No domingo (29/11), milhares de pessoas em diversas partes do mundo marcharão pelo clima do planeta. A data é véspera do início da Conferência das Partes (COP) 21, a mais importante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aquecimento global, que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro, em Paris, França.
Imagem: divulgação
Em entrevista para a edição 163 do Jornal Engenheiro, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, que reúne organizações brasileiras para debater o tema, falou das expectativas positivas em relação ao encontro. Formado em administração, com mestrado e doutorado em Biologia Tropical e Recursos Naturais, o especialista afirma que o mundo vive um momento especial e bastante propício a um acordo amplo e efetivo. No entanto, alerta para o grau de comprometimento das partes, que deve ser maior para que se atinja uma nova trajetória, descendente, das emissões de gases de efeito estufa, que aumentam o aquecimento global e compromete o planeta.
“A COP 21 diferentemente das outras, é a primeira que resulta de um processo de negociação que visa efetivamente um acordo global de clima, com responsabilidade e compromisso de todos os países”, afirma Rittl.
Uma das metas propostas pelo Brasil é aumentar a participação de fontes renováveis na geração de energia. Atualmente, considerada toda a capacidade de geração de energia brasileira, as chamadas fontes de energia renováveis - eólica, dos ventos; solar, dos raios do sol; e biomassa, da cana de açúcar e outros sólidos - correspondem a 14% da produção nacional, segundo dados do Instituto Acende Brasil. Já as mais tradicionais (hidráulica e térmica), são responsáveis pelo restante (86%). Para alcançar a meta que será apresentada em Paris, o Brasil terá mais que dobrar o uso dessas fontes alternativas nos próximos 15 anos.
Recentemente, Brasil e Estados Unidos anunciaram metas comuns, estabeleceu que a matriz energética de ambos os países deve ter uma participação entre 28% a 32% de fontes renováveis até 2035 – desconsiderando a produção hidrelétrica, já que sua utilização representa grande impacto ambiental.
“Em energia eólica até que o Brasil se desenvolveu relativamente bem nos últimos anos, frente a outros países, mas frente ao nosso potencial é bem menor do que poderia ser”, avalia.
Quase dois mil eventos pelo mundo foram organizados para a véspera da COP21. m São Paulo, por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Mobilização Mundial pelo Clima, que reúne organizações da sociedade civil, uma grande marcha acontece, às 14h, saindo do vão livre do Masp, na avenida Paulista, que seguirá até o Parque Ibirapuera, onde acontece o “Show pelo Clima”.
Enquanto a edição do Jornal Engenheiro não sai, acompanhe abaixo a íntegra da entrevista com Carlos Rittl.
Qual o panorama político internacional atual sobre a questão ambiental? E como o Brasil está se preparando? O Brasil faz parte do conjunto dos 160 países que anunciaram no final de setembro quais são os compromissos que pretendem assumir no âmbito do novo acordo, com intenção de redução de emissões, como tratar da adaptação das mudanças climáticas, como pretendem implementar as ações, se com recursos próprios ou apoio externo. No caso do Brasil, quase que a totalidade dos compromissos independe de apoio externo. Brasil colocou meta de redução de emissões absolutas em relação ao ano anterior - ano de referência é 2005 -, o que é bastante diferente do que a grande maioria dos países em desenvolvimento, que apresentaram metas de natureza diferente. O Brasil apresentou metas absolutas de 37% de redução das emissões das reduções em 2020, em relação a 2005, e, uma meta indicativa, de uma redução maior em 2030 de 43% - em relação às emissões do Brasil em 2005. O ano de 2005 tem sido utilizado pelos demais países como referência.
O Brasil tem uma proposta mais interessante, então?
Aquilo que o Brasil esta se propondo a fazer, comparando com outros grandes países em desenvolvimento, a meta é melhor que a de países como China, Índia, África do Sul, México e Coreia do Sul. Alguns países como África do Sul, México e Coreia do Sul apresentaram meta de redução de emissões que não é comparado ao ano anterior, ela é uma meta de redução em relação a uma projeção futura, no caso de não haver ação climática.
No caso de China e Índia, apresentaram uma meta de natureza de intensidade de carbono da sua economia. Ou seja, quanto se emite de gás efeito estufa por unidade de PIB. Estão, estão se propondo a reduzir sua intensidade de carbono por unidade de PIB, mas não falam em redução absoluta das emissões, como o Brasil.
