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Eliel

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O conceito de indústria 4.0, com integração de tecnologia e inovação, automação, banco de dados, ambiente online e inteligente, toma forma também no varejo, demanda que surgiu com a eclosão de e-commerces e outras plataformas de vendas. Para dar suporte ao setor é que o Prova, Laboratório de Inovação do Varejo, foi elaborado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) juntamente com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

 

Inaugurado em junho de 2018, o Prova é o primeiro laboratório público voltado ao comércio no País. Desde então, mais de 900 pessoas já participaram de atividades no local, causando impacto em aproximadamente 1.470 empresas, conforme conta Valter Pieracciani, CEO da empresa que venceu a licitação para montar e operar o projeto por dois anos.

 

O espaço, localizado no Shopping Frei Caneca, na capital paulista, é aberto ao público, inclusive para coworking, com mesas disponíveis e internet. Os varejistas podem utilizar também as salas de reuniões, que possuem paredes modulares. Assim, em eventos, o local se transforma num grande salão.

 

Além disso, são oferecidas consultorias e mentorias, palestras e cursos voltados à troca de experiência e atualização com o mercado, como capacitação em design thinking (método para planejamento e solução de problemas), liderança e transformação digital, excelência em gestão, entre outras atividades, todas gratuitas. Para participar, é necessário apenas cadastrar-se no site do laboratório (www.provalab.com.br). Novas tecnologias e técnicas para os negócios também fazem parte da pauta de exposições aos comerciantes. “Aqui o varejista pode descobrir, aprender e experimentar. Esse é o conceito do Prova”, atesta Pieracciani.

 

Ele ressalta que o varejo está passando por uma grande evolução. De fato, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), estima-se que em 2019 chegue a 87 mil o número total de lojas online no País, um crescimento de 34% em três anos. Para Pieracciani, o aumento do comércio digital, a crise econômica e a mudança no perfil do consumidor “empurram o setor a se reinventar”.

 

O coordenador do Prova, que foi premiado pelo SEESP em 2015 como Personalidade da Tecnologia em Inovação, vê no laboratório o ambiente para o engenheiro que atua direta ou indiretamente com o varejo desenvolver projetos e trabalhos. A indústria 4.0, em sua visão, “só funciona com um varejo também 4.0, flexível, rápido e inteligente”. “Então tudo isso está ligado à engenharia e à quarta revolução industrial”, conclui.

 

 

Desenvolvimento

Parte do projeto é um acelerador de startups. A cada seis meses, quatro startups ficam como residentes no laboratório e utilizam o espaço para desenvolver soluções inovadoras ou produtos. É o caso da Purple, um e-commerce de vinho que se tornou a primeira loja conceito – que objetiva expor a marca e aproximar clientes – montada pelo Prova. “Viemos apenas conhecer o laboratório, não tínhamos o intuito de ficar, procurávamos desenvolver inovações para ajudar nas vendas. Quando mencionaram a possibilidade de uma loja conceito, tivemos uma ideia na hora, não sabíamos como, mas queríamos muito montá-la”, conta Decko Calvente, publicitário e sócio da Purple, juntamente com um engenheiro e um profissional de vendas. Eles começaram a idealizar a loja em 7 de dezembro último. Em 20 do mesmo mês estava aberta ao público.

 

O estabelecimento foi montado com base no conceito de omnichannel, que é a integração do ambiente online com o offline. Nele o consumidor pode adquirir vinho escolhendo o que gosta ou não no sabor, por meio de um aplicativo que cruza a pesquisa ao banco de dados da startup, numa gôndola interativa que, de acordo com a escolha realizada, ilumina as garrafas correspondentes na prateleira.

 

Para Pieracciani, a inovação no setor varejista está exatamente focada na experiência que o cliente terá. “As pessoas podem realizar compras do sofá da casa delas. O que faz com que saiam para a loja física é a experiência, é receber mais do que apenas o produto, é adquirir conhecimento também, descobrir alguma coisa”, argumenta.

 

A Purple tem a loja exposta até março próximo, ao lado do Prova. Posteriormente outra marca poderá ocupar o local.

 

 

 

Por Jéssica Silva

Um dos primeiros atos do Governo Bolsonaro, a extinção e o esquartejamento das atribuições do Ministério do Trabalho aponta, na visão de Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), “desprezo pela área social”. A eliminação da Pasta foi determinada pela Medida Provisória 870/2019 (inserir link), de 1º de janeiro último, publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

 

Na contramão do fortalecimento e resgate de seu protagonismo, reivindicados pelo SEESP e movimento sindical como um todo há tempos (confira aqui).

