O JE na TV desta semana, exibido na programação ao vivo da TV Aberta São Paulo sempre às segundas, às 19h, traz duas entrevistas sobre os fios que se acumulam nos postes do País e a proposta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) para organizar esse emaranhado de cabos. Na primeira conversa, os consultores Carlos Kirchner e Marcius Vitali apontam os problemas e soluções. Depois, é a vez do vereador Gilberto Natalini (PV) falar com o apresentador Fábio Pereira. Natalini acolheu a proposta da Federação e apresentou-a em forma de projeto de lei na Câmara de S. Paulo.
Na reportagem, conheça o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o Conselhão. Já a coluna No Ponto, do presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, o tema é a mudança na lei de exploração do petróleo, referente ao pré-sal. "Na prática, entrega a nossa riqueza às petroleiras estrangeiras", alerta Pinheiro.
Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV, programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Imprensa SEESP
Fazer um diagnóstico dos principais problemas nas médias e grandes cidades barsileiras, apresentando as soluções da engenharia para essas questões que afligem a população brasileira. Esse é o objetivo principal da nova edição do projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento, que neste ano terá suas discussões focadas nas questões relacionadas aos médios e grandes centros urbanos, como habitação, saneamento e mobilidade. Esse foi o tema tratado na última coluna semanal, do JE na TV, de Murilo Celso de Campos Pinheiro, apresentada na semana anterior. Confira a íntegra abaixo.
Imprensa SEESP
Edição Pedro Henrique Souza Santana
Na edição desta semana do JE na TV a entrevista aborda a crise hídrica, que ainda é uma realidade no Estado, apesar das fortes chuvas deste período. Para Ivanildo Hespanhol, professor titular da Escola Politécnica da Uuniversidade de São Paulo (USP), "temos que tomar providência em termos de planejamento para não vir outra crise".
"O que está sendo feito hoje é um enfoque errado, que consiste em grandes investimento para trazer água de fora. Temos hoje duas adutoras, uma delas que traz lá do Ribeiro de Iguape, Rio São Lourenço, uma adutora de 100 quilometros, um verdadeiro arqueoduto romano. Ou seja, ainda vivemos um paradigma de dois mil anos atrás, trazendo água de regiões cada vez mais longinquas", atesta Hespanhol, que é fundador e diretor do Centro Internacional e Referência em Reúso de Água (Cirra), do Departamento de Engenharia e Hidráulica e Ambiental da USP.
Na matéria, destaque para uma avaliação sobre a questão de gênero na categoria. Na coluna No Ponto, Murilo Pinheiro conta o que vem por aí na nova edição do Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento: a discussão sobre os problemas nas cidades.
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Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou na sua coluna semanal "No Ponto" sempre exibida primeiro às segundas, na rede de televisão comunitária TV Aberta São Paulo, o Dia Internacional da Mulher. Ele comemorou o crescimento da presença feminina na engenharia, uma profissão tradicionalmente masculina. Estudo do Dieese aponta que as mulheres já representam quase 21% da categoria, no Brasil - Confira o estudo completo aqui e leia matéria do Jornal do Engenheiro aqui, página 489.
"É urgente eliminar toda a forma de discriminação e violência contra a mulher e esse deve ser um compromisso para todos nós", afirmou Pinheiro.
Confira a fala na íntegra que é destaque do PodCast Jornal do Engenheiro:
Imprensa SEESP
Edição Pedro Henrique Souza Santana
Cerca de 20 técnicos e especialistas em hidrografia integram uma das maiores viagens que o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre (Senge-Acre) organizou nos últimos tempos, a Expedição Rio Acre. A iniciativa é em parceria com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o governo do Estado do Acre, além de empresas privadas e entidades da região. A equipe embarcou no início deste mês, em duas embarcações, para a realização de um estudo aprofundado sobre as cheias e as secas do Rio Acre, um dos afluentes do Rio Purus, cuja nascente está localizada a 300 metros de altitude no Peru.
Foto: Divulgação Senge-AcreEquipe da expedição reunida
Desde meados da década de 1990, o Rio Acre vem intensificando eventos extremos de secas (em dezembro, principalmente) e inundações (entre janeiro e maio), colocando em risco a população residente nos bairros situados nas planícies de inundação. “Vamos tentar buscar soluções para minimizar os impactos. Mas para isso, é preciso fazer um reconhecimento de campo e percorrer todo o leito do rio desde Porto Acre a Assis Brasil”, conta Sebastião Fonseca, presidente do Senge-Acre, que participará dos 10 primeiros dias da viagem, estimada em pelo menos 20 dias.
