Valorizar o profissional e o salário mínimo do engenheiro. É o que defende o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), o engenheiro Murilo Celso de Campos Pinheiro, na seção “No Ponto” do Jornal do Engenheiro desta semana. Na entrevista, um alerta sobre a péssima qualidade no serviço de telefonia móvel. A reportagem semanal do JE traz a luta das centrais sindicais pela aprovação das reivindicações históricas dos trabalhadores.
“Nós estamos lutando agora pela carreira de Estado. Onde podemos discutir junto com município, estado ou governo federal, junto com a FNE, a Federação Nacional dos Engenheiros, a valorização do profissional, a implementação do plano de carreira, de criar oportunidade de crescimento e reconhecimento”, afirma o dirigente sindical sobre um dos focos da atuação do SEESP, que é a valorização da categoria no setor público.
Murilo Pinheiro ressalta que só “com o reconhecimento da engenharia nacional” é que não “haverá a necessidade de importar profissionais como está sendo sugerido por alguns setores.”
Para ele, a valorização do salário mínimo profissional deve ser prioridade: “Valorize o engenheiro. Valorize-se engenheiro. Fique atento ao salário mínimo. Fale com seu sindicato se não estiver recebendo”.
Entrevista
O engenheiro Ruy Bottesi, presidente da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), é o entrevistado desta semana. Ele faz um alerta sobre os serviços de telecomunicações no Brasil que está aquém do mínimo necessário para atender a demanda no país, que é crescente, principalmente na telefonia celular. Segundo ele, o número de aparelhos celulares já supera os 250 milhões em todo o território nacional.
Um forte indicador que os serviços não são suficientes é o alto número de reclamações em órgãos de defesa do consumidor. O especialista lembra que a atual situação só beneficia as corporações.
“Quem ganha com a atual situação? Somente as operadoras de telefonia que ficam com o lucro e revertem para suas matrizes fora do país. O que estamos presenciando [é uma concentração de empresas, e estamos partindo para o monopólio privado que é pior do que o monopólio estatal”, revela.
Bottesi lembra que após a privatização do setor, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a qualidade vem caindo a cada ano. “Depois que o setor foi privatizado as operadoras reduziram bastante seus custos com investimento na estrutura física da rede e em recursos humanos, com demissões em massa, terceirização da mão de obra em larga escala, o que afeta diretamente o serviço ao usuário”, completa.
Em sua avaliação, a perspectiva para os próximos anos são as piores possíveis com o crescimento constante da rede e o baixo investimento, que tornará a rede ainda mais sobrecarregada. Ele aponta ainda a necessidade de serem feitas reformas no setor e a elaboração de dispositivos legais para regulamentar o setor, uma vez que a Agência Nacional de Telecomunicações não tem cumprido seu papel de agência reguladora. “Em 10 anos, será necessário promover reformas, desde envolver modelos que já são debatidos atualmente, como o Marco Civil da Internet, e repensar o modelo da agência reguladora. Pensar como foi concebida e como está sendo usada a Agência, além das interferências políticas em um órgão regulador como a Anatel”.
O presidente da AET vai ainda mais longe: “Precisamos desse órgão regulador? Ou não? Eu acredito que não. O modelo que está aí hoje não é bom nem para o operador, nem para o usuário, nem para o governo”.
Marcha
Na quarta-feira (9/4), a equipe de reportagem do Jornal do Engenheiro acompanhou a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, que reuniu cerca de 40 mil pessoas, segundo as centrais sindicais que promoveram o ato – Força Sindical, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Confira os depoimentos dos dirigentes sindicais.
Imprensa SEESP
Assista a íntegra do JE:
A crise do sistema de geração de energia vai além dos atuais baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas que geram nossa energia. Na verdade, afloram falhas do atual modelo mercantil do setor, que se mostra vulnerável a manobras de empresas que obtém altíssimos lucros com a crise.