 

A MP definiu a estrutura administrativa do Governo Bolsonaro: 16 ministérios e outros seis órgãos com tal status. As antigas competências do Ministério do Trabalho, criado em 1930, encontram-se agora fragmentadas. Como escreve Toninho em artigo intitulado O esquartejamento do Ministério do Trabalho, “foram distribuídas em quatro outros ministérios (Economia; Justiça e Segurança; Cidadania; e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), com dupla finalidade. De um lado, facilitar a implementação da reforma trabalhista, inclusive em sua dimensão sindical. De outro, esvaziar o poder da fiscalização, tanto na exigência de cumprimento da legislação e das normas coletivas quanto na elaboração e implementação das orientações normativas em matéria de segurança e medicina do trabalho”.

 

JE524 Quadro

 

 

Distribuição

O Ministério da Justiça fica responsável por competências relativas à imigração e registro sindical – esta última nas mãos da Secretaria Nacional de Justiça, assumida pela procuradora do Ministério Público Maria Hilda Marsiaj – que, como lembra Toninho, atuou na Operação Lava-Jato até se aposentar em 2 de janeiro último. Cidadania, por sua vez, “vai cuidar das questões relacionadas à promoção de oportunidades de trabalho aos beneficiários do programa Bolsa Família”. Trabalho da mulher e escravo integram escopo do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

 

Sob a nova formulação, as principais ações relativas a questões do trabalho ficam sob a égide da Economia. Essa pasta passa a abarcar, conforme consta do artigo 31 da MP, entre outras funções, política e diretrizes para a modernização das relações do trabalho, geração de emprego e renda e apoio ao trabalhador;  fiscalização do trabalho, inclusive portuário, e aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas; política salarial; formação e desenvolvimento profissional; segurança e saúde no trabalho; e regulação profissional. Como explica Toninho em seu artigo, todos os temas “estão distribuídos em várias instâncias institucionais do Ministério da Economia, que incluem três secretarias especiais, uma Secretaria do Trabalho, duas subsecretarias, um conselho e uma fundação, observando essa ordem hierárquica para a tomada de decisão”.

 

Ainda segundo seu texto, “o homem forte do Governo Bolsonaro no mundo do trabalho será o economista e relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, o ex-deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)”. Nomea­do como titular da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, terá entre as diversas competências elaborar “proposições legislativas sobre matéria previdenciária, trabalhista ou correlata”.

 

Já a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade engloba a Secretaria de Políticas Públicas para o Emprego, que inclui qualificação profissional, aprendizagem e estágio, seguro-desemprego e abono salarial, entre outras ações.  E a Secretaria Especial da Fazenda fica responsável pela gestão dos fundos de garantia e de amparo ao trabalhador.

 

Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, alerta para o equívoco da medida, “um desprestígio aos trabalhadores”. Ele lembra que a extinção do Ministério ignora sua importância enquanto “agente efetivo na melhoria das relações capital-trabalho, portanto, relevante ao País”. Para Toninho, as competências foram colocadas nas mãos de quem tem “expertise para desmontar ou extinguir direitos”. “A prioridade é desregulamentar, flexibilizar ou eliminar, reduzir ou terceirizar direitos duramente conquistados. Cabe ao movimento sindical resistir e denunciar essa injustiça junto à imprensa e a organismos internacionais”, conclui.

 

 

 

Por Soraya Misleh

O diretor de Recursos Humanos da Companhia de Estágios, Tiago Mavichian, observa que “estudar e trabalhar ao mesmo tempo pode ser uma tarefa difícil” e que é uma realidade para a maioria dos jovens brasileiros. Diante disso, ele indica a necessidade de se ter “uma rotina de disciplina e um bom planejamento para lidar com as atividades que vão além da sala de aula”.

 

O primeiro passo para se organizar, ensina, é estar com os “pés no chão”. Isso significa, explica Mavichian, analisar como estão os seus horários, qual a distância de casa até o trabalho e daí até a universidade, se for ensino a distância (EAD) quanto tempo deve dedicar aos estudos, se seu emprego é de segunda a sexta-feira etc.. “Avaliando todos esses pontos é possível identificar disponibilidade e fazer adaptações necessárias.”

Autogerenciamento e tecnologia

 

Na sequência, prossegue ele, é importante “não vacilar com as responsabilidades”. Assim, observa: “O autogerenciamento é uma habilidade muito valiosa no mercado, principalmente para quem estuda e trabalha. Está relacionado com definir prioridades.”

 

Os prazos, como assevera o diretor da Companhia de Estágios, devem ser cumpridos à risca na faculdade e no trabalho. Isso equivale a dizer não deixar “para fazer tudo na última hora. A procrastinação é inimiga do planejamento”.

 

O especialista mostra que a tecnologia da informação é uma aliada quando o tempo não é escasso. Ele sugere: “Por que não fazer uma conferência com o grupo da faculdade por vídeo? Use e abuse dos e-mails e mensagens via WhatsApp para tirar dúvidas com seus amigos e também com os professores, caso não se importem em conversar por esses meios fora da sala de aula.”

 

Vida social

Para Mavichian, estar com a família e os amigos também são importantes. “É claro que uma rotina baseada em estudos e trabalho vai sacrificar um pouco a vida social, porém, estar com os familiares, descansar e relaxar são parte fundamental para o sucesso de cada um.”

