas não vão às audiências públicas, porque ignoram sua realização e funcionamento. Os poderes não divulgam isso com clareza.”

Com o objetivo de contribuir para informar a sociedade, de modo que amplie sua participação na definição dos gastos públicos, ele lançou em 10 de setembro, na Livraria da Vila, na Capital paulista, o livro “Orçamento público e cidadania” (LF Editorial, 120 páginas). Escrita em linguagem acessível e didática, a publicação é dividida em quatro capítulos, em que são abordados a importância do tema, as leis para elaboração do processo no município, execução e transparência do orçamento. Guedes observa que nos países desenvolvidos a sociedade é muito mais atuante e acompanha as discussões de perto, por ter mais conhecimento sobre o assunto. Esclarecer os brasileiros e torná-los partícipes pode fazer a diferença na destinação dos recursos. “O orçamento é limitado, tem que saber para onde está indo aquele dinheiro. Só para se ter uma ideia, o governo federal tem gasto todo ano cerca de R$ 250 bilhões em pagamento de juros da dívida pública. A maioria das pessoas não sabe disso. Com esse recurso, que vai para o mercado financeiro, daria para resolver tudo quanto é problema no Brasil. Por outro lado, se você aumenta o salário mínimo, fala-se que não vai ter dinheiro para a Previdência pagar os aposentados”, aponta.

No orçamento, observa, estão discriminadas as receitas e despesas. Portanto, é o retrato da opção política, “a cara do governo”. Acessando os dados e sabendo como funciona a dinâmica e as leis que o definem, a população poderá interferir para mudar a política econômica atual e pressionar pelo combate ao rentismo, bem como à corrupção. E assim garantir mais dinheiro para a “educação e saúde públicas de qualidade, investimentos em infraestrutura, estradas, portos”.


JE439 tabela


Injustiça

Os cidadãos podem ainda reivindicar reforma tributária que altere a lógica vigente. “O Brasil é um dos países mais injustos em relação à carga tributária, porque a maior parte dela é indireta.” Em seu livro, ele cita estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) relativo a 2004 a 2008 que indica que quem ganha dois salários mínimos paga cerca de 53% de tributos, enquanto quem recebe mais de 30 arca com 29%. Consequentemente, o empregado na primeira situação precisa trabalhar 197 dias para pagar os tributos e na segunda, 106 dias. Guedes dá um exemplo que serve para explicar a diferença: “Trinta e oito por cento do valor de uma televisão corresponde a tributos. Ao comprá-la, quem ganha mil reais ou R$ 20 mil pagará os mesmos R$ 380,00. Então, uma parcela enorme do que a população de baixa renda ganha destina-se ao pagamento de tributos.”

Ele faz um passeio pela história mundial que serve de alerta para a importância da questão. “Já culminou em revoluções em tudo quanto é lugar. O 4 de julho de 1776 [data da Independência dos Estados Unidos] faz lembrar que a gota d´água para a guerra de libertação contra os britânicos foi a cobrança do imposto sobre o chá.” No Brasil, Guedes destaca que seu efeito também motivou a Inconfidência Mineira (1789) e a Guerra dos Farrapos (1835-1845), por exemplo.


Por Soraya Misleh

01/10/2013

Benefícios

Novidades


Aprenda inglês no Wise Up 

Curso de inglês em 18 meses para adultos, através do método adotado pelo Wise Up. O aluno aprende o idioma falado no dia a dia: o vocabulário, as expressões e as regras gramaticais para comunicar-se com um nativo da língua. São mais de 60 unidades na Capital, cujas informações estão disponíveis no site http://wiseup.com/escolas-de-ingles. O preço da matrícula é de R$ 465,00; mensalidade, R$ 372,00, já com desconto de 20% nos pagamentos até o dia 5 de cada mês. Há ainda opções em cidades do Interior de São Paulo e em outros estados. Mais informações e matrículas fora da Grande São Paulo com Helen Drolhe pelos telefones (11) 5103-3443, 98625-3227, 7791-6677 ID 117*65537 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Produtos da Paola Paini

Loções, perfumes, cremes, sabonetes, livreto sobre reflexologia, massageadores e toucas plásticas podem ser adquiridos na Paola Paini – produtos voltados para o bem-estar. Mais informações com Sueli Corrêa pelo telefone (11) 4616-1148, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.paolapaini.com.br. Desconto de 15%.


