logo seesp

 

BannerAssocie se

Eliel

Eliel

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), da qual os engenheiros fazem parte, entrou, no dia 9 de fevereiro, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a Medida Provisória 664 junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A MP, editada em dezembro último, altera as regras de concessão da pensão por morte, do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez.

“É lamentável que, na busca do ajuste fiscal, poupem-se o rentismo e os mais ricos, elevando-se a taxa de juros, e punam-se os trabalhadores, cortando benefícios sociais. Além da flagrante injustiça, a forma adotada pelo governo é claramente inconstitucional, como demonstra a Adin impetrada pela nossa confederação”, afirma o presidente da entidade e do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro.

A inconstitucionalidade baseia-se já na natureza da MP, que pode ser adotada pelo Poder Executivo para atender a situações emergenciais, que não possam aguardar os procedimentos legislativos ordinários, o que não é o caso em pauta. A Adin da CNTU observa que a MP 664 introduz inúmeras alterações na legislação relativa ao Regime Geral da Previdência Social, “fazendo crer, além da afronta direta aos princípios e direitos constitucionalmente assegurados aos cidadãos brasileiros, ser a sua intenção suprimir do amplo debate público com a sociedade brasileira e seus representantes um conjunto de medidas que tem o nítido propósito de sacrificar os direitos sociais (...)”.


JE468Sindical


No dia 28 de janeiro, as centrais sindicais realizaram, em várias capitais do País, manifestações contra as MPs 664 e 665 – essa última promove mudanças, entre outras, nas regras do seguro-desemprego e do abono salarial. A reivindicação é pela revogação imediata das medidas e a abertura de uma mesa nacional de negociação. O governo, em duas reuniões realizadas com lideranças sindicais, em 19 de janeiro e 3 de fevereiro, na Capital paulista, não aceitou retirar as duas matérias, mas abriu um canal de conversação. A questão também foi levada ao Congresso Nacional, no dia 10 último, quando dirigentes sindicais, inclusive o presidente do SEESP e da CNTU, mantiveram reuniões com os presidentes do Senado e da Câmara Federal, respectivamente, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de contato com outros parlamentares. Na ocasião, foi informado que as matérias já receberam 741 emendas.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirma que não serão admitidas medidas que prejudiquem os trabalhadores. “Queremos discutir o que está errado e apresentar as nossas propostas para evitar que o Brasil entre numa recessão sem precedentes”, alertou.  O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, reforça a posição, taxando as iniciativas governamentais como perversas e equivocadas, e defende a adoção de políticas que estimulem a produção, o salário e a renda. “Temos potencial para crescer ainda mais, construindo estradas, ferrovias, portos, metrôs, escolas, hospitais, fortalecendo políticas de inclusão e investindo em infraestrutura.”

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), endossou a crítica, dizendo que as centrais sindicais têm propostas alternativas, como a taxação das grandes fortunas. “Queremos um governo que promova a inclusão e a justiça social”, apontou.


Por Rosângela Ribeiro Gil

Após dez anos de estagnação e declínio, o volume de postos de trabalho formal voltou a crescer no Estado e no País, sobretudo a partir de 2003. A engenharia, profissão do desenvolvimento por excelência, foi especialmente favorecida por uma conjuntura mais favorável. É o que aponta estudo intitulado “Perfil ocupacional dos profissionais de engenharia no Estado de São Paulo”.

A pesquisa encomendada ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio­econômicos (Dieese) pelo SEESP foi lançada no dia 11 de dezembro – Dia do Engenheiro – durante celebração à data promovida por esse sindicato. Com recorte temporal de 2003 a 2013, demonstra, conforme salientou no ensejo o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro, “a expansão de 80% do mercado de trabalho formal do engenheiro no Estado”. O resultado é expressivo, já que São Paulo reúne, como informa a economista do Dieese, Ana Clara Bellan, um terço dos engenheiros brasileiros. “Os centros de formação e tecnológicos, bem como as empresas ainda se concentram na região Sudeste, em especial neste Estado.” Segundo ela, regionalmente, “a distribuição da engenharia manteve-se absolutamente igual ao período anterior, de 1995 a 2005. O que pode ser destacado é uma pequena migração para o interior e litoral, como Baixada Santista, com a questão do petróleo. Na Região Metropolitana de São Paulo, estavam 70% do emprego e agora, 60%”, como consequência da fixação de empresas em outras localidades.

Entre 1995 e 2005, período do estudo anterior, como informa Bellan, foram 8 mil postos de trabalho a esses profissionais no Estado; já no último período analisado, 40 mil. “O pessoal formado na metade da década de 1990 desistia da carreira e ia para o setor financeiro ou montar um negócio próprio. Os meninos formados em 2003-2004, por sua vez, pegaram esse processo crescente, então havia demanda ao final da faculdade. Conversei com alguns jovens de 30, 35 anos que disseram: ‘a gente é procurado pelo mercado e tem até uma disputa pelas melhores formações. Teve muito investimento público, mas também privado nas áreas petrolífera, química-farmacêutica, de telecomunicações, cujas empresas têm maior porte e remuneram melhor seus funcionários. Aí que se deu a expansão.”