 

O SEESP mantém parceria com a Companhia de Estágios, que oferece vagas de estágio na área. Confira neste site.

 

 

Qualificação

Formação em energia solar fotovoltaica

O Programa Engenheiro Empreendedor do SEESP inicia 2019 com muitos cursos de qualidade. Um deles é o de “Energia solar fotovoltaica”, que acontece nos dias 2, 9, 16 e 23 de fevereiro, das 9h às 17h. Sócios do sindicato têm desconto. Mais informações pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (11) 3113-2641.

 

A partir do século XX, devido aos altos custos de utilização e esgotamento de outras fontes, política global e efeito estufa, a utilização da energia solar cresce exponencialmente. O objetivo do curso oferecido pelo SEESP é informar, qualificar e atualizar profissionais atuantes e iniciantes, bem como apresentar a economia oferecida pelo seu uso.

 

Esse e outros cursos aqui.

 

 

Vagas

Emprego para engenheiro com experiência em eficiência energética

A RHInd, há dez anos no segmento de recursos humanos, está recebendo currículos de profissionais das áreas de engenharia civil, elétrica, mecânica e ambiental para vaga de coordenação de projeto e equipe de execução para empresa de São Paulo. A demandante exige experiência de dois anos ou mais em eficiência energética e perda de água.

 

Para concorrer, é necessário ter conhecimento em sistemas de captação e tratamento de água e esgoto. E ainda diagnóstico energético, preliminar e detalhado; estudos de setorização e modelagem hidráulica; medição e verificação das economias: ex ante e ex post; estruturação financeira de projetos: modelagem e financiamento; projeto conceitual, básico e executivo de engenharia; e suprimentos: cotações, diligenciamento e inspeções.

 

Contratação em regime de pessoa jurídica (PJ) com salário de R$ 9.500,00, vale-refeição, assistência saúde e ajuda de custo de R$ 90,00 se o profissional tiver carro. Interessados devem enviar currículo com urgência para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Início imediato.

 

 

Programa de estágio na Copagaz – Inscrição até 22 de março

A empresa de distribuição de gás Copagaz está com inscrições abertas para seu programa de estágios anual. As vagas são para estudantes de vários cursos, entre esses os de engenharia de produção, mecânica e elétrica. Para participar é necessário ter formação prevista para o período entre primeiros semestres de 2020 e de 2021. O processo seletivo será composto de dinâmicas em grupo, entrevistas e resultado final. O início dos trabalhos está previsto para dia 22 de abril.

 

Os selecionados receberão bolsa-auxílio, vale-refeição, assistência odontológica e médica, vale-transporte e seguro de vida. Interessados podem se inscrever gratuitamente até o dia 22 de março próximo.

Confira essa e outras vagas aqui.

O SEESP firmou no dia 17 de dezembro último o Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2017-2019 com a São Paulo Transporte S/A (SPTrans). Entre as conquistas garantidas aos engenheiros está o cumprimento do piso conforme a Lei 4.950-A/66 (inserir link), que estipula vencimento correspondente a seis ou nove salários mínimos vigentes no País para jornada respectivamente de seis ou oito horas; reajuste de 3,04% retroativo à data-base (1º de maio), extensível aos vales-alimentação e refeição, seguro de vida, auxílio-funeral, reembolso de despesas destinadas a filhos com doença mental; reembolso creche; e demais verbas decorrentes do salário-base e pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) 2018 nos mesmos valores e critérios de 2017.

 

 

SEESP e CET assinam acordo

Os engenheiros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) assinaram Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o biênio 2018--2020. Entre os principais pontos estão reajuste de 3,04%, correspondente a 1,69% (variação do INPC-IBGE em 1º de maio de 2018), mais 1,33% de aumento real; Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 5.034,87, dependendo do atingimento de metas; pagamento da primeira parcela do 13º até 30 de junho de cada ano; homologações realizadas no SEESP; e negociação das cláusulas econômicas em 1º de maio próximo.

 

 

Casa do Engenheiro tem novos benefícios

Os associados ao SEESP podem contar com mais opções de produtos e serviços em lazer, saúde, educação e muitas outras áreas. Entre as novidades, o clube de vantagens Casa do Engenheiro, mantido pelo sindicato, tem agora parceria com o Aquário de São Paulo (no bairro do Ipiranga) e a Cidade da Criança (São Bernardo do Campo), ambos oferecendo 10% de desconto no valor do ingresso.

 

Associados na Baixada Santista também ganharam novos descontos, que podem chegar a 30%, nas sessões de psicoterapia individual e em grupo (crianças, adolescentes, adultos ou casal). O atendimento é feito pela psicóloga Cintia Jordão, na Praia Grande.

 

Em Santos, nova unidade do GuardeAqui disponibiliza espaços para armazenagem, com monitoramento, alarme e outros serviços, com 30% de desconto. Na Capital, a My Place Office oferece aos associados de 10% a 25% de desconto em locações, incluindo salas privativas e coworking.

