Agência Sindical
As centrais sindicais se reuniram na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, na última terça-feira, 15/1, para definir um calendário de lutas para 2019, começando pelo enfrentamento da nova ofensiva pela aprovação de uma reforma neoliberal da Previdência.
Estiveram presentes representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
As entidades emitiram uma nota conjunta, na qual anunciam a realização da “Plenária unitária das centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria”, no próximo dia 20 de fevereiro.
O evento deve ser precedido de plenárias estaduais e assembleias nas entidades de base dos trabalhadores. O objetivo, segundo a nota, é “construir a mobilização, decidir formas de luta e paralisações para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques à aposentadoria”.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse que a proposta de reforma da Previdência, que ainda não foi oficializada pelo governo, mas vem sendo divulgada aos poucos, não atende aos trabalhadores, não acaba com o déficit e privilegia os bancos com a tal da capitalização. “Tudo isso precisa ser levado aos trabalhadores”, afirma o dirigente.
Adilson Araújo, presidente da CTB, destacou a união das centrais. Ele lembrou as propostas aprovadas por Temer, como a PEC 95, terceirização e a reforma trabalhista, que atacou diretamente os sindicatos. “Agora, esse governo quer consagrar o regime de capitalização na Previdência Social”, critica. E completa: “É preciso aprofundar o debate, resgatar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora e ser protagonista nessa nova situação.”
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, há sintonia entre as centrais. “Precisamos criar uma Frente Nacional em Defesa dos Trabalhadores e da Democracia. É extremamente importante voltarmos às bases, para esclarecer os trabalhadores”, ele afirma.
Site da Agência Sindical
Centrais definem plenária unitária no proximo dia 20/2, em defesa da Previdência Social.
Diferentemente do Brasil, o uso de trólebus em sistemas de transporte coletivo do primeiro mundo ganha espaço e comprova sua importância para a sustentabilidade ambiental das áreas urbanas.
Antonio Ferro*
Engana-se quem pensa que o trólebus, ônibus elétrico conectado à uma rede externa, está com seus dias contados. Muito pelo contrário. Alguns dos principais nomes da indústria europeia do ônibus consideram esse modelo como uma opção paralela ao desenvolvimento dos veículos elétricos 100% a baterias. É fato que a versão equipada com catenárias tem um longo e positivo histórico na mobilidade urbana, com um reconhecimento atestado por várias cidades que as utiliza.
Prova disso é o município francês de Limoges, com uma população próxima a 210 mil habitantes (área metropolitana), conhecido pela produção de porcelana, esmaltes e pelos barris de carvalho utilizados para a acomodação de conhaque. Há 50 anos a cidade possui trólebus em operação no seu sistema de transporte público. Hoje, são 30 unidades que contribuem com um ar mais limpo. E reforçando seu compromisso ambiental, Limoges encomendou à Iveco Bus dois novos trólebus articulados do modelo Crealis, equipados com o sistema In Motion Charging, recurso eletrônico que permite a recarga elétrica de um banco auxiliar de baterias quando o veículo está conectado à rede aérea externa, proporcionando uma operação em locais onde não há essa rede. A cidade já operava 27 trólebus da marca, com 12 metros de comprimento, da geração anterior denominada Cristalis.
Tecnologia atual
O novo veículo feito pela montadora italiana tem uma concepção bem inovadora, com um design de vanguarda, onde as linhas externas se sobressaem pelo dinamismo e harmonia. Internamente, o salão de passageiros permite um ambiente claro por meio da generosa área envidraçada, confortável e totalmente acessível.
Com um foco especial em desempenho e rentabilidade, a Iveco ressalta alguns princípios fundamentais em seu veículo equipado com o recurso extra de recarga elétrica, como a mobilidade sem nenhuma emissão poluente local, a flexibilidade que não compromete a operação e uma configuração tecnológica que não possibilita perda em sua viabilidade operacional.
A Iveco ainda enfatiza que seu modelo Crealis apresenta uma significativa credencial ambiental, bem como a versatilidade e a performance para sistemas urbanos que se identificam pela rapidez nos serviços, por meio de corredores de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus).
Opções disponíveis
Há seis anos no mercado, os ônibus urbanos híbridos da fabricante podem ser considerados de certa forma, “elétricos”, pois são tracionados por motor elétrico, informou ela. Somando as marcas Iveco Bus e Heuliez Bus, já foram vendidas mais de 1.000 unidades na Europa. Outros modelos de ônibus elétricos, com recarga noturna ou recarga em pontos estratégicos, estão disponíveis sob a marca Heuliez Bus, sendo que mais de 100 unidades foram vendidas desde a introdução no mercado, no ano passado. Na versão trólebus convencionais, sem a utilização de baterias, mais de 800 unidades foram vendidas nos últimos 15 anos.
Características
*jornalista especializado na área de transportes há 15 anos, editor da revista eletrônica AutoBus. Texto originalmente publicado no site AutoCam, em 7/12/2018.