Segundo relatório divulgado na imprensa pelo JP Morgan, três geradoras lucrarão alto com o aumento dos preços no mercado de curto prazo. Nos cálculos do banco, um grupo de três geradoras – Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia Paranaense de Energia (Copel) – pode ter receitas adicionais de R$ 7 bilhões ao ano, caso seja mantido o preço de R$ 822,83 o megawatt-hora (MWh) dentro do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Vale lembrar que a Lei nº 11.783/2013 (MP 579), que trata da renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico, impôs uma redução tarifária às geradoras com concessões vencidas ou a vencer até 2015. Como contrapartida, as empresas receberiam um novo contrato de concessão por mais 30 anos. Com regras injustas de indenização de ativos não amortizados, a medida arrefeceu o ambiente até então cooperativo que, de certa forma, ainda vigorava no setor elétrico.
As geradoras vinham recebendo cerca de R$ 80 a R$ 90 por megawatt-hora produzido. Na época, dizia-se que as hidrelétricas “velhas” já haviam sido pagas pela sociedade e uma redução tarifária foi imposta aos novos contratos de concessão. Os preços de venda foram reduzidos para menos de 25% do que vinham recebendo.
As geradoras federais do grupo Eletrobrás, Furnas, Chesf e Eletronorte, tiveram de aceitar as novas regras. Entretanto, outras empresas estatais como Cesp, Celesc, Cemig e Copel, não aceitaram a prorrogação. Com o fim da vigência dos contratos de venda e compra de energia “existente” no final de 2012, não quiseram ofertar energia nos leilões ocorridos em 2013 por preço-teto de R$ 192,00 por MWh. Uma ironia, pois até então se pagava metade deste valor, o que já era excessivo.
A contradição é que todas as distribuidoras encontram-se subcontratadas. Dentre elas, a Celesc, a Cemig e a Copel são obrigadas a adquirir no mercado de curto prazo a energia faltante pagando R$ 822,83 o MWh. O lucro das empresas geradoras vai para seus acionistas e os prejuízos das empresas distribuidoras são repassados aos seus consumidores o que, em parte, está sendo absorvido pelo governo federal.
Vale esclarecer que os concessionários das hidrelétricas – em grande parte já amortizadas – se aproveitaram da crise para “esconder” sua energia nos leilões promovidos pelo governo e, assim, receber valores escorchantes pelo produto. Neste cenário, o aporte de recursos do Tesouro Nacional às Distribuidoras de Energia, que para o ano foi aumentado para R$ 13 bilhões, somado com a captação de R$ 11 bilhões do setor privado, se mostra equivocado, pois não se trata de diferença, e, sim, sobra deliberada de energia. O prejuízo será o acúmulo de uma conta que se tornará impagável em 2015.
Uma medida simples, emergencial e de maior eficácia seria mudar a forma de cálculo do PLD, ao limitá-lo a um valor inferior ao atual, por exemplo, R$ 300,00 o MWh. Não se estará desrespeitando contratos, mas incentivando que eles se realizem.
Os agentes do setor elétrico sempre pleitearam que as regras setoriais deveriam ser estáveis e os contratos deveriam ser cumpridos e respeitados. Mas estamos numa situação clara de conduta anticoncorrencial, na qual o concessionário não assina contrato e não vende sua energia.
O modelo setorial mostra fragilidades que vêm sendo aceitas como naturais por técnicos do setor elétrico, mas sujeitas a questionamentos pela sociedade. Modificações estruturais no modelo do setor elétrico se fazem necessárias para que o interesse público volte a prevalecer sobre interesses mercantis.
* Por Carlos Augusto Ramos Kirchner, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) e do Instituto Estratégico de Desenvolvimento do Setor Energético (Ilumina). Artigo publicado originalmente em O Estado de São Paulo, em 12/4/14.
Ao contrário das paradas militares ou das escolas de samba, que após os desfiles se dispersam, o movimento sindical deve se manter unido, organizado e mobilizado depois da 8ª Marcha dos Trabalhadores.
E isto por três razões principais: o peso positivo da unidade de ação, o fato de que não conquistamos ainda a pauta e nem parte dela e as necessidades correntes da ação sindical, como as campanhas salariais.
Considerando-se a estratégia sindical adotada, a 8ª Marcha foi um sucesso, o sucesso esperado. Em clima de democracia, a unidade entre as centrais materializou-se nas cores das camisetas, bandeiras e balões; explicitamos nossas reivindicações da pauta unitária e marchamos da Praça da Sé até a Av. Paulista de forma ordeira, sem nenhum incidente. Não houve uma só lixeira queimada, nenhuma depredação. Embora a manifestação tenha sido em São Paulo, vários destacamentos sindicais de outros Estados estavam presentes, o que deu a ela um caráter nacional.