Estude na FMU

O Complexo Educacional das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) oferece cursos de graduação, graduação tecnológica, pós-graduação (especialização, MBA ou a distância), extensão e outros. Associados ao SEESP e seus dependentes têm isenção da taxa de inscrição para o vestibular, mediante solicitação pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (11) 3346-6208/6255, e descontos que vão de 10% a 50% nas matrículas e mensalidades, dependendo da forma de pagamento e do curso.


Mestrado e doutorado no Mackenzie

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo 2013/2014 do programa de pós-graduação stricto sensu, mestrado e doutorado, até o próximo dia 5 de novembro. As inscrições e os editais sobre os cursos estão disponíveis nos links www.mackenzie.br/mestrado_processoseletivo.html e www.mackenzie.br/doutorado_processoseletivo.html. Mais informações pelo telefone (11) 2114-8000. Desconto de 10% não cumulativo nas mensalidades aos associados.


Perícia judicial ambiental

Esse é o tema do curso presencial para profissionais da área ambiental e engenheiros a ser ministrado por Rui Jesus Juliano de 4 a 8 de novembro, das 19 às 23h, no Conselho Regional de Química, localizado na Rua Oscar Freire, 2.039, Pinheiros, na Capital paulista. Mais informações pelo telefone (53) 3231-3622, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.manualdepericias.com.br. Há ainda opções de cursos em outros estados. Desconto de 10% aos associados.


Paraíso Eco Lodge

Localizado em Ribeirão Grande, no sul do Estado de São Paulo, encontra-se o Paraíso Eco Lodge, uma opção de hospedagem com café da manhã incluído na diária. As instalações contêm bangalôs decorados com peças da Ásia, chalés com estilo de cabanas montanhesas e cabanas com objetos e artefatos tribais. Além de área com mais de 700m2 com pub, salão de jogos, restaurante com gastronomia brasileira, internacional e outros. Mais informações pelos telefones (15) 3542-4525, (11) 98613-1313, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.brasilparaiso.com. Desconto de 15%.

Serviços médicos na Vila Matilde

Fisioterapia motora neurológica, ortopédica, oncológica, reumatológica e reeducação postural global (RPG) estão entre as especialidades médicas disponíveis aos associados no Centro de Reabilitação e Integração Física (Crif). Além de psicologia, fonoaudiologia, acupuntura e serviços de limpeza de pele, drenagem linfática, massoterapia, pilates, reflexologia, podologia e outros. Fica na Rua Coronel Pedro Dias de Campos, 1.064, Vila Matilde, na Capital paulista. Mais informações pelo telefone (11) 2651-2852, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.crif.com.br. Desconto de 30%. 


Pousadas em Paraibuna e Itanhaém

Uma opção de hospedagem é na Pousada Iguatiba, com pensão completa incluída na diária. Fica na Rodovia dos Tamoios, km 50/Estrada Doutor Zélio Machado Santiago, km 2, Macaco, em Paraibuna (SP). Mais informações pelos telefones (12) 3974-7139/7216, (11) 7768-4217, ID: 100*119650 e no site www.pousadaiguatiba.com.br. Desconto de 25%.

Outra dica é a Pousada Vesuvio, com café da manhã incluso na diária. Localiza-se na Avenida Doutor Edson Baptista de Andrade, 444, Cibratel 1, em Itanhaém (SP). Mais informações pelo telefone (13) 3426-1551, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.pousadavesuvio.com.br. Descontos de 30% (para casal) e 20% (filhos ou acompanhantes). Criança com até quatro anos, isenta. Pagamento em duas parcelas.


Convênios

Century Paulista – Diária com café da manhã. Rua Teixeira da Silva, 647, Paraíso, Capital. Informações pelos telefones (11) 3882-9977, 0800-179977, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.centuryflat.com.br. Desconto de 10%.

