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17/12/2018

"Das engenharias, é a mais flexível", diz Everton M. Soto

Deborah Moreira
Comunicação SEESP


Neste 17 de Dezembro, Dia do Engenheiro de Produção, o SEESP encerra  a série de entrevistas com profissionais da engenharia, que fez ao longo de 2018, com o paulistano Everton Mello Soto, 34 anos, engenheiro de produção desde 2009, quando já atuava na área em um cargo de chefia. Logo construiu uma carreira executiva. Mas, ele sentia que poderia ir além e foi buscar no autoconhecimento o aprofundamento das experiências pessoais que uniu às profissionais, focando nos seus dons e talentos. Há seis meses pediu demissão de uma vaga executiva para abrir o próprio negócio com a esposa, que é médica.



engenheiro de producao everton mello soto copy
“Ainda não dá para entrar em detalhes sobre o que é, mas em três ou quatro meses estará no mercado e já estou agregando todo o conhecimento acumulado na Engenharia de Produção como na gestão dos processos e de integração de processos. No fundo, quando falamos em  engenharia de Produção estamos falando de serviço, de cumprimento de expectativa, de prazos, de indicadores de qualidade, então essas experiências podem ser utilizadas em qualquer tipo de negócio”, explicou.

Leia a entrevista completa.


Você sempre se interessou por Engenharia?

Desde pequeno eu já me identificava pelas matérias de exatas. Sempre gostei de matemática, química, física. E a engenharia foi uma oportunidade de reunir essas paixões e trabalhar com o que eu gostava que é o universo das exatas e ciências.

Como foi sua trajetória escolar?

Eu fiz o técnico em Química no Ensino Médio na Escola Técnica Estadual (Etec) Getúlio Vargas e conclui em 2002. Comecei a trabalhar, na Deca, como estagiário técnico em química.

E essa experiência te ajudou a optar pela graduação em Engenharia de Produção?

Sim. Na fase inicial foi muito importante, principalmente do ponto de vista financeiro. O salário que ganhava como estagiário técnico eu usei para pagar o primeiro ano da faculdade. A partir do segundo ano, me recoloquei no mercado como estagiário em engenharia. Isso é importante ressaltar: a Engenharia oferece bons salários nos estágios. Foi com esse valor que paguei o segundo ano da faculdade.

Então, os estágios foram bem importantes para você?

Minha família não tinha condições de custear meus estudos. Então, isso foi bem importante para mim. Tanto para experiência, quanto para me manter estudando naquela época.

E o financiamento estudantil, você tentou?

Consegui o ProUni só no terceiro ano de faculdade, quando teoricamente já era mais fácil de obter um estágio.

Qual a faculdade você cursou?

Cursei a Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), em São Bernardo.

E o que fez com que você decidisse pela Engenharia de Produção?

Entrei em engenharia de produção principalmente porque trabalhei um tempo na indústria e gostava muito de processos produtivos. A produção é uma área que imerge mais no estudo dos processos em si e não somente nas técnicas, mas nas rotinas diárias especificas dos processos. E aí fui com esse foco. O curso foi muito bom, bastante desafiador. Cursei no período noturno, seis anos, sendo cinco anos com aulas aos sábado.

E o que faz um Engenheiro de Produção?

Eu enxergo o engenheiro de produção como um profissional capaz de conciliar aspectos técnicos e aspectos da área de gestão, relacionadas aos fatores mais humanos como administrativo e conciliar isso numa cadeia que seja em sua totalidade interessante, de acordo com o objetivo de negócio. Se eu tiver 10 máquinas trabalhando em conjunto, por exemplo, não necessariamente a produção máxima dessas 10 máquinas será o melhor para a empresa. O melhor será o equilíbrio desse fluxo produtivo com base no que a empresa tem de objetivo com o que a empresa tem de orçamento. Então é a conciliação dessas variáveis, tendo em vista os objetivos do negócio, é a principal responsabilidade do engenheiro de produção.

Como foi a trajetória dos estágios?

No segundo ano fui para uma empresa chamada Continental Parafusos, onde trabalhei por quase dois anos. Acabei saindo para uma empresa maior, na área de logística, na Nadir Figueiredo, onde permaneci por dez 10 anos. Fui efetivado como coordenador de Distribuição, quando eu estava no quinto ano de faculdade. Tive um crescimento bem interessante lá. Meu papel principal no início era programar e coordenar as operações de movimentação interna de produtos, depois planejamento e execução das entregas da empresa em todo mundo. Principalmente o trabalho de programação e coordenação de entregas como agendamentos de entrega para as grandes redes, organização das cargas, contratação de fornecedores de transporte.
Depois, fui para a Axoon, uma empresa de telecomunicações e tecnologia, com cerca de 70 funcionários, onde fiquei por 2 anos e meio. Foi uma mudei total de área para ter uma experiência diferente mesmo. Lá entrei como diretor de Operações, onde, além de fazer gestão de estoques para a área de tecnologia, e isso envolve um valor muito alto quando se fala em tecnologia, também fazia a gestão das entregas e dos pedidos e havia uma demanda muito estratégica que era a negociação das operações com operadoras de telefonia móvel, que eram gigantes. Esse era o processo mais critico da empresa e ficava sob a minha gestão.

E onde você trabalha atualmente?

Eu deixei essa empresa há uns seis meses para atuar em um projeto próprio de empreendedorismo, que vou colocar no mercado no próximo trimestre. Paralelo a essa caminhada executiva também fiz um caminho de autoconhecimento, e por uma questão de proposito que venho trabalhando nesse projeto próprio, juntamente com minha esposa, que é médica. É uma proposta inovadora para a área da saúde. Neste momento, mantenho um canal no Instagram onde concilio o caminho profissional com o caminho de autoconhecimento e falou sobre isso: Executivo Zen.

E você vai utilizar todo o conhecimento que acumulou?

A engenharia de produção te abre muito para o conceito de serviço. Quando estamos falando de integração de processos, no fundo estamos falando de serviço, de cumprimento de expectativas, de prazos, de indicadores de qualidade, então essas experiências podem ser utilizadas em qualquer tipo de negócio. Dentro desse projeto que estamos atuando além de já estar agregando a parte de gestão também estou usando esses conhecimentos.

A Engenharia de Produção é bem ampla?

Das engenharias, é a mais flexível. Porque ela é um pouco mais generalista do que específica, em comparação as outras. Como o engenheiro mecânico por exemplo. Para quem ama exatas, ciência, processos, serviços, análises complexas de variáveis, abordagem mais voltada para gestão e gerenciamento de cadeias de processos, acho que a Engenharia de Produção é um curso bastante interessante para se atuar.



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