 

Para utilizar os benefícios basta entrar no portal Casa do Engenheiro, selecionar o card correspondente e fazer login. Informações pelo telefone (11) 3113-2664.

 

 

Engenheiros da Prefeitura de São Paulo aprovam greve

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 16 de janeiro último, na sede do SEESP, na Capital, os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) aprovaram a adesão à greve dos servidores públicos municipais, a partir do dia 4 de fevereiro, para pressionar o governo a revogar a lei que institui a reforma da Previdência, aprovada ao final de 2018, em plena época de festas e de desmobilização do funcionalismo. Na mesma data, será realizada uma grande manifestação em frente à Câmara Municipal.

 

A Lei 17.020, que cria um sistema de previdência complementar para os novos servidores e para quem recebe acima do teto de aposentadoria (R$ 5.839,45) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de uma empresa privada, a SampaPrev, foi aprovada em dois turnos – em 21 e 26 de dezembro – e sancionada em 27 do mesmo mês pelo prefeito Bruno Covas. Com isso, a contribuição dos servidores ativos e aposentados sobe de 11% para 14%, acima da do trabalhador assalariado em regime de CLT ao INSS – que varia de 8 a 11%. Além disso, o Instituto de Previdência Municipal (Iprem), responsável pelas aposentadorias do serviço público municipal, que está deficitário, receberá cada vez menos contribuições, já que a arrecadação vai para a SampaPrev. Os delegados sindicais do SEESP na Prefeitura apontam como causas para o déficit o número insuficiente de concursos públicos realizados nos últimos anos para suprir os quadros da ativa e a fuga de profissionais devido à baixa remuneração.

 

 

Movimento sindical em defesa da Previdência

O Governo Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 871/2019, que muda regras para concessão de benefícios previdenciários até 31 de dezembro de 2020, podendo ser prorrogada até final de 2022. A medida abre a possibilidade de suspensão imediata do pagamento em caso de suspeita de irregularidade, mesmo com provas contrárias pré-constituídas, até que o beneficiário apresente defesa. Atualmente o benefício é pago até que o trabalhador seja localizado. A MP vem em conjunto com busca prioritária do novo governo de aprovar reforma da Previdência, com redução de direitos e aumento do tempo de contribuição. As centrais sindicais preparam a resistência. Anunciaram, em reunião no dia 15 de janeiro último, a realização de “Plenária unitária em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria” em 20 de fevereiro.

 

O Brasil vive, já há alguns anos, sob intensa crise econômica, cujos efeitos continuam presentes neste início de ano-novo. Infelizmente, as dificuldades não desaparecem magicamente com o virar do calendário. Para superá-las será necessário que as medidas adequadas sejam tomadas pelo governo e pelo Congresso e que haja forte mobilização unitária e correta por parte dos movimentos sociais, em especial o sindical. Questão urgente a exigir resposta é o desemprego, que no terceiro trimestre de 2018 ainda atingia 12%, somando uma população desocupada de 12,6 milhões. Isso sem contar os desalentados e subempregados e o fato preocupante de que a melhoria tímida no resultado deveu-se ao crescimento do trabalho informal, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Ou seja, temos o duplo desafio de gerar empregos e assegurar que esses sejam decentes, com direitos e condições laborais adequadas. Engana-se gravemente quem imagina ser possível construir uma nação próspera e desenvolvida sem valorizar o trabalho, eliminar a superexploração e as desigualdades extremas. 

 

Não é viável projetar um país avançado econômica e tecnologicamente, mantendo-se a maioria de sua população na precariedade.  Minimamente, precisamos de mercado interno – posto que não parece razoável ou factível a expansão econômica voltada exclusivamente à exportação – e também de mão de obra apta aos nossos desafios. Esses dois elementos exigem, por exemplo, remuneração adequada e qualificação do trabalhador.

 

A reforma trabalhista e a liberação da terceirização indiscriminada foram medidas na contramão desses anseios. Ao abrir caminho para que direitos sejam eliminados ou desrespeitados sem consequências, a Lei 13.467 (inserir link), que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), propaga o atraso, não a modernidade. Em vigor desde novembro de 2017, é uma realidade que precisamos suplantar, seja eventualmente com sua reversão no Congresso, seja no trabalho sindical cotidiano e nas negociações coletivas. É imperativo impedir que seus efeitos mais nefastos se efetivem.

 

A pauta, portanto, neste início de ano é manter a organização, a mobilização, a unidade e, com muito trabalho e coragem, defender junto à sociedade e ao poder público um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável.  É preciso enfrentar o debate, apontando os rumos a seguir para que possamos alcançar prosperidade com justiça social e preservação ambiental.

