Pesquisadores descobriram que os dentes de um tipo de molusco é o material biológico mais forte já testado. De acordo com a conclusão de um estudo britânico divulgado no periódico Interface, do grupo científico The Royal Society, suas estruturas podem ser copiadas e utilizadas, futuramente, na fabricação de carros, navios e aviões.
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Dentes do molusco utilizado em pesquisa: mais fortes que teia de aranha
A pesquisa constatou que os moluscos têm uma língua de cerdas com pequenos dentes para coletar comida de rochas e levá-la à boca, muitas vezes engolindo partículas rochosas no processo. Esses dentes, que têm menos de 1 mm de largura, são mais fortes do que a seda produzida por aranhas e de resistência quase semelhante aos mais fortes materiais produzidos pelo homem.
"Até agora, pensávamos que a seda de aranha era o material biológico mais forte, por causa de sua superforça e de seu potencial para ser aplicado em tudo, de coletes à prova de balas a materiais eletrônicos, mas descobrimos que o dente de molusco tem uma força potencialmente maior", disse em comunicado o professor Asa Barber, da Escola de Engenharia da Universidade de Portsmouth (Grã-Bretanha), que liderou o estudo.
"A biologia é uma grande fonte de inspiração para um engenheiro", prossegue Barber. "Os dentes (de moluscos) são feitos de fibras muito pequenas, aglomeradas de uma forma muito particular - e devíamos estar pensando em formas de fazer nossas próprias estruturas seguirem os mesmos princípios de design."
Essas fibras, formadas por um mineral de óxido de ferro chamado goethita, criam uma base proteica de forma semelhante à que fibras de carbono podem ser usadas para fortalecer materiais plásticos.
Mesmo sendo minúsculos, os pesquisadores conseguiram medir sua força tênsil - a quantidade de força que o material consegue suportar antes de quebrar. E vale lembrar que a parte do meio dessas amostras é mais de cem vezes mais fina do que um fio de cabelo humano. Analisados em um microscópio de força atômica de forma a dividi-lo até o nível do átomo e para testar sua resistência, os cientistas calculam que a força dos dentes era de, em média, cerca de 5 gigapascais (GPa), cinco vezes mais do que a maioria das sedas produzidas por aranhas e força semelhante à pressão usada para transformar carbono em diamante sob a crosta terrestre.
Barber é categórico em afirmar que se trata de um novo recorde de força na biologia. Ele compara: é como se um único fio de espaguete conseguisse segurar 3 mil pacotes de meio quilo de açúcar.
Fonte: BBC Brasil
A colaboração cubana no setor da construção civil avança rápido e deve ser duplicada ainda neste ano na África do Sul, afirmou na quarta-feira (18/2) o engenheiro Luis Cantero, coordenador nacional do escritório da União de Empresas do Caribe (Uneca).
Atualmente prestam serviços no país africano "ao redor de 30 engenheiros e arquitetos distribuídos em quatro províncias das nove que formam o país (Mpumalanga, Free State, Western Cape e Limpopo)", disse Cantero.
Por exemplo, em Western Cape, especificamente em Cape Town, há nove especialistas que devem concluir as atividades em 2015. "Durante os quatro anos aqui foi realizada a construção de moradias para os setores mais pobres".
"Similar trabalho é realizado pelos que se encontram em Mpumalanga, Limpopo e em Free State, cujas autoridades viajaram há pouco a Cuba", disse.
Ele explicou que o governo de Free State - onde há oito engenheiros da ilha em inspeção às obras -, "contrataram para o próximo ano fiscal da África do Sul (que começa em abril) outros 40 engenheiros, civis, que se destinarão às 20 cidades desse território".
"Os futuros colaboradores reforçarão o trabalho na base, o controle das construções e a qualidade'', dimensionou Cantero.
O coordenador do escritório da Uneca assegurou que os engenheiros e arquitetos cubanos gozam de um alto prestígio dentro do povo sul-africano e entre os governos provinciais e municipais.
Além dos conhecimentos técnicos e a forma com a qual se vinculam com as comunidades, reconhecem muito a maneira em que transmitem suas habilidades e experiências a construtores na base e à população.
"Tudo isso tem feito que ganhem o respeito e a admiração entre os sul-africanos", concluiu Cantero.
Fonte: Vermelho
A edição desta semana da revista Veja São Paulo traz em sua capa uma chamada onde diz que “pagamos 650.000 reais por quilômetro de ciclovia”. A matéria cujo título é “O valor das pedaladas” diz ainda que o preço médio seria o mais alto entre dez metrópoles do mundo. Para se chegar a essa conclusão, os repórteres Aretha Yarak e Silas Colombo fizeram uma conta simples: somaram os 156 quilômetros de ciclovias já entregues pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) e dividiram pelo que já foi gasto com a iniciativa. Ignoraram, no entanto, que se tratam de projetos diferentes.