As cidades que receberão a expedição, além de Porto Acre e Rio Branco, são: Capixaba, Xapuri, Brasiléia, Eptaciolandia, Assis Brasil e Perú, onde está localizada sua nascente. O Rio Acre percorre cerca de 1.190 km de extensão desde a nascente até a foz, desaguando no Purus, na cidade de Boca do Acre (AM). De Rio Branco até a foz, o Rio Acre é considerado a continuação da hidrovia do Purus, apresentando um trecho navegável de 311 km, com profundidade mínima de 0,80 m em grande parte do ano.
A embarcação saiu de Porto Acre no último sábado (5/3), e parou em Rio Branco na manhã de terça-feira (8), para a realização de um ato oficial de saída dos profissionais. Além de representantes do sindicato, também há técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC). O projeto também tem a colaboração de hidrólogos, geólogos, engenheiros e pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Também integram a equipe representantes de três empresas privadas que aceitaram o convite dos engenheiros de participarem desta fase de elaboração de projeto.
O coordenador do projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento, Fernando Palmezan, destaca que para a iniciativa ser eficaz, precisará envolver a sociedade, o governo do Acre, o governo federal, via Ministério das Cidades, “que é quem provavelmente vai ter condições de suportar um estudo de maiores dimensões”. “Estamos iniciando o estudo com uma expedição. Mas, seguramente, a solução ainda vai passar por um processo maior de estudos mais específicos e complexos, além de licitação também. Outras empresas podem sugerir outras soluções, podem surgir outras ideiais, outras informações”, adianta Palmezan.
Origem
Fernando Palmezan explica que a ideia da expedição surgiu a partir das discussões do projeto na região: “Foi uma ideia que começou a partir das conversas iniciadas com o projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento regional. Isso porque todos os anos a população passa por dois problemas por causa do rio: quando chove muito tem uma super enchente e quando há escassez, há problema de abastecimento já que a água é retirada deste mesmo rio”.
Ao falar do estudo sobre o rio, Palmezan lembra que foi em setembro de 2012 que as discussões se concretizaram dando lugar a um convênio assinado entre FNE e governo do Estado do Acre. “Nesse convênio está definido a atuação da Federação na tentativa de regularizar a vazão do rio. Foi o início de um longo projeto que ainda se estenderá por muitos anos. Aliás, a expedição é apenas um primeiro passo para que outras empresas e iniciativas surjam”, conta o coordenador do Cresce Brasil.
Ainda de acordo com o engenheiro e coordenador do Cresce Brasil, esse primeiro passo é fundamental “para saber exatamente onde é possível construir soluções”. “Se a solução for a construção de uma represa, uma barragem ou se quiser ter aproveitamento hidrelétrico, precisa ver de perto se há condições físicas”, completa.
Depois do convênio assinado, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Acre divulgou uma nota técnica com um estudo oficial sobre as condições do rio como períodos dos ano que há maior seca e os que têm maiores cheias. Depois disso, houve ainda um evento grande do Cresce Brasil sobre as condições da região Acre, em setembro de 2013. Vale lembrar, ainda, que neste ano o Cresce Brasil prepara uma nova edição, que terá como foco os problemas que afetam as cidades.
O Rio Acre
O Rio Acre foi descoberto por um cearense em 1860, e cinco anos depois, a Real Sociedade Geográfica de Londres enviou uma comissão a cargo do geógrafo William Chandless que explorou todo o seu curso. Atraídos pela grande quantidade de borracha existente nas suas matas ciliares, os cearenses iniciaram sua exploração em 1879 e vinte anos mais tarde o Ministro Plenipotenciário da Bolívia funda Puerto Alonso, para tomar posse da região, mas esta já se encontrava povoada por mais de 30.000 brasileiros, em sua maioria cearenses.
A bacia do Rio Acre situa-se na Amazônia Sul-ocidental, compartilhada pelo departamento peruano de Madre de Dios, os estados brasileiros do Acre e Amazonas e o departamento boliviano de Pando, com aproximadamente 35 mil quilômetros quadrados até sua confluência com o Rio Purus.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Os cerca de 200 engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), que estiveram presentes na Assembleia Geral Extraordinária, nesta quarta-feira (9/3), realizada no auditório do SEESP, aprovaram o apoio ao Projeto de Lei 713/15, que altera a forma de remuneração dos servidores municipais para subsídio. A mudança foi aceita após o Executivo se comprometer a enviar à Câmara Municipal um substitutivo ao PL, instituindo o plano de carreira com melhorias reivindicadas pela categoria. A proposta aprovada pelos engenheiros foi fechada em reunião de negociação realizada no dia 29 de fevereiro entre delegados sindicais do SEESP e representantes da Prefeitura. Na avaliação do sindicato, as mudanças obtidas, que constarão do texto da nova proposição que chegará ao Legislativo, representam ganho, uma vez que trazem maiores rendimentos, com correção da inflação, carreira própria para a categoria e piso salarial de R$ 7.032,90.