 

Tais metas são perfeitamente conciliáveis e a engenharia tem muito a contribuir para que sejam atingidas. O SEESP, juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), seguirá com as bandeiras do desenvolvimento nacional, da valorização da engenharia e de seus profissionais, propondo soluções ao País. Seguimos também na luta permanente em defesa da nossa categoria, em aliança estratégica com o conjunto do movimento sindical. Arregacemos as mangas para buscar resultados.

 

 

Eng. Murilo Pinheiro

Presidente

Carlos Eduardo de Lacerda e Silva e Frederico Jun Okabayashi

 

A ruptura do apoio do tabuleiro do viaduto na Marginal Pinheiros é bastante emblemática no que tange à falta de uma devida avaliação e manutenção das estruturas públicas na cidade de São Paulo. Após o incidente, a população toma conhecimento de que dezenas de outras pontes e estruturas, utilizadas por milhões de pessoas diariamente, encontram-se de alguma forma comprometidas e colocando sob risco os seus usuários, o que demanda urgência do poder público e custos maiores ao cofre municipal.

 

A responsabilidade pela manutenção municipal, todavia, abrange ainda muitos outros setores, como edificações, pavimentos, equipamentos públicos, redes de drenagem, áreas de risco, monitoramento de árvores. É certo que no período de chuvas, como se repete ano após ano, a cidade enfrentará o caos com alagamentos e queda de árvores, causando grandes transtornos à população, com vítimas, inclusive fatais, e danos materiais de grande monta. Ou seja, se os fatos decorrentes de fenômenos climáticos são devidamente previsíveis do ponto de vista técnico, sobretudo do pleno conhecimento de onde se dão essas ocorrências, não se justifica a ausência de uma política de manutenção que proporcione a devida segurança e qualidade de vida à população.

 

Tendo em vista acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelos engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), o SEESP sente-se no imperioso papel de alertar as autoridades sobre a necessidade de se investir na engenharia municipal.

 

Por que não se aplica a necessária prática de uma política de manutenção preventiva e corretiva?

 

A PMSP, em todas as suas instituições, dispõe de um corpo de engenheiros altamente capacitado, que conhece profundamente a cidade e seus problemas, não obstante aquém do contingente necessário. São servidores profissionais aptos a diagnosticar possíveis riscos, apontando e priorizando os serviços de manutenção preventiva e corretiva onde sejam necessários.

 

Um adequado programa de manutenção preventiva representará, sem dúvida, uma grande economia de recursos para a municipalidade e bem-estar e segurança para os munícipes.

Uma metrópole como São Paulo, com 12 milhões de habitantes e problemas complexos carentes de solução, demandará sempre mais investimentos em engenharia pública. Infelizmente, temos uma cultura política que busca priorizar os investimentos em obras novas e serviços que dão visibilidade aos seus gestores, relegando para um segundo plano a manutenção e modernização dos equipamentos públicos já existentes, muitos dos quais não visíveis, embora vitais. A necessidade está nos apontando um novo caminho a ser seguido.

 

 

Engenheiros Carlos Eduardo de Lacerda e Silva e Frederico Jun Okabayashi, diretores do SEESP e servidores municipais

 

Como faz tradicionalmente desde 1987, o SEESP entregou em 7 de dezembro último, em cerimônia na sua sede, na Capital, aos destaques do ano em suas áreas de atuação o prêmio Personalidade da Tecnologia. A homenagem é feita em comemoração ao Dia do Engenheiro – 11 do mesmo mês. Nesta edição foram agraciados Mauricio Pazini Brandão (categoria Aeroespacial), Vania Beatriz Rodrigues Castiglioni (Agricultura), Roberto Zilles (Energia), Ricardo Daruiz Borsari (Recursos hídricos), Jon “Maddog” Hall (Telecomunicações e TI) e Paula Carvalho Benevides (Valorização profissional).

 

Além disso, desta vez, foi feita homenagem póstuma especial ao engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz (1918-1994). Entre outras realizações, ele foi responsável, juntamente com sua equipe, pelo projeto e soluções inovadoras que tornaram possível a construção do Museu de Arte de São Paulo (Masp) há 50 anos (leia no JE 522)(inserir link). A honraria foi entregue ao presidente da Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto, João Antônio del Nero.

 

A saudação inicial aos contemplados com o prêmio coube ao professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso, que destacou o fato pioneiro de se agraciar uma personalidade do exterior – o americano Jon “Maddog” Hall, engenheiro de software que desenvolveu o sistema operacional Linux. Outra inovação em 2018, que também mereceu ênfase, foi a homenagem póstuma especial. “Figueiredo Ferraz foi professor da Poli, teve uma carreira acadêmica brilhante e profissional ainda mais. Em setembro último ele completaria 100 anos de idade”, pontuou Cardoso.

 

O coordenador explicou como é feita a indicação ao prêmio: “O Conselho Tecnológico conta cerca de 250 engenheiros, personalidades, a maioria formadora de opinião. De início identificamos as cinco áreas em que o prêmio será concedido. Recebemos uma quantidade razoável de indicações, através de currículos, e passamos três meses discutindo. Convergindo os nomes, esses são convidados a comparecer a essa cerimônia para ser contemplados.”