Foto: Fernando Pereira/Spresso SP
Em nota de esclarecimento, a Prefeitura de São Paulo afirma que foram somados três orçamentos (Avenida Paulista, Amaral Gurgel e Faria Lima) ao custo do projeto de ciclovias. Segundo a nota, eles precisariam ter tido tratamento diferente porque abrangem intervenções urbanas que vão além da instalação da ciclovia. “Teria sido necessário extrair o custo específico para a ciclovia para chegar ao cálculo desejado pela reportagem. Tirando as três obras citadas, a implantação teve custo médio de R$ 180 mil por quilômetro, até o fim de 2014.”
As três obras englobam outros custos como correções geométricas viárias, , recapeamento das faixas de tráfego, tubulação enterrada para semáforo e iluminação ao longo do trajeto e paisagismo. No caso da Faria Lima, a ciclovia faz parte de uma Operação Urbana.
Para o cicloativista Willian Cruz, que mantém o site Vá de Bike, “a matéria da Veja foi construída para passar uma opinião”. “Para isso, utilizaram várias informações que já eram de conhecimento público, cortaram a parte que não lhes interessava, temperaram carregando nas tintas para dar o sabor desejado e serviram de forma a conduzir o raciocínio para o conceito no qual a matéria foi pautada: o de que o plano de ciclovias só serviria para desviar dinheiro.” Em artigo, ele explica todos os pontos da matéria, inclusive, que foi procurado pela reportagem, mas que suas falas não foram usadas.
Sobre a ciclovia na Paulista, ele destaca que há intervenções como a reforma das calçadas na Bernardino de Campos e a passagem de fibras óticas pelo subsolo do canteiro central. “É justo colocar o valor total da obra nessa conta, pra subir assim essa média? É correto usar essa média, que inclui projetos com intervenções mais amplas do que tradicionalmente é feito em outros países, para uma comparação com médias mundiais?”, questiona.
Na opinião de Cruz, há um movimento contrário às ciclovias na cidade que, segundo ele, “seria organizado e estruturado por políticos de oposição, com apoio dos editores de jornais e revistas tradicionais”. Porém, é preciso reforçar que “ciclovias salvam vidas”. Esse é o objetivo das ciclovias, proteger quem anda de bike.
Fonte: Spresso SP
Em 3 de fevereiro, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) realizou em suas dependências, no bairro da Bela Vista, na Capital, aula aberta sobre eficiência energética, que contou com a presença de 24 pessoas. Na ocasião, foi apresentada a proposta de curso de pós-graduação lato sensu sobre o tema. Prevista para ter início em março, com 18 meses de duração, a especialização a ser ofertada é parceria do instituto e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Aula aberta sobre eficiência energética debateu panorama atual de escassez de energia
Diretor de extensão do Isitec, Antonio Octaviano informou sobre a concepção do Isitec, cujo projeto pedagógico visa formar engenheiros multiespecialistas. Nesse sentido, oferecerá a partir de 23 de fevereiro graduação pioneira no País, em Engenharia de Inovação, assim como tem oferecido especializações sobre questões fundamentais, como o de eficiência energética.
“Voltado às demandas do mercado, esse é um curso extremamente necessário, em qualquer época e mais ainda na atual, em que se verifica escassez de energia, preços disparando.” Tal cenário foi apresentado por Rodrigo Aguiar, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Segundo ele, vários países têm adotado medidas para garantir conservação e eficiência energética.
“Os processos e projetos podem e devem ser revistos continuamente.” Ainda conforme Aguiar, de 1999 para cá o Brasil não cresceu quase nada nessa área. “Estamos em um momento em que finalmente a eficiência energética começa a ser falada não só pela iniciativa privada, mas pelo poder público. O Ministro de Minas e Energia revelou no começo do ano que em 60 a 90 dias será apresentado um plano para tanto.”
Entre as motivações, está o alto custo da energia. “Térmicas estão funcionando 24 horas por dia a mais de R$ 1.200,00 o MW/h. Qualquer projeto de eficiência tem custo médio de R$ 60,00 o MW/h, é totalmente viável.” Esse quadro, como frisou o presidente da Abesco, indica mercado crescente e uma grande demanda por profissionais, já que ainda há poucos especialistas na área. “Eficiência energética tem potencial de movimentar R$ 60 bilhões/ano, garantindo produtividade e competitividade ao País.”