Bellan destaca que se percebe tal ascensão nitidamente a partir de 2005-2006. “Com o crescimento da economia, investimentos em infraestrutura, pesquisa e tecnologia, a construção civil sendo alavanca importante ao desenvolvimento, a incorporação dos engenheiros foi maior até do que o emprego total gerado no País e no Estado.” Na sua concepção, “implica que eles têm um papel importante para dinamizar a economia”. Assim, observa: “Mesmo no período de uma recessãozinha em 2009, o emprego dos engenheiros se manteve, cresceu até.”


Mais mulheres no mercado

Baseando-se em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, como explica Bellan, a análise foi produzida em dois meses. Além de indicar elevação geral nos postos de trabalho para a categoria, apontou maior participação feminina na área que tradicionalmente tem predominância masculina. Em 1995, no Estado, as mulheres perfaziam 11%; no último período, saltaram para quase 20%. “O crescimento foi de 128%, superando em termos relativos o dos homens (72%).” Das 40 mil ocupações, 10 mil foram de mulheres. “Eles são ainda maioria, mas o processo de entrada da mulher nesse mercado já vinha desde 1995 e permanece.” A economista reconhece que em algumas áreas, elas ainda são poucas; representam menos de 10%, “mas na engenharia mecânica, elétrica, já estão com papel importante”. Ela pondera: “Tem se ampliado o mercado de trabalho para as mulheres em áreas que antes não ocupavam, até mesmo na construção civil, mas ainda são progressos muito sutis, não há uma revolução.”


JE468Mercado


Quanto ao rendimento, recebem na média 82% do salário pago aos homens, mas em algumas modalidades, como mecatrônica, praticamente a equivalência foi alcançada. Um resultado melhor do que a média das profissões universitárias (62%). Independentemente de gênero, a remuneração se elevou, com destaque para engenharia civil, de computação e mecatrônica.

A avaliação é, ainda de acordo com a economista, que essa década de 2000 teve uma sequência nesse sentido, mesmo numa época de baixa. “Com as obras da Copa, civis, portuárias, de transporte, telecomunicações”, constata Bellan, “houve um boom dessa área”. Já a partir de 2013, a velocidade do crescimento tem diminuído. “Não sabemos ainda se daqui em diante isso permanece ou se teremos um 2015 mais recessivo como foi em 2009, mas a ideia é que o pessoal empregado continue dando seguimento a esses projetos já iniciados”, acrescenta. E conclui: “Esperamos que este ano seja só um soluço. O movimento sindical e o Dieese estão trabalhando juntos sobre o que fazer para não se perder todo esse investimento feito, para que a demanda interna se estabilize e cresça.”

Confira o estudo do Dieese na íntegra.



Por Soraya Misleh

19/02/2015

Engenheiro XXI

O engenheiro civil que as construtoras procuram

As grandes construtoras, segundo Fernando Thompson, gerente da Divisão de Construção Civil da Michael Page – empresa de recrutamento especializado, fundada na Inglaterra, em 1976, e presente em 36 países, entre eles o Brasil –, estão procurando engenheiros civis à fase de pré-obra, aquela voltada para a formulação do projeto e definição do orçamento e do planejamento. “É uma demanda recorrente, que se mantém aquecida desde o ano passado, mas que já foi melhor, como no período de 2009 a 2011”, informa.


Perfil requisitado – Esse mercado, orienta Thompson, primeiramente busca um profissional com bagagem sólida. “Ou seja, que tenha permanecido nas empresas no mínimo durante quatro anos.” Isso porque, explica, o ciclo de uma construção dificilmente termina antes de um ano; se o engenheiro saiu antes, não passou por todas as etapas da execução da obra. “O empregador entende, nesse caso, que o profissional tem uma carreira instável, sem conhecimento consolidado na área.”

Em se tratando de coordenação e gerência, o engenheiro precisa ter capacidade de liderança, o que significa estabelecer uma relação de proximidade e transparência com seus subordinados e criar uma expectativa positiva de planejamento de carreira em termos de crescimento e valorização. Além disso, deve ser quase um amigo, tendo, inclusive, sensibilidade com relação à vida pessoal dos empregados.



Dicas para elaborar um bom currículo

O processo seletivo começa, de fato, na triagem de currículos, cujas finalidades básicas são relatar a evolução da sua carreira e gerar entrevistas. A observação é de Mariles Carvalho, psicóloga organizacional, coach e orientadora do setor de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP. “É nesse momento que o selecionador busca os melhores, analisando a formatação, conhecimentos acadêmicos, trajetória e carreira”, explica. Todavia, ela destaca que não basta ter uma experiência profissional impecável, é preciso saber apresentá-la de forma clara, objetiva e organizada. Assim, traz algumas dicas sobre como elaborar um currículo.


Formatação
O que deve chamar a atenção é o conteú­do, não a formatação. Portanto, prefira um tipo de letra mais familiar e comum (Times New Roman ou Arial), tamanho 11 ou 12, formato justificado, sem marcadores, itálico, sublinhado, com negrito apenas nos tópicos. Quanto mais clean, melhor.


Tamanho
Mantenha seu currículo com no máximo três páginas. Pense que toda informação constante deve servir a um objetivo, não fazer volume.


Contatos
Mantenha seus dados atualizados. Telefones e e-mails precisam estar no currículo. Sugiro ter um e-mail pessoal e outro profissional, para melhor organização.


Objetivo
Sempre escreva qual é o seu objetivo profissional, após os dados pessoais, descrevendo a área de interesse, pensando em um campo amplo (engenharia civil) ou específico (área de projetos).