 

Cardoso também aproveitou o ensejo para falar sobre as mudanças nas diretrizes curriculares nacionais por que a engenharia vem passando neste momento. Segundo ele, a profissão se transformou muito e é importante a revisão em andamento. “Não podemos pensar o engenheiro que trabalha isolado, fazendo contas. Agora tem que atuar em equipe, saber se comunicar, ter conhecimento de economia, história, novas competências.” O coordenador do Conselho Tecnológico observou que o Brasil é o 13º país que mais produz artigos em revistas qualificadas, no entanto, ocupa a 69ª posição em inovação, que “é o que mais gera riqueza a uma nação”. E vaticinou: “Deveríamos ter mais para que o Brasil não passasse pelas dificuldades que enfrenta. As novas diretrizes visam mudar isso, formar o engenheiro que inova, cria, gera riqueza. Este dia é para reflexão a respeito.”

 

Diretor-presidente da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas, Paulo Guimarães informou os presentes que a solenidade em celebração ao Dia do Engenheiro ocorria na data em que a Mútua completava 41 anos de criação, reconhecida pela revista Exame como uma das 150 melhores empresas. “Temos grandes desafios junto ao SEESP, à Federação Nacional dos Engenheiros, ao Sistema Confea/Creas, às lideranças nacionais, na qualificação e assistência. Que possamos acolher cada vez mais e melhor o profissional da área tecnológica.”

 

 

A voz dos premiados

Ao receber a honraria na categoria “Aeroespacial”, Mauricio Pazini Brandão salientou a importância do setor: “É de alta intensidade tecnológica e leva à produção de alto valor agregado.” Criador do curso de Engenharia Aeroespacial no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele destacou que está devolvendo à sociedade o que lhe foi dado em conhecimento, junto a instituições públicas. “É uma área que requer muito estudo, especialização e dedicação. Nasceu na prática com Santos Dumont, em 1906. É um produto brasileiro que temos que levar à frente.” E frisou: “Sou o terceiro contemplado com o prêmio no setor. Essa homenagem é pelo que fiz no passado, mas ainda farei muito. Vocês vão ouvir muito meu nome com respeito a inovação. Tudo pela engenharia do Brasil.”

 

Vania Castiglioni afirmou o orgulho de ser agraciada em “Agricultura” por uma entidade que tem uma história de mais de 80 anos em defesa da engenharia, da democracia e do desenvolvimento nacional. Com uma contribuição de 32 anos em ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação ao setor, como afirmou, seu “casamento com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) nos últimos 20 anos é nortea­do pela responsabilidade com a gestão da coisa pública”. Ciente de sua missão, afirmou seguir “imbuída da dedicação ao crescimento e fortalecimento da agricultura sustentável e segurança alimentar”.

 

Na área de “Energia”, Roberto Zilles elogiou o SEESP por sua busca pelo desenvolvimento nacional sustentável, que culminou na lembrança da área em que atua: sistemas fotovoltaicos. “Energia solar atende demanda social muito importante, de levar energia a áreas remotas. Começamos a eletrificação junto à população do Vale do Ribeira, proporcionando qualidade de vida a quem era refém da lamparina. Isso tem a ver com inovação.” O agraciado concluiu: “Há muito por ser feito, como propugna o projeto ‘Cresce Brasil’(inserir link) (iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros), e é preciso formar para tanto os engenheiros que a sociedade está demandando, com conhecimento de diversas áreas e interação para que tenhamos um mundo melhor.”

 

Ricardo Borsari salientou a honra de ser agraciado em “Recursos hídricos”. “É um trabalho de equipe. Focar o saneamento como prioridade nos deixa muito contentes.” Entre suas realizações, ele destacou avanços no Estado de São Paulo, em que o abastecimento de água alcança praticamente 100%. “Criamos o Programa Água Limpa(inserir link) com financiamento a fundo perdido para tratamento de esgoto nas municipalidades. Atingimos a universalização em mais de 150 delas.” Borsari salientou ainda o enfrentamento da crise hídrica a partir de 2014, um trabalho de grande porte, com investimentos de quase R$ 5 bilhões em três anos. “Em 2018 tivemos um período quase tão seco quanto aquele e nenhum solavanco”, comemorou. E encerrou: “Não é possível imaginar o crescimento nacional sem saneamento. Nada é mais eliminador das distâncias sociais. Fazer engenharia com esse objetivo é um compromisso de vida.”

