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08/05/2020

Capital de São Paulo precisa ampliar isolamento para 60%, diz Covas

 

Comunicação SEESP

 

"São Paulo não aceita a falsa contradição entre vida e economia", enfatizou o prefeito Bruno Covas ao anunciar a prorrogação da quarentena na Capital até pelo menos o próximo dia 31 de maio - seguindo a determinação das autoridades estaduais. Segundo ele, na cidade - epicentro da pandemia no País - são 5 mil novos casos confirmados de Covid-19 a cada dia. O município soma mais de 100 mil notificações de infectados ou suspeitos até o momento e desses, 4.496 óbitos - 25% dos mortos com menos de 60 anos de idade. E o número cresce em especial nas periferias. A declaração e informações foram dadas durante coletiva de imprensa realizada pelo governador do Estado, João Doria, nesta sexta-feira (8/5), no Palácio dos Bandeirantes.

 

Bruno Covas: cidade tem mais de 100 mil casos confirmados ou

suspeitos de Covid-19. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

 

De acordo com Covas, as medidas já tomadas asseguraram que 6 milhões de paulistanos ficassem em casa. "Trinta mil pessoas deixaram de morrer na cidade de São Paulo por conta do isolamento social", afirmou, destacando a importância da quarentena. Não obstante, alertou para a queda preocupante no índice para o mais baixo desde o início da pandemia - apenas 47%. "Na semana passada houve o maior congestionamento na cidade desde então, de 52km", ilustrou, justificando o porquê do decreto que amplia o rodízio, anunciado em coletiva da Prefeitura nesta quinta-feira (7/5), em "50% todos os dias", a partir da próxima segunda-feira (11/5). Medida que vale para todo o município, 24 horas por dia, inclusive aos sábados e domingos - a qual, como explicitou, vem sendo fortemente criticada e até tem lhe rendido ameaças.

 

O município, como informou Covas, ampliou a frota de transporte coletivo urbano - cujo uso de máscaras é obrigatório desde 10 de maio - em mil ônibus e colocará outros 600 "nos bolsões de reserva", embora diga que espera não ser preciso utilizar. "Evitem circular, cada deslocamento leva o vírus de um lugar a outro. Temos que ficar em casa e sair somente quando for extremamente necessário. Podemos reverter a decisão [sobre o rodízio] se os padrões de isolamento social voltarem a 60%."

 

Quanto à ocupação de leitos de UTI em hospitais municipais, o prefeito ressaltou que passa de 80%, "sendo que em metade a gente já chega a quase 100%". "Estamos quadruplicando o número de leitos de 507 para mais 1.550, inclusive em parceria com o setor privado", salientou, citando os hospitais particulares que participam da iniciativa: Hospital do Rim, Beneficência Portuguesa, Oswaldo Cruz, Santa Isabel, Santa Cruz, Leforte, São Luiz Gonzaga, Santa Marcelina, Santa Casa de Santo Amaro e, sobretudo, Cruz Vermelha - a primeira a atender o chamamento da Prefeitura.

 

Covas concluiu: "Nosso compromisso mais importante é exercer o direito constitucional à vida. Que a preocupação das mães com seus filhos nos inspire. Usem máscaras, protejam uns aos outros e fiquem em casa."

 

 

 

 

 

 

 

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