Foto: Beatriz Arruda/ Imprensa SEESP
Nos últimos meses, os delegados sindicais têm feito uma forte mobilização no sentido de conseguir avanços no texto do PL do Executivo, apresentado anteriormente como PL 305/15 – retirado da pauta de votação no final de 2015, após os vereadores se posicionarem contrários e defenderem a apresentação de um texto substitutivo para alterar a forma de remuneração de subsídio para vencimento. A situação se repetiu recentemente e alguns vereadores chegaram a apresentar um substitutivo assim que o PL 713 chegou na Casa. Para evitar que o governo retire novamente o PL, o SEESP negociou um novo substitutivo que será enviado pelo próprio Executivo.
“O sindicato vem numa luta muito forte, buscando contato com o prefeito, com secretários, vereadores e vejo que o trabalho foi profícuo, com resultados. Vejo que agora temos que nos manter unidos na defesa do engenheiro e do profissional da área tecnológica. Temos que estar unidos para que tudo seja mais claro e para que possamos avançar na valorização profissional”, afirmou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, que fez questão de comparecer à assembleia para se somar ao movimento e reiterar o compromisso do sindicato na defesa da categoria.
Ele lembrou que foi a unidade do movimento que criou a atual oportunidade para por fim a “essa primeira discussão” e avançar. “Claro que se nós olharmos de uma maneira geral esse resultado não é tudo que queremos. Queremos muito mais. Mas teremos que lutar ainda mais para poder avançar. Temos ainda um longo caminho pela frente. Esse projeto é somente o início de um trabalho, de uma luta frequente que manteremos. Vamos fazer deste momento o início de uma luta da engenharia”, declarou Pinheiro.
Durante a assembleia o delegado sindical Sergio Souza, a engenheira Denise Lopes e o assessor Carlos Hannickel lembraram que desde 2013, no início da mobilização, o sindicato se posicionou contrário ao subsídio, inclusive em audiência pública ocorrida em 19 de agosto do ano passado, na Câmara Municipal.
O subsídio já foi usado em outras carreiras públicas e, em 2014, foi aprovado para a grande maioria dos servidores da cidade de São Paulo. Ao contrário da remuneração por rendimento, que leva em conta gratificações e adicionais conquistados pelos servidores, o subsídio soma todas as gratificações que compõem a remuneração do funcionário público, tornando-se um valor único. Uma vez somado, não haverá novas gratificações a serem incorporadas, que até então eram pagas por tempo de serviço ou cargo exercido.
O delegado sindical Sergio Souza lembrou da assembleia ocorrida em 15 de outubro de 2015: “Nós, como delegados sindicais e colegas, tivemos que aceitar o resultado da assembleia que ocorreu aqui no ano passado e que decidiu aprovar o subsídio, que sempre lutamos contra”.
Já Carlos Hannickel lembrou do momento atual. “Tentamos de todas as formas fazer com que a remuneração fosse por vencimentos, o que já foi objeto em assembleias anteriores. Agora, tivemos uma nova proposta da prefeitura (por subsídio) e por isso cumprimos nossa obrigação em convocar essa nova assembleia, que ela é soberana. Nós só podemos afirmar lá fora que foi aprovado ou recusado depois de submetê-la a avaliação de todos vocês. E essa tem sido a nossa prática sempre”, afirmou Carlos Hannickel.
Ganhos
Além de informar e esclarecer eventuais dúvidas sobre os novos valores obtidos para a tabela de remuneração do projeto de lei 713/16, que foi distribuída aos presentes, e garante, entre outras coisas , o piso salarial da categoria de R$ 7.032,90, também foi colocado em votação a aceitação ou não dos termos negociados e assegurados em ata assinada pelos participantes da reunião ocorrida na semana passada. Dos presentes, dois profissionais não concordaram e se manifestaram contrariamente e um se absteve.