Português
Precisa ser impecável, sem erros de concordância, pontuação ou ortografia.


Habilidades comportamentais
Não é necessário incluir suas qualidades. Características pessoais agregam muito mais valor quando são demonstradas na entrevista.

Em caso de dúvidas, entre em contato com a área de Oportunidades do sindicato, para análise de currículo e orientação sobre o tema, pessoalmente ou por e-mail. Contatos: Mariles Carvalho – (11) 3113-2666, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Caique Cardoso – (11) 3113-2669, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; e Natália Carolina – (11) 3113-2674, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..



Qualificação

SEESP oferece cursos em gestão de projetos

O Programa Engenheiro Empreendedor do SEESP está com inscrições abertas para o curso “Gestão de projetos”, destinado a estudantes de engenharia e profissionais dessa área, de arquitetura e de tecnologia recém-formados ou em fase de reciclagem de conhecimentos. Abordará, entre outros temas: análise, planejamento, tipos e modalidades de contratação de projetos; dimensionamento de equipes; gestão da qualidade; Normas ISO 9000; gerenciamento do tempo, do custo e da qualidade. Será realizado de 25 a 27 de fevereiro, das 18h30 às 22h30. Até o dia 19 próximo, o preço para sócio do sindicato é de R$ 343,00; não filiados pagam R$ 420,00; depois dessa data, os valores são, respectivamente, R$ 385,00 e R$ 470,00. Mais informações aqui ou pelo telefone (11) 3113-2641.


Empresas preparadas crescem mesmo no caos – Esse é o tema de outro curso oferecido pelo Programa Engenheiro Empreendedor, também com inscrições abertas. O programa abordará, entre outros itens: descrição das funções do líder, obtenção de resultados com redução de custos, como fazer os colaboradores atingirem metas e combinar autoridade, poder e influência para implantar mudanças. Será no dia 26 de fevereiro, das 19h às 22h, na sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP). Até o próximo dia 19, o preço para sócios é de R$ 50,00 e não sócios, R$ 60,00; após essa data, respectivamente, os valores são de R$ 60,00 e R$ 70,00. Mais informações aqui.

19/02/2015

Canteiro

Eficiência energética é tema de aula aberta no Isitec

Em 3 de fevereiro, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP, realizou em suas dependências, no bairro da Bela Vista, na Capital, aula aberta sobre eficiência energética. Na ocasião, foi apresentada a proposta de curso de pós-graduação lato sensu sobre o tema. Prevista para ter início em março, com 18 meses de duração, a especialização será oferecida pelo instituto em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Diretor de extensão do Isitec, Antonio Octaviano destacou: “Voltado às demandas do mercado, esse é um curso extremamente necessário, em qualquer época e mais ainda na atual, em que se verifica escassez de energia e preços disparando.” Tal cenário foi apresentado por Rodrigo Aguiar, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). “Finalmente a eficiência energética começa a ser falada não só pela iniciativa privada, mas pelo poder público.” Esse quadro, como frisou ele, indica mercado crescente e uma grande demanda por profissionais.

Daniely Andrade, diretora de meio ambiente, energias renováveis e eficiência energética da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, explicou como funcionará o curso. “Terá a mesma base de conteúdo da especialização ministrada na Alemanha e em toda a União Europeia, com algumas adequações conforme a realidade local. As aulas serão presenciais, quinzenalmente, às sextas-feiras, das 19 às 23h, e aos sábados, das 8h às 17h.” Ela enfatizou que o profissional, ao concluir o curso, obterá dupla certificação: lato sensu via Isitec e como energy manager, pela Alemanha, o que lhe permitirá atuar em toda a União Europeia. Também proferiram a aula aberta os ex-alunos da European Energy Manager (Eurem) Márcio Takata, docente e diretor da Enova Solar Tecnologia, e Rodrigo Andrade, representante de marketing technical services da Eastman Chemical Company. Mais informações pelos telefones (11) 3254-6850/60.



Instituto assina convênio com Parque Tecnológico de Santos

Em 27 de janeiro último, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, o diretor de extensão do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), Antonio Octaviano, e o diretor administrativo e financeiro da Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS), Valdomiro Roman da Silva, celebraram convênio para uso das instalações de pesquisa e desenvolvimento e cooperação técnica. Pinheiro definiu a assinatura como um “momento histórico” e de extrema importância para a engenharia brasileira. A assinatura ocorreu na sede do instituto, na Capital paulista.

Silva destacou que o foco do Isitec na área de inovação é um dos princípios dos parques tecnológicos, “por isso, saudamos com entusiasmo o engajamento do instituto ao nosso parque”. Ainda em fase inicial de estruturação, sob o conceito de “parque urbano”, esse abrange pelo menos dez bairros santistas. A ideia, segundo ele, é transformá-lo em metropolitano, o que significa incluir mais oito cidades da região. O parque tecnológico, ressalta, terá o propósito de transformar a realidade local, em que muitos jovens ainda se dirigem a São Paulo em busca de trabalho, criando, no futuro, empregos com valor agregado na região. “Isso é gerado com inovação e tecnologia.”