Agora, quando a gente olha o que seria a responsabilidade do Brasil em relação ao clima, qual a fatia de esforço que cabe ao Brasil fazer para a gente limitar o aquecimento global, o que o País está se propondo a fazer é menos do que deveria fazer. No entanto todos os grandes países estão se propondo a fazer menos do que era esperado. Logo, a meta do Brasil também é menor do que é esperado. As nossas estimativas para 2030 para o Brasil é de que as emissões serão 30% maior de um limite adequado, do ponto de vista do clima. E ai quando a gente olha para dentro do País e vemos a lista de ações previstas, verifica-se que de fato estamos fazendo menos não só do que a gente deve, mas também do que a gente pode fazer. Por exemplo, a gente tem ação para eliminar o desmatamento só na Amazônia e somente em 2030. Ou seja, serão mais 15 anos de desmatamento ilegal na região amazônica e muito mais tempo em outras regiões.
Temos meta de aumento de participação de fontes de energias renováveis na nossa matriz, que já é uma tendência atual, ou seja, não depende de nenhuma revolução, incentivo ou estímulo ao desenvolvimento de determinados setores, como o de energia solar, onde temos investido muito pouco, principalmente se comparado a outros países.
Existe pouca política de incentivo a essas outras matrizes energéticas, como fotovoltaica?
Exato. E a gente poderia inclusive combinar políticas em setores que são estratégicos, como combinar política energética com política climática, fiscal e tributária, também com a política industrial, a de ciência, tecnologia e inovação. Isso só para citar algumas. Deveria olhar para um pacote de instrumentos que temos vinculados a essas politicas e como harmonizá-los de uma forma que fomente um desenvolvimento mais acelerado dessas fontes renováveis, como solar, eólica, que carecem de incentivo. A energia eólica até que o Brasil se desenvolveu relativamente bem nos últimos anos, frente a outros países, mas frente ao nosso potencial é bem menor do que poderia ser.
E a política de resíduos de sólidos também poderia contribuir com a redução das emissões?
Sim. Se a gente tivesse implantando efetivamente a politica de resíduos sólidos teríamos condições de aproveitar uma fonte de energia que é o gás metano gerado pela queima do lixo, nos aterros sanitários, substituindo possivelmente outras fontes não renováveis. A politica de resíduos conversa com a política de clima porque se você não tiver uma disposição adequada de resíduos, uma logística reversa, eles vão se acumulando nos aterros sanitários. Isso poderia ser uma boa combinação que solucionaria tanto a questão do descarte de resíduos, quanto contribuiria com a questão da geração de energia e reduzir o volume nos aterros sanitários. Junto a isso tem questões de saúde implicadas.
Quer dizer, existem diversas medidas que poderiam estar sendo colocadas em prática para contribuir com as reduções?
Mudanças climáticas é um assunto muito transversal então dialoga com politicas de energia, de agricultura pecuária, floresta, com agenda de saúde, de resíduos, de recursos hídricos, e deve ser tratada dessa forma, com visão estratégica, de planejamento e com visão de longo prazo. No entanto, a gente não está fazendo isso hoje. Temos um conjunto interessante de políticas de clima, mas que são dissociadas dos grandes investimentos e de políticas de investimento de outros setores, como em infraestrutura, em energia, em mobilidade, de políticas industriais, que pudessem fomentar de maneira mais incisiva, em grande escala, o aumento da incidência de diferentes setores da nossa economia, como por exemplo para reduzir o consumo de energia. Então falta essa coordenação, esse olhar sistêmico sobre nossas políticas.
É possível investir em desenvolvimento e ao mesmo tempo buscar essa redução das emissões e mitigação das mudanças climáticas?
Não só é possível como é necessário. Não passamos apenas por uma crise climática, temos outros grandes problemas associados à maneira como a gente produz e consome no mundo inteiro. Existe uma série de desafios a serem enfrentados, sob o ponto de vista das politicas públicas, dos investimentos, públicos e privados, e do ponto de vista das estratégias de como a gente se desenvolve. Precisamos refletir sobre como a nossa economia cresce, como a gente atende demandas, sejam de infraestrutura, de geração de energia, de produção de alimentos.
A engenharia pode então contribuir nesse panorama futuro?
Sim. No caso de engenharia de construções sustentáveis tem tomado corpo e chamado a atenção de muitos agentes econômicos em todo o mundo, com soluções mais eficientes tanto na utilização de recursos, quanto no aproveitamento de luz do próprio ambiente, com construções que priorizem refrigeração natural. É um desafio enorme, mas é algo que precisa ser visto.
Em infraestrutura, existe o termo climate smart, que é uma infraestrutura que se estabelece com menos emissões de gás de efeito estufa, que está adaptada a um clima mais difícil, mais hostil, com temperaturas extremas, sob condições de desastres naturais intensos e que tem maior capacidade de lidar com esses eventos do clima. É uma linha de discussão que é uma infraestrutura adequada em tempos de mudanças climáticas. E precisa lidar com o que vai acontecer com o clima, mesmo que consigamos reduzir as emissões. Ter esse foco em climate smart significa adotar uma infraestrutura inteligente, do ponto de vista do clima. Se precisarmos construir estradas em determinada região com um cenário de muita chuva, além da média histórica, é possível que se conclua que o nível deve ser maior do que se construiria há 20 anos. Um exemplo disso são as estradas que conectam Rondônia ao Acre, que alagam sempre no início do ano com as chuvas e acabam impedindo o transporte de insumos para o consumo humano. Se a gente não olhar para o clima futuro, como ele tende a se comportar, para planejar essa infraestrutura, teremos estruturas de risco, sujeitas aos riscos climáticos, gerando grandes prejuízos. Nos portos, também há projeção de alteração no nível do mar. Portanto terá de haver mudanças nessa infraestrutura.