Daniely Andrade, diretora de meio ambiente, energias renováveis e eficiência energética da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, explicou como funcionará o curso sobre o tema. “Terá a mesma base de conteúdo da especialização ministrada na Alemanha e em toda a União Europeia, com algumas adequações conforme a realidade local. A grade curricular brasileira é bem extensa, parte da gestão, gerenciamento de projetos, fundamentos de energia, compra e venda. As aulas serão presenciais, quinzenalmente, às sextas-feiras, das 19 as 23h e aos sábados, das 8h às 17h. À certificação, é requerido 75% de presença, exame presencial, energy concept final (monografia) com apresentação para banca. Nesse, deverá ser apresentada resposta a um problema dentro de uma empresa, ou seja, um projeto real de eficiência energética.” Andrade enfatizou que o profissional, ao concluir o curso, obterá dupla certificação: lato sensu via Isitec e como energy manager, pela Alemanha, o que lhe permitirá atuar em toda a União Europeia.
Também proferiram a aula aberta, apresentando sua experiência, os ex-alunos da European Energy Manager (Eurem) Márcio Takata e Rodrigo Andrade, este último representante de marketing technical services da Eastman Chemical Company. Docente e diretor da Enova Solar Tecnologia, o primeiro deles ministrará uma das aulas do curso. Mais informações sobre a pós-graduação pelos telefones (11) 3254-6850/60.
Soraya Misleh
Imprensa SEESP
O estado de São Paulo enfrenta a pior crise hídrica dos últimos tempos. A economia de cada gota de água pode fazer a diferença em tempos difíceis que podem estar por vir. Para reaproveitar a água do banho, Alberto Vasquez, do Igen Design, inventou um método inovador. Trata-se do Gris, um coletor de água que fica sob os pés, embaixo do chuveiro.
Imagem: divulgação
A tecnologia é composta por quatro células interligadas que se inclinam suavemente para o centro. A água desperdiçada fica concentrada nessas células, que capta até 10 litros do líquido. Quando necessário, basta utilizar essa água para outro uso, como lavar um banheiro ou irrigar plantas.
Segundo o criador do projeto, as células coletam cerca de 95% da água desperdiçada no banho. Vasquez diz que está procurando financiamento para trazer o produto ao mercado. Ele estima que o Gris custará entre R$ 60 e R$ 80.
Fonte: Catraca Livre
O Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) aprovou uma missão à Gaza logo após a realização da edição 2015 do megaevento na Tunísia, país que fica a cerca de 3.100 quilômetros da fronteira do Egito com a Palestina, na cidade de Rafah. A notícia foi divulgada no segundo dia do Seminário FSM Rumo a Túnis, em Salvador (BA), na manhã de sexta-feira (23/1). O FSM da Tunísia ocorrerá entre 24 e 28 de março, na capital tunisiana.
Está marcada para segunda-feira (9/2), às 16h, a primeira reunião, na sede da CUT-SP, para discutir os detalhes da empreitada que, além de solidariedade, levará mantimentos para a população que sofre um bloqueio econômico desde 2007, quando o Hamas, partido vencedor das eleições parlamentares na Palestina, democraticamente, assumiu o poder na região. Israel e países aliados do ocidente querem fazer crer que o Hamas é responsável por atentados, classificando-o como grupo terrorista.
De acordo com militantes brasileiros, o melhor caminha até a Faixa de Gaza é pelo Egito, uma vez que o país já abriu suas fronteiras anteriormente para entidades que prestam ajuda humanitária. Aliás, esse é o único tipo de carregamento que é permitido passar pelas fronteiras, após uma vistoria minuciosa.
Por Israel é impossível, uma vez que há o confronto entre judeus sionistas e palestinos. Pelo mar o transporte também não é possível. Em 2010 e 2012, barcos que transportavam missões humanitárias ao território palestino foram atacados pela marinha israelense.
“Antes do bloqueio entravam 400 caminhões de alimentos em Gaza. Agora entram 64. Se não fossem os túneis, que Israel tanto condena, eles estariam em situação ainda pior”, denuncia a jornalista da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada Soraya Misleh, integrante da Frente em Defesa do Povo Palestino.
A luta do povo daquela região por independência vem desde a década de 1940, quando os governos israelenses iniciaram desapropriações ilegais e um processo de limpeza étnica, expulsando dois terços das famílias palestinas de suas terras. Em julho e agosto de 2014 acabou ganhando uma repercussão maior graças a divulgação nas redes sociais de fotos de crianças mortas pelos bombardeios que mataram 2.200 pessoas, deixaram 11 mil feridos, 450 mil desabrigados, além de 26 escolas destruídas, hospitais e infra-estrutura danificada em diversas regiões de Gaza.
Inicialmente, integram a missão organizações brasileiras e membros do conselho internacional do FSM. Mas, Mohamad El Kadri, da Associação Islâmica de São Paulo, e também da Frente em Defesa do Povo Palestino, enfatiza a importância em convidar também políticos e representantes de governos para fortalecer a missão. “Algumas entidades já foram a Palestina mas os resultados não foram muito bons. Por isso queremos envolver militantes, políticos, representantes de governos para que possamos efetivar acordos com Gaza e obter resultados concretos, avanços políticos”, conta El Kadri.
