Mais uma vez os engenheiros, em estado de greve, se somaram ao demais servidores municipais de São Paulo, em protesto ocorrido em frente ao gabinete da prefeitura, no Viaduto do Chá, região central. Esse é a quarta manifestação dos funcionários públicos da cidade que estão em campanha salarial para exigir reajuste para repor as perdas inflacionárias, alteração da Lei Salarial 13.303/02, estabelecimento de uma data-base, entre outros pontos.
Foto: Beatriz Arruda
Engenheiros durante ato dos servidores, em 4 de abril
O ato, que ocorreu na segunda-feira (28/4), reuniu cerca de 4 mil trabalhadores, segundo os organizadores, e uma comissão acabou sendo recebida na prefeitura, mas não houve avanços. Todas as categorias aguardam uma sinalização do município para uma nova rodada de negociação, inclusive os cerca de 1.800 engenheiros e arquitetos.
Os engenheiros estão em estado de greve desde a assembleia realizada na quarta (23/4). Já os professores, também em assembleia, realizada na segunda (28), decidiram manter greve deflagrada na semana anterior - desde o dia 23 de abril. As reivindicações dos professores também são de melhorias nos salários e no plano de carreira.
Desde 2007, os servidores paulistanos recebem somente 0.01% de reajuste, anual, estabelecido pela Lei Salarial. O Executivo propôs não incluir a reposição dos últimos anos e só negociar 2014 e 2015, o que revoltou os trabalhadores.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP
Desde sua primeira edição, em 2008, em quito, Equador, o Encontro Sindical Nossa América (Esna) vem unindo cada vez mais trabalhadores do continente. Neste ano, quando a edição ocorre em Cuba, a CNTU participa em peso. Para falar sobre o evento e sobre a organização dos trabalhadores na América Latina, o Jornal do Engenheiro desta semana conversa com Gilda Almeida, vice-presidente da CNTU.
Na seção “No Ponto”, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, aborda os planos de saúde. “O profissional da área tecnológica, o engenheiro, tem que ser devidamente atendido. Então no nosso sindicato tem plano de saúde, tem planos de previdência”, orienta.
Na reportagem da semana, os principais momentos do seminário “Copa 2014 – Perspectivas para realização do mundial de futebol no Brasil”, que reuniu autoridades e especialistas, como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. O evento foi realizado no auditório do SEESP e ocorreu na sexta-feira, dia 11 de abril.
América Latina em luta
Antes de viajar à Cuba, Gilda Almeida, que também é secretária de Assuntos Internacionais da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e tesoureira adjunta da central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), explicou ao jornalista e apresentador Fábio Pereira que o encontro “conseguiu articular muitas entidades na América Latina, no Caribe e América do Norte”. Segundo a dirigente sindical, o Esna é resultado de uma somatória de esforços de entidades latino-americanas que têm em comum uma visão classista e que pretendem construir uma pauta unitária dos trabalhadores. “Naquela ocasião quando surgiu, no início dos anos 2000, as políticas trabalhistas estavam fragilizadas por conta das políticas neoliberais”, explica a vice-presidente da CNTU.
Apesar de a primeira edição do Esna ter ocorrido em 2008, a idéia surgiu no 2º Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas, Venezuela, em dezembro de 2004. Durante o 1º Esna, foram estabelecidos três eixos importantes para pautar o debate no continente: a defesa dos direitos trabalhistas e sociais; a integração solidária e soberana, com a unidade contra a ofensiva militar dos Estados Unidos; e o terceiro eixo é a luta em defesa da soberania alimentar em defesa sobre os recursos estratégicos hídricos, biodiversidade e a sustentabilidade ambiental.
O evento em Cuba será realizado em meio a celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores (1º de Maio), e também no ano em que se comemoram o aniversário de 75 anos da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC).
“A CNTU já esteve presente na última edição e agora estará com uma delegação maior, o que vai contribuir para ampliar a visão dos trabalhadores universitários, sobre os países, mas também trazer para a CNTU a agenda de luta dos trabalhadores”, comenta Gilda Almeida, que enfatiza o papel da mulher na retomada do continente por forças progressistas, como na Argentina, com Cristina Kirchner; no Chile, com Michelle Bachelet; e no Brasil, com Dilma Rousseff.
