Cinco dos seis mananciais de abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tiveram elevação no nível de água de ontem (15/3) para esta segunda-feira (16), entre eles, está o Sistema Cantareira que opera com 15% de sua capacidade. Ontem foi registado 14,6%. Em pouco mais de um mês, em 43 dias, o volume de água dos seis reservatórios que formam esse sistema atingiu o triplo do existente, no início de fevereiro (5%).
Foto: Sabesp/divulgação
As retiradas eram feitas em profundidade relativa a segunda cota da reserva técnica, água abaixo das comportas. Dede o último dia 24 de fevereiro, o bombeamento passou a ser feito da primeira cota da reserva técnica com o enchimento gradual do nível.
Nessa primeira quinzena, choveu 147,9 milímetros (mm) sobre o Cantareira, volume equivalente a 83,08% da média histórica de março (178mm). O nível do sistema precisaria subir quase o dobro da medição atual para atingir o volume útil, esgotado em 16 de maio do ano passado.
Embora seja o maior manancial, em razão da crise hídrica, o Cantareira perdeu a posição de maior fornecedor para o Guarapiranga de onde são feitas retiradas para 5,8 milhões de consumidores, dois milhões a mais do Cantareira. A capacidade de produção caiu da média de 14,03 metros cúbicos por segundo, em fevereiro, para 33 metros cúbicos por segundo, em março.
O Sistema Rio Claro foi o único que não apresentou aumento do nível. O armazenamento desse manancial ficou estável em 40,4%. Ele é utilizado para o fornecimento de 1,5 milhão de consumidores espalhados pela região de Sapopemba, na zona leste da capital paulista e por algumas áreas das cidades de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.
Nos demais sistemas foram verificadas as seguintes elevações: Alto Tietê (de 21,5% para 21,8%); no Guarapiranga (de 74,7% para 75,8%); e no Rio Grande (de 97,8% para 98,1%).
Fonte: Agência Brasil
"Vargas precisa desistir da Petrobrás". Esta frase foi proferida, em 1954, por Assis Chateaubriand, dono do maior conglomerado da mídia brasileira na época, o "Diários Associados". Um ano antes, em 1953, surgia a maior empresa petrolífera brasileira: a Petrobrás. Em uma breve pesquisa no acervo digital do então jornal "Folha da Manhã", hoje “Folha de S. Paulo”, é possível detectar inúmeras manchetes e declarações contra o caráter estatal da empresa. Desde então, os veículos de comunicação consignaram ampla campanha de destruição do patrimônio brasileiro, em defesa da abertura do setor petrolífero à iniciativa privada.
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O que mudou? 61 anos após a criação da Petrobrás, os ataques à empresa não cessam e se configuram com a repercussão da Operação Lava-Jato. Hoje, os jornais, rádios, TV e internet estampam, diariamente, as denúncias contra a Petrobrás e utilizam casos de corrupção como subterfúgio para a privatização, como sinaliza uma série de editoriais, especificamente um do jornal "O Globo", de dezembro de 2014, que preconiza uma espécie de "refundação da estatal". Enquanto isso, notícias como "Petrobrás recebe o mais importante prêmio da indústria de petróleo" são escamoteadas da sociedade.
De acordo com o conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Paulo Metri, existem dois objetivos centrais nessas campanhas. "O primeiro é transmitir a ideia de que a Petrobrás receber áreas para pesquisar e produzir petróleo é algo prejudicial para a sociedade, porque os ladrões existentes nela vão roubar o que é público. Os roubos nas empresas privadas só são mais bem escondidos, pois o dono não quer mostrar a fragilidade da sua empresa.
Outro objetivo é preparar a população para uma futura privatização da Petrobrás", afirmou. Isso significa que, se a Petrobrás é incapaz de assumir áreas de exploração e está com sua capacidade financeira comprometida por conta dos casos de corrupção, a solução seria chamar as empresas estrangeiras. Errado.
Segundo Metri, o argumento de falta de capacidade financeira é mentira. "A Petrobrás tem capacidade financeira, bastando que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) retire a pressa desmesurada de implantação dos diversos projetos da empresa. Pressa esta que significa que o petróleo a ser produzido estará sendo exportado na pior época do preço do barril. Na verdade, este órgão busca estrangular a capacidade financeira da Petrobrás para ela não participar de muitos leilões e, assim, sobrar mais áreas para as empresas estrangeiras", alertou.
Por trás dessas manobras está na agenda do setor financeiro privado a mudança no marco regulatório e contratos de partilha. "Certamente, uma das estratégias é revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do pré-sal. Estas são conquistas do povo brasileiro que, em hipótese alguma, podem ser derrubadas e é nosso dever defender o patrimônio nacional", disse o engenheiro eletricista e diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Victor Marchesini, que trabalha na Petrobrás.
Destruição das empresas de engenharia
Concomitante aos ataques à Petrobrás, também estão as tentativas de destruição das empresas nacionais e da própria engenharia nacional. Isso porque, com as denúncias, é frequente o cancelamento de projetos e da construção de plataformas no Brasil, numa clara política de privilégio às contratações no exterior; umas das consequências da Operação Lava-Jato. "Além de prejudicar o desenvolvimento da tecnologia nacional e ameaçar os empregos, é flagrante a tentativa de destruição da engenharia nacional, responsável pela construção de projetos fundamentais para o desenvolvimento do país", preveniu Marchesini.