De acordo com ele, atualmente as doações financeiras não chegam até lá. “Mas a ONU(Organização das Nações Unidas) já descontou a porcentagem que ela vai receber só para mobilizar esse dinheiro”, alertou.
Os militantes lembram que 80% da sobrevivência do povo palestino é garantida via ajuda internacional. Dados apontados por organizações internacionais, que atuam em defesa da causa, alertam que mais de 45% da população (de 1,7 milhão) estão desempregados, uma grande parte formada por jovens. Também há informações de que mulheres são impedidas de fazer pré-natal e terem seus filhos com dignidade e que metade das crianças sofrem de anemia e desnutrição.
“Além da cidade estar devastada após os bombardeios, muitos estão morrendo de frio. A população sofre neste momento um inverno rigoroso. Dos 450 mil desabrigados por conta do genocídio de 2014, 100 mil ainda não conseguiram retornar pra suas casas. Falta saneamento básico e chegam a ficar 18 horas sem energia”, diz Misleh. “Com a missão, temos a oportunidade de dar visibilidade a tudo isso”, completa.
Soraya Misleh e Mohamad El kadri participaram da mesa “O sentido do Fórum Social Mundial hoje”, do Seminário FSM Rumo a Túnis, em Salvador (BA), na manhã de sexta-feira (23/1). “O fórum teve um papel importante para unir as lutas anticapitalistas. No caso palestino, a idéia de que não estamos sós foi muito significativa. E o fórum contribuiu para dar visibilidade a luta do povo palestino. A aprovação dessa missão traz de volta esse sentido original do FSM”, declara ela.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Divulgada nesta segunda-feira (2/2) a primeira lista de candidatos aprovados no vestibular do curso de graduação em Engenharia de Inovação, do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP. Dos cerca de 300 que se inscreveram, 26 foram selecionados por meio de três avaliações que compuseram a nota: exame de linguagem (40%), exame de lógica (20%) e a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 40%. Todos terão bolsa integral para o curso que será em período integral, inicialmente de segunda a sexta, mais ajuda de custo de R$ 500 (mensal). As matrículas devem ser feitas até esta terça-feira (3).
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Estudantes realizam exame de Linguagem, uma das etapas do processo de seleção
A ideia é dar as mesmas condições para todos desde o início e, com o passar do tempo, eles manterão as bolsas a partir do desempenho individual. Entre os primeiros estudantes do curso há paulistanos, mas há também quem tenha vindo do interior, como São José do Rio Preto, Ibitinga, Taquaritinga, como de outros estados como Rondônia e Goiânia.
De acordo com o professor José Luis Landeira, responsável pela elaboração do processo seletivo, e pela formulação da prova de Linguagem, as notas ficaram um pouco acima da média. “Não teve nenhum 10, mas também não teve nenhuma nota abaixo da média (5). Pra mim foi uma surpresa boa, houve muitas notas 8. E não houve pérolas do Enem. Só as redações as notas foram mais baixas”, contou Landeira, atribuindo o fato ao cansaço mental por conta da metodologia de realizar a prova: “A maioria opta em responder as questões antes da redação”.
Inovação
Ainda sobre a redação, ele lamentou que os textos que foram sugeridos para a produção textual não tenham sido aproveitados efetivamente, já que em nenhum momento se falou em tecnologia, mas em geral o candidato acabou atribuindo inovação, que era o tema, à tecnologia. “Existe um paradigma interno de que eu inovo porque eu sou criativo. Portanto, não preciso do mundo. E isso me preocupou um pouco porque é uma visão estigmatizada, generalizada. Falta uma visão da realidade”, analisou o professor Landeira que tem experiência em realizar provas do Enem e FUVEST. Em sua avaliação até mesmo os alunos que se saíram melhores, não foram ousados. “O ensino médio não tem promovido a ousadia. E tivemos um número de zeros no Enem muito grande. Fico preocupado porque esse salto da educação não se dá de um ano para o outro”, lamentou.
“Inovação é a forma de trabalhar com o problema, é a dinâmica , como você visualiza um problema, a experimentação. Mas, em nosso curso, já estamos pensando algumas estratégias para trabalhar essas questões de visitação, se conhecer melhor as definições. Como uma aula com cinema e debate”, completa José Landeira.
O professor José Marques Póvoa, diretor da Graduação do Isitec, frisou que o vestibular funcionou como uma apresentação do que será o curso, com a aplicação de questões com nível razoável para que o candidato já tivesse uma ideia sobre o que esperar dos próximos quatro anos. Além disso, cada aluno passará agora por uma avaliação sobre seus erros e acertos no vestibular.
“O processo seletivo não está desconectado do processo da engenharia como um todo. Ele não serve somente para selecionar. Ele acena o que é o curso como um todo. E por isso a gente tem uma grande vantagem de estar próximo do sindicato, porque aproxima o estudante do mundo do trabalho”, declarou Póvoa, que também ressaltou a preocupação da interdisciplinaridade da graduação.