No entanto, a vice-presidente da CNTU frisa que ainda existe muito machismo no meio político e, mais especificamente, no meio sindical: “Hoje a gente vê que os cargos principais, que é presidência, secretaria-geral e tesouraria, na maioria das vezes são ocupados por homens, inclusive, em entidades onde a maioria é de mulheres”.
Gilda reforma que a igualdade entre homens e mulheres é uma das preocupações da CNTU com foco no trabalho, na política e na saúde da mulher. “Vamos lutar para que a mulher tenha seu espaço no mundo sindical e no mundo político”
Imprensa SEESP
Assista abaixo a íntegra do programa:
Milhares de pessoas de movimentos de moradia e entidades populares, como a Central de Movimentos Populares (CMP) realizam um protesto em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no Centro, desde às 13h, desta terça-feria (29/4), para pressionar os vereadores a votarem o Plano Diretor da capital.
O grupo pede para que seja priorizado entre as diretrizes do plano a demarcação de Zeis (Zonas de interesse social) na cidade. A ideia é priorizar o acesso a moradias por famílias de baixa renda. Os manifestantes afirmam que só liberarão a via após a conclusão da votação que deverá começar ainda nesta tarde. De acordo com agências, por volta das 15h, um outro grupo de cerca de 500 pessoas está na praça da República, no centro de São Paulo, e promete seguir em passeata pelas ruas do centro até a Câmara.
Poluição sonora
A revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) – em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo – é o pontapé inicial para resolver os problemas causados pelo barulho na capital paulista. As medidas previstas no projeto, de acordo com especialistas que participaram na segunda-feira (28/4) da 1ª Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora, são fundamentais para melhorar a poluição sonora na cidade.
Entre as iniciativas previstas no PDE está a elaboração de um mapa com a distribuição espacial do ruído na cidade, com o objetivo de evitar, prevenir ou reduzir os efeitos prejudiciais da exposição ao barulho por meio do planejamento urbano adequado."Fazer essa mapeamento é o início para que o poder público possa priorizar ações nos setores com maiores índices de ruídos", declarou Davi Akkerman, presidente da ProAcústica - Associação Brasileira para Qualidade Acústica. "Mas fazer apenas o mapa não é suficiente. Precisamos também de campanhas educativas para esclarecer a população sobre os problemas que o excesso de barulho pode causar", acrescentou.
O trabalho do poder público, explicaram os especialista da conferência, é essencial para resolver os problemas causados por ruído. "É necessária uma ação coordenada, principalmente dos governos municipal, estadual e federal para se identificar o que causa o barulho e pensar no que pode se resolver isso. Em São Paulo, o trânsito e as obras são os maiores geradores de ruídos", afirmou Nicolas Isnard, diretor de negócios, meio ambiente e engenharia da 01 dB – empresa que oferece soluções de produtos e serviços dedicados a medições de controle, perícia e monitoramento acústico e vibratório.
O presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Andrea Matarazzo (PSDB), sinalizou para a necessidade de modernização da legislação para melhorar os problemas causado pelo barulho. "Temos a Lei do Psiu, por exemplo, que deveria utilizar equipamentos mais tecnológicos para facilitar a fiscalização. E agora estamos discutindo no Plano Diretor a elaboração do mapa de ruídos e isso vai ajudar muito porque teremos a escala de barulho em cada região e assim poderemos pensar no que fazer me cada local", disse.
Imprensa SEESP
Com informações da Câmara de S. Paulo
Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se solidariza com trabalhadores haitianos e defende a construção de uma política que garanta os direitos e a proteção social a todos os trabalhadores imigrantes e refugiados. Abaixo, a íntegra do documento.
Nota oficial da CUT em solidariedade aos trabalhadores haitianos
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é totalmente solidária aos/às trabalhadores/as haitianos/as que escolheram o Brasil para reconstruir suas vidas após uma série de tragédias ambientais, sociais e políticas que colocaram o povo haitiano em uma situação vulnerável.