Century Jardins (antigo Lorena Hotel) – Diária com café da manhã. Avenida Rebouças, 955, Cerqueira César, na Capital paulista. Informações pelos telefones (11) 3069-0000, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.lorenahotel.com.br. Desconto de 10%.

01/10/2013

Canteiro

SEESP ajuizará ação coletiva para buscar perdas do FGTS

O sindicato entrará com ação coletiva na Justiça Federal de São Paulo, em nome dos seus associados, contra a Caixa Econômica Federal (CEF) para recompor as perdas inflacionárias do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registradas desde 1999. A decisão foi tomada em assembleia extraordinária no dia 27 de setembro, na sede da entidade, na Capital paulista. Deliberou-se, por unanimidade, pelo não pagamento inicial de qualquer valor, mas de honorários advocatícios de 20% apenas ao final da ação ao escritório Alino & Roberto Advogados Associados ou em caso de acordo resultante do processo que venha a ser proposto pelo governo federal. Conforme autorizado pela assembleia, o sindicato atuará como substituto processual de todos os sócios, estando, portanto, esse conjunto representado na ação. Não é necessária apresentação de documentos nesta primeira fase do processo, que deverá ser ajuizado nos próximos dias.

A iniciativa de buscar a recomposição se baseia na Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que definiu, entre outras regras, a correção do FGTS, com atua­lização monetária e juros, “de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações”. Todavia, esse preceito legal não tem sido observado e o dinheiro do fundo dos trabalhadores tem, a cada ano, sofrido sensivelmente com perdas inflacionárias.

Isso se deve, explica o Departamento Jurídico do sindicato, à composição dessa correção, estabelecida pelo Banco Central (BC), de 3% ao ano de juros mais a Taxa Referencial (TR), que, nos últimos meses, tem sido zero por cento. A TR é uma cesta de índices ligados ao sistema financeiro brasileiro e não tem qualquer relação com a inflação. A ação do SEESP requererá a substituição da TR por um índice que realmente reflita a inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Assenag comemora 47 anos de vida

A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag) comemorou, no dia 14 de setembro, seus 47 anos de vida com a tradicional Noite Alemã. A festa foi prestigiada pelos filiados e contou com toda a diretoria da entidade.

História

Em agosto de 1966, um grupo desses profissionais de Bauru, liderados pelo engenheiro José da Silva Martha Filho, entregou em mãos a todos os engenheiros e arquitetos a circular de número 1, convocando para assembleia de fundação da Assenag, no dia 12 de agosto daquele mesmo ano, na sede da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro da Noroeste do Brasil (NOB).


Engenharia de Segurança do Trabalho realiza congresso em novembro

O auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, recebe nos dias 27 e 28 de novembro a 15ª edição do Congresso Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho. Em pauta, o marco regulatório da atividade, aprovado em novembro de 2012, cujas diretrizes nortearão a atuação dos profissionais da área nos próximos dez anos. O congresso, portanto, objetiva debater esse planejamento estratégico e elaborar uma carta aberta do setor às autoridades competentes. O evento conta com a organização conjunta das várias associações representativas da Engenharia de Segurança do Trabalho – Anest, Apaest, Andest e Aiest – e tem o apoio do SEESP e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP).


Campanha da Aesabesp de reúso de livros técnicos

A Associação dos Engenheiros da Sabesp (Aesabesp) iniciou a campanha “Relivro”, com o intuito de suprir a necessidade de uma demanda educacional, social e financeira, ao propor o reaproveitamento dos livros de engenharia. Os beneficiados são estudantes de engenharia do Estado de São Paulo que precisam de publicações técnicas para suas atividades acadêmicas.

Para participar, segundo informações da associação, basta se cadastrar pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e enumerar os livros de que dispõe para doação (título da obra, autor, ano). Se preferir, o doador pode levar sua remessa à sede da entidade, que fica na Rua 13 de Maio, 1.642, casa 1, Bela Vista, na Capital paulista, ou em um dos seus polos regionais. Mais informações pelos telefones (11) 3284-6420 e 3263-0484 ou no site www.aesabesp.org.br.