Fizemos um enorme esforço de comunicação e obtivemos resultados precários devido às incompreensões da grande mídia. Mas a edição do Jornal Nacional foi incisiva, correta e definidora. É preciso, agora, valorizar nossa própria comunicação.
Minha sugestão é que nos concentremos, no pós-marcha, na defesa da política de valorização do salário mínimo, desenvolvendo o mais amplo esforço de divulgação, busca de apoio e fortalecimento desta política que devemos considerar como essencial.
Posso sugerir reuniões com Câmaras de Vereadores, bancadas partidárias, blogueiros, deputados e senadores aliados e sensíveis, candidatos, imprensa regional e local, OAB, CNBB, ONGs e toda uma rede natural de alianças.
Mãos à obra.
* Por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
Movimentos sociais e entidades que atuam em defesa da liberdade da internet cobraram do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rapidez na votação do projeto de lei do Marco Civil da Internet. O pedido foi entregue em carta assinada por mais de 30 organizações da sociedade civil, durante audiência, em Brasília, que também foi acompanhada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). O objetivo é que o texto seja votado em plenário na terça-feira (22/4).
Foto: Marco Civil Já/divulgação
Entidades e coletivos da sociedade civil se reúnem com presidente do Senado, na quarta (9)
Os parlamentares do PT reforçaram a importância de que a votação aconteça no máximo até o dia 22 de abril, véspera do mais esperado encontro do setor: o Encontro Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet, conhecido como “Net Mundial”, que ocorre no Brasil, nos dias 23 e 24, na cidade de São Paulo.
Durante a reunião, ocorrida na noite de quarta-feira (9), Calheiros se comprometeu em pedir celeridade na votação. “Vou reunir com os líderes para definir este calendário que vocês estão propondo”, anunciou o presidente do Senado que antecipou que o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) será o relator do projeto em plenário.
Nesse momento, o marco civil tramita simultaneamente em três comissões (Comunicação e Informática; Fiscalização e Controle; Constituição, Justiça e Cidadania). Uma audiência pública foi realizada na manhã de quinta (10) e outras duas estão agendadas: uma para esta segunda (15) e outra para a terça (22).
No entanto, alguns senadores envolvidos com a tramitação do projeto no Senado reagiram à pressão da sociedade civil. “Acho profundamente injusto ser imputado ao Senado um prazo para que nós não exerçamos na nossa plenitude, não o nosso direito, mas o nosso dever”, afirmou o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), durante audiência na quinta. Rêgo é relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A aprovação do Marco Civil, que tramita no Senado como PLC 21/2014, é urgente para que todos os princípios contidos no texto, para o melhor funcionamento da rede, possam valer desde já, assegurando respeito à privacidade, neutralidade e liberdade. Por isso, a sociedade civil defende que ele seja aprovado sem alterações, respeitando o regime de urgência, que trancará a pauta em 45 dias – contados a partir do dia 26 de março. Caso tenha alteração, o projeto terá que voltar para a Câmara dos Deputados para ser novamente apreciado.
Para o jurista e ciberativista Paulo Rená Santarém, um dos gestores do texto durante a consulta pública que envolveu mais de duas mil colaborações de diversos setores da sociedade, é preciso entender que o marco civil não começou a ser discutido agora. No Congresso Nacional, começou em 2011. Mas, sua construção se deu em 2007. E o próprio Senado Federal já realizou duas audiências públicas sobre o assunto no passado. “Não é o melhor dos mundos, mas será a melhor lei do mundo quando aprovada”, destacou Rená.
Até agora o texto recebeu 41 emendas, uma delas já retirada.
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Com informações da Agência Senado
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e movimentos sociais realizam um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro (RJ), desde às 11h desta segunda-feira (14/4). Segundo o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes, um dos objetivos da manifestação é impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, para investigar casos de corrupção na empresa.