E é necessário ter esse olhar integrado sobre os processos.
É necessário ter esse olhar. Importantíssimo que o setor de construção se mova cada vez mais rápido para alinhar as necessidades de infraestrutura e construções urbanas a esse clima que está se transformando. E é claro, junto a isso, quando mencionamos essas transformações, parece que haverá somente adição de custos. É importante que se diga que haverá uma necessidade de esforços, de ajustes, de mudanças dos modelos atuais, como se planeja e implementa essas obras, mas também estamos falando, ao mesmo tempo, de oportunidade, de geração de novos empregos, de inovação, e a engenharia desempenha um papel fundamental nisso porque serão as inovações tecnológicas que possibilitarão que os países deem um salto, e não apenas aquele desenvolvimento incremental de tecnologia. Grandes soluções estão surgindo no mundo inteiro, sob o ponto de vista de energia e de construções, do uso eficiente de recursos, de materiais, tem uma contribuição muito grande da engenharia, das diferentes linhas da engenharia.
E como se dará um pacto nacional pela redução das emissões?
No âmbito das negociações internacionais, quem assume os compromissos perante a convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas são os governos nacionais. Só que o compromisso assumido lá fora, acaba se traduzindo em politicas e medidas em ações nacionais, que vai se traduzir em ações setoriais. Então, é preciso levantar onde estão as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa no país e apontar os setores que mais podem e devem contribuir. Quais ações vamos programar para reduzir as nossas emissões nas diferentes áreas? Quem são os grandes consumidores de energias? Na indústria, por exemplo, os que mais contribuíram para as emissões no País foram siderurgia e cimento. Mas, que medidas e instrumentos o governo coloca a disposição desses setores para promover ajustes nos meios de produção, para redução das emissões e aumento da eficiência energética? E quais os compromissos que serão assumidos pelos diversos agentes econômicos do país? Então, é preciso uma coordenação entre os diferentes entes e não só no âmbito federal, e setor privado. Também políticas no âmbito estadual, que devem estar vinculadas. Se não houver uma coordenação sobre aquilo que o governo brasileiro se propõe e as ações que os estados estão promovendo em suas politicas de desenvolvimento, energéticas, climática, industrial, agrícola e pecuária, a gente vai utilizar recursos e provavelmente não gerando os impactos que o país se propôs.
Estamos em um momento interessante que é a definição desses compromissos, temos ainda em aberto o plano de ação ou o conjunto de planos que nos permitirão chegar ao inicio da próxima década no caminho de redução de emissões. São compromissos que serão cobrados dos países a partir de 2021, com metas para países desenvolvidos e para países em desenvolvimento. É fundamental aproveitar esse momento para gerar um cenário de longo prazo, mais participativo, que todos os agentes se vejam envolvido e assumindo responsabilidades, mas também que estejam estimulados a fazer mais, a assumir compromissos maiores.
Temos chances de um bom acordo, então?
A COP 21 diferentemente das outras, é a primeira que resulta de um processo de negociação que visa efetivamente um acordo global de clima, com responsabilidade e compromisso de todos os países. Então, pela primeira vez podemos dizer que uma conferencia poder resultar em um acordo que leve a plena implementação da Convenção de Clima, lembrando que a primeira COP ocorreu em 1995, em Berlim. Um indicador positivo é que mais de 160 países (e são 193 na convenção de clima) já registraram suas intenções e compromissos, junto a conferência. Então, nunca houve uma mobilização como essa anteriormente. E, antes, na época do Protocolo de Kyoto, a gente discutia apenas compromisso de redução de emissões e somente para países desenvolvidos.
Mesmo faltando qualidade nos compromissos e que eles sejam questionáveis, é uma mobilização considerável dos governos, tendo em vista o histórico do processo de negociação que deu liberdade a esses países para definirem esses compromissos, não temos por ora nenhuma obrigação sendo imposta de cima para baixo, os países é que analisaram seus potenciais, em tese disseram sua fatia de responsabilidade, o que farão a mais em relação aquilo que já tem de política, e isso cria um ambiente favorável a um acordo. Esse acordo será ambicioso o suficiente, do ponto de vista de reduções de emissões para dizer que finalmente conseguimos colocar o mundo em uma trajetória de segurança climática? Não. Isso está claro que não, tendo em vista o conjunto de compromissos anunciados. O próprio secretariado da Comissão de Clima que divulgou relatório no final de outubro demonstrando que o impacto agregado dos compromissos anunciados até então nos levaria a uma trajetória de emissões ainda num crescente em 2030. O que é muito preocupante.