Ministro recebe engenheiros em Brasília

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (C, T & I), Aldo Rebelo, recebeu em 5 de fevereiro os dirigentes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em Brasília. A audiência contou com uma comitiva de mais de 40 pessoas, entre presidentes dos sindicatos filiados a essa entidade, entre os quais o SEESP, e de Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas). “O objetivo é mostrar nosso apoio e disposição para parcerias com este Ministério extremamente importante ao crescimento do Brasil”, declarou o presidente da FNE, Murilo Pinheiro. Participou do encontro também o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Armando Zeferino Milioni.

 “Somos a sétima economia do mundo, mas no desempenho em inovação estamos atrás do 60º colocado”, apontou Rebelo no ensejo. Para o ministro, superar esse entrave é essencial ao incremento da indústria, hoje deficitária. Os dirigentes sindicais reforçaram a importância do tema para o desenvolvimento e colocaram em pauta também as dificuldades atuais nas áreas de recursos hídricos e energia.

Rebelo encerrou informando estar em estudo um programa de cooperação entre o Ministério e a FNE.



Aldo Rebelo proferirá aula inaugural no Isitec

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) abre suas portas no dia 23 de fevereiro à primeira turma de graduação em Engenharia de Inovação. A aula inaugural será proferida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.

Dos cerca de 300 que se inscreveram na primeira etapa do processo seletivo, 26 foram selecionados. Todos terão 100% de bolsa  para o curso que será em período integral, inicialmente de segunda a sexta-feira, mais ajuda de custo de R$ 500,00 (mensal). Às vagas remanescentes, prova presencial estava marcada para dia 19. Mais informações pelo telefone (11) 3254-6868.



Palestra em Taubaté

Em 26 de fevereiro, a partir das 19h, ocorrerá na sede da Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté (Rua Venezuela, 271, bairro Jardim das Nações) palestra sobre “Sistema em argamassa industrializada”. O tema será ministrado pelo gerente de desenvolvimento técnico de mercado da Votorantim Cimentos, Marcus Coimbra Israel. Mais informações e inscrições pelo telefone (12) 3633-5411 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

O ano-novo, que todos desejamos que seja realmente feliz, traz inúmeros e complexos desafios ao País. Em primeiro lugar, há a preocupação em relação ao controle fiscal e inflacionário, colocado desde a eleição presidencial entre as prioridades da nova equipe econômica do Governo Dilma. Juntamente com isso, está a necessidade imperiosa de garantir as condições para que haja expansão do Produto Interno Bruto (PIB) superior aos ínfimos 0,19% apontados pelas previsões do mercado para 2014. Tais tarefas nada têm de simples e cumpri-las exigirá não só competência técnica, mas,  sobretudo, coragem e vontade política, além de capacidade extrema de negociação.

Contudo, desatar tal nó político e econômico será fundamental para que não se percam as conquistas fundamentais da última década, que são, basicamente, geração de emprego, aumento real dos salários e distribuição de renda, com a consequente melhoria das condições de vida da população.

Ainda falta muito para termos o Brasil que almejamos. A questão das cidades e da reforma urbana continua uma pauta não cumprida, com defi­ciências graves nas mais diversas áreas, como saneamento, transporte público e mobilidade, habitação e segurança. Faltam ainda saúde e educação de qualidade para todos, serviços públicos esses cuja insuficiência é fator de forte injustiça social e causadora de grande sofrimento à população.

Há também gargalos importantes na infraestrutura essencial à produção, notadamente na área de transportes de carga, ainda excessivamente concentrados em rodovias e, portanto, caros, perigosos e poluentes. Há ainda problemas no setor energético, sendo necessários ajustes no modelo atual. E, por fim, temos agora o grave problema do abastecimento de água, já que a escassez é uma realidade, e não mais uma ameaça distante.

Todo esse panorama de dificuldades, no entanto, deve ser visto como uma oportunidade para avançarmos. Inadmissível é recuar naquilo que foi alcançado. É preciso manter o patamar atual e buscar mais. Se o novo governo tem hercúleas tarefas pela frente, a sociedade não está livre de enfrentá-las conjuntamente. É preciso não só torcer, mas também atuar de forma efetiva e consequente, para construirmos o futuro que desejamos.

Portanto, nossa agenda para 2015 é manter a luta e a nossa contribuição por um Brasil melhor. A um pessimismo paralisante, é preciso opor a confiança no futuro e a vontade de construir uma nação justa, soberana e desenvolvida, que ofereça condições de vida digna a toda a população. Esse é o nosso compromisso.

 

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Maria Célia Ribeiro Sapucahy


Na Idade Média, quando surgiram os burgos, só se necessitava de espaço entre as moradias para a circulação de pessoas, animais e algumas carroças. Ruas eram definidas pelas edificações, estradas eram definidas por cercas. Algumas cidades ainda preservam espaços urbanos como naqueles tempos, e nos mostram que calçadas são historicamente uma novidade. E como nasceram estão. Estreitas, malcuidadas, esburacadas.

Seguindo a tradição portuguesa, as casas eram construídas no alinhamento dos terrenos, e para transpor a altura dos porões, os degraus de entrada ficavam muitas vezes na rua. O calçamento das vias, sempre bem posterior, estabelecia novos desníveis que foram sendo acomodados como possível, quase sempre ocupando espaços públicos para tanto. As construções com recuo teriam estabelecido um novo padrão visual para as cidades, proporcionando casas com jardins, ambientes mais saudáveis e ruas menos oprimidas, mas a situação durou pouco.