A petroleira Cibele Vieira, que é coordenadora geral do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo e trabalha na Petrobrás há 12 anos, é enfática: "Atacar a Petrobrás é atacar a força de trabalho. Omitem a informação de que a Petrobrás é uma das maiores e melhores empresas petrolíferas, cujos resultados operacionais e de novas tecnologias geraram o pré-sal e o pós-sal", declarou.
Além da defesa dos empregos e do desenvolvimento da tecnologia nacional, é essencial alertar também para a importância das empresas de engenharia civil brasileiras, que, além de formar quadros, fomentam setores como o de serviços e o da indústria.
Casos de corrupção
Ainda numa reconstrução histórica, enquanto Getúlio Vargas marcava a autossuficiência brasileira na exploração de petróleo com as mãos cobertas por óleo, Carlos Lacerda afirmava que havia um “mar de lama no Palácio do Catete”. Exatamente o que os meios de comunicação estão fazendo atualmente. A corrupção é colocada acima dos interesses nacionais e da soberania. "A mídia está passando a imagem, como sempre, de que tudo que é estatal não gera resultado e não serve para o povo brasileiro. É importante destacar que a corrupção não é algo exclusivo ao meio estatal, e também acontece no privado, ainda mais abafado", detalhou Cibele Vieira. Nesse sentido, os movimentos social e sindical são enfáticos na defesa da apuração, investigação e responsabilização de casos de corrupção na Petrobrás. "A corrupção é um problema estrutural da sociedade, que precisa ser enfrentado em sua raiz, com transparência, participação popular e controle social. Jamais com o desmantelamento de patrimônios nacionais", ressaltou o engenheiro Victor Marchesini.
Enfrentar as raízes da corrupção exige a reflexão do modelo de Petrobrás que queremos. Isso significa a defesa de uma empresa 100% pública e estatal; o fortalecimento de um Fundo Social Soberano; respeito às populações afetadas e a defesa de uma produção solidária, colaborativa e integradora. "Com uma Petrobrás 100% pública, que inclui transparência nas suas operações, com mínima ingerência de partidos políticos, sendo auditada pelos órgãos da administração pública e com controle social, que é um tema importante e pouco debatido, a empresa ficará mais imune à corrupção", propôs Paulo Metri.
Para além destas questões, é importante a defesa do financiamento público das campanhas políticas. "A arrecadação de doações por políticos junto às empresas privadas para suas campanhas pode ser considerada como o início do processo de corrupção em órgãos públicos", completou Metri. No entanto, já tramita em ritmo acelerado, na Câmara dos Deputados um projeto de contrarreforma política em defesa do financiamento privado de campanha, amplamente defendido pelo deputado e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A nossa defesa é por uma reforma política popular, por meio de uma Constituinte Exclusiva, que deverá mudar principalmente o caráter do financiamento, que, na nossa opinião, tem de ser público", disse Marchesini.
Cibele Vieira lembra que, junto com a reforma política, é preciso a urgente democratização dos meios de comunicação. "O resultado das eleições demonstrou que nem sempre a guerra da mídia vence, uma vez que, mesmo com desmoralizações, a presidenta Dilma foi reeleita. A FUP e a CUT irão lançar uma campanha nos veículos de comunicação em defesa da Petrobrás. Precisamos disputar a opinião pública", ela defendeu.
Fonte: Brasil de Fato
“Eu tocava acordéon e quando queria acompanhar com a mão esquerda … não podia. Em vez de acompanhar os ritmos com os dedos… o que fazia era apertar… não podia ser”, conta Pere Bosch, doente de Parkinson. Pere vive em Barcelona e há 16 anos recebeu o diagnóstico da doença. Ele é voluntário num projeto europeu que investiga formas de ajudar estes pacientes a ganharem mais autonomia nos diferentes estados da doença.
Imagem: Reprodução
Um sensor regista os movimentos e identifica os sintomas. Quando o paciente perde a coordenação, um estímulo acústico ajuda-o a retomar o trajeto regular. Os dados são enviados também por celular para os médicos, que podem seguir a evolução do paciente e adaptar a medicação e programas de reabilitação.
A neurologista Àngels Bayés, do Centro Médico Teknon, na Espanha, explica como funciona: “O aparelho informa o número de horas em que o paciente se encontra no estado de coordenação de movimentos, ou não, e como se passam as coisas em cada estado, se tem ou não bloqueios e o número de bloqueios que pode ter o paciente num dado espaço de tempo; a velocidade de marcha do paciente, etc. Quando o sistema detecta que há algum problema motor, pode ser acionado um sistema de pistas externas que ajudam o paciente a caminhar melhor”.
Foi num laboratório eletrônico da Espanha que o sensor foi desenhado e construído. O maior desafio para os investigadores foi introduzir elementos eletrónicos e algorítmos complexos num dispositivo pequeno, seguro e discreto.
“O acelerômetro recolhe a informação referente à aceleração. O magnetômetro referente a um campo magnético, é uma espécie de bússula eletromagnética e o osciloscópio o que faz é dar informação sobre os movimentos, basicamente de como o paciente se move no espaço. Esta informação é recolhida e analisada com uma série de algoritmos da matemática e, a partir daí, obtemos uma classificação de movimento”, explica o engenheiro eletrônico Carlos Pérez López, da Universidade Politécnica da Catalunha.