Rechaçamos qualquer postura ou comportamento xenófobo contra os/as imigrantes haitianos/as em razão de sua condição étnica, social, econômica, política ou religiosa. Toda pessoa nasce portadora de direitos, portanto não existem pessoas ilegais apenas por não terem documentos.
A atual situação reflete a desarticulação das várias esferas de governo no desenvolvimento de uma política que garanta os direitos e a proteção social aos/às trabalhadores/as migrantes e refugiados.
Há mais de cinco anos marchamos anualmente, junto com entidades e movimentos sociais de luta pelos direitos dos migrantes reivindicando uma política pública migratória que garanta a livre circulação e que não criminalize o imigrante. Nesse sentido, é fundamental alterar a atual Lei dos Estrangeiros, que é baseada na doutrina de segurança da ditadura militar brasileira, que classificava os estrangeiros como ameaça.
Para a CUT, a política de construção de abrigos para refugiados e imigrantes apenas em estados de fronteira é insuficiente. A CUT exige que os imigrantes recebam uma atenção digna, capaz de promover sua integração na sociedade brasileira. É urgente a organização de estruturas físicas e sociais adequadas à atual demanda, principalmente nas capitais e centros econômicos do Brasil onde estão a maioria das oportunidades de trabalho.
A CUT defende o trabalho decente e denuncia as práticas de trabalho precário ainda existentes em algumas cadeias produtivas que utilizam mão de obra de imigrantes indocumentados para baixar custos.
Para combater essas práticas ilegais, iniciamos a distribuição de uma cartilha que contém informações sobre a legislação brasileira, direitos dos imigrantes, locais para a expedição de documentos e incentivo a sua organização. A cartilha foi impressa em cinco idiomas.
A situação é grave e exige uma mobilização nacional das várias esferas de governo na implantação imediata de medidas e políticas que garantam a dignidade e o respeito aos/às haitianos/as recém chegados/as ao país.
Toda solidariedade aos/às imigrantes hatianos/as.
Vagner Freitas, Presidente e João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT
Fonte: CUT
A 6ª edição do Encontro Sindical Nossa América (Esna) acontece neste sábado (3/5) e domingo (4), em Havana, Cuba, e reunirá dirigentes sindicais de toda a América Latina. O evento é uma nova oportunidade para que o movimento social e sindical realize uma análise e reflexão sobre a situação sociopolítica que vive o mundo. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) está entre as centrais sindicais e entidades brasileiras presentes.
A escolha de Cuba para a edição deste ano é um reconhecimento e uma expressão de solidariedade com o povo e a Revolução Cubana. O evento se realizará no contexto da celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores, e também no ano em que se comemoram o aniversário de 75 anos da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) e a realização das sessões finais de seus 20º Congresso.
Esse evento será uma nova oportunidade para que o movimento social e sindical de Nossa América realize uma análise e reflexão sobre a situação sociopolítica que vive o mundo, avalie e proponha alternativas para enfrentar os impactos que origina a crise que vive o sistema capitalista atual e defina os desafios que devem assumir as organizações sindicais que promovem um sindicalismo sociopolítico de novo perfil.
“Esse encontro deve se constituir num grande espaço político para que a classe trabalhadora e seus aliados de Nossa América reafirmem sua estratégia anti-imperialista, antineoliberal e socialista, disputando a integração latino-americana e caribenha de uma forma soberana, complementária e valorizando o trabalho”, destaca Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais da CTB.
Imprensa SEESP
Com informações da CTB
O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) lotou o Auditório Arena Aprendiz, durante sua participação na Expo CIEE 2014, que levou a palestra “O engenheiro do século 21 ou no século 21?” ao evento. Proferida pelo Professor José Marques Póvoa, do Isitec, ela ocorreu na tarde de sábado (26/4) durante o encontro de estudantes, no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera, São Paulo (SP).