Nessa época surgiu o automóvel. As calçadas planas foram sendo rebaixadas nas entradas de carro. Com a popularização desses, as casas foram recebendo um “puxadinho na frente” para coberturas para seus veículos, que passaram a ser mais importantes que a própria residência. A sociedade passou a preservar o carro em detrimento da insolação e da ventilação das casas. E para alcançar o piso, as calçadas se tornaram rampas. E assim foram surgindo as mais diversas monstruosidades no passeio público deste país.

O cidadão compra um lote e margeando a frente, há uma área que é do município, mas ele trata como se fosse sua, particular, e cada um faz ali o que bem quer, não se importando com quem por lá caminha. Com raríssimas exceções, os municípios não estabelecem normas para as calçadas. Mais raro ainda são os que fiscalizam e punem.

Assim, as calçadas de nosso país se transformaram num caos. Só em São Paulo, uma em cada cinco pessoas atendidas por queda no Hospital das Clínicas caiu em calçadas. Ao contrário do que se pensa, não são os idosos que mais caem.  A maioria tem entre 36 e 50 anos. Setenta e sete por cento são mulheres, mas apenas 8,5% do total das vítimas usavam salto. Estima-se que uma vítima de queda que fique internada custe aos cofres públicos R$ 40 mil.

Como reverter essa situação? O poder público municipal deve assumir a construção e a manutenção desse espaço que de fato é público, tem que atender ao interesse da população, e não do proprietário do lote. Algumas cidades brasileiras já estão adotando esse procedimento, que precisa se tornar obrigatório em todo o País.


Maria Célia Ribeiro Sapucahy
é diretora do SEESP e coordena o Conselho Editorial do sindicato

Aproximadamente mil pessoas prestigiaram o evento em comemoração ao Dia do Engenheiro, em 11 de dezembro, no Teatro Maksoud Plaza, em São Paulo. Além da entrega do já tradicional prêmio Personalidade da Tecnologia aos destaques do ano em suas áreas de atuação – em sua 28ª edição –, em 2014, a categoria teve um motivo a mais para festejar: na data, encerraram-se as celebrações dos 80 anos do SEESP, completados em 21 de setembro último.

O ano marcou ainda os 50 anos da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), ao qual o sindicato paulista é filiado, o que também foi lembrado durante a solenidade na Capital. Entre os presentes, associados à entidade, seus dirigentes e ex-presidentes, bem como os do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), dos Senges de todo o País, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) e de federações filiadas a essa última, entre elas a FNE. Além de diversas autoridades, entre as quais o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes; os deputados estadual Itamar Borges (PMDB/SP) e federal Arnaldo Jardim (PPS/SP) e o prefeito do município de Pompéia, Oscar Norio Yasuda. Na oportunidade, foi também lançado o estudo “Perfil ocupacional dos profissionais de engenharia no Estado de São Paulo (INSERIR LINK)”, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por solicitação do SEESP. Tal análise demonstra, como destacou o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, “a expansão de 80% do mercado de trabalho formal do engenheiro entre 2003 e 2013”. Aponta ainda incremento na participação feminina e diminuição da desigualdade salarial entre os gêneros. Ao encerramento da solenidade, os presentes foram brindados com o show Gigante Gentil, do cantor Erasmo Carlos.


Destaques do ano

O coordenador do Conselho Tecnológico do sindicato, José Roberto Cardoso, frisou no ensejo: “Neste ano em particular, em que completamos 80 anos do SEESP e a engenharia foi considerada a profissão do milênio, para nós se reveste de suma importância a indicação das pessoas agraciadas como Personalidades da Tecnologia.” Ele explicou que a escolha dos nomes é feita anualmente com base numa consulta ampla de membros do Conselho Tecnológico (CT), constituído de aproximadamente 200 pessoas. As áreas definidas são as consideradas estratégicas para o País no momento, com a premiação daqueles que se destacaram em cada uma. Assim, foram agraciados em 2014: Alberto Issamu Honda (na categoria Educação), Roberto Pereira D´Araújo (Energia), Demi Getschko (Internet), Luciano Galvão Coutinho (Reindustrialização), Fernando Santos-Reis (Reúso da água, representado no evento por Newton Lima Azevedo) e Aldo Rebelo (Valorização profissional) (confira a trajetória profissional de cada um deles na página ao lado).

Ao receber o prêmio, Honda destacou o trabalho feito pelo criador da Jacto, Shunji Nishimura, e posteriormente da fundação educacional que recebe seu nome. “Uma das principais características é a busca incessante por inovação e parcerias. Em 2015, teremos a 11ª turma no curso superior na área de agricultura na Fatec (Faculdade de Tecnologia) Shunji Nishimura, em Pompéia. Vamos manter vivos os ideais de seus fundadores, com o compromisso de contribuir com a grandeza deste país.”

Já D´Araújo se disse surpreso e honrado com a escolha de seu nome. Crítico do modelo do setor elétrico, ele aproveitou para informar sobre suas consequências, entre as quais a elevação extraordinária dos preços de energia.

Luciano Coutinho agradeceu a homenagem “em função da defesa da industrialização brasileira” e apresentou desafios para tanto, como a concorrência internacional acirrada. Fazer frente a isso, afirmou, requer “discernimento político e esforço do empresariado para avançar na competitividade, bem como tecnologia, qualificação profissional para um salto na produtividade e evolução no sistema tributário”.