Os primeiros ensaios provaram que o dispositivo pode ser bastante útil no aumento da autonomia dos pacientes e eles próprios sugeriram melhorias no sistema, como conta a enfermeira Paola Quispe: “Os pacientes preferiam que os sensores fossem menores. Temos ainda um atraso de cerca de um minuto entre o momento em que o sensor identifica o problema e o sinal de estimulação acústica. Os pacientes também preferiam ter ritmos musiciais no lugar do som do metrónomo”.
Mas, agora os investigadores pensam já em ir mais longe: atribuir ao dispositivo a capacidade de regular a medicação dos pacientes em tempo real e dependendo das necessidades do organismo.
Antes, porém, o sistema tem que ser homologado como dispositivo médico, diz-nos o engenheiro de Telecomunicações, Joan Cabestany, do projeto Rempark.
“Temos que avançar para a qualificação deste dispositivo como dispositivo médico, por razões óbvias, porque um dispositivo destes ajuda os médicos a diagnosticarem melhor, bem como alterar a prescrição de medicamentos do doente e, claro, melhorar a saúde. Temos que avançar porque isto está bem regulamentado na Europa”.
Assista a reportagem do canal português:
Fonte: Euronews
Será exibido neste sábado (14/3), às 23h, o programa especial do JE na TV, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital). Também é possível acompanhar na internet, no mesmo dia e horário neste link.
Imagem: Reprodução
Nesta edição, a entrevista é com a presidente da Delegacia Sindical do SEESP do Grande ABC e vice-prefeita de Diadema, Silvana Guarnieri. Ela fala dos avanços das mulheres na profissão e na sociedade.
A reportagem mostra as articulações das centrais sindicais em defesa de mais direitos e contra as Medidas Provisórias 664 e 665. No quadro "No Ponto", o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala sobre a importância do 8 de Março.
“É uma data que precisamos sempre relembrar, pois significa importante bandeira de luta do movimento sindical em defesa de uma sociedade justa e igualitária", afirma Murilo Pinheiro, lembrando que ao longo dos anos o salário das engenheiras tem aumentado mas, "ainda existe uma luta muito grande a ser travada" pela equiparação dos rendimentos de homens e mulheres.
O JE será transmitido também para 48 cidades de todo o Estado em dias e horários diversos.
Confira aqui a grade já disponível.
Imprensa SEESP
Centrais sindicais - como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) -, movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e estudantis, como União Nacional dos Estudantes (UNE), convocam trabalhadores para um ato unificado nesta sexta-feira (13/3). Ao todo, haverá manifestações em 26 capitais do País.
Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
O ato é uma resposta antecipada a outro protesto marcado para este domingo 15, cuja pauta é o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Apesar de ser uma entidade ligada ao PT, a CUT promete protestar “contra o retrocesso”, em referência aos ajustes fiscais promovidos pelo governo que têm atingido direitos dos trabalhadores. No entanto, os sindicalistas enfatizam que o objetivo é também defender a democracia, além da Petrobras e de uma reforma política.
Em São Paulo, o ato da CUT está marcado para começar na avenida Paulista, número 901, em frente a uma das sedes da Petrobras, a partir das 15h, mesmo horário da concentração na Cinelândia, Rio de Janeiro. Às 17h será em Curitiba , na Praça Santos Andrade, e contará com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná (APP Sindicato), que tem promovido uma série de protestos contra o governador do Estado, Beto Richa (PSDB-PR) e levado milhares de professores às ruas.
“As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor”, diz uma nota divulgada pelas entidades, chamando para o ato desta sexta.
No documento, as organizações reforçam a importância de que é preciso respeitar os resultados eleitorais, em referência, justamente, à pauta dos manifestantes de 15 de março, que pretende pressionar o governo anunciando um suposto impeachment.“Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada”, dizem.
Em resposta às denúncias de corrupção que envolvem na Petrobras, que surgiram durante a deflagração da Operação Lava Jato, as organizações sociais, que representam milhares de brasileiros, propõem a reforma política. Entre 1° a 7 de setembro, mais de 400 organizações realizaram uma consulta popular que resultou em quase 8 milhões de votos a favor de uma constituinte exclusiva para reformar o sistema político. Agora, elas pressionam o Congresso Nacional para convocar um plebiscito oficial. Já está protocolado na Câmara um Projeto de decreto legislativo, de autoria dos deputados Luiza Erundina e Renato Simões, que convoca uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma política.
Vale lembrar que o processo de impeachment só ocorre após denúncia fundamentada, com acusação formal de crime de responsabilidade e não simplesmente por conta de descontentamento com a gestão atual. Para que os deputados tomem a decisão de aprovar o processo (uma vez que é a Câmara que inicia), é preciso seguir os critérios da Lei nº 1.079/1950, ou seja, dos crimes que atentam contra a nossa constituição como o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade na administração; a lei orçamentária; a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; o cumprimento das decisões judiciárias; entre outros.
Até hoje, desde 2010 (início do Governo Dilma), já houveram 14 pedidos analisados pelo Presidente da Câmara, mas nenhum foi para votação. Outro ponto relevante é que o crime tem de ter acontecido durante o mandato de presidente. Qualquer crime do qual o Presidente for acusado por períodos anteriores ao mandato não contam.