 

Em Telecomunicações e TI, Jon “Maddog” Hall agradeceu a homenagem enfatizando alguns feitos que completam meio século em 2019. “O próximo ano é muito importante, porque fará 50 anos que escrevi meu primeiro programa de computador e do nascimento do Linux na Finlândia.” Além disso, recordou que há 25 anos surgiu a primeira versão desse sistema operacional e foi construído um supercomputador, o que permitiu a democratização da informática – ao encontro de seu projeto “Caninos Loucos” (inserir link), que visa geração de empregos para jovens no Brasil e oferecer novas tecnologias a baixo custo. Ao afirmar seu amor por este país, ele salientou as façanhas da engenharia da área, como o supercomputador feito na USP em 1996. “Aqui descobri coisas incríveis, como o fato de sediar uma das maiores conferências mundiais de software livre.” “Maddog” alertou: “Como sociedade, não podemos colocar tecnologia crítica nas mãos de outro país. Isso nos coloca numa situação muito perigosa. Convido todos os ‘cachorros loucos’ da plateia a ajudarem nesse projeto.”

 

“Valorização profissional, para mim, não é só reconhecer, transmitir e liderar. É olhar no olho, ouvir as pessoas, estar a serviço do propósito maior de construção de um país melhor e do desenvolvimento humano. Ter empatia e buscar soluções ao Brasil.” Assim Paula Benevides se pronunciou sobre a homenagem recebida. Ela expressou ainda o orgulho de ser “reconhecida por essa casa, cujo propósito é alavancar a engenharia à máxima potência e fazer a diferença em cada ato, que tem sido um aprendizado para mim.”.

 

Por fim, del Nero recebeu a homenagem póstuma a Figueiredo Ferraz. Além de enfatizar seus feitos, entre os quais o Masp – “uma obra de arte” –, ressaltou: “A engenharia é muito importante e passa por um momento muito difícil.

 

Todos nós, profissionais, temos que ajudar a erguê-la. Temos a missão de retomá-la.” Segundo a  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), citou del Nero, na Rússia e na Coreia do Sul, a cada 10 mil habitantes, há 20 engenheiros; no Chile e Portugal, 16; e no Brasil, 5 ou 6. “Precisamos formar mais. Não podemos ser dependentes de tecnologia estrangeira.” Ele criticou ainda que não se busque – como é feito no exterior – manter empresas nacionais de engenharia, mediante acordos de leniência, em casos de corrupção por parte de seus quadros. Ou seja, julgar e, se for o caso, condenar o indivíduo que cometeu ato ilícito, não fechar a empresa. “A pessoa jurídica não pode parar. É importante ao desenvolvimento do País e à geração de empregos.”

 

Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, encerrou agradecendo os premiados pelo trabalho e dedicação que “engrandecem o Estado e o País”. “É sem dúvida um grande dia. Passamos um ano extremamente difícil, mas talvez de muito aprendizado. Dois mil e dezenove será difícil, mas estamos otimistas. O engenheiro tem uma responsabilidade grande nas discussões, na participação. Vamos precisar lutar muito. Façamos, unidos, deste um país mais justo e com mais oportunidades a todos, o Brasil que todos queremos”, finalizou.

 

 

Confira o currículo dos premiados.

 

Cobertura na íntegra neste site

 

 

 

Por Soraya Misleh

 

“Temos que nos dar as mãos e refletir de que forma podemos interceder positivamente por um país com mais oportunidades, mais justo e melhor.” O chamado foi feito pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), Murilo Pinheiro, à abertura da 13ª Jornada Brasil 2022 – O País que queremos, realizada pela entidade em 30 de novembro último, na sede do SEESP, na Capital.

 

Sob o tema “Democracia, abre as asas sobre nós: desafios e caminhos”, o encontro focou, além da unidade do movimento sindical pela preservação de direitos, questões prementes à construção do Brasil almejado, tendo com norte a comemoração do bicentenário da Independência em 2022.

 

No mesmo dia, realizou-se pleito para a gestão 2019-2022 da CNTU. Murilo – que está ainda à frente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do SEESP – foi reconduzido ao cargo (confira relação da diretoria) (inserir link).  Também reeleito, o diretor de Articulação Nacional da confederação, Allen Habert, deu o tom do encontro: “Precisamos nesses momentos de dificuldade valorizar o dirigente sindical, o conselheiro consultivo, porque é assim que vamos atravessar esse deserto, que vamos discutir desafios e caminhos para assegurar a democracia, bandeira desse evento.” Compuseram ainda a mesa de abertura os representantes das federações e sindicatos filiados à CNTU.

 

Em seminário, a fundamental garantia de soberania nacional foi o tema da economista e pesquisadora Ceci Juruá. Segundo ela, o Brasil precisa não só assegurar sua capacidade de decidir o próprio destino, mas também de fazer cumprir a vontade do povo.

 

Juruá lembrou ainda que a democracia no Brasil já foi alvo de inúmeros golpes, que sempre encontraram a devida luta pelo retorno à normalidade institucional. “Já passamos por muitas esquinas perigosas e estamos aqui celebrando a democracia, a liberdade e testemunhando o valor dos direitos humanos. É não entender a história achar que sejam um estorvo”, atestou o ex-ministro da Justiça e presidente da Comissão de Justiça e Paz, José Gregori.