Demi Getschko observou que “a internet certamente é obra da engenharia e vive momento interessante”. Para ele, que é considerado o responsável por introduzi-la em âmbito nacional, o Brasil pode se orgulhar de sua posição na área, tendo aprovado recentemente o marco civil e sendo, assim, “talvez o único país que garanta em legislação proteção à rede”. Getschko concluiu: “É preciso continuar batalhando, uma lei de proteção à privacidade viria muito a calhar, torço para que isso passe.”

Representando Fernando Santos-Reis, o vice-presidente da Odebrecht Ambiental, Newton Lima Azevedo enfatizou no ensejo a importância de haver gestão integrada dos recursos hídricos e do reúso como “insumo superimportante”, sobretudo diante da atual escassez de água. Nesse sentido, citou o projeto Aquapolo, que rendeu ao agraciado o prêmio, como “o início dessa nova gestão no Brasil”. Santos-Reis enviou um vídeo em que agradeceu a homenagem.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, remontou à origem da profissão para salientar sua importância. E foi categórico: “Se o Brasil quiser continuar sonhando, ser um país justo e equilibrado, vai precisar cada vez mais de sua engenharia, que viveu momentos difíceis e voltou a ser valorizada. Muito obrigado pelo que tem feito a engenharia brasileira ao desenvolvimento do País. Vamos submetê-la a mais esse teste, com as Olimpíadas em 2016, e não tenho dúvidas que será aprovada com louvor.”



Personalidades da Tecnologia 2014


Educação

Alberto Issamu Honda

Engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) em 1973, com pós-graduação em Gestão Estratégica pela Fundação de Ensino Eurípedes Soares da Rocha em 2001. Iniciou sua vida profissional na área de pesquisas agronômicas, no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas Jacto, assumindo, na sequência, a Gerência do Departamento de Marketing da mesma empresa. Em 2007, foi convidado a trabalhar na Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia (FSNT), braço social da Jacto. Contribuiu na implantação da Escola Senai Shunji Nishimura e da Faculdade de Tecnologia de Pompéia – Fatec Shunji Nishimura, com o inédito curso “Mecanização em agricultura de precisão”, ambas em parceria com a Prefeitura Municipal de Pompéia e a FSNT. Ocupa hoje o cargo de superintendente da fundação.


Energia

Roberto Pereira D’ Araújo

Engenheiro eletricista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e M.Sc. em Engenharia de Sistemas e Controles pela mesma instituição. Pós-graduado em Power Systems Operation & Planning pela Waterloo University – Canadá. Ocupou diversos cargos na área, aposentando-se em 1997. Foi diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina) e professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e da Escola de Políticas Públicas e Governo do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) da Universidade Candido Mendes.  Autor e coautor dos livros “Setor elétrico brasileiro – Uma aventura mercantil”, “O Brasil à luz do apagão”, “A reconstrução do setor elétrico brasileiro”, “Colunistas Canal Energia”. Consultor em energia elétrica.


Internet

Demi Getschko

Engenheiro eletricista formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) em 1975, com mestrado e doutorado em Engenharia pela mesma instituição, na qual foi ainda docente. Trabalhou no Centro de Computação Eletrônica da USP (1971-1985) e no Centro de Processamento de Dados da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) de 1986 a 1996, período em que foi coordenador de operações da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e participou do esforço da implantação de redes no País. Foi diretor de Tecnologia da Agência Estado de 1996 a 2005. Foi vice-presidente de Tecnologia do IG entre 2000 e 2001. É professor associado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em abril de 2014 foi eleito o primeiro brasileiro a figurar no Hall da Fama da Internet para a categoria “Conectores globais”, por seu papel chave no estabelecimento da primeira conexão de internet no Brasil, em 1991.


Reindustrialização

Luciano Galvão Coutinho

Economista formado pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor nessa área pela Universidade de Cornell (EUA). Professor convidado licenciado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi docente visitante nas Universidades de Paris XIII, do Texas, do Instituto Ortega y Gasset e da USP. Escreveu e foi organizador de vários livros, além de ter extensa produção de artigos, publicados no Brasil e no exterior. Entre 1985 e 1988, foi secretário executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia. Em 1994, coordenou o Estudo de Competitividade da Indústria Brasileira.  Até assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atuou como consultor-especialista em defesa da concorrência, comércio internacional, projeções macroeconômicas e de mercado. Em 2013, recebeu o prêmio Person of the Year 2013, concedido pela Brazilian American Chamber of Commerce.


Reúso da água

Fernando Santos-Reis

Engenheiro civil e com MBA, é CEO da Odebrecht Ambiental desde janeiro de 2008. Iniciou sua carreira em 1984, tendo atuado em obras por todo o Brasil. Em 1989, assumiu a Gerência de Projetos de diversas obras no exterior, nas quais adquiriu larga experiência no desenvolvimento, estruturação, financiamento e implementação de projetos de infraestrutura de grande porte. No início dos anos 2000, tornou-se CEO de algumas operações da Odebrecht em outros países, tais como Equador e Panamá. Retornou ao Brasil em 2006 para liderar a Odebrecht Investimentos em Infraestrutura (OII), empresa responsável pelos investimentos do grupo nessa área. No final de 2007, a OII foi dividida em três companhias: Odebrecht Realizações Imobiliárias, Odebrecht Oil & Gas e Odebrecht Ambiental.