As chances de um impeachment hoje para a presidente Dilma Rousseff são perto de nulas. Não há acusação de nenhum crime de responsabilidade, e mesmo quando há suspeita de que ela esteve envolvida na venda da refinaria de Pasadena, por exemplo, são ações que ela tomou como ministra, antes de seu mandato em 2010. Ou seja, o atual presidente da Câmara não tem base legal para levar o pedido nem para a 1ª votação. Para entender em detalhes cada um destes crimes, clique aqui: http://bit.ly/1KSVYn1 .
Com informações de Carta Capital e Grupo de Apoio ao Protesto Popular (Gapp)
Confira o pronunciamento do presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, também presidente do SEESP, durante abertura do seminário “Água e energia – Enfrentar a crise e buscar o desenvolvimento”, na quinta-feria (12/3). Realizada pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), a atividade inaugurou a série de eventos que nortearão a próxima etapa do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Abaixo o discurso transcrito:
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Murilo Pinheiro durante abertura do seminário da FNE, em 12/3
É o projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento que, ao longo destes mais de oito anos, tem sido capaz de promover a convergência de ideias e ações de centenas de especialistas, dos mais diversos ramos profissionais, e tem permitido que suas proposições alcancem um amplo público, desde altas autoridades públicas a lideranças empresariais, meios de comunicação, a categoria profissional dos engenheiros, o ambiente acadêmico e a sociedade em geral.
Uma premissa decisiva do Cresce Brasil é que o Brasil precisa, pode e deve crescer a taxas anuais significativas e que todas as eventuais dificuldades de um processo de crescimento acelerado não podem servir de suporte para concepções negativas, entre as quais as teses de um pequeno ”PIB potencial”, de um “inevitável” risco inflacionário intrínseco e de uma “incapacidade estrutural” de nosso setor produtivo.
Nossa preocupação constante é buscar soluções factíveis para contornar os percalços da aceleração da produção e do consumo e temos sempre insistido que as ferramentas da engenharia podem contribuir muito para isso. Esse é o sentido maior que nossa federação vê no evento que ora iniciamos – o seminário Água e energia –, sobre o qual gostaríamos de discorrer brevemente.
Queremos debater o quadro de fornecimento de dois insumos-chave, água e luz, para adotarmos uma linguagem coloquial, do ponto de vista das demandas produtivas do País e evitar, ao máximo possível, uma postura que tem preponderado, principalmente na abordagem cotidiana dos meios de comunicação: o enfoque “individual”, do consumidor doméstico, do usuário “pessoa física”.
Propomos que nossas atenções se concentrem nos aspectos estruturais das atividades de produção e distribuição de recursos hídricos e de energia elétrica e nos impactos que provocam no processo econômico do País. Nossa opinião é que, se bem formulados os desafios e as soluções “macro” para esses setores, uma das consequências automáticas será o bom atendimento, a preços razoáveis, das demandas por energia elétrica e água tratada dos lares brasileiros.
Vivemos um momento de sérias preocupações para aqueles que, como nós, estão convencidos que o único caminho viável para a superação das desigualdades sociais em nosso país e para a melhoria significativa do padrão de vida dos brasileiros é o da expansão econômica.
Como já frisamos no convite para este seminário, a Federação Nacional dos Engenheiros coloca em pauta tema que a entidade considera essencial neste cenário: a necessidade de se combater a recessão econômica, mantendo a meta do desenvolvimento, com geração de emprego e renda. Como vem defendendo a FNE, por meio do seu projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento, é fundamental dotar o País da infraestrutura produtiva adequada ao crescimento, assim como desenvolver programas efetivos de eficiência energética e economia de água. No entanto, refrear a produção e as chances de o País avançar não pode ser considerada uma alternativa”.
Com a intenção explícita de situar nossas discussões sobre recursos hídricos e energia elétrica como parte integrante de um debate maior – o dos rumos da economia e da estrutura produtiva do País –, convidamos o professor Antonio Correia de Lacerda para proferir a conferência inicial Evitar a recessão no Brasil. Ele, com certeza, trará contribuições fundantes para nós e não temos nenhuma pretensão de substituí-lo nessa intervenção de abertura. Gostaríamos, no entanto, de tecer alguns comentários sobre o quadro presente e as possíveis rotas de superação.
Não se pode negar que há um mal-estar generalizado com o desempenho econômico brasileiro, particularmente nos dois últimos anos.
A expansão do consumo de massas não se dá mais no mesmo ritmo de antes. Surgem desequilíbrios sérios nas finanças públicas. A demanda interna por bens é cada vez menos suprida por oferta de produção nacional, gerando crescentes déficits de balança comercial e de pagamentos. As taxas de juros, já exageradas e crescentes, inibem o consumo e penalizam os investimentos produtivos. O descompasso cambial, associado a uma estrutura tributária excessivamente complexa e regressiva, é fator que induz a uma desindustrialização precoce e perigosa. A criação de novos empregos e o aumento do valor real dos salários começam a ser ameaçados.
Para enfrentar tais problemas, cristalizam-se, em linhas muito gerais, duas correntes.