Também faz parte dos pontos acordados a garantia de manter na nomenclatura da carreira “Engenheiros” e “Engenheiros Agrônomos” – além de “Arquitetos” e “Geólogos” que estão no mesmo projeto.
“Nós não somos categoria dos novos ou categoria dos antigos engenheiros. Sem a unidade nós não teríamos chegado aonde estamos. Estávamos no pacote do PL 312 (que instituiu o subsídio) há muito tempo, e não teríamos uma carreira própria”, recordou Hannickel.
O assessor do SEESP observou ainda que o governo deixou claro que se correr o risco do substitutivo ser votado, eles retiram novamente o PL. Para completar, Sergio Souza lembrou que “nas duas vezes que isso aconteceu , em 1998 e idos de 2000, "quando tentamos impor ao prefeito daquela época, nós perdemos e perdemos tempo e tempo é dinheiro."
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O JE na TV inicia uma cobertura especial sobre os problemas relacionados às cidades, que serão abordados no novo "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento" que, neste ano, terá uma nova edição: o debate sobre a vida nos municípios brasileiros. Entre os principais desafios das cidades estão mobilidade, moradia, saneamento, entre outros. O tema da reportagem desta semana aborda as questões relacionadas ao saneamento.
Na entrevista especial do programa, Renata Mielli, secretária-geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e também do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), fala sobre a mobilização pela regulamentação do Marco Civil da Internet. Entre os pontos que demandam regulamentação (detalhar formas como os dispositivos serão aplicados) estão a neutralidade da rede e a privacidade do usuário. Ela falou sobre o processo de consulta pública aberta em 2015 para a elaboração de um texto que se transformou em uma minuta de decreto, que também ficou em consulta pública até 29 de fevereiro último.
Confira, ainda, a coluna semanal do presidente do SEESP, Murilo Pinheiro. Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV, programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, para a cidade de São Paulo, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE na TV é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O SEESP convoca todos os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) para uma Assembleia Geral Extraordinária nesta quarta-feira (9/3), às 11h, no auditório da sede do sindidato (Rua Genebra, 25, Bela Vista), com o objetivo de informar e esclarecer eventuais dúvidas sobre a tabela de remuneração do projeto de lei 713/16, que institui o plano de carreira para a categoria no serviço público municipal. Nos últimos meses, os delegados sindicais têm feito uma forte mobilização junto ao Executivo no sentido de conseguir avanços, sobretudo aos engenheiros mais antigos da PMSP. O resultado são importantes alterações em benefício desses colegas. Uma vez aprovadas pela categoria, serão encaminhadas à Câmara pela Prefeitura na forma de substitutivo.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESPLuta dos engenheiros da PMSP vem desde a época da campanha eleitoral da atual administração. Na foto, ato ocorrido em 2014, em frente ao gabinete do prefeito.
Nesse sentido, todos estão convocados para a assembleia quando será exposta a evolução e dirimir eventuais dúvidas que a categoria apresente. Além da evolução da tabela, cabe lembrar que outros aspectos do escopo do PL, de grande interesse da categoria e já negociados com a PMSP, serão também abordados, de maneira que todos fiquem esclarecidos, assim como da atuação do SEESP nesse período.
"É fundamental a presença massiva de todos, sobretudo o pessoal do final de carreira, para que tomem conhecimento e possam refletir sobre a nova proposta, o que esperamos que ocorra com tranqüilidade e respeito à diversidade de opiniões e na busca da convergência coletiva da qual, mais que nunca, precisaremos para enfrentarmos juntos as adversidades que a grave crise política e econômica pela qual passamos possa nos reservar à frente. Afinal, vamos precisar da unidade para sermos fortes lutar por outros importantes direitos e condições profissionais que merecemos e precisamos", diz o boletim enviado aos engenheiros da prefeitura, redigido pelos delegados sindicais.
Importante: por representação legal, a assembleia é exclusiva dos engenheiros da PMSP.
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Morreu na manhã de sábado (5/3) o engenheiro americano Ray Tomlinson, um dos criadores do e-mail. Tomlinson tinha 74 anos e morava nos Estados Unidos. Acredita-se que ele tenha sido vítima de um ataque cardíaco.