Então, porque Paris é tão importante?
Esse acordo de Paris não resultará em um nível de ambição adequado do ponto de vista dos compromissos de redução de emissões, mas é fundamental que ele aconteça para traçar uma rota para os próximos anos, para que essa ambição que falta seja acrescentada aos compromissos atuais, antes de 2020, que seja feita uma revisão dos primeiros compromissos, no sentido de estimular a ambição dos países e que isso ocorra sistematicamente, sem a necessidade de negociar um novo acordo, com novas regras. Paris precisa ser o início de uma nova trajetória, que a gente passe a implementar a convenção de clima com todos os países assumindo maiores responsabilidades, inclusive países em desenvolvimento. Temos um processo claro daqui pra frente, negociando compromissos debaixo do guarda-chuva que se abrirá a partir do aprovado em Paris. Isso é fundamental.
E o papel do Brasil?
A gente tem que analisar o papel do Brasil sob dois pontos de vista. O primeiro do diplomático, como o Brasil no processo de negociação se coloca, fazendo com que o processo avance e dê resultado. E isso o Brasil tem sido um ator importante, tem sido reconhecido como um dos pesos pesados na negociação e tem trazido ideias, sugestões e propostas interessantes para que a negociação avance. O mecanismo de desenvolvimento limpo é resultado de uma proposta brasileira e tem funcionado ainda vinculada ao guarda-chuva do Protocolo de Kyoto. Então, países em desenvolvimento puderam desenvolver projetos e ações com substituição de fontes de energia, redução de emissões, reflorestamentos, gerando créditos de carbono que foram vendidos para empresas em países desenvolvidos. O Brasil foi o terceiro país com maior numero de projeto dentro desse mecanismo que surgiu de uma proposta brasileira.
A discussão de agora, de um acordo global que valha para todos os países, surge de uma proposta do Brasil na COP 17, em Durban, na África do Sul, há quatro anos. Ao final da negociação, o Brasil declarou que estaria disposto a contribuir para um acordo global que cobrasse obrigações e participação de todos, quebrando essa lógica que só os desenvolvidos deveriam reduzir suas emissões, uma vez que as emissões nos países em desenvolvimento têm crescido muito, já ultrapassando as dos países desenvolvidos. Essa era uma questão crucial para fazer com que os países desenvolvidos, inclusive, colocassem algum grau de comprometimento maior na mesa de negociação. E isso vem de uma proposta brasileira. Antes da última conferência em Lima, no Peru, o Brasil apresentou propostas que passam a tratar diferenciação entre países, sem apenas olhar dois grupos – desenvolvidos e em desenvolvimento. Ou seja, temos contribuído bastante do ponto de vista diplomático, inclusive, contribuindo em momentos de impasse, trazendo ideias inovadoras, com corpo diplomático bastante habilidoso e bem preparado.
Associado a isso, é preciso avaliar o nível de ambição do Brasil como membro signatário do acordo. Daquilo que o País se dispôs a fazer, na mesa de negociação, se a gente olhar para os lados, é interessante porque dará ao País moral para cobrar mais ambição dos outros. Mas, como já mencionei, a própria ambição que o Brasil colocou na mesa deve ser encarada como uma proposta inicial, deve ser o piso de nossa ambição, para contribuir com soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas, dentro de um limite adequado.
E a pressão popular contribui?
Haveria uma grande marcha em Paris que - até este momento - foi cancelada pelo governo. Deverão ter milhares de pessoas em Paris para a Conferência do Clima. Mas haverá uma grande mobilização em vários estados no Brasil e em outras partes do mundo. É fundamental o engajamento das pessoas e de diversos setores. Tivemos na encíclica do papa a menção ao clima, neste ano, também outros líderes religiosos se manifestaram para cobrar dos governos maior ação e comprometimento. A mobilização popular sempre coloca uma pressão maior sobre os governos e seus negociadores.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O JE na TV traz uma entrevista com o engenheiro Newton Guenaga Filho, presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, sobre a demissão dos trabalhadores na Usiminas, em Cubatão, e a violência policial ocorrida na manifestação pacífica realizada em frente a siderúrgica, no último dia 11 de novembro.
O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala em sua coluna semana, No Ponto, sobre a crise econômica e o que é possível fazer para sair dela. Confira, ainda, a opinião de dois especialistas sobre a Internet das Coisas, na Reportagem da Semana.
Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV, programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Imprensa SEESP
A luminosidade da tela de um smartphone é certamente o fator que mais consome a bateria do aparelho, e, possivelmente, um dos principais motivos pelos quais muitos usuários carregam o celular ao menos uma vez por dia. Uma invenção da Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, pode mudar isso.