De um lado, sob forte influência dos interesses financeiros e das concepções rentistas, há os que pregam a “austeridade”, um choque recessivo que, pela redução de salários, pelo aumento das taxas de desemprego, pela severa restrição aos investimentos públicos e pela interrupção de medidas de política industrial afirmativa, viria a “colocar a economia brasileira no ritmo que lhe é possível”.
O economista Paul Krugman, ao referir-se a tal projeto, conforme vem sendo adotado em vários países europeus, emprega uma expressão que nos parece muito adequada: é um “austericídio”.
Provoca-se, em nome de um hipotético futuro reequilibrado, uma “morte social súbita”, trazendo de volta fenômenos como os do desemprego em massa, dos salários aviltantes e da acelerada ampliação dos desníveis econômicos entre os cidadãos, cenário que vinha sendo superado por décadas em todos os países que adotavam uma relação equilibrada e profícua entre as condicionantes de mercado e as demandas da população.
Outro caminho, ao qual se filia a Federação Nacional dos Engenheiros, é o da superação das dificuldades e contradições da trilha do desenvolvimento através da contínua expansão do consumo, da produção e do investimento, inclusive estatal naqueles setores que assim o exigem.
Para nós, a solução para os problemas do crescimento é mais crescimento, e a chave para que isso se dê de modo virtuoso é um conceito muito caro aos engenheiros: nosso desafio é o da produtividade.
De imediato, queremos estabelecer um parâmetro: não se trata, como se faz nas abordagens mais ligeiras ou guiadas por interesses particulares, de focar exclusivamente a produtividade do trabalho humano. Temos que, também, analisar a urgente necessidade de ganhos na produtividade do capital.
O custo de capital no Brasil, artificialmente elevado pela prática de taxas de juros em completo descompasso com os padrões internacionais, é a primeira grande barreira a ser eliminada para ampliação da produtividade geral, seja no financiamento de estoques, no acesso a recursos de giro ou, principalmente, na redução dos custos de investimentos produtivos.
Ao mesmo tempo em que onera a operação produtiva privada, a ciranda financeira penaliza o Estado, reduzindo sua capacidade de prestação de serviços públicos, deteriorando sua possibilidade de regulação e controle e impedindo que seja executada satisfatoriamente sua tarefa de investidor, mais notadamente como provedor de infraestruturas de uso comum.
Simultaneamente, temos o dever de ampliar a produtividade do trabalho, sem que isso provoque a redução generalizada de postos de trabalho. Sensíveis melhorias no ensino formal; universalização do acesso à informação e ao conhecimento; programas sérios de treinamento e recapacitação profissional; redução da excessiva rotatividade – que desperdiça, continuamente, as competências adquiridas – são algumas das diretrizes a balizar iniciativas corretas nesse campo.
O suporte público e a disposição empresarial para a inovação, para a adoção de métodos e processos produtivos continuamente modernizados, aumentando eficiências, reduzindo desperdícios, eliminando redundâncias e baixando os custos de produção são uma frente que tem que ser abordada com seriedade e dedicação.
Alocação de recursos, públicos e privados, para pesquisa e desenvolvimento; estabelecimento de um mercado dinâmico de capital de risco; orientação do parque produtivo para a absorção das melhores práticas são elementos que permitem o aumento simultâneo de produtividade do trabalho e do capital.
Para sintetizar em um mote, “menos finanças, mais engenharia”.
Outra necessidade urgente é ampliar a produtividade na obtenção e fornecimento de insumos essenciais, como água e energia elétrica. Para tratar do tema, teremos amanhã a participação de Newton Lima de Azevedo, João Alberto Viol e João Sérgio Cordeiro. Eles certamente abordarão a questão com muito mais profundidade e exatidão do que nos cabe fazer agora. O que esboçaremos, portanto, são mais linhas de indagação e sugestões de enfoque para nossos trabalhos, através de uma singela listagem de tópicos para debate.
A escassez de chuvas nas principais regiões de produção industrial do Brasil desnudou a inter-relação entre os sistemas de fornecimento de água e energia elétrica no Brasil, já que temos a espinha dorsal de nosso sistema elétrico na geração hídrica. Isso implica reequacionamento racional da destinação da água captada, evitando conflitos de uso.
Ao mesmo tempo, as restrições naturais com que nos defrontamos – e que podem vir a se repetir no futuro – colocam em pauta o desenho de nossa estrutura de produção de energia elétrica. Temos que compatibilizar sustentabilidade ambiental, diversificação de fontes e métodos e a melhor relação custo/benefício possível. Geração térmica, eólica, solar, nuclear, entre outras, passam a exigir séria atenção.
Julgamos, também, merecer atenção especial a utilização de água pelo setor agropecuário, que é um dos fortes sustentáculos de nossa economia. A agricultura brasileira, altamente produtiva, é o maior usuário de água no País e não pode ter seu desenvolvimento interrompido. Isso demanda um esforço científico e tecnológico, nos mesmos moldes do que permitiu nosso sucesso produtivo no campo, no sentido da implantação de sistemas de irrigação de eficiência máxima.
Quanto à obtenção de água, há, também, que se estudar seriamente a viabilidade da redução da dependência do regime pluviométrico, o que implica analisar alternativas de captação de subsolos, técnicas avançadas de transposição, processos de dessalinização e métodos eficazes de reservação estratégica.