Geralmente, o aluno aprende por módulo, por matéria o que é Cálculo, Física, Geometria Analítica e termodinâmica, “mas tudo está interligado”. O diretor do Isitec lembra que o instituto não pretende ser mais uma escola de ensinar engenharia, mas sim de aprender: “Queremos pensar a engenharia de uma forma diferente, que o aluno perceba que tudo é uma coisa só desde o início e não no final como geralmente acontece. Quem sabe em um futuro muito próximo a gente não prepare materiais de educação em engenharia, que consiga articular essas atividades”.
Inspirações
Além da interdisciplinaridade, que vem sendo trabalhada pela equipe de professores há seis meses, o Isitec pretende instituir uma nova forma de estudar a engenharia, a partir de projetos. O sistema é inspirado na Escola da Ponte, de Portugal, que se tornou local de peregrinação de educadores de todo o mundo. Diversas escolas em todo o mundo vem promovendo mudanças no sistema com base nas experiência do colégio público português, que já foi tido como um dos piores da rede em seu país, e conseguiu revolucionar o setor criando projetos por interesse, independentemente de idade e nível escolar. A proposta estrutura-se a partir da interação entre seus integrantes a partir de práticas em direitos humanos, igualdade de oportunidade para todos e promoção da solidariedade ativa e participação responsável dos processos.
Mas, até agora, nenhuma graduação em engenharia havia implantado algo desse tipo. Por isso, nenhum dos professores do Isitec, que vêm do mercado, passaram por uma experiência semelhante. Todos vieram de largas carreiras acadêmicas e toparam o desafio de transpor os muros além da escola. Como Marcelo Melo Barroso, formado em Engenharia Civil e que lecionará História da Tecnologia, Introdução à Engenharia. Ele, que deu aula durante 6 anos no ensino superior em universidades federais na região norte, reconhece que será um desafio ainda maior ao docente. “Como ter a capacidade de fazer a leitura sobre a percepção desse estudante, como aplicar o nosso conhecimento para esse aprendizado. Vai ser um crescimento conjunto, também estamos desenvolvendo competências”, disse.
Para Barroso “o engenheiro, bem como outros profissionais, está cada vez com mais dificuldade de se inserir nas novas realidades”. “Teremos que fazer a leitura sobre cada estudante e ver quais as reais necessidades dele. E isso não é tão trivial. Isso é educar”, afirmou.
Assim como ele, todos concordam que o que está sendo plantado hoje no Isitec vai além da engenharia. “Talvez o sindicato não tenha noção da semente que está plantando. Minha área é educação e percebo uma mudança de paradigma na educação que está sendo realizado. Nós estamos construindo um modelo nosso e não transpondo um já existente”, avaliou Landeira.
Confira a lista dos selecionados para o curso aqui.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Enquanto entidades brasileiras debatem qual o significado atual do Fórum Social Mundial para o País, na África, especialmente na região do Magreb-Machrek (países árabes), ele tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento dos movimentos sociais locais e, consequentemente, da participação população no processo de democratização daqueles países. É o que contaram representantes dos comitês locais da Tunísia e Marrocos na mesa “O sentido do Fórum Social Mundial hoje”, ocorrida no “Seminário FSM Rumo a Túnis”, em Salvador (BA), na manhã de sexta-feira (23/1).
Foto: Deborah Moreira
Fazer um fórum na Tunísia em 2013 foi algo natural diante do quadro sócio-político gerado pelos protestos ocorridos desde dezembro de 2010, que deflagraram a chamada Primavera Árabe. Na prática, significou a derrubada dos governos ditatoriais tunisiano e egípcio, mas ainda existem os partidos conservadores, de cunho religioso, corruptos e que exercem grande influência na política.
Agora, levar novamente o megaevento ao país – de 24 a 28 de março - é estratégico. Nos últimos quatro anos, apesar de alguns avanços, a situação econômica piorou muito no continente africano, que sente os impactos negativos da crise do capital no continente europeu. Desemprego crescente, principalmente entre os jovens, aumento do número de migrações, da violência – como os assassinatos em massa cometidos pelo grupo radical nigerianos Boko Haram -, das guerras, e a repressão aos movimentos sociais no Marrocos e Egito.
Segundo o marroquino Hamouda Soubhi, diretor executivo da Rede Marroquina das ONGS Européias e Mediterrâneas e co-fundador no Marrocos do Fórum das Alternativas do Sul, os grupos financiados pelos conglomerados que controlam o petróleo no Golfo Pérsico, “quer seja pelo Qatar, Arábia Saudita, quer seja por países europeus e americanos, continuam a agir contra a igualdade para as mulheres, contra qualquer forma de mudança”.