Foto: divulgação
Trata-se do Bodle, uma patente da startup Bodle Technologies que nasceu a partir de alunos e pesquisadores da Universidade de Oxford. O material tem características de mudança de fase - isto é, possui a capacidade de regular flutuações de temperatura em sua superfície - e possui uma série de possíveis aplicações.
Em uma tela de vidro, por exemplo, é possível determinar a quantidade de calor e qual frequência de cores passará por ela através de curtos disparos de eletricidade, em vez de acender unidades de iluminação individuais. Na prática, o material consegue manter brilho, nitidez e alta resolução consumindo baixíssimos volumes de energia, ou nenhum, dependendo do uso.
Além de telas de smartphone, o material pode ser também aplicado a janelas de prédios, regulando a passagem da luz do sol e ondas infravermelhas, por exemplo. Isso pode manter o interior do ambiente refrigerado sem a necessidade de um sistema de ar condicionado.
A Bodle Technologies não revela nomes, mas diz que já tem recebido os primeiros investimentos por parte de grandes empresas do setor de tecnologia. Um primeiro protótipo deve ficar pronto nos próximos meses, mas a invenção só deve chegar ao mercado em alguns anos.
Fonte: Olhar Digital
Foram lançadas na tarde de segunda-feira (23/11) as duas cartilhas feitas pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) Mantiqueira, com apoio do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e do SEESP. O lançamento ocorreu durante o evento “Vamos falar de inovação?”, ocorrido no auditório do Isitec e que contou com a presença do Coordenador do Arranjo NIT Mantiqueira, João de Oliveira Jr., e do vice-presidente do sindicato, Carlos Alberto Guimarães Garcez.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESPDa esquerda para a direita, segurando as cartilhas: Carlos Alberto Garcez, vice-presidente do SEESP;
João de Oliveira Jr., NIT Mantiqueira; e Saulo Krichanã, diretor geral do Isitec
“É com grande satisfação que estou aqui hoje, eu que participei da primeira reunião sobre o Isitec, há sete, quase oito anos atrás. É a realização de um sonho”, afirmou Garcez durante o evento.
O representante do NIT Mantiqueira apresentou a palestra "Educar para Inovar e Inovar para Educar", que abordou novas práticas educacionais dentro e fora da sala de aula e os desafios da aprendizagem, como a aplicação no mundo real daquilo que foi ensinado na escola. “Hoje, é importante inverter os papeis em uma metodologia ativa de ensino e aprendizagem, tornando o aluno um elemento mais participativo e o professor um mero facilitador do conhecimento”, disse João de Oliveira.
O diretor geral do Isitec, o economista Saulo Krichanã Rodrigues, também fez uma explanação sobre o processo seletivo do Instituto e abordou alguns aspectos da graduação em Engenharia de Inovação. “Nosso maior propaganda será daqui a cinco anos, quando esses estudantes estiverem formados. Estamos lidando com expectativas e isso torna a nossa missão ainda maior”, ressaltou Krichanã.
Cartilhas
As cartilhas "Turma da Inovação" e "Síntese para estudos sobre Propriedade Intelectual", de autoria e elaboração da equipe do Arranjo NIT Mantiqueira, integram o projeto "Educar para Inovar", que tem como proposta incentivar crianças, adolescentes e técnicos a conhecer conceitos básicos sobre inovação, considerando todos os aspectos: técnico, jurídico, econômico e social, do do NIT Mantiqueira. Os dois livretos abordam conteúdo sobre propriedade intelectual, patentes, invenção e inovação. Também apoiam as publicações Finep, CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O que é o NIT Mantiqueira
O NIT Mantiqueira (Núcleo de Inovação Tecnológica Mantiqueira) é um arranjo de NITs do Estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, ligado à Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa (SCUP) do MCTI e tem como objetivo apoiar instituições de pesquisa nas ações de proteção e transferência de tecnologia, estimular parcerias e difundir boas práticas na gestão de políticas de inovação.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Mulheres negras de todo o país se reúnem nesta quarta-feira (18/11), em Brasília (DF), na 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. A expectativa da organização é que a passeata reúna mais de 15 mil em luta contra o racismo, a violência e as más condições de vida enfrentadas por essa população.
"Nos últimos anos, tivemos um grande processo de reformulação, de mudanças, de ampliação de direitos, de acesso a políticas e a bens e serviços. No entanto, quando a gente faz um recorte racial e de gênero, identificamos que as mulheres negras, um quarto da população, estão em condição de vulnerabilidade, de fragilidade, sem garantias”, diz a coordenadora do núcleo impulsor da Marcha, Valdecir Nascimento, coordenadora executiva do Instituto da Mulher Negra da Bahia (Odara).