Um tema que nos parece decisivo é o da redução das perdas e dos desperdícios. Há um evidente descompasso entre os volumes de energia elétrica e água produzidos no País e o quanto efetivamente é empregado pelos usuários desses insumos. Melhorias nos sistemas de transmissão e distribuição; maior eficiência energética dos equipamentos produtivos; redes de monitoramento; adoção de métodos de reúso; processos de manutenção preventiva e corretiva são algumas das abordagens que gostaríamos de ver tratadas neste seminário.
No caso da energia elétrica, precisamos discutir intensamente dois aspectos adicionais: as políticas tarifárias e os planos de expansão das estruturas de geração, transmissão e distribuição.
A correta decisão do governo federal, de redução substancial dos custos de energia elétrica no Brasil, principalmente a destinada a fins produtivos, teve que confrontar-se com interesses setoriais os mais diversos e provocou descompassos entre “mercado livre” e as operações reguladas. Ao mesmo tempo, a necessidade, provocada pela falta de chuvas, de acionamento contínuo do parque gerador térmico, de custos bem mais elevados, operou no sentido contrário ao intencionado. A resultante desses processos é a criação de um cenário de insegurança econômica, com efeitos deletérios na formação de preços de produtos e no investimento produtivo.
Urge estabelecer políticas realistas e de longo prazo que pacifiquem o desenho tarifário e permitam o planejamento da produção.
De outra parte, é de suma importância superar gargalos – como, por exemplo, o dos descompassos entre os projetos de geração e de transmissão – e examinar, sem preconceitos, modelos como os das pequenas unidades geradoras, da cogeração a partir de biomassas e a combinação de alternativas de hidrelétricas com reservatórios e a fio de água.
Para abordar tais questões, contaremos com Paulo Pedrosa, Amilcar Guerreiro e José Aníbal, que o farão com maestria.
A Federação Nacional dos Engenheiros também gostaria de realçar o papel de multiplicador que os investimentos em água e energia elétrica têm no processo econômico. Além de sua essencialidade – pois sem um fornecimento seguro e crescente desses insumos a custos razoáveis, toda a estrutura produtiva do País fica ameaçada –, o volume de investimentos demandados pela ampliação e manutenção dos sistemas de abastecimento de eletricidade e água é uma alavanca poderosa na geração de lucros e empregos.
Setores dinâmicos como os das construções pesadas, da indústria de bens de capital, da metalurgia e de componentes eletrônicos, entre muitos outros, serão fortemente estimulados por uma política firme de segurança hídrica e energética, em um processo de sinergia positiva.
Por fim, queremos deixar um misto de alerta e sugestão: tem havido, a nosso ver, uma excessiva e má ”politização” nas discussões mais recentes sobre água e luz no Brasil. Sabemos da importância da política em qualquer sociedade democrática e avançada e não temos nenhum preconceito quanto ao seu exercício. Tampouco nos guia alguma “inocência interessada”.
Cremos, porém, que a melhor contribuição que os engenheiros podem dar para o correto tratamento desses temas é a do primado da ciência, da técnica e do interesse nacional. Portanto, convidamos todos os participantes deste seminário a deixarem de lado, ainda que momentaneamente, a busca de “culpados” ou “responsáveis”, concentrando-se no que marca nossa profissão: a busca das melhores soluções possíveis, condicionadas pela realidade, sem fantasias e com o máximo de postura cidadã.
São Paulo, 12 de março de 2015.
*Murilo Celso de Campos Pinheiro é presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) - Pronunciamento de abertura do seminário “Água e energia – Enfrentar a crise e buscar o desenvolvimento”
Com o auditório lotado, centenas de engenheiros da Prefeitura de S. Paulo reunidos, em Assembleia Geral Extraordinária, no auditório do SEESP, no Centro da capital, aprovaram por unanimidade um novo cronograma de mobilização para pressionar o Executivo municipal a enviar o projeto de lei (PL) da carreira própria para a categoria, juntamente com arquitetos, que também estiveram no encontro desta quarta-feira (11/3).
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Assembleia reuniu centenas de engenheiros da Prefeitura de SP para definir nova agenda de luta
A assembleia começou por volta das 13h com a leitura de um abaixo-assinado para pedir que o Sindicato dos Servidores de São Paulo (Sindsep-SP) não interfira nas negociações do PL.
Em seguida, tomaram a palavra os delegados sindicais do SEESP e o assessor da entidade, Carlos Hannickel, que enfatizou a luta dos servidores até o presente momento. “O que nós temos hoje é algo muito significativo e temos sempre que lembrar que chegamos até aqui hoje graças a união de todos vocês presentes. Foi esse união que fez com que saíssemos do PL312, que estabeleceu o subsídio aos demais cargos de nível superior. Passamos a ter voz ativa na Câmara”, frisou Hannickel.
De acordo com a proposta aprovada, um ato está previsto para dia 25 deste mês. No dia 31, será feita uma nova assembléia que deverá decidir se aprova, ou não, indicativo de greve para 1º de abril.
Histórico
No final do ano de 2014, após um ano intenso de mobilização por reposição das perdas salariais e por carreira própria, o PL 312/14, que estabelece remuneração aos servidores públicos municipais por subsídio, que congela as gratificações conquistadas, o que o SEESP repudia, foi aprovado sem incluir engenheiros e arquitetos. O PL acabou sendo aprovado e a lei sancionada no dia 13 de janeiro e publicada no Diário Oficial (como Lei Municipal nº 16.119/2015).