Fotos: Beatriz Arruda
Estudantes são provocados a refletir o papel do engenheiro nos tempos modernos em palestra
Na palestra, Póvoa, que é diretor de Graduação do Isitec, provocou os participantes a refletir sobre o papel do engenheiro no presente e no futuro. “É importante analisar o comportamento do estudante frente aos desafios que enfrenta ao escolher a carreira. A carreira do engenheiro tem sido apontada como de um profissional versátil até em áreas fora da engenharia. Isso tudo deve ser sempre colocado em discussão com a sociedade”, afirma o professor.
Também foi grande a procura pelo curso de graduação oferecido pelo Isitec a partir de 2015
Foram três dias (entre 25 e 27 de abril) com cerca de 80 expositores, 100 palestras e milhares de visitantes que puderam conferir diversas atrações como o robô desenvolvido pelos alunos da FEI que bate pênaltis e que participará de uma competição internacional.
Imprensa SEESP
Acontece nos dias 14 e 15 de maio o 1º Fórum de Vigilância em Saúde do Trabalhador Portuário, em Santos (SP), litoral paulista. Promovido pelo Grupo PET de Vigilância em Saúde do Trabalhador Portuário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Fórum tem como objetivo fomentar a discussão sobre a assistência em saúde da categoria e foi pensado a partir da mudança da dinâmica de trabalho que ocorrerá com a modernização dos portos.
Foto: Fátima Queiroz/Unifesp
A saúde dos trabalhadores portuários em discussão
Algumas das questões levantadas serão: quais os reflexos que atingem o cotidiano profissional do trabalhador portuário? Quais as especificidades dos diversos serviços que serão oferecidos nos diferentes portos do país?
Para refletir esses temas, foi pensada uma abordagem interdisciplinar e a utilização de instrumentos, saberes, tecnologias originadas de diferentes áreas do conhecimento, colocados a serviço das necessidades dos trabalhadores.
A atividade ocorre em dois endereços: no dia 14 no Anfiteatro do Prédio Ana Costa, Unifesp, Campus Baixada Santista, avenida Ana Costa, n° 95, térreo; e no dia 15 no Cenep, rua Otávio Correia, 147. O Fórum conta com o apoio da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), Fundação Centro de Excelência Portuária de Santos (CENEP), Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espirito Santo (Suport-ES) e do Departamento de políticas Públicas e Saúde Coletiva-DPPSC-UNIFESP-BS.
A programação pode ser conferida na página especial criado para o evento. Inscrições podem ser feitas aqui.
Imprensa SEESP
Representantes de diversas entidades que fazem parte da Frente pela Alimentação Saudável pela Agricultura Orgânica e Contra o Uso de Agrotóxicos, a qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) se integrou recentemente, foram recebidas, na Câmara Municipal de São Paulo, pelo presidente da Casa, o vereador José Américo (PT). O objetivo é pedir apoio ao parlamentar para que ele interceda junto aos demais parlamentares pela aprovação de dois projetos de lei que visam melhorar a situação da agricultura, da produção alimentar e da alimentação escolar em São Paulo.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
O presidente da Câmara, Zé Américo (PT), analisa projetos durante reunião
Um deles obriga a inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar do Sistema Municipal de Ensino e, outro, que proibi o uso e comercialização, no município, de agrotóxicos que apresentam em sua composição princípios ativos nocivos à saúde, inclusive, já banidos em seus países de origem.
“Nós estamos engajados totalmente nesta luta por uma vida e uma alimentação mais saudável”, destacou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da CNTU, que abriu a reunião. Murilo aproveitou a ocasião para convidar publicamente o presidente da Casa a participar da cerimônia comemorativa aos 80 anos do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), o qual também é presidente, que ocorrerá no dia 16 de maio, às 19h, na Câmara.
O presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Rosa, que solicitou o encontro com o vereador José Américo, entregou a carta oficializando o pedido da Frente para que ele interceda pela aprovação dos dois projetos. “A CNTU já tem uma campanha que defende uma alimentação saudável à população brasileira. E estamos somando esforços com outras entidades para fazer com que esses dois projetos sejam votados e aprovados pelo município”, declarou Ernane à Imprensa da CNTU, instantes antes da audiência.