Foto: Unegro
Dados do último Censo, de 2010, indicam que as mulheres negras são 25,5% da população brasileira (48,6 milhões de pessoas).
Isso não garante, entretanto, que elas tenham mais direitos garantidos. Entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. No mesmo período, o índice de assassinatos de mulheres brancas recuou 9,8%, segundo o estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.
“A Marcha quer falar de como um país rico como o Brasil não assegura o nosso direito à vida. Queremos um novo pacto civilizatório para o país. O pacto atual é falido e exclui metade da população composta por mulheres e homens negros”, diz Valdecir.
A concentração da 1ª Marcha das Mulheres Negras ocorreu no Ginásio Nilson Nelson, na região central da capital, no início da manhã. Depois, seguiram em caminhada em direção à Praça dos Três Poderes.
Devem se juntar às brasileiras a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice presidenta da África do Sul, e a ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis. Também é esperada a participação de Gloria Jean Watkins, mais conhecida pelo pseudônimo bell hooks, autora, feminista e ativista social norte-americana.
Fonte: Agência Brasil
Representantes da mineradora Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em Mariana (MG), que pertence a Vale e a BHP Billiton, no início do mês, disseram nesta quarta-feira (18/11), que há riscos de rompimento nas barragens das represas de Santarém e de Germano, que ficam próximas à primeira que se rompeu no último dia 5. Durante as exAlém disso, um dos técnicos chegou a afirmar que a empresa não deve desculpas a população.
Foto: Fred Loureiro/Secom ESLama no Rio Doce chega a cidade de Resplendor, ES
O diretor de Operações e Infraestrutura da empresa, Kléber Terra, afirmou categoricamente que “não é o caso de pedir desculpas” à população pela tragédia. “Nós somos profissionais orgulhosos dessa empresa. Não acho que seja o caso de pedir desculpas. É o caso de verificar claramente o que aconteceu. Nós somos parte de um processo que foi muito sofrido para todo mundo”, afirmou o diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco.
Eles afirmaram ainda que a de Santarém não se rompeu, diferentemente do que a empresa informou. “Tem o risco e nós, para aumentarmos o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, disse o gerente-geral de Projetos Estruturais da Samarco, Germano Lopes.
“O monitoramento dessas barragens está sendo feito de forma online. Todos os dias os fatores de seguranças são reportados. A gente não percebeu ainda nenhuma movimentação nessas barragens. Existe uma plano de ação montado [caso haja rompimento da barragem]”, completou o diretor de Operações e Infraestrutura da empresa, Kléber Terra.
Segundo Terra, o fator de segurança na barragem de Santarém é 1,37. Na de Germano, o dique Celinha, uma das estruturas, tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. Esse índice vai de 0 a 2. O nível mínimo de segurança recomendado por lei é 1,5.
Os representantes da Samarco afirmaram que estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens, com a colocação de blocos de rocha de cima para baixo para reforçar a estrutura. Nesta semana, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou imagens feitas por drones da corporação que mostram uma rachadura na barragem de Germano.
“Nós estamos com aproximadamente 90 dias para transportar todo o material lá pra baixo, fazermos o preenchimento da erosão na margem direita, nivelamento da crista da barragem, de forma a aumentar o nível de segurança da estrutura e permitir o tratamento da água dentro do reservatório de Santarém”, disse o engenheiro e geotécnico da empresa José Bernardo.
Dados incorretos
Nesta terça-feira, os representantes da empresa explicaram que a única barragem que se rompeu foi a de Fundão, diferentemente do que a própria Samarco informava desde o dia da tragédia. A empresa dizia que, além de Fundão, Santarém havia rompido. Segundo os técnicos, 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos desceram, erodindo Santarém.
O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco causou uma onda de lama que destruiu o Rio Doce e o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais. A lama atingiu outros municípios de Minas e do Espírito Santo. Além de dizimar espécies do rio, o qual muitas famílias dependiam para seu sustento, inclusive toda uma comunidade indígena, prejudicou o abastecimento de água. Doze pessoas permanecem desaparecidas. Sete mortos foram identificados e quatro corpos aguardam identificação.
Com agências
O seminário “Desafios profissionais e protagonismo do jovem engenheiro”, promovido pelo Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, é o tema da reportagem da semana do programa televisivo JE na TV. Na entrevista, Beá Tibiriçá, do Coletivo Digital, sobre o PL Espião, que ameaça a liberdade e a privacidade na internet.
Na seção No Ponto, o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala da luta pela carreira de Estado do engenheiro.
Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV, programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Imprensa SEESP
A 5ª reunião do Conselho Assessor de Mobilidade Urbana, ocorrida na tarde de sexta-feira (13/11), na sede do SEESP, reuniu dois especialistas no assunto para debater a questão sob o ponto de vista econômico, o que atraiu um número maior de participantes e ampliou o debate. Entre os dados que mais chamaram atenção, foi o cálculo de quanto custa ficar parado no trânsito em São Paulo que, segundo pesquisa do Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP (Nereus), vinculado ao Departamento de Economia (EAE/FEA) da Universidade de São Paulo (USP), é de R$ 156,2 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) e também o tempo de viagem esperado, de transporte público, de 70 minutos.
Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Antes disso, os engenheiros José Roberto Cardoso, coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, e Jurandir Fernandes, coordenador do Conselho Assessor de Mobilidade Urbana, abriram a reunião dando boas vindas a todos os presentes. Fernandes lembrou que em 2016, durante o processo eleitoral, o sindicato deverá ter posições e posturas sobre temas fundamentais das questões urbanas, que serão fortemente debatidas.
E uma delas é o custo da mobilidade nas grandes cidades. O economista e pesquisador Eduardo Haddad , do Nereus, vinculado ao Departamento de Economia (EAE/FEA) da Universidade de São Paulo (USP), apresentou o estudo “Mobilidade, Acessibilidade e Produtividade: Nota sobre a Valorização Econômica do Tempo de Viagem na Região metropolitana de São Paulo”, que coordenou, com objetivo de estabelecer uma relação entre mobilidade e produtividade com vistas à produtividade.
No estudo de Haddad, buscou comprovar que mobilidade afeta a produtividade, por questões evidentes como atraso, problemas no trânsito, falta de motivação por transitar grandes percursos. Tudo isso foi minunciosamente calculado e contabilizado, abandonando abordagem tradicional, levando em conta a heterogeneidade espacial e das condições de trabalho individuais e até dos rendimentos financeiros.
“Não se pode olhar a região metropolitana isoladamente. São Paulo nos anos 1960, 1970, tínhamos quase um organismo autossuficiente com ligações exteriores. Hoje, cerca de 15% dos empregos industriais estão na região metropolitana que se especializou mais em serviço. A indústria foi para a periferia, para o interior e até para outros estados. E as regiões metropolitanas passaram a concorrer entre si sobre oferecimento de comércio”, contextualizou o pesquisador.
Outro dado do levantamento é que quem trabalha fora de casa gasta, em média, 100 minutos do dia na ida e volta entre os locais de moradia e de trabalho. E que, se considerar as características estruturais da Região Metropolitana de São Paulo e padrões de mobilidade verificados em outras cidades do país, o levantamento afirma que é possível reduzir esse intervalo de tempo em até meia hora. Ou seja, levando em conta a estrutura da região metropolitana, o levantamento estima que o tempo de locomoção classificada como esperado seja de 70 minutos.
A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Quem também falou foi o engenheiro Adriano Murgel Branco, consultor de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana, que fez um pequeno histórico da regulamentação do setor em São Paulo, falando da importância da motivação de quem trabalha no dia a dia da cidade para melhorar a equação mobilidade e produtividade, como o funcionalismo público.
Segundo ele, há dificuldade e inadequações no planejamento de São Paulo. Ele lembrou que há estudos que demonstram que, levando em conta os custos e benefícios indiretos, é possível construir habitação e entregá-la sem cobrar nada e ainda levantar no tesouro do estado uma sobra de recursos. "Não levando em conta somente a despesas e receitas, mas sim outros fatores indiretos", disse, citando cálculos da Companhia do Metrô, que apontam que da receita anual de R$ 2 bilhões, os valores socioambientais chegam a representar R$ 10 bilhões.
"Então, funcionário no serviço público que diz que não tem dinheiro, pode mandar embora porque não vai dar certo. Todo e qualquer serviço publico é superavitário. Porque se não for assim, se a população não receber de volta benefícios que justifiquem o investimento, ele não deve ser feito", disse Adriano Murgel.
Ele encerrou sua explanação lembrando que é preciso ter ferramentas para a construção de projetos, além de planejamento. "Se nos não soubermos fazer, não adianta plano nenhum. É preciso levar, paralelamente ao planejamento, a preparação adequada dos homens que vão gerir isso", concluiu.
Ao final, Saulo Krichanã Rodrigues , diretor geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), contou um pouco sobre o modelo da instituição e fez um convite a todos os presentes para irem pessoalmente conhecer a iniciativa do SEESP, que é mantenedor da primeira faculdade de Engenharia de Inovação do País.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Ocorreu na tarde de quarta-feira (11/11) um encontro entre representantes do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e da Universidade de Halmstad, na cidade litorânea de mesmo nome, na Suécia. Durante a atividade, realizada na sede da instituição, mantida pelo SEESP, as instituições trocaram experiências e pontos de vista sobre engenharia e inovação. O objetivo é firmar parcerias para promover a troca de conhecimento entre os países. Ao final, as instituições descobriram que têm muito em comum.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
A começar pelo perfil da instituição da Suécia, que surgiu há 32 anos com a proposta do curso novo de Engenharia de Inovação. Atualmente, a instituição tem graduação, pós-graduação e extensões sobre o tema, como em Novos Modelos de Negócios. Em entrevista ao SEESP, o vice-chanceler da Halmstad, o professor de física Thorsteinn Rögnvaldsson, reconheceu que as propostas das duas instituições são bem semelhantes. “Sim, temos uma proposta diferente em todo mundo em que esperamos que o estudante seja bom em muitos assuntos. Não significa que precise se aprofundar em todos esses assuntos, mas precisa continuar estudando combinações possíveis para se chegar a um novo resultado”, explicou.