Mulheres da CNTU preparam encontro nacional

A segunda reunião do Coletivo de Mulheres da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), realizada em 20 de setembro, em São Paulo, deu passos importantes para a organização do 1º Encontro Nacional da Profissional Universitária, que acontecerá no dia 14 de março de 2014, integrando as comemorações do Dia Internacional da Mulher.  Entre eles, a constituição das comissões de saúde, trabalho e política, que se debruçarão sobre os temas respectivos para formatar o evento do ano que vem. Também ficaram agendados novos encontros preparatórios para 29 de novembro e 7 de fevereiro.

Ao abrir a atividade, a coordenadora-geral da iniciativa e vice-presidente da confederação, Gilda Almeida de Souza, destacou a atual condição feminina nos três aspectos que são foco do coletivo e a clara necessidade de avanços: “As mulheres são 54% do contingente que têm nível superior de escolaridade no País, mas ocupam apenas 14% dos cargos de chefia e 10% das vagas no Congresso. A saúde é também questão importante para as mulheres, que cuidam de si mesmas e dos filhos.” Segundo ela, trabalhando com base nesse tripé, a CNTU pretende contribuir com propostas efetivas que combatam a desigualdade.

No dia 21 de setembro, o SEESP completa 79 anos de existência. A data deve ser comemorada com entusiasmo pelo conjunto da nossa categoria em todo o Estado de São Paulo, tendo em vista a importância da entidade hoje, cuja atuação reflete-se não apenas na valorização dos profissionais como trabalhadores, mas também na sua inserção no debate das questões de relevância para a sociedade.

O primeiro ponto a ser destacado é o fortalecimento da atuação do sindicato na representação dos engenheiros, defesa de seus direitos e luta por novas conquistas.  Representando cerca de 100 mil profissionais nas negociações coletivas feitas com inúmeras empresas e organizações patronais, dos mais diversos ramos econômicos e setores, o SEESP vem, ano após ano, garantindo avanços em benefícios aos engenheiros.

Nas campanhas salariais de 2013, já praticamente encerradas, registraram-se, além da recuperação de perdas, ganhos reais que elevaram o aumento, na média, para 8%.

Tem sido pauta constante de luta a defesa do piso da categoria previsto na Lei 4.950-A/66, estipulado em nove salários mínimos vigentes no País para jornada diária de oito horas, além de um plano de carreira que propicie a valorização permanente do profissional, condições de trabalho adequadas e acesso à qualificação constante. Esses são, na nossa visão, elementos básicos para que os engenheiros possam desenvolver suas atividades a contento.

Ainda no âmbito sindical, o SEESP teve atuação decisiva na Constituição e fortalecimento da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), que hoje representa, além de engenheiros, economistas, farmacêuticos, médicos, nutricionistas e odontologistas, propiciando uma ação integrada dessas categorias.

Para além dessa ação, o SEESP tem como primordiais na sua agenda o debate acerca do desenvolvimento nacional e a busca de alternativas para que o País avance em benefício de toda a sua população. Essa vertente se traduz a partir do engajamento no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e em constante renovação e aprimoramento. Na fase atual, a iniciativa está voltada à Copa 2014, que, vista como uma oportunidade de incremento da infraestrutura nacional, pode deixar legado positivo, e também para a discussão sobre como superar os entraves à expansão econômica no País.

Outro importante projeto do sindicato é o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), que em futuro breve oferecerá o primeiro curso de engenharia de inovação do Brasil, consolidando a contribuição da nossa entidade ao esforço de formar mão de obra qualificada de primeiríssima linha. Mesmo antes de dar início a essa fase, já oferece diversas atividades de extensão e caminha para se tornar uma instituição de ensino que seja referência de qualidade.

Como se vê, são 79 anos muitíssimo bem vividos. Obviamente, cada uma dessas conquistas foi antecedida de desafios e obstáculos que precisaram ser vencidos. Mas os engenheiros do Estado de São Paulo, organizados e mobilizados pelo seu sindicato, têm se mostrado prontos para o combate e ousados em seus objetivos.  Continuemos a escrever essa história com garra e dedicação. E, claro, comemoremos o aniversário da nossa entidade.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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