Valorização profissional

Aldo Rebelo

Ministro do Esporte do Governo Dilma desde outubro de 2011, começou sua vida pública em 1980, quando foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1984, fundou a União da Juventude Socialista (UJS) e se tornou primeiro coordenador nacional da instituição. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) desde 1977, iniciou sua carreira política como vereador de São Paulo em 1989. Foi eleito seis vezes deputado federal por esse Estado, licenciando-se em 2004 de seu mandato para exercer o cargo de ministro de Estado da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais do Governo Lula. Foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em 2005 e permaneceu no cargo até fevereiro de 2009. É autor de vários livros, entre eles “Raposa – Serra do Sol – O índio e a questão nacional”. Principal responsável pela coordenação de todas as áreas da Copa do Mundo 2014.



Por Soraya Misleh


Com a presença de cerca de 300 pessoas, aconteceu em 12 de dezembro, no auditório do SEESP, na Capital, a 7ª Jornada Brasil Inteligente. Realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), incluiu lançamento da revista “A CNTU e a luta das mulheres”, posse de novos membros do Conselho Consultivo da entidade e plenária desse fórum, apresentação do Coro Martin Luther King e entrega do prêmio Personalidade Profissional aos destaques do ano nas diversas categorias que compõem a confederação – engenheiros, economistas, farmacêuticos, odontologistas, nutricionistas e médicos – e em Excelência na gestão pública.

À abertura, o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fez uma breve retrospectiva das ações da entidade em 2014, destacando o debate sobre valorização do Ministério do Trabalho e Emprego. Além disso, anunciou a criação de 15 novos departamentos da entidade: alimentação saudável; bioética e direitos humanos; Brasil 2022; cidades e mobilidade; ciência, tecnologia e inovação (C,T & I); conjuntura econômica; cooperativismo; educação continuada; formação sindical; jovem profissional; meio ambiente e Amazônia; mulheres; qualidade na saúde pública; relações internacionais; e valorização profissional.

Na sequência, a vice-presidente da confederação, Gilda Almeida, fez o lançamento da revista “A CNTU e a luta das mulheres”, que apresenta diretrizes para uma política de gênero no sindicalismo de profissionais universitários. Ela lembrou que o trabalho, que culminou com a revista, começou na comemoração do 8 de março de 2013 – Dia Internacional da Mulher –, quando foi constituído o Coletivo de Mulheres da confederação, do qual é coordenadora. “Consolidamos o compromisso da nossa entidade com a luta pela igualdade de gênero”, observou. Também foi lançado no ensejo o vídeo “Alimentação saudável – contra o uso abusivo de agrotóxicos” (inserir link), por Ernane Silveira Rosas, presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas dos Estados de Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e São Paulo (Febran).  O documentário, explicou ele, tem o propósito de contribuir à reflexão sobre o tema.

O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP) parabenizou, na ocasião, a trajetória da CNTU e conclamou os profissionais liberais que constituem a entidade a ajudarem a pensar os grandes desafios do País em 2015. Assim, apresentou uma sugestão de que a confederação se engaje numa campanha contra o desperdício no consumo de água, energia e alimentos.


Rumo às mil cabeças

À posse e plenária do Conselho Consultivo, Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU, enfatizou o objetivo da confederação em formar uma rede de lideranças altamente qualificadas para atuarem de forma voluntária no debate e na formulação de proposições que atendam aos interesses dos profissionais universitários regulamentados e à sociedade brasileira, conhecido pelo “Conselho das 1.000 cabeças”. “Hoje completamos quase 800 conselheiros, entre lideranças sindicais, associativas, empresariais, parlamentares, pesquisadores. Em 2015, vamos trabalhar para chegar às mil cabeças”, disse.

Habert convidou alguns desses conselheiros a realizarem o que chamou de “uma jornada laboratorial” para “projetar um Brasil 2022 aqui nesta sala”. Para a confederação, 2022 – ano do Bicentenário da Independência – marcará nova etapa na construção da sociedade brasileira. Entre os temas abordados, desenvolvimento sustentável, gestão ambiental e Amazônia, bioética e direitos humanos, segurança alimentar, industrialização, mobilidade urbana, uso racional dos medicamentos, universalização da banda larga, educação continuada, valorização permanente do salário mínimo, fortalecimento da rede pública de saúde, participação social, entre outros.


Premiação

Encerrando a jornada, foi entregue o prêmio Personalidade Profissional a Gilson de Lima Garófalo  (na área de Economia),  Marcus Alexandre Aguiar (Engenharia, na ocasião representado por sua esposa, a engenheira civil Gicélia Viana da Silva Melo Aguiar), Waltovanio Cordeiro de Vasconcelos (Farmácia),  Eleuses Paiva (Medicina), Albaneide Peixinho (Nutrição), José Tadeu de Siqueira (Odontologia) e  João Guilherme Vargas Netto (Excelência na gestão pública).  

Na área de Engenharia, Gicélia Aguiar destacou: “Em menos de 15 anos, Marcus Alexandre Aguiar deixou de ser um adolescente carente da periferia de Ribeirão Preto e se tornou prefeito de Rio Branco. Isso nos mostra o quão importante é a formação universitária.” No ensejo, ela leu mensagem do agraciado, que salientou a parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Acre (Senge-AC) e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) – que o indicaram como Personalidade Profissional 2014 na área – na busca do desenvolvimento sustentável do Acre e do Brasil.