Foto: FUP/divulgação
Ato dos petroleiros, em 2013, em frente da Petrobras, no Rio
“Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso, como a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) que, inclusive, é um órgão do Legislativo. A CPI tende a virar um palco da disputa política presidencial. A disputa eleitoral é legítima, mas não deve envolver o principal agente da economia brasileira [a Petrobras]”, disse Moraes.
Segundo ele, a ideia do protesto é mostrar à população e aos trabalhadores da estatal que a CPI pode ser nociva à imagem da empresa. “Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o Brasil. A Petrobras é responsável hoje por 11% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]”, afirmou o sindicalista.
Fonte: Agência Brasil
Espionagem, privacidade e governança global na internet. Esses serão alguns dos assuntos debatidos na CryptoRave, que acontece a partir desta sexta-feira (11/4) e vai até às 19h de amanhã (12), no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista. Durante as 24 horas, também ocorrerão oficinas, palestras, painéis e apresentações sobre segurança, criptografia, hacking, anonimato e liberdade na rede. Para participar é necessário realizar a inscrição pelo site do evento, ela é gratuita e obrigatória.
A CryptoRave integra um conjunto de ações no mundo inteiro - as criptofestas (CryptoParty) - que tem como objetivo ensinar como utilizar ferramentas básicas de segurança e garantir sua privacidade na rede. Se você é iniciante ou nunca ouviu falar de criptografia, não se preocupe, haverá atividades para todos os públicos: iniciante, intermediário e avançado.
As palestras apresentarão assuntos da atualidade como cyberguerra e militarização da Internet, novas cifras de criptografia, as vulnerabilidades da urna eletrônica, as prisões e perseguições aos ativistas da liberdade da informação, as criptomoedas e muitos outros assuntos.
As oficinas serão um espaço de aprendizado na prática de como instalar e configurar ferramentas de segurança e de criptografia. O anonimato da rede Tor, a criação e envio de e-mail criptografado (PGP) e o bate-papo criptografado (OTR) serão algumas das atividades. Todas as ferramentas a serem apresentadas e discutidas durante o evento são software livre, ou seja, programas que você pode copiar livremente e auditar o código.
Quem quiser por a mão-na-massa deverá levar seu computador ou disco usb para uma instalação completa de sistemas operacionais livres GNU/Linux na trilha Install Fest.
A festa oficial acontece na noite do dia 11, no jardim do Centro Cultural São Paulo e contará com muita música e DJs.
A CryptoRave é organizada pela Actantes, entidade de defesa da privacidade e liberdade na rede, Grupo de Trabalho “Segurança e Privacidade” da rede social livre Saravea, Escola de Ativismo, o grupo Teatro Mágico, ThoughtWorks, empresa que quer criar uma humanidade melhor através do software, a MakroSystems empresa de segurança brasileira, e muitos outros colaboradores individuais. Os organizadores enfatizam: "Você também pode ajudar!".
A programação oficial pode ser obtida pelo site: https://cryptorave.org
Serviço:
CryptoRave
Data: das 19h do dia 11 até a noite do Sábado 12 de Abril no Centro Cultural São Paulo
Local: São Paulo, Rua Vergueiro, 1000, próximo a estação Vergueiro do Metrô
Como participar: é necessário fazer a inscrição (gratuita) pelo site
Imprensa SEESP
Com informações da organização do evento
A 20 dias do fim do prazo, menos de um terço dos contribuintes enviaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Segundo a Receita Federal, cerca de 8,6 milhões de contribuintes entregaram o documento até as 17h de quinta-feira (10/4), equivalentes a 31,9% dos 27 milhões de declarações que o Fisco espera receber neste ano.
Foto: Portal EBC
Muitos brasileiros ainda não fizeram a declaração de IR
O prazo para entrega vai até quarta-feira (30/4). O programa gerador está disponível na página da Receita Federal na internet desde 26 de fevereiro, mas a transmissão dos formulários começou em 6 de março, assim como a liberação do aplicativo que permite o preenchimento da declaração em tablets e smartphones.
Os contribuintes com certificação digital ou representantes com procuração eletrônica recebem, pela primeira vez, a declaração pré-preenchida. Por meio do Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC), eles têm acesso ao documento preenchido com antecedência pelo Fisco e só precisam confirmar as informações para enviar a declaração.