A retirada dos engenheiros e arquitetos do subsídio foi comemorada e, logo em seguida, a Câmara dos Vereadores enviou ao Executivo o texto sugerido, pelos próprios profissionais, ao PL da carreira própria. Desde então, os servidores aguardam o envio do mesmo à Câmara, que deverá ser de autoria da administração municipal, e representará a contraproposta da Prefeitura.
Os servidores também reivindicam mudança na Lei Salarial 13.303/02, que permite conceder reajuste de apenas 0,01%. Desde maio de 2007, os servidores do município, incluindo os engenheiros, acumulam perdas inflacionárias de 49,46%, segundo o INPC/IBGE - cálculos de meados de 2014.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Na solenidade em que sancionou a lei que coloca o feminicídio na lista de crimes hediondos e o considera homicídio qualificado, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso em defesa dos direitos e do protagonismo das mulheres. Ao citar outros tipos de discriminação, como a racial e a contra homossexuais, Dilma disse que os casos de violência contra qualquer minoria têm origem na intolerância e no preconceito e pediu a colaboração de todos no combate à violência. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, na segunda-feira (9/3).
“Eu proponho que todas as mulheres desmintam o velho ditado de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Nós achamos que se mete a colher sim, principalmente se resultar em assassinato”, defendeu a presidente, ao acrescentar que parentes e amigos não devem se omitir em situações como essa.
“Meter a colher neste caso não é invadir a privacidade, é garantir padrões morais, éticos e democráticos. Quem souber de casos de violência deve denunciar”, defendeu. Segundo ela, ações nesse sentido podem salvar a vida de uma mulher.
“Existem brasileiros, e nós sabemos, que enxergam como exagero essa lei. Que consideram excessivas as leis que punem racistas, porque consideram que não há racismo no Brasil”, criticou. Ao calcular que 500 mil mulheres são vítimas de estupro por ano, a presidenta destacou que 10% dos casos chegam às autoridades policiais porque “as mulheres que sofrem, muitas vezes têm medo e vergonha de denunciar”.
Integrantes da Via Campesina, do Movimento das Mulheres Camponesas, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e do Movimento Brasileiro dos Sem Terra foram ao evento, no Palácio do Planalto. Antes da cerimônia, e quando Dilma foi anunciada, os presentes gritaram palavras de ordem pela reforma agrária e de apoio à sanção da lei: “Na sociedade que a gente quer, basta de violência contra mulher”.
De acordo com a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, os números comprovam que a maioria das mortes violentas de mulheres ocorrem nas próprias residências. “É no âmbito doméstico, nas relações privadas e mais íntimas, que a violência tem sido cometida. Via de regra [a violência é cometida por] quem mantém ou mantinha relação de afeto com a mulher.”
O projeto de lei, aprovado na semana passada pelo Congresso Nacional, foi elaborado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra a Mulher. O texto modifica o Código Penal para incluir o crime – assassinato contra a mulher por razões da condição de sexo feminino – entre os tipos de homicídio qualificado. A lei considera como razões de condição de sexo feminino violência doméstica e familiar, o menosprezo ou a discriminação contra a condição de mulher.
Fonte: Agência Brasil
Começaram a valer nesta terça-feira (10/3) as novas regras previstas no Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A partir hoje, as empresas de telecomunicações (teles) devem disponibilizar um espaço em sua página na internet para que o consumidor possa acessar livremente dados como o contrato e o plano de serviço, os documentos de cobrança dos últimos seis meses, o histórico de demandas, o perfil de consumo e os registros de reclamações, inclusive com a opção de solicitação de gravação de seus pedidos.
Nessa área reservada na internet, o consumidor poderá ter ainda um relatório detalhado, com informações como o número chamado, com a área de registro, data e horário das comunicações. O volume diário de dados trafegados e os limites de franquias também devem ser informados, assim como o valor da chamada, da conexão de dados ou da mensagem enviada.
De acordo com o regulamento, que vale para empresas de telefonias fixa e móvel, internet e TVs por assinatura, as prestadoras também deverão disponibilizar na internet um mecanismo de comparação de planos de serviços e ofertas promocionais. Nesse caso, o cliente poderá ter acesso ao seu perfil de consumo, o que permitirá saber como usar os serviços de telecomunicações contratados, os planos e promoções oferecidos e escolher de forma consciente aquele que lhe parecer mais interessante.
A prestadora será obrigada a elaborar uma conta, de forma clara e uniforme, para que o consumidor possa compreender o que está sendo cobrado. O documento deve conter, por exemplo, a identificação do período que compreende a cobrança e o valor total de cada serviço, as facilidades cobradas, bem como de promoções e descontos, além da identificação de multas, juros e tributos.
Outra determinação que passa a valer é a obrigação de a prestadora gravar todas as ligações entre ela e o consumidor, independentemente de quem tenha feito a ligação. Caso o consumidor solicite uma cópia da gravação, a prestadora deve disponibilizá-la em, no máximo, dez dias. O pedido pode ser feito em qualquer um dos canais de atendimento da prestadora.
O regulamento foi aprovado no início do ano passado pela Anatel e estabelecia prazos para que cada determinação começasse a valer. Já estão em vigor, por exemplo, regras que garantem o cancelamento do serviço por telefone ou pela internet sem falar com um atendente, o retorno da ligação em caso de descontinuidade do atendimento, a validade mínima de 30 dias para créditos de celulares pré-pagos e a oferta de promoções iguais tanto para novos clientes quanto para os antigos.