“Piorou muito a situação do imigrante subsaariano. O Mar Mediterrâneo se tornou um cemitério, milhares de pessoas morrem tentando atravessar para a Europa. O fórum é um espaço vital para os movimentos sociais, para a promoção dos direitos sociais, econômicos, ambientais, para encontrar alternativas ao neoliberalismo”, afirmou Soubhi.
Ele lembra que foi graças ao apoio de organizações sociais sólidas, de mulheres, de direitos humanos e sindicais estruturadas que os jovens na Tunísia e Egito saíram às ruas. E que foram essas novas mobilizações como occupys e indignados que geraram um contraponto ao poder dominante, e que só a unidade na ação é que poderá levar a novos avanços progressistas. O representante das entidades do Marrocos frisou a importância de fortalecer as lutas da região como a libertação da Palestina e dos saarauis, citando uma ação que existe desde 2006, chamada ‘Iniciativas para a paz no Saara Ocidental’, que envolve saarauis, tunisianos e pessoas da Mauritânia.
“Se não houver unificação das lutas não poderemos fazer isso. Venham para Tunis para trabalhar conosco em nossas aspirações, somos fracos mas somos fortes com nossas idéias”, exclamou.
Nova constituição
O antropólogo tunisiano Alaa Talbi, membro do Fórum Tunisiano de Direitos Econômicos e Sociais e um dos organizadores do comitê local do FSM Tunísia, elencou pontos positivos resultantes das mobilizações sociais, principalmente depois da crise que o país viveu em julho de 2013, quando foram assassinados o líder de um dos partidos de oposição, Mohammed Brahmi e, dias depois, oito militares.
Um saldo positivo concreto do FSM Tunísia de 2013 foi a mediação de integrantes do comitê de organização do evento na articulação por uma nova constituição, oriundos da central sindical Ação Central de Trabalhadores da Tunísia, da Liga Tunisiense para a Defesa dos Direitos Humanos e de uma organização de advogados (semelhante à OAB). “Eles construíram uma agenda política que conseguiu levar a formalização da nova constituição”, conta Talbi, que noticiou em primeira mão que quatro membros dessas organizações integram o novo governo – como ministros da Justiça, da Condição Feminina, da Cultura e das Relações com a Sociedade Civil - sendo duas mulheres e dois homens.
Foi em janeiro de 2014, após dois anos de debates, que o país ganhou uma nova constituição mais progressista, que tem o Islã como religião, mas estabelece a liberdade de crença e consciência. O texto constitucional institui a igualdade entre homens e mulheres, assim como a paridade de representação nas assembleias políticas, e a liberdade de expressão e de opinião, concede autonomia ao poder judiciário.
Outro avanço que ele chamou atenção foi a definição de que o povo é o detentor dos recursos naturais. A questão ambiental vem ganhando espaço nos debates e terá seu 1º Fórum Social Temático da Tunísia, no sábado (31/1) e domingo (1º de fevereiro).
“Estamos tentando construir e definir o papel dos movimentos sociais nestes últimos anos. Fazemos uma distinção entre os que são estruturados, administrados pelas centrais sindicais, e os espontâneos que não pararam em 2014. Mais de uma centena de movimentos na Tunísia estão passando da fase de contestação para a de proposição”, conta o antropólogo.
O representante tunisiano mencionou que a organizações da região têm consciência de que será preciso, muito em breve, aprofundar as mudanças sociais e econômicas. Essas questões vêm sendo tratadas de forma sistemática e acabaram resultando na primeira Assembleia dos Movimentos Sociais da Tunísia, ocorrida em 9 de janeiro, reunindo trabalhadores informais, mulheres operárias, principalmente do setor têxtil, e outros segmentos que se reuniram pela primeira vez.
“O fórum vai desempenhar um papel de extrema importância na consolidação da mobilização social, sobretudo, na próxima fase que denominamos como a descentralização do poder, nas eleições de associações locais previstas para outubro deste ano. E o poder político local dá um lugar muito importante a sociedade civil, não somente como mera observadora, mas com direito de voto”, concluiu, acrescentando: “A presença de vocês é um aporte real para o nosso processo de democratização na Tunísia e em toda África, para a aquisição de novas competências em justiça social, educação popular e educação ambiental.”
Brasil
A educadora Sheila Ceccon, do Instituto Paulo Freire, recuperou o histórico do processo brasileiro do FSM no último ano que resultou na realização do seminário em Salvador. Para ela, é importante que os debates que acontecerão em Túnis e nos próximos fóruns mundiais também ocorram em diferentes regiões, em fóruns descentralizados, temáticos, estaduais, latino-americanos, incluindo novos atores.
“Ficou muito claro para todos que estão discutindo que há um recrudescimento do capitalismo, mundialmente falando, desde que o FSM foi criado. É importante a sociedade civil do planeta dar uma resposta a isso. Então, foi consensual a importância em participar do fórum e planejar fóruns com formatos diferentes”, explicou.