As regras para o preenchimento da declaração foram divulgadas em 21 de fevereiro no Diário Oficial da União. Como nos outros anos, o contribuinte que enviar a declaração no início do prazo deverá receber a restituição nos primeiros lotes, a menos que haja inconsistências, erros ou omissões no preenchimento.
Também terão prioridade no recebimento das restituições os contribuintes com mais de 60 anos, conforme previsto no Estatuto do Idoso, além de pessoas com doença grave ou deficiência física ou mental.
O contribuinte pode tirar dúvidas sobre o Imposto de Renda pela internet. Está disponível no canal da Receita Federal no Youtube um vídeo com explicações sobre as novidades da declaração deste ano e com dicas para evitar erros no preenchimento das informações.
Fonte: Portal EBC
A poluição do ar foi responsável pela morte de 99 mil pessoas no estado de São Paulo, entre os anos de 2006 e 2011, de acordo com estudo apresentado em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. “É como se uma cidade de 100 mil pessoas tivesse sido dizimada em apenas cinco anos”, declarou a pesquisadora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag.
Foto: Agência Brasil
Mais e 17 mil morreram em SP, no ano de 2011, por conta da poluição
Segundo o levantamento “Mobilidade Urbana e Poluição do Ar: A Visão da saúde”, realizado pelo instituto em parceira com a Câmara Municipal de São Paulo, no ano de 2011, mais de 17 mil pessoas morreram só no estado mais rico do País em decorrência de doenças provocadas pela inalação de ar poluído, como as cardiovasculares, pulmonares e câncer de pulmão. “Ainda há uma forte correlação entre a incidência do câncer de mama com as partículas poluentes”, afirmou a professora.
Durante o evento, que ocorreu na quinta-feira (3/4), Vormittag chamou atenção ainda para outros dados que colocam a poluição como uma das maiores causas de mortes nas grandes metrópoles: em todo o mundo, a má qualidade do ar está associada a sete milhões de falecimentos, informou. A especialista afirmou não ver esforços dos governos para enfrentar esse problema de maneira mais enérgica. “Não é só uma questão de fiscalização ou uma legislação mais eficiente. Faltam políticas públicas que, de fato, impactem a redução de poluentes e melhorem a vida das pessoas”, sustentou.
Ela destacou que, de 2006 a 2011, apenas com internações decorrentes de doenças respiratórias e cardiovasculares provocadas pela poluição do ar, os gastos públicos e suplementar privados foram de, aproximadamente, R$ 246 milhões no estado de São Paulo.
Situação catastrófica
O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, ressaltou que o quadro é catastrófico e a qualidade de vida nas grandes metrópoles é cada vez mais adversa. Ele também cobrou medidas mais efetivas do poder público, como reduzir a quantidade de enxofre na gasolina; restringir a circulação de veículos em áreas urbanas; implantar a inspeção veicular em todas as grandes cidades brasileiras; fiscalizar as frotas mais antigas; entre outras.
Para o dirigente, é necessário mudar o modelo civilizatório. “O Banco Mundial, por exemplo, repassou 6,5 bilhões de dólares para projetos que se baseiam em energia suja, e apenas 3,5 bilhões para iniciativas sustentáveis. O grande fluxo de capital não privilegia a sustentabilidade”, argumentou o presidente do Proam.
Diminuição de impactos
A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Daniela Buosi, disse que o governo federal tem adotado estratégias para diminuir o impacto da poluição na saúde da população, como o programaVigiar. Essa iniciativa busca desenvolver ações que busquem a redução e prevenção dos agravos à saúde nas populações expostas aos poluentes atmosféricos.
O Instrumento de Identificação de Municípios de Risco (IIMR), que faz parte do programa, é um cadastro on-line que estabelece um ranking dos municípios de alto risco, médio risco ou baixo risco, para uma intervenção específica. Buosi citou o exemplo do estado de Mato Grosso que conseguiu reduzir as despesas e as internações no Sistema Único de Saúde (SUS) provocadas por queimadas. “O governo determinou que o processo de fiscalização para combate ao incêndio fosse intensificado e conseguiu reduzir os gastos do SUS com óbito, internação e doenças.”
