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Engenharia de manutenção já

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Murilo Pinheiro – Presidente

 

MuriloArtigoA pandemia de Covid-19, seus efeitos e os esforços para combater o quadro gerado pela crise sanitária deixaram claro como é fundamental o papel do Estado na garantia do bem-estar da população. Um dos grandes saldos positivos dessa situação tão difícil que estamos enfrentando é a valorização do Sistema Único de Saúde (SUS), dos institutos de pesquisa e centros tecnológicos pela sociedade. Obviamente, é imprescindível que essa percepção se transforme em políticas efetivas e se garantam os investimentos necessários.


Essa recuperação da importância da atuação do poder público fortalece uma bandeira do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que vem sendo defendida desde 2019: a instituição da engenharia de manutenção como estrutura permanente das administrações.

 

Provocado por tragédias como as ocorridas em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, onde o rompimento de barragens matou centenas de pessoas, e por acidentes com pontes e viadutos nas cidades brasileiras, o debate sobre a questão foi feito em profundidade pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Após as discussões, a proposta objetiva é que sejam criadas Secretarias de Engenharia de Manutenção em todas as instâncias de governo, inclusive na federal. Esses órgãos atuariam na manutenção preditiva, preventiva e corretiva de estruturas, edificações, vias, frotas, redes, instalações e demais bens físicos estatais.


EngenhariaManutencao PonteComo vimos apontando desde então, as grandes razões que embasam a proposição são três: 1) há comprovação de que os custos de programas de manutenção bem concebidos e corretamente executados são sensivelmente inferiores aos ganhos que se obtêm com a extensão da vida útil dos bens; 2) um programa de manutenção devidamente planejado e aplicado reduz drasticamente os riscos de acidentes, colapsos, mau funcionamento e outros eventos que geram interrupção no uso dos bens, muitas vezes acompanhados de mortes, ferimentos e grandes transtornos para as coletividades; e 3) a consolidação de conhecimentos, de planejamento, de formulações, de desenvolvimento de políticas e normas, de monitoramento e de análise de resultados da manutenção de bens estatais em um organismo único permite maior qualidade, agilidade, eficácia e disciplina na execução das atividades de cada um dos setores da administração responsáveis pela realização cotidiana do planejado.


Diante dessa constatação, avaliamos ser absolutamente necessário que as prefeituras, os estados e a União considerem a imperativa necessidade de garantir a segurança das pessoas e aplicar bem as verbas públicas, evitando tragédias e gastos desnecessários. Assim, o assunto segue como tema permanente na nossa agenda e tem sido objeto de nossas proposições ao governo, como ocorreu em reunião com representante do Ministério do Desenvolvimento Regional em 11 de maio último.  


É nossa convicção que, quando finalmente tivermos superado a disseminação dessa doença que já matou mais de 460 mil brasileiros, é preciso que tenhamos verdadeiramente aprendido a valorizar a vida. Aproveitemos, portanto, a contribuição que a engenharia pode dar pela sua preservação.  

 

Imagem de destaque – Arte: Eliel Almeida/Foto: Rovena Rosa-Agência Brasil

 

 

 

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