As organizações do Brasil decidiram participar do FSM da Tunísia com quatro temas: mecanismos de construção da democracia participativa; enfrentamento ao racismo, xenofobia e reparações; sociedade civil planetária e pós-2015; e nos debates do Fórum Mundial de Mídia Livre.
A questão ambiental também foi uma tônica em sua fala: “É urgente que todos nós demos mais atenção às questões socioambientais. O fórum pode ser um espaço de enfrentamento da coisificação da vida. A gente vive hoje em um mundo onde comemos alimentos envenenados, veneno que é posto em nossa comida e parece que é visto como algo normal. Não há um enfrentamento, não há uma discussão nessa mídia, que não nos representa”.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Em cada olhar uma experiência. Para viver o Fórum Social Mundial hoje é preciso resgatar o passado, unificar no que é possível e agregar o novo. Foi dessa forma que se colocou a mesa “Os Olhares sobre o Percurso Histórico do Fórum Social Mundial”, formada durante o Seminário FSM Rumo a Túnis, ocorrido entre quinta (22/1) e sábado (24). O Fórum Social Mundial (FSM) desencadeou processos paralelos e transversais a seu próprio eixo, enquanto esteve em ebulição nestas terras. Para os especialistas que formaram a mesa, todos integrantes do Conselho Internacional do FSM, o megaevento cria novas dinâmicas entre indivíduos e gera saltos de consciência na busca do coletivo.
Foto: Deborah Moreira
Mesa formada por, da esquerda para a direita, Salete Valesam; Rita Freire; Gilberto Leal, da Conen, como mediador; Hamouda Soubhi e Leonardo Vieira
Salete Valesam Camba, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) que iniciou sua fala refletindo a importância da Bahia em sediar este evento, com sua forte herança africana, lembrou que o Fórum foi criado para contrapor o Fórum Econômico de Davos incentivando novas práticas, como na educação.
“Para um outro mundo possível, uma nova educação é necessária. Foi um dos grandes debates que teve e que foi necessário para puxar para uma outra realidade a frente dessa temática dos direitos, que é o direito à educação, houve uma união da sociedade civil e governo para construir o Fórum Mundial de Educação”, recordou, citando os primeiros anos do evento, em Porto Alegre, já emendando com o FSM da Índia, em 2004, que foi um “contraponto a nós mesmos” permitindo a compreensão da vida a partir de outra cultura, outra lógica.
Para ela, “o nosso debate continua permanentemente o mesmo, porque ele ainda não se renovou”. Em sua visão, a educação precisa ser compreendida enquanto processo histórico de construção e transformação da sociedade.
E qual a comunicação que queremos? Rita Freire, da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, mencionou a experiência ocorrida entre os movimentos brasileiros e latino-americanos que vivenciaram as dificuldade em se cobrir um FSM com pouca ou nenhuma estrutura e, mesmo assim respeitar as diferenças que estavam postas. O respeito a diversidade é uma tônica do FSM daquele tempo, e os movimentos tomavam para si como bandeira de luta e resistência.
“Os comunicadores independentes começaram a se aproximar do processo para contribuir com essa resistência dos movimentos. E fazer essa resistência exigiu de nós criarmos outras formas de cobertura que acabaram gerando o conceito de comunicação compartilhada em que reunimos conhecimento, equipamentos e ideias. E isso foi se transformando em diversos projetos audiovisuais de cobertura”, disse Freire.
Exercitar o compartilhamento das informações levou os comunicadores ao campo mais político, do debate, da proposição de alternativas no Brasil e América Latina, o que culminou na formação de um fórum brasileiro de comunicação e, posteriormente, ao Fórum Mundial de Mídia Livre, que começou em 2009, em Belém.
Ainda em seu relato sobre o que viveu ao longo desses 15 anos de FSM, a cirandeira provocou os jovens presentes lembrando que os ares do fórum no início têm muito em comum com o que eles têm experimentado agora. “Estávamos ali num momento de esperança, de salto da consciência da importância nas ruas, que estava sendo dada pelos movimentos que tomaram Seattle (nos EUA) para acabar com as instâncias de governo, do mercado, como a OMC (Organização Mundial de Comércio), e estávamos na véspera da Rio+10, a gente sentia que tinha um protagonismo e que tinha que ocupar as ruas, como agora”, afirmou.
Sobre o recente atentado contra cartunistas do jornal francês Charlie Hebdo, Rita Freire enfatizou que a tragédia agora vem sendo usado para atacar novamente a diversidade - especificamente os muçulmanos - em uma cobertura midiática desproporcional. "Enquanto a mídia dá ampla visibilidade aos cartunistas assassinados, os profissionais da imprensa que cobrem guerras como na Palestina nem são notícia. Em 2014, foram 16 jornalistas mortos na região dos bombardeios contra Gaza e ninguém sabe seus nomes", lamentou.