O deputado Adrian (PMDB-RJ), que solicitou a audiência pública, afirmou que hoje estamos sofrendo as consequências de algumas medidas do capitalismo industrial. “O capitalismo não se preocupou com o meio ambiente, a águas, o ar”, observou o parlamentar. Para ele, é importante que todos mudem: governos, empresas e a sociedade.
Fonte: Agência Câmara
Atibaia sediará a Feira de Construção de Atibaia, a Feconati 2014 – um dos grandes eventos do setor neste ano. Além de marcas ícones da construção civil, a feira, que acontecerá entre 22 e 25 de maio, trará os principais lançamentos do setor, palestras e atrações variadas.
Foto: divulgação
Estação Atibaia recebe feira da construção e sustentabilidade
A feira acontece na Estação Atibaia, em Caetetuba, a 600 metros da Fernão Dias e terá como tema "Podemos construir um mundo mais sustentável". O evento reunirá lojistas e atacadistas de material de construção, arquitetos, designers, engenheiros, estudantes, decoradores, construtores, empreiteiros e autoridades em um espaço privilegiado, com mais de 10 mil metros quadrados.
Os organizadores explicam que a opção por Atibaia responde a uma preocupação em oferecer uma experiência diferente, com qualidade de vida,
Atividades paralelas
Paralelamente à exposição, diversas atrações complementarão a FECONATI 2014. Em seu núcleo de conteúdo, a FECONATI 2014 traz seminários envolvendo o tema da sustentabilidade, oferecidos pela Universidade Anamaco, Green BuildingCouncil Brasil e ABCIC – Associação da Construção Industrializada de Concreto.
Na entrada da feira, uma exposição de arquitetura reunirá grandes nomes da região, enquanto que, para receber os visitantes, além da praça de alimentação, um vagão-restaurante, com reservas antecipadas, estará disponível para refeições durante todos os dias da feira.
Outra realização importante será o "Encontro de Cidades", em que autoridades de 17 municípios da região discutirão novos caminhos para o desenvolvimento, considerando a sustentabilidade como foco, para a integração no projeto "Região Sustentável".
Para saber mais sobre a programação e inscrição, visite o site do evento www.feconati.com.br
Imprensa SEESP
Com informações da Feconati
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Cerca de três mil servidores municipais participaram de um protesto, na Praça Patriarca, no Centro, em frente ao gabinete do prefeito da Capital paulista, para reivindicar alteração da Lei Salarial 13.303/02, que permite ao Executivo reajustar os vencimentos muito abaixo da inflação. Entre os manifestantes, centenas de engenheiros e arquitetos, que também estão em campanha salarial, juntamente com outras categorias do serviço público da cidade como educadores, fiscais, contadores, entre outras.
Foto: Beatriz Arruda/SEESPEngenheiros em campanha salarial protestam no Centro de São Paulo
O ato, que ocorreu na sexta-feira (4/4), começou por volta das 14h30 e ficou concentrado em frente ao prédio do Gabinete do prefeito Fernando Haddad. “Agora, só nos resta pressionar já que até agora não há qualquer contraproposta por parte da administração pública. O foco dos engenheiros é a alteração da lei do piso salarial, que só prevê reajuste de 0.01%, ao ano, além de repúdio total à proposta deles de remunerar todos os servidores a partir de um subsídio, equiparando todos em um mesmo patamar”, declara o engenheiro Sergio Souza, delegado sindical na prefeitura, representante do SEESP.
Após o protesto, no final da tarde, uma comissão de trabalhadores foi recebida no gabinete por representante da Secretaria de Planejamento e Gestão, que apenas disseram que estão abertos a negociação, porém, sem sinalizar algo concreto. Na manhã do mesmo dia, durante mais uma rodada de negociação, o poder público propôs reposição das perdas salariais somente a partir de 2014. “Eles querem que a gente simplesmente esqueça o período de 2007 a 2013, quando tivemos o reajuste de 0.01%. E isso não será aceito nem pela nossa categoria, nem pelas demais”, completa Souza.
Uma nova rodada de negociação está marcada para quinta-feira (10), às 15h30, no prédio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), com trabalhadores de diversos segmentos do município. Após a realização, os engenheiros devem marcar uma nova assembleia para definir os próximos passos da campanha.
Deborah Moreira
Imprensa - SEESP