 

 

Questões estratégicas

Presidente da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente), José Manoel Ferreira Gonçalves, defendeu, por sua vez, a necessidade de vencer os gargalos em infraestrutura como forma de combater a desigualdade. E frisou: “Ferrovia é um instrumento de democracia, se estiver a serviço do interesse público.” Ele pontuou ainda a premência de se ampliarem os investimentos em inovação – cujos patamares atuais estão abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – e pensá-la de forma inclusiva.

 

Já o presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald Ferreira dos Santos, convocou todos a se engajarem na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). E o poeta, curador e consultor cultural Hamilton Faria advogou pela resistência – de forma propositiva, contextualizada, por meio da cultura de paz – a movimento que visa reprimir a “manifestação da criatividade”. Exemplo é a intensa mobilização que levou ao arquivamento do projeto “Escola sem partido” (PL 867/2015)(inserir link) no Congresso Nacional.

 

Por fim, Laurindo Lalo Leal Filho, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e diretor do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, chamou a atenção para a necessidade de democratização da comunicação.

 

Como parte da 13ª jornada, ocorreu ainda a 14ª Plenária do Conselho Consultivo da entidade. No ensejo foram empossados 80 novos membros. Agora, somam-se 1.458. Ao final, foi aprovada por aclamação a Carta da 13ª Jornada.

 

Na oportunidade, o conselheiro e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Paulo Cruvinel enfatizou a premência de se construírem estratégias que levem “ao futuro desejado”. Allen Habert, que coordenou a plenária, lembrou que a Embrapa foi criada em 1967, reúne 10 mil funcionários e 2 mil pesquisadores. “É a Nasa da agricultura brasileira e sob risco agora de ser privatizada. Vamos ter que ficar atentos no sentido de não permitirmos esse atentado a nossa soberania e segurança alimentar”, enfatizou.

 

Além dele, os conselheiros Paulo Feldmann, Valéria Sanchez e Rodolfo Lucena compuseram a mesa, ao lado dos empossados à plenária Roberto Saturnino Braga, engenheiro especialista em economia e presidente do Centro Internacional Celso Furtado; Rita Helena, nutricionista; Élcio Kazuaki Niwa, delegado do SEESP junto à CPTM; e o cartunista Paulo Caruso, que brindou os presentes com composições de sua autoria, ao piano.

 

 

Homenagem

Ao encerramento, foi entregue o prêmio Personalidade Profissional da CNTU. Em sua 8ª edição, foram agraciados Vicente de Paula Oliveira (em Economia), Liedi Legi Bariani Bernucci (Engenharia), Sílvia Storpirtis (Farmácia), Glauce Gravena (Nutrição), Welington Moreira Mello (Odontologia) e Ceci Juruá (Interesse público).

 

Primeira mulher a assumir a direção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em 124 anos, Bernucci salientou a contribuição que os engenheiros podem dar neste momento difícil, afirmando, não obstante, sua esperança na juventude e, assim, no futuro.

 

Confira cobertura completa em www.cntu.org.br

 

 

 

Por Soraya Misleh. Colaboraram Deborah Moreira e Rita Casaro

O professor José Roberto Cardoso, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, nesta entrevista, fala sobre a engenharia na atualidade. Cenário, afirma, que exige um profissional além do conhecimento técnico, que reúna competências que envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais e saiba se comunicar corretamente na escrita e na linguagem oral, bem como tenha humildade para saber ouvir, aprender e interagir com equipes cada vez mais multidisciplinares.

 

 

Como o senhor vê a evolução da engenharia no País?

Mudou completamente o perfil do engenheiro, que antes saía sabendo mais do que a indústria, agora não mais. Esse profissional tem que ter um dos atributos mais caros à engenharia: o prazer de continuar a aprender, não parar de estudar nunca. Ele já sai da escola e deve fazer um curso de MBA (em inglês Master of Business Administration), de especialização ou até de pós-graduação e ter persistência para tentar acompanhar a tecnologia.

 

 

Isso tem reflexos na forma de trabalho?

Sim. A forma de trabalho dos engenheiros também é outra. Na época em que me formei (1974), trabalhava como projetista e tinha de fazer os cálculos, não havia computadores pessoais. Eu usava calculadoras antigas e fazia o meu projeto de forma isolada. Ficava lá pensando, terminava e daí passava para a fabricação, e o pessoal ia fazendo o desenho com os cuidados adequados. Não existe mais esse isolamento. Um projeto agora envolve diversas habilitações com que o engenheiro precisa saber interagir. Por exemplo, um veículo hoje tem de tudo: programas de mecânica, de elétrica, de química, de logística, de produção, o que exige muitos engenheiros, pessoal de designer, marketing, de humanas etc.. Ou seja, trabalha-se com uma equipe multidisciplinar que, às vezes, não está fisicamente no mesmo local, encontra-se até espalhada no mundo inteiro, cujo contato se dá por meio de programa de computadores, plataformas