O analista político e sindical Vargas Netto emocionou a todos ao contar sua rica história de vida na luta por um País justo e democrático. Mineiro nascido no município de Tombos, ao vivenciar, com apenas 18 anos, um acidente de trem por falta de conservação, percebeu, segundo suas palavras, “que havia injustiça”. A partir daí, iniciou sua militância por transformações sociais. Perseguido pela ditadura civil-militar, foi expulso da faculdade e exilado. Anistiado em 1979, voltou ao Brasil e decidiu ajudar o movimento sindical brasileiro dos trabalhadores.

Confira cobertura completa em www.cntu.org.br.


Por Soraya Misleh. Colaboraram Rosângela Ribeiro Gil e Deborah Moreira

17/12/2014

Engenheiro XXI

Profissionais e empresas também se encontram nas redes sociais

Hoje a principal plataforma de networking são as mídias sociais. A avaliação é da psicóloga Erika Oliveira Morais, que atua em recursos humanos (RH), recrutamento e seleção há 12 anos. “As empresas apostam nisso, e os recrutadores ou headhunters acessam as redes profissionais e sociais para identificar de forma mais ágil os cargos e as empresas nas quais os candidatos trabalharam ou atuam no momento”, revela. Assim, orienta, ter o perfil atualizado no Linkedin, por exemplo, é uma forma simples de ser encontrado. Outra ferramenta que se destaca é o Facebook. Para ela, as redes sociais quebraram paradigmas no processo de contratação, mesmo que ainda sejam utilizados os sites de empregos.

Como aparecer – Morais ensina que no Linkedin, por exemplo, há um espaço para o profissional fazer um minicurrículo e postar informações laborais, como trajetória profissional, tempo de experiência, habilidades técnicas e comportamentais, formação acadêmica, entre outras. “Deixar essas informações sempre atualizadas é a principal chave para as empresas.” Outras dicas são inserir o máximo de informações relevantes, fazer contatos, participar de grupos de discussão e adicionar empresas de interesse. “Assim você se torna ‘visível’ ao mercado.” As mesmas orientações servem para o Facebook e o Twitter.

Já a coordenadora do Departamento de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP, Mariles Carvalho, atenta para alguns cuidados que devem ser levados em conta na hora de utilizar essas ferramentas digitais, como escrever corretamente e não divulgar informações pessoais ou compartilhar posts de forma indiscriminada.


Qualificação

Isitec e Câmara Brasil Alemanha lançam pós em eficiência energética

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e a Câmara Brasil Alemanha lançam curso de pós-graduação para profissionais que atuam nos campos da eficiência energética e da conservação de energia. É o European Energy Manager em Gestão de Energia, com certificado reconhecido pela União Europeia. Mais informações pelo telefone (11) 3254-6874, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou no link http://goo.gl/i10YqV.

O curso começará no dia 6 de março de 2015 e terá o valor de 18 parcelas de R$ 1.250,00, com descontos de 10%, estendidos a entidades parceiras e aos profissionais das empresas filiadas à Câmara Brasil Alemanha, bem como aos associados ao SEESP.


Sobre o curso – O Eurem (em inglês, European Energy Manager) é um treinamento de educação continuada, que propõe melhorar e padronizar as habilidades dos estudantes na área de eficiência energética.


Entre o diploma e a realidade do mercado de trabalho

Américo Abinel Correia Filho, terceiro ano de engenharia mecatrônica na Universidade Paulista (Unip), já está preocupado com o mercado de trabalho que o espera. Por isso, procurou o Departamento de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP neste ano. “Estava difícil conseguir estágio em minha área”, reclama, dizendo que se sentia perdido. Felipe Antonio Xavier Andrade, engenheiro de segurança do trabalho, também se sentia sem direção na busca de emprego. A falta de “norte” é a sensação que experimentam profissionais e estudantes que buscam entrar ou se recolocar no mercado de trabalho, segundo Mariles Carvalho, coordenadora do departamento do sindicato.

“Os engenheiros que nos procuram reclamam que os processos seletivos estão cada vez mais demorados e complexos”, relata. Em alguns casos, prossegue, eles não sabem como expor suas experiências ao setor de recursos humanos da empresa, ou qual fatia do mercado tem maior demanda de oportunidades. “Todas essas incertezas desmotivam o profissional”, lamenta. “É nesse momento que se deve ter planejamento financeiro, novas estratégias, motivação e foco em seus objetivos”, ensina.

No atendimento do SEESP, informa Carvalho, o engenheiro ou estudante tem orientação personalizada, com apoio para entender melhor as questões relacionadas à carreira, com análise também do currículo e simulação de entrevista. Contate o setor pelo telefone (11) 3105-4302 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..



De olho no mercado

Engenharia naval em alta

O mercado de trabalho da área está aquecido em razão de investimentos no setor de petróleo e gás, com destaque à construção de plataformas de exploração em águas profundas e de navios de transporte e suporte logístico para essas atividades. Os concursos públicos que mais oferecem vagas ao engenheiro naval são da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) – vinculada ao Ministério da Defesa – e da Marinha. Alguns sites podem ajudar na pesquisa dessas vagas, como: Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara), Marinha do Brasil, Petrobras e Transpetro.

Receba o SEESP Notícias *

agenda

ART site SEESP 2025