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17/04/2024

Atende+ garante direito à mobilidade a passageiros especiais

Rita Casaro – Comunicação SEESP

 

 

Estendido a autistas em 2018, serviço foi criado em 1996 pela Prefeitura Municipal de São Paulo para propiciar transporte de pessoas com surdo-cegueira ou deficiência física severa.

 

Atende FotoPFSPUma das 550 vans da frota do Atende+, serviço de transporte porta a porta que foi disponibilizado também a autistas em 2018. Foto: PMSPSe o direito ao transporte e à mobilidade, embora consagrado como essencial na Constituição, ainda não é pleno para o conjunto da população paulistana, o desafio de ir e vir é ainda maior para pessoas com deficiência física severa, surdo-cegueira e autismo. Por isso mesmo, esse é o público atendido pelo Atende+, modalidade de transporte porta a porta e gratuito. 

 

Oferecido pela Prefeitura Municipal de São Paulo, é gerenciado pela São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) e operado pelas empresas do setor e cooperativas de táxis acessíveis. O atendimento é prestado a clientes cadastrados, com programação pré-agendada de viagens, disponível das 7h às 20h, todos os dias, exceto feriados. Propicia ainda os deslocamentos denominados "eventos aos fins de semana" diretamente a instituições que trabalham com pessoas com deficiência, mediante cadastro prévio e reserva com no mínimo dez dias de antecedência. 

 

Atualmente, a frota soma 550 vans e 101 táxis acessíveis que, em março último, fizeram 213.174 atendimentos, contemplando 118.726 pessoas com deficiência e 94.448 acompanhantes, segundo dados da assessoria de comunicação da SPTrans. Embora sem dimensionar a "demanda reprimida" existente, a empresa informa que “a expansão do serviço já está sendo implantada, e novos veículos estão sendo incluídos” para contemplar o aumento da procura. Em 2023, ainda segundo a companhia, o valor total de remuneração do Atende+ foi de R$ 146,2 milhões, resultando na média mensal de R$ 12,2 milhões.

 

Planejamento e engenharia

O Atende+, hoje regido pela Lei 16.337, de 30 de dezembro de 2015, foi criado pelo Decreto 36.071, de 9 de maio de 1996, que deu sequência à lei autorizativa determinando a alocação de um ônibus adaptado para transporte de pessoas com deficiência em cada linha operada pelas empresas de transporte da Cidade de São Paulo. 

 

Para colocar a regra em funcionamento, à época, foram convocadas, na antiga Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), pelo então presidente Francisco Christovam, as Gerências Técnicas de Planejamento de Transporte, sob responsabilidade do arquiteto Alberto Lauleta, e a de Engenharia e Tecnologia, comandada pelo engenheiro Edilson Reis, hoje diretor do SEESP. Ambos receberam a tarefa de discutir, detalhar e estabelecer a estratégia para o cumprimento da legislação. 

 

EdilsonReis FotoBeatrizArrudaO diretor do SEESP Edilson Reis, que estava à frente da Gerência de Engenharia e Tecnologia da antiga CMTC, quando foi criado o serviço especial de mobilidade. Foto: Beatriz Arruda“O grupo técnico, pautado em pesquisas de origem-destino e demandas dos passageiros especiais, requisitos técnicos orientativos para dimensionamento da frota operacional, chegou à conclusão da não necessidade de um veículo com as caraterísticas de um ônibus de aproximadamente 12 metros de comprimento adaptado para esse atendimento em grande parte das linhas”, relata Reis.  Conforme ele, constatou-se ainda que em alguns percursos deveria haver maior disponibilidade de veículos adaptados em determinadas faixas horárias ao longo do dia. “A área de engenharia, com base nas características técnicas veiculares que conferissem maior agilidade operacional, elaborou as especificações técnicas considerando também aspectos dimensionais, relação potência/peso, manobrabilidade, consumo de combustível etc.”, relembra Reis.

 

Na ocasião, completa ele, o veículo que atendeu integralmente as especificações foi o modelo Van Sprinter, da Mercedes Benz do Brasil. “Após a aquisição pela operadora, procedeu-se a adaptação conforme a orientação da Engenharia da CMTC”, recorda ele.  “Hoje temos no sistema vans fabricadas por outras montadoras”, completa. 

 

Ponto de atenção nesse processo foi garantir a segurança e o bem-estar dos passageiros aos quais o serviço se destinava. Assim, lembra Reis, a Engenharia elaborou especificação técnica veicular, contemplando pré-requisitos, como bancos estofados e confortáveis em substituição aos de fibra, cintos de segurança, travas para cadeiras de rodas, elevadores para auxiliar o embarque e o desembarque, além de teto alto para facilitar a movimentação interna, o acesso e a descida do veículo. 

 

Orgulhoso do trabalho pioneiro, Reis celebra o fato de o Atende+, uma evolução natural do projeto desenvolvido há quase 30 anos, ter se tornado “referência nacional no respeito e atendimento de pessoas especiais”. 

 

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