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13/09/2018

Abertura do X Conse dá o tom do encontro: união, fortalecimento e otimismo pela retomada do País

Deborah Moreira
Comunicação SEESP

A mesa de abertura do X Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), deu o tom do evento: otimismo, fortalecimento e ainda mais união da categoria pela retomada do desenvolvimento nacional. Não é a toa que esse é o mote do congresso, “Retomar o desenvolvimento e defender os engenheiros”, evento realizado às vésperas de um momento fundamental para os brasileiros: as eleições de 2018.



Fotos: Beatriz Arruda/Comunicação SEESP

conse abertura foto seesp internaMesa de abertura do X Conse. Na imagem, da esquerda para a direita: Paulo Guimarães, presidente da Mutua Nacional; Joel Krüger, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), João Carlos Meireles, secretário licenciado de Energia e Mineração do Estado de São Paulo; vereador Police Neto (PSD); deputado federal Ronaldo Lessa (PDT); Murilo Pinheiro, presidente da FNE; Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo; vereador Eliseu Gabriel (PSB); vereador Gilberto Natalini (PV); Fernando Jardim Mentone, do Sinaenco-SP.


O Conse ocorre a cada três anos para eleger uma nova diretoria da federação, bem como as bases que serão defendidas pela categoria enquanto política de vaolorização da engenharia, do trabalho e do País como um todo. Para isso, diversos debates sobre a conjuntura política, econômica e social ocorrerem antes da plenária final do congresso.

Em sua fala de saudação, Murilo Pinheiro, presidente da FNE, lembrou do momento atual que o Brasil passa “extremamente complicado” e pediu calma, força e união da engenharia. "Nós entendemos perfeitamente que somente com a engenharia unida vamos conseguir um Brasil mais forte". Destacando o crescimento dos sindicatos devido a anos de trabalho e dedicação, Murilo procurou encorajar os presentes a buscarem as saídas para a crise e lembrou do esforço iniciado em 2006 para a construção das propostas do Cresce Brasil, que chega a este ano a mais uma edição com novas ideias aos candidatos e futuros governantes. Lembrou que a publicações está sendo entregue aos mesmos nesta eleição.

Murilo fez questão, ainda, de fazer coro com muitos dos que compuseram a mesa, e falaram anteriormente, de que "todos nós temos participação política" em um processo democrático e que é preciso rediscutir as reformas que foram feitas e as outras que são necessárias, mas com a população, estimulando e criando mecanismos para que isso ocorra. “As reformas realizadas precisam ser discutidas com a população e a classe trabalhadora. A reforma trabalhista foi algo muito violento e acredito que ano que vem será revista”.

Para o presidente da FNE o atual processo eleitoral é um momento estratégico para reconstruir as bases da categoria, duramente atingida não só com a crise econômica mas também política, base formada pelos trabalhadores e seus locais de trabalho. Também reforçou a defesa de setores estratégicos como petróleo, energia elétrica, saneamento e agronegócio. “Devemos estabelecer um pacto na política: votar e cobrar depois de eleitos. Precisamos discutir a corrupção, em como punir os corruptos e não as empresas”.

 

 

conse abertura foto seesp interna 2Murilo Pinheiro deseja um bom congresso a todos e que ele possa contribuir para que o Brasil saia da crise


Esse também foi um ponto abordado por Ana Adalgisa Dias Paulino, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN), que lembrou, ainda, a importância de haver mais mulheres na engenharia e na política. Se dirigindo ao presidente da FNE, destacou: “Estamos sendo acusados de tudo que é mau feito. Diante disso, algo que aprendi com você, temos que nos unir ainda mais porque a engenharia unida é muito mais forte. Pelo desenvolvimento do Brasil e para proteger a nossa engenharia e nossa inteligência. Vamos colocar o País no rumo que ele deveria estar. A engenharia tem que ser protagonista”.

O vice-presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Ubiratan Félix Pereira da Silva, falou do papel importante da engenharia para a a administração pública e da FNE, uma vez que é a maior entidade nacional da categoria. Para isso, lembrou de quando um engenheiro ganhava mais que um juiz. “Quando morava no interior da Bahia, o maior salário era do engenheiro e o segundo era do topógrafo. O juiz morava numa pensão e recebia marmita da prefeitura. Quem ganhava mais eram os profissionais da engenharia. Mudamos essa situação. Hoje, ao invés de incentivar quem produz, quem pensa, quem desenvolve, incentivamos quem discuti o conflito. E o conflito não resolve. O que resolve é o desenvolvimento”, exclamou.

Harki Tanaka, diretor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC (UFABC), representando Dássio Matheus, reitor da universidade, externou a preocupação com a inserção dos futuros engenheiros no mercado de trabalho: “A grande incerteza é como responder a pergunta dos alunos: Vou ter emprego, vou ter bom salário? Essa é uma angústia que estamos vivendo em sala de aula”.

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), destacou a necessidade de fortalecer as entidades sindicais para atuarem em defesa do trabalhadores. “Estamos com 14 milhões de desempregados. E certamente um congresso com essa dimensão e qualidade sinaliza caminhos, constrói pontes e possibilidades. É essa a ponta que queremos construir com trabalho e inclusão social”, disse.

Joel Krüger, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), também presente à mesa, lembrou que o tema do Conse é bastante oportuno: “Se queremos efetivamente recuperar o Brasil, precisamos que a engenharia esteja afrente das principais ações. Sabemos planejar, executar, e temos que também estar no comando”.


O deputado federal, Ronaldo Lessa (PDT), integrante da Frente Parlamentar Mista da Engenharia (da Câmara Federal e Senado), enfatizou a importância em não só fazer obras, mas decidir quais obras são mais importantes a serem feitas. “O que precisamos é a valorização e o reconhecimento da engenharia, mas isso não vai acontecer se ficarmos alheios aos processos", alertou Lessa.

O deputado indagou a plateia "qual o projeto de Brasil que queremos" lembrando que enquanto a classe média briga, "os ricos brincam com metade do orçamento". "Metade do PIB [Produto Interno Bruto] fica para pagar os juros dessa divida, fica com os ricos correntistas. Essa é a grande corrupção do País: o sistema financeiro. Os países ricos como Estados Unidos , França e Inglaterra cobram muito mais impostos dos ricos, do que o Brasil, que tem um sistema tributário perverso, que protege o rico e penaliza a classe média e os trabalhadores".

Paulo Guimarães, presidente da Mutua Nacional Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas, arrematou: "Na defesa da engenharia, da soberania nacional, vamos, no Congresso Nacional, seguir juntos. A Mutua em conjunto com o Confea, Creas, FNE, seus sindicatos, Fisenge, seguimos nessa direção para que a engenharia passe de novo a ser liderança nas tomadas de decisões do nosso Brasil".    

Também estiveram presentes os vereadores Eliseu Gabriel (PSB), Gilberto Natalini (PV) e Police Neto (PSD); o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni; João Carlos Meireles, secretário licenciado de Energia e Mineração do Estado de São Paulo; presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco),Regional São Paulo, Fernando Jardim Mentone; Ariovaldo Tedeschi, representando o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP); presidente da Companhia Energética de São Paulo, Almir Martins.


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