Ernane lembrou durante o encontro que o PL 451/13, dos vereadores Gilberto Natalini, Ricardo Young e Nabil Bonduki, vai garantir que crianças da cidade recebam uma alimentação sem veneno. “A gente sabe que há uma quantidade excessiva de agrotóxicos nos alimentos servidos na merenda escolar”, disse. Sobre o outro PL (891/13), dos vereadores Toninho Vespoli e Nabil Bonduki, que proíbe a comercialização de princípios ativos como abamectina, acefato, glifosato, entre outras, lembrou que nacionalmente a luta é mais difícil.
“O lobby das empresas conseguiu fazer com que a nossa legislação flexibilizasse e permitisse ainda o uso dessas substâncias que já foram banidas em seus países de origem. Em nível nacional é mais difícil lutar contra os ruralistas por isso adotamos a estratégia de barrar localmente, com uma legislação municipal”, lamentou.
Zé Américo recebeu positivamente o pedido das entidades, como Greenpeace, Idec, Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sinfar-SP), UGT e CUT, entre outras. Aos representantes presentes, que solicitaram ainda a realização de um seminário na Casa sobre o assunto, Américo sugeriu a realização de uma audiência pública, com a presença dos autores dos projetos de lei. “Sobre o projeto de lei que proíbe a comercialização das substâncias, acredito que conseguimos aprovar com mais tranquilidade. É uma batalha já ganha pela sociedade, falta apenas executá-la. Além disso, nós não precisamos consultar o governo, porque diz respeito a legislação da cidade. Então é mais simples e rápido de aprovar. Já a outra proposta terei que consultar o governo e ver de que forma é possível aprovar o projeto”, declarou o presidente da Câmara.
O presidente da Câmara de São Paulo lembrou que um projeto que obrigava a cidade a compor 30% das merendas em suas escolas, aprovado pelos vereadores, foi vetado pelo prefeito Fernando Haddad em 2013, alegando falta de escala e preços muito elevados. Os presentes afirmaram estar cientes do fato e disseram que aprenderam com a derrota e que já há uma negociação. “Pode-se incluir no projeto uma preferência por esses alimentos, sem a obrigatoriedade”, sugeriu Zé Américo.
Susana Prizendt, coordenadora da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, lembrou que os esforços se dão nas “duas pontas”. “De um lado tem a demanda, com as contas públicas, através da compra da Merenda Escolar, e do outro o fortalecimento da Abast[Supervisão Geral de Abastecimento], que é o órgão que dá assessoria técnica aos produtores. Temos atualmente uma crise hídrica muito séria e a maior parte da produção agroecológica está concentrada no sul da cidade, onde estão as nascentes. Se esses setores forem fortalecidos, a conservação do ecossistema vai melhorar e contribuir para evitar tragédias com falta de abastecimento”, explicou.
Também participou do encontro Allen Habert, diretor do SEESP, e também diretor de articulação nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), que lembrou que faz parte do plano de governo do prefeito Fernando Haddad a adoção de práticas saudáveis de alimentação.
Deborah Moreira - Imprensa/Seesp
A Organização das Nações Unidas (ONU) lança nesta segunda-feira (28/4), em São Paulo, uma campanha para promover a igualdade e o respeito aos direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). A campanha "Livres e Iguais" é uma parceria com a prefeitura de São Paulo e faz parte das atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo.
A intenção é aumentar a conscientização das pessoas sobre a violência e a discriminação homofóbica e transfóbica e promover mais respeito pelos direitos da população LGBT. Segundo a prefeitura, a campanha vai defender a necessidade de reformas legais e na educação pública para o combate à homofobia.
Criada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) em parceria com a Fundação Purpose, a iniciativa foi lançada mundialmente em julho do ano passado e chega agora ao Brasil. Além da campanha, a ONU lançou uma cartilha sobre o tema da campanha, disponível no site http://www.onu.org.br/img/2013/03/nascidos_livres_e_iguais.pdf.
Relatório divulgado no início deste ano pelo Grupo Gay da Bahia mostrou que 312 gays, travestis e lésbicas foram assassinados no Brasil no ano passado, o que representa uma morte a cada 28 horas, em média. Só em janeiro deste ano, segundo a organização, 42 pessoas da população LGBT foram mortas no país.
