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28/02/2018

Opinião – A importância da manutenção preventiva em veículos automotores

Engenheiro especialista e professor de curso no Isitec explica a importância de manter em dia o funcionamento de um carro.

Hélio da Fonseca Cardoso*

O sonho de comprar um veículo mais novo e confortável está na cabeça de todo o brasileiro. Fazemos um grande esforço para adquirir aquele veículo que sempre quisemos e finalmente conseguimos.

Quando o sonho se torna realidade pensamos em usufruir da melhor forma possível, mas geralmente nos esquecemos de que por ser uma máquina, o nosso veículo requer manutenção, corretiva e preventiva.

A manutenção corretiva é requerida quando o problema já foi constatado e tem que ser reparado para que possamos continuar utilizando nosso veículo. Além do custo da reparação, neste caso, corremos o risco de que o problema ocorra durante uma viagem, numa estrada, à noite em lugares não recomendáveis, ou seja, o custo não é somente aquele da reparação, demanda a presença de um mecânico ou eletricista no local e, pior ainda, a utilização de um guincho para remover o veículo para uma oficina.

Vejamos, então, que a manutenção corretiva tem custos envolvidos que não computamos, mas existem.

Portanto, a manutenção corretiva é inevitável em alguns casos, uma vez que não é possível determinar a vida útil de todos os componentes de um veículo, porém, o caminho correto é o da manutenção preventiva.

No caminho oposto da manutenção corretiva está a preventiva. O nome já diz tudo, prevenir que ocorra um problema. E qual a vantagem desse tipo de trabalho?

Podemos considerar preventiva até a troca de óleo lubrificante e filtros do motor, o que evita problemas técnicos e aumenta a vida útil do motor.  

Se observarmos o manual do proprietário do nosso veículo verificaremos que muitos itens deveriam passar por manutenção preventiva, o que geralmente não ocorre. Quem realiza a troca o fluido de freio na época determinada? E o líquido refrigerante do radiador? A correia dentada do motor? As pastilhas de freio? Todos e outros tantos itens de manutenção preventiva que são relegados ao segundo plano e que provocam falhas durante o uso do veículo.

Até mesmo itens que só lembramos quando ocorre uma pane deveriam ser substituídos preventivamente, lembro-me, neste momento, da bateria. Normalmente este componente nos deixa na mão em momentos em que mais precisamos e fatalmente perderemos tempo para solucionar a falha. Se efetivássemos a troca preventivamente, isso não ocorreria.  

Mas neste caso como realizar a manutenção preventiva? A grande maioria das baterias à venda não possibilita a manutenção, pois são seladas, mas podemos verificar periodicamente seu estado, assim como se o alternador está carregando conforme requerido.

Outros itens devem ser verificados preventivamente, tais como alinhamento e balanceamento para evitar que os pneus se deteriorem precocemente, em alguns casos a vida útil pode ser duplicada realizando estes serviços.

Quantas pessoas efetuam periodicamente a verificação dos faróis, não me refiro à troca de lâmpadas, mas à regulagem dos faróis para melhorar a visualização e evitar o ofuscamento dos veículos que vêm em sentido contrário.

Obviamente, a maioria das manutenções preventivas deve ser realizada por pessoal habilitado com equipamentos e ferramentas corretas.  

Algumas delas, porém, podem ser realizadas pelo proprietário do veículo. Elementar, porém, poucos o fazem é a calibração dos pneus conforme determina o fabricante, ou ainda a troca das palhetas do limpador de para-brisa.

O consumidor no Brasil tem demonstrado nos últimos anos grande afinidade por veículos, mas deixa de lado o fator principal para que possa lhe dar segurança e conforto: a manutenção.

E nesse sentido, a principal é a manutenção preventiva que se for realizada de forma correta reduzirá nossos custos com o veículo e preservará nosso prazer de dirigir, segurança e conforto.

Pense nisso e aproveite melhor seu veículo.

* Engenheiro mecânico; professor do curso de Inovação nos processos de inspeção e manutenção veicular do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec); membro da Comissão Técnica de Segurança Veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA); diretor do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (Ibape), nas gestões 2010/2011 e 2012-2013

 

 

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