De acordo com seu relato, o engenheiro de inovação precisa ser o profissional que enxerga a relação entre diversas áreas. “É muito importante que se você quiser extrair valor a partir da educação, você precisa de alguém que seja especialista na criação desse valor, não é só ser um expert ou ter vários especialistas em diferentes assuntos. É fundamental que exista alguém que saiba reunir esses assuntos, que possa juntar as peças para fazer algo novo”, completou Rögnvaldsson.
Perguntado sobre qual o motivo principal de sua visita ao país, ele lembra que a universidade a qual é vice-chanceler tem recebido muitos alunos brasileiros que se destacaram nos últimos anos. “Temos muitos programas de intercâmbio com universidades brasileiras e agora com o fortalecimento do programa Ciência Sem Fronteiras, temos muitos brasileiros conosco desde a graduação até pesquisadores Phds, e eles são muito bons. Queremos mais”, declarou.
Ele contou que o financiamento da Educação Superior em seu país, assim como todo o restante do sistema educacional, é financiado com recursos públicos. No entanto, nos últimos anos com o aumento do número de estrangeiros nas universidades suecas é cobrado um valor deles, com exceção para o europeu.
O professor de Gestão Industrial da Halmstad, Mike Danilovic, lembrou que inovação é um processo: “Inicialmente existem inventores e suas invenções. As ideias são apresentadas na esperança que as pessoas reajam a ela de alguma forma, tornando-a relevante. As pessoas vã dizer: eu gosto dessa ideia, eu posso comprar isso, ou minha empresa pode investir para que chegue ao mercado. Somente se você tiver êxito ai sim poderá afirmar que é inovação, se esse processo acontecer”. Danilovic acrescenta que geralmente as grandes ideais são desacreditadas no início. “Se fosse possível prever o que será inovador, ele afirma: eu seria milionário”, ironizou.
Por vídeo conferência, o professor Kristian Widen, falou da Suécia sobre sua área de atuação na Universidade de Halmstad, que é gestão em inovação sustentável na construção civil, setor que, em suas palavras, ainda é pouco explorado e é possível investir em tecnologias que reduzam custos, melhorem a segurança e salubridade das obras.
Também integrou a equipe de representantes suecos a advogada brasileira Alessandra Padilha, que mora na Suécia.
Participantes brasileiros
Os representantes do Isitec se revezaram para contar aos visitantes o perfil do instituto e desafios diante da realidade econômica e social brasileira. Entre eles estavam o diretor geral, Saulo Krichanã Rodrigues; diretor da graduação, José Marques Póvoa ; diretor Administrativo e Financeiro, Fernando Palmezan; diretor de Extensão e Serviços de Consultoria, Antonio Octaviano; e o consultor de Pós-Graduação, Denésio de Andrade Carvalho. Representando a mantenedora participaram os vice-presidentes do SEESP João Carlos Gonçalves Bibbo e Celso Atienza, que deu boas vindas aos visitantes e fez votos de que uma nova parceria surja a partir do encontro.
Ao final, os professores estrangeiros conheceram as instalações do Isitec e conversaram com os estudantes, já fazendo um convite aos jovens a irem trocar experiências com os estudantes suecos.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O JE na TV desta semana aborda uma das bandeiras de luta do SEESP mais complexas: mobilidade urbana. Em entrevista ao apresentador Fabio Pereira, dois especialistas no assunto respondem a seguinte indagação: reduzir o limite de velocidade nas vias colabora na redução de acidentes? O consultor em transporte Adriano Murgel Branco e o engenheiro civil, Sérgio Ejzenberg, especialista em Engenharia de Tráfego, são os convidados desta semana.
Na seção No Ponto, o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala do Seminário "Desafios Profissionais e o Protagonismo do Jovem Engenheiro", ocorrido no sábado (7/11), no auditorio do SEESP.
A Reportagem da Semana repercute com os participantes do Seminário de Formação Sindical da CNTU, ocorrido em Maceió, a importância da criação do Departamento de Alimentação Saudável e do Observatório e do Observatório Sindical Josué de Castro de Alimentação e Nutrição, da CNTU.
Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV, programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Imprensa SEESP