De acordo com o grupo, o Brasil é o campeão mundial de crimes homotransfóbicos: 40% dos assassinatos de pessoas LGBT ocorreram no país. Pernambuco (34 mortes) e São Paulo (29 mortes) foram os estados onde esses crimes mais ocorreram.
Um relatório sobre violência homofóbica divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com dados referentes a 2012, revelou que o número de denúncias de violência homofóbica cresceu 166% em relação ao ano anterior, saltando de 1.159 para 3.084 registros. O número de violações de direitos humanos relacionadas à população LGBT também cresceu: saiu de 6.809 casos em 2011 para 9.982 em 2012, o que representou um aumento de 46,6%. O número de violações é maior porque em uma única denúncia pode haver mais de um tipo de transgressão. As denúncias mais comuns foram de violência psicológica, discriminação e violência física, respectivamente. As denúncias envolveram, segundo a secretaria, 4.851 vítimas.
A 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo ocorre no domingo (4) e tem como tema País Vencedor É País sem Homolesbotransfobia: Chega de Mortes! Criminalização Já! Pela Aprovação da Lei de Identidade de Gênero.
Fonte: Agência Brasil
Mudanças na forma de organização do trabalho estão entre as principais medidas para se reduzir os números de acidentes e adoecimentos entre os trabalhadores, segundo especialistas. O modelo atual, com exigências de produtividade cada vez maiores e cumprimento de metas abusivas, afeta milhares de pessoas, em quase todos os setores, com números alarmantes de vítimas fatais. Nesta segunda-feira (28), eventos pelo país lembram o Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho.
“Cada ramo econômico e empresa tem uma forma de funcionar, mas todas tem em comum a exigência por produtividade visando lucros cada vez mais altos, desconhecendo as condições reais de cada trabalhador. Existem ramos econômicos onde as metas aumentam a cada dia, é isso adoece, porque a pessoa nunca cumpre o que a empresa espera dela”, afirma a médica e pesquisadora Maria Maeno, especialista em segurança do Trabalho da Fundacentro.
Discutir a atual relação de trabalho, em vez de criar medidas "rasas" e "superficiais", é o ponto central, evitado pela maioria das empresas, segundo Maeno. "Nenhuma empresa admite discutir metas, a maioria quer resolver de forma simples o que não é simples, e prefere criar salas de descompressão, ginástica laboral. Isso não vai resolver, temos de mudar totalmente a lógica, considerar o fator humano no contexto do trabalho. Essas são premissas básicas, que exigem uma construção continuada, mas que está muito longe de se alcançar."
Segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,34 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e cerca de 160 milhões adoecem. De acordo com o Ministério da Previdência Social, em 2012, último dado disponível, foram registrados 705.239 acidentes, ante 720.629 no ano anterior. O número de trabalhadores mortos em 2012 chegou a 2.731, e 14.955 pessoas ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho.
Segundo Maria Maeno, ainda se registra grande número de acidentes originados por quedas e eletrocussão. O surgimento de casos de doenças músculo-esqueléticos, como as Lesões por Esforços Repetitivos/Doenças Ósteomusculares relacionadas ao Trabalho (LER/Dort), aumentaram nas décadas de 1980 e 1990. Desde então, o aparecimento de doenças por transtornos psíquicos ganharam destaque, justamente pela pressão e o assédio por aumento da produtividade. “Há ainda doenças que são relacionadas ao trabalho, mas não são caracterizadas como tal, como as doenças gastrointestinais, cardiovasculares e até o alcoolismo”, completa.
A data de 28 de abril foi instituída após um acidente numa mina, no estado de Virgínia, Estados Unidos, deixar 78 mortos, em 1969. No Brasil, com a promulgação da Lei 11.121, em 2005, o dia tornou-se específico para lembrar as vítimas e ampliar o debate sobre a prevenção e políticas sobre saúde e segurança nos locais de trabalho.
Fonte: Rede Brasil Atual