Para a Proteste Associação de Consumidores, as novas regras devem facilitar a vida do consumidor com acesso à internet, se forem cumpridas pelas operadoras de telecomunicações. No entanto, a entidade alerta ao consumidor que cobre os novos direitos e denuncie desrespeitos, lembrando que as operadoras se mantêm como campeãs de queixas nas entidades de defesa do consumidor por má prestação de serviços.
Os detalhes sobre os direitos do consumidor previstos no regulmento estão no site da Anatel.
Fonte: Agência Brasil
Em novembro de 2014, a Assembleia do Conselho de Representantes da CNTU, elegeu sua diretoria para o período 2015-2018 reconduzindo ao cargo de presidente da entidade o engenheiro Murilo Celso de Campos Pinheiro. Na ocasião, também foi aprovado o plano de trabalho para 2015, com metas voltadas a fortalecer a organização sindical, defender e avançar na luta por direitos, insidir na vida política nacional, com as contribuições, demandas e mobilizações das categorias profissionais universitárias . Nesta terça, 10 de março, às 18h30, a nova gestão terá início, com a posse solene no Memorial JK, em Brasília (DF), e o compromisso de fazer justiça ao início de mandato na primeira semana de março, quando se comemora a luta das mulheres no mundo.
Foto: Beatriz Arruda/Montagem: Imprensa SEESP
"Embora mais recente na vida da entidade, a organização das trabalhadoras universitárias foi uma pauta importante no último ano e será reforçada no ano de 2015 na confederação", diz a vice-presidente, também reeleita, Gilda Almeida. Ela se refere ao papel da CNTU na capilarização do debate sobre as questões de gênero nas federações e sindicatos que integram à entidade. Através dos temas trabalho, saúde e sindicatos, definidos pelo Coletivo de Mulheres da CNTU, esse debate vem trazendo resultados motivadores, na visão da vice-presidente.
"A CNTU tem apenas seis anos, e tudo é novo. Apesar do pouco tempo, já produzimos uma revista, realizamos reuniões e um encontro e já temos encontros regionais previstos para 2015", avalia. A contribuição da CNTU, segundo ela, já é importante ao motivar as profissionais universitárias ao debate sobre sua condição. "É um equívoco pensar que essas trabalhadoras, por serem mais esclarecidas, como formação, não precisam lutar por direitos". Os exemplos estão no salário menor, na maior dificuldade de ascenção profissional em relação aos homens, e outros indicadores apontados na publicação, A CNTU e a luta das mulheres http://www.cntu.org.br/cntu/_FILES/publicacoes/12122014-104437-acntuealutadasmulheres.pdf
Outro aspecto relevante é a presença majoritária das mulheres nas categorias da saúde, e o fato de que as quatro grandes, das médicas, farmacêuticas, nutricionistas e odontólogas, estão na CNTU. "Essas federações também fazem atividades e trazem contribuições. Onde a presença da mulher é menor, como na engenheira e economia, precisamos avançar mais". Os encontros previstos para este ano permitirão maior integração nas regiões e entre as categorias, aumentando o compromisso das entidades com as reivindicações das mulheres, e também a participação destas nas diferentes agendas da confederação.
Um ano de mobilização
Na Assembleia em que foi reeleito, o presidente Murilo Pinheiro destacou a atuaçao da entidade pelo desenvolvimeno e a adesao à pauta unitária do movimento sindical no Brasil, como a redução da jornada, a manutenção dos direitos trabalhistas, o fim do fator previdenciário e a manutenção da política de valorização do salário mínimo.
O Plano de Trabalho para 2015 aponta para uma atuação em defesa do mercado de trabalho, ações junto aos orgãos públicos e ao legislativo, defesa do direito à qualificação e da capacitação, estratégias de comunicação, mobilização conjunta com os movimentos sociais e inserção da CNTU no cenário internacional. A confederação também dará continuidade à campanha Brasil Inteligente, que reune metas e propostas factíveis nos campos da saúde, qualidade de vida e desenvolvimento nacional, elaboradas em conjunto com as suas entidades.
Confira a diretoria eleita para o período 2015-2018
Diretoria efetiva
Presidente – Murilo Celso de Campos Pinheiro
Vice-presidente – Gilda Almeida de Souza
Diretor administrativo – José Ferreira Campos Sobrinho
Diretor de Finanças – Geraldo Ferreira Filho
Diretor adjunto de Finanças – Ernane Silveira Rosas
Diretor de Relações Sindicais – Odilon Guedes de Pinto Junior
Diretor de Articulação Nacional – Allen Habert
Suplentes
Maria Maruza Carlesso
Welington Moreira Mello
Jorge Sale Darze
José Ailton Ferreira Pacheco
Waldir Pereira Gomes
José Carlos Ferreira Rauen
Mario Antonio Ferrari
Conselho Fiscal
Titulares
José Carrijo Brom
Eglif de Negreiros Filho
Sebastião Aguiar da Fonseca Dias
Suplentes
Francisco Jusciner de Araújo Silva
Zaida Maria de Albuquerque Melo Diniz
José Maria Arruda Pontes
Fonte: Redação CNTU