O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o secretário de Relações Internacionais Leonardo Vieira, também reforçou a importância em abrigar os novos movimentos. “Temos o desafio de incluir os novos movimentos, que nem conseguimos nomear ainda, como os occupys, indignados”.
Vieira fez questão de falar dos significados que o FSM e seus pensadores deram aos acontecimentos, “como o neoliberalismo, que antes era (um tema) mais restrito ao meio acadêmico e acabou se popularizando por conta do fórum”. Muitos acadêmicos e lideranças tiveram a chance de expor aos participantes do evento os males desse sistema econômico capitalista. Também foi tirado o véu que escondia as transnacionais, “que estão por trás de todos os grandes problemas da sociedade”.
Hamouda Soubhi, no canto esquerdo; e Leonardo Vieira ao microfone
Para o secretário de relações internacionais da CUT, há um novo momento conjuntural no País que revelam muitos desafios locais para os movimentos sociais. “O último fórum na Tunísia foi um sucesso e mostra que há vitalidade no processo, mas também nos mostra que o Brasil tem uma responsabilidade em permanecer presente. É preciso buscar convergência entre os movimentos para que a gente unifique pelo que temos em comum”, completou.
“A África está assumindo essa bandeira”
Para se ter uma idéia do quanto a África hoje está inserida no processo do fórum, Hamouda Soubhi, diertor executivo da Rede Marroquina das ONGS Européias e Mediterrâneas e co-fundador no Marrocos do Fórum das Alternativas do Sul, recordou a quantidade de fóruns realizados no continente: 5 fóruns mundiais, 40 fóruns temáticos e 7 fóruns africanos.
“O fórum é algo muito importante para o continente africano. O primeiro conselho internacional se encontrou em Dakar, em 2001, e a partir daí os movimentos sociais africanos se integraram”, mencionou Hamouda Soubhi, lembrando que mesmo não tendo condições de participarem de todos os fóruns, os africanos formaram várias redes – como saúde, educação, a questão das mulheres – o que permitiu “quebrar as clausuras”. Seja no Senegal, no Mali, Egito, Marrocos ou Tunísia, os encontros têm acontecido e gerado algumas mudanças.
“Estamos em marcha e queremos mostrar ao mundo que somos capazes de colocar pra fora as ditaduras, de mudar seus governos, de colocar uma frigideira no lugar de seus assentos para que eles não voltem a sentar. É preciso acreditar nessa mudança. Eu gostaria que o próximo fórum social mundial fosse aqui (em Salvador). Assim teremos seis fóruns sociais africanos”, exclamou Soubhi.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, aceitou o convite feito pelo presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, para fazer a aula inaugural no Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), no dia 23 de fevereiro, às 9h, quando iniciam as aulas da graduação em Engenharia de Inovação. O projeto do curso foi apresentado a Rebelo, no dia 26 de janeiro último, em Brasília, pelo presidente do sindicato. Também participaram da audiência com o ministro os representantes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) Artur Araújo e João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical.
Foto: Ascom/MCTI
Aldo Rebelo recebeu o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, acompanhado de Artur Araújo e
João Guilherme Vargas Netto
"É uma faculdade sem fins lucrativos e a primeira montada por uma entidade sindical no País. É a nossa contribuição para a sociedade brasileira, e o ministro ficou muito entusiasmado com isso", afirmou Pinheiro, que pretende tornar a instituição uma referência para outras faculdades brasileiras, ao inserir uma nova categoria no mercado, voltada à indústria.
"O mercado é extenso e tudo o que se faz em engenharia tem que ser com inovação. Então queremos apresentar ao mercado profissionais que possam trabalhar com inovação", ressaltou Pinheiro, lembrando que a preparação do curso ocorre há pelo menos dois anos, como o treinamento dos professores. "Temos que estimular a inovação e empreendedorismo", completou. Por isso, primeiramente os alunos aprenderão conceitos e experimentações para só então optarem qual o segmento da engenharia que vão atuar e se aprofundar. Com duração de 5 anos, o estudante permanecerá em sala e aula em período integral - somando 4.620 horas.
O processo de seleção para a primeira turma começou em outubro do ano passado. Os inscritos fizeram um exercício de aptidão lógica online e uma prova presencial de expressão. A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também contou para a seleção dos estudantes.
Histórico
O Isitec foi criado em 2011 e credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2013. A instituição tem como entidade mantenedora o SEESP e conta com o apoio da FNE.
A ideia do curso surgiu da necessidade de se formar profissionais aptos a empreender e buscar soluções para a indústria brasileira e foi desenvolvida durante os debates do "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento" – projeto articulado pela FNE e seus sindicatos afiliados e por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Imprensa SEESP
Com informações da Ascom do MCTI
(matéria atualizada às 13h48 em 27/1/15)