Foto: Aileen Wang/creative commonsRay Tomlinson, numa foto de 2011
Foi em finais de 1971 que o engenheiro Ray Tomlinson, da empresa Bolt Beranek and Newman (BBN), enviou o primeiro e-mail da história. Mas, ao contrário de outros momentos fundadores tecnologias que iriam revolucionar a história das comunicações (por exemplo, a primeira mensagem de morse), não há registo do que estava escrito nessa primeira mensagem eletrónica a transitar pela Internet. Isto porque quem a enviou simplesmente não se lembra. De facto, Tomlinson explicou inúmeras vezes que o primeiro e-mail de teste, que ele enviou para si mesmo, serviu apenas para comprovar se o sistema funcionava e, por isso, provavelmente o que terá escrito foi “QWERTYUIOP”.
A empresa Bolt Beranek and Newman fora contratada pelo governo norte-americano para implantar a ARPANET, a antecessora da Internet, que naquela altura ligava apenas 15 computadores localizados nos EUA em locais como a UCLA na Califórnia, a Universidade de Utah em Salt Lake City, ou a BBN em Cambridge, Massachusetts. Nascida com um objetivo militar, a rede que viria a ser a Internet começou a ser pensada como um meio de comunicação que pudesse sobreviver a um ataque nuclear, garantindo que as comunicações seriam mantidas entre computadores distantes geograficamente, mesmo que algum deles fosse destruído.
Tomlinson era um engenheiro da BBN que andava às voltas com um programa chamado SNDMSG que servia para enviar mensagens entre os operadores do mesmo computador. Recordemos que na época ainda não se pensava em computadores pessoais, e as máquinas que compunham a ARPANET eram monstros que ocupavam salas e às vezes andares inteiros, operados em monitores de fósforo verde, com o fundo negro e as letras verdes. E não havia imagens.
De onde saiu o símbolo @?
A ideia do engenheiro foi a de fazer com que as mensagens trafegassem pela rede, de um computador para outro, e para uma ou mais pessoas específicas dentro desse computador. O endereço eletrónico teria de ter, assim, dois componentes: o nome do destinatário e o nome do computador (ou rede) a que se destinava. Para separar os dois, Tomlinson lembrou-se de usar o símbolo @, por um motivo simples: era muito pouco utilizado habitualmente, mas essa tecla existia em todos os computadores. As mensagens, ao chegar, ficariam apensas a um ficheiro do destinatário, que o engenheiro chamou de mailbox (caixa de mensagens).
Mudança drástica na forma de comunicar
O primeiro e-mail foi enviado por Ray Tomlinson para si mesmo, saiu de um computador PDP-10 da BBN e chegou a outro PDP-10 situado ao lado do primeiro (a CPU de um PDP-10 tinha o tamanho de um guarda-roupa e a memória podia ocupar mais uns quatro armários desse tamanho). Mas, para atingir o destino, o primeiro e-mail viajou pela ARPANET e engenheiro rapidamente verificou que funcionava. Dois anos depois, 75% do tráfego que circulava na ARPANET era de e-mails. E em 1978, um relatório afirmava que “há poucas dúvidas de que as técnicas do mail em rede desenvolvidas em ligação com o programa ARPANET vão varrer o país e mudar drasticamente as técnicas usadas para a intercomunicação nos setores público e privado.” O documento só pecou por timidez: o e-mail não apenas varreu o país; varreu o mundo.
Com informações de Esquerda.net
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A poucos dias do Dia internacional da Mulher, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do movimento. Com o lema "Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio”, as mobilizações abrem o calendário de lutas deste ano. Desde a semana passada até o dia 8 de março, as organizadoras esperam reunir cerca de 20 mil militantes em todo o país.
A escolha do tema foi motivada pelo avanço do agronegócio em detrimento ao projeto de agroecologia, conta Kelli Mafort, membro da direção nacional e integrante do Coletivo de Mulheres do MST. Estima-se que cada brasileiro tenha consumido, em 2014, 7,3 litros de agrotóxicos. "São dados alarmantes que colocam também as mulheres dentro desta pauta", diz a militante.
Neste ano, a jornada também denuncia os impactos deste modelo na vida das mulheres camponesas e sua relação com pautas como a reforma da Previdência Social e a perda de direitos trabalhistas. O governo federal anunciou em janeiro que pretende enviar ao Congresso uma proposta de reforma do sistema, modificando as regras atuais para aposentadoria com o objetivo de reduzir os gastos com aposentadorias. Movimentos analisam que as mulheres camponesas devem ser as mais afetadas pela alteração na legislação.
Mafort pontua que a importância da jornada não fica restrita apenas aos atos, mas se amplia à preparação para outros atos nos 27 estados. "É também um momento de estudo para gente. Durante a articulação, também fazemos estudos sobre desigualdade de gênero, a violência, a necessidade da importância de autorganização das mulheres e o tema do feminismo", disse.
Confira a entrevista:
Qual expectativa da organização deste ano? Serão quantos atos e em quais estados?
A jornada das mulheres do MST deste ano vai ocorrer de 4 a 8 de março em todos os estados. Em alguns, as mobilizações vão acontecer em torno das grandes regiões, mas todos estarão mobilizados. Nossa expectativa é mobilizar de 15 a 20 mil mulheres sem terra.
Além do MST, quais são outros movimentos camponeses articulam, apoiam e participam que da Jornada deste ano?
A jornada acontece junto com movimentos da Via Campesina e também de movimentos urbanos. É organizada pelo MST, a partir das articulações e dentro das relações políticas que se estabelecem a partir de cada estado. Vamos contar com a participação de companheiras de outras organizações como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA), Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados (MTA) e também com o apoio de mulheres urbanas de movimentos sociais e sindicais.
O lema deste ano é um chamado à defesa da natureza e alimentação saudável. Quais os principais acontecimentos e análise de conjuntura deste ano que resultaram na escolha desta pauta?
Temos como tema principal a questão da luta contra os agrotóxicos, que tem aumentado de maneira avassaladora no Brasil, que é o país que mais tem aumentado o consumo de agrotóxicos no mundo. As estatísticas mostram que o consumo por pessoa aumentou para 7,3 litros de veneno por ano. São dados alarmantes que colocam também as mulheres dentro desta pauta, contra os agrotóxicos e os transgênicos.
A mineração também é outro tema. Vamos denunciar a Vale e a Samarco pelo grave crime de matar o Rio Doce e também pessoas naquela região de Minas Gerais pelo rompimento da barragem em novembro do ano passado, mas também por toda ação devastadora que a atividade causa ao país.
Os direitos sociais também vão ser abordados. Dentro desta luta vamos somar à luta do 8 de março o grito contra a retirada dos direitos sociais das trabalhadoras pela crise, em especial contra a reforma da previdência.
Outro tema que será destacado este ano é a reforma da previdência. Por que estes benefícios e especificidades de classe e gênero são importantes na atual legislação? Como sua alteração afeta especificamente as mulheres do campo?
A reforma afeta todo o conjunto de trabalhadores, em especial os segurados especiais da previdência rural. E, dentre eles, as que mais serão prejudicadas são as mulheres porque há uma pressão pelo estabelecimento pela idade única para aposentadoria. Dentro da discussão sobre o ajuste fiscal, tanto no Congresso como no posicionamento do próprio governo a ideia é tornar ainda mais agressivo, não só do orçamento, mas com o discurso de que a previdência social representa um rombo para os cofres públicos, o que temos discordado de forma reiterada.
As mulheres são as mais afetadas porque hoje elas podem se aposentar aos 55 anos, diferente dos homens que se aposentam aos 60 anos. Aponta-se que os segurados rurais são os que mais consomem sem uma contribuição. Isso são 5 anos a menos do que os trabalhadores urbanos, principalmente por conta do trabalho penoso na agricultura. E, no caso das mulheres, reconhece-se a intensa jornada de trabalho, com todas as tarefas que são atribuidas a elas na agricultura, seja na roça, como nos cuidados da casa. Ou seja, dessa forma, do jeito que está hoje, a previdência reconhece a desigualdade de gênero. E a ameaça que estamos enfrentando é a institucionalização de uma idade única para homens e mulheres rurais em uma clara tentativa de diminuir o número de segurados especiais da previdência.
Neste cenário, como a opção pelo modelo do agronegócio no País, outra pauta das jornadas, se relaciona com a reforma da Previdência e impacta as mulheres do campo?
Este ano completa-se 10 anos da ação que as mulheres do MST fizeram na empresa Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, com a denúncia do deserto verde com o eucalipto. De 2006 para cá, nas lutas do 8 de março, tentamos sempre vincular os temas das nossas pautas econômica, como a aposentadoria das mulheres, com os grandes temas que bloqueiam o acesso à terra - que, na nossa visão, é justamente o modelo do capital, agronegócio, da mineração. Então é uma forma de dizermos: não sai terra porque e em 2015 nenhum decreto de desapropriação para a reforma agrária por causa da prioridade dada ao agronegócio e ao modelo da mineração pelo estado brasileiro. Então, nesta luta das mulheres, estamos articulando tanto o aspecto econômico, e as necessidades diretas das mulheres sem terra, como também este aspecto político, que é a crítica a este modelo.
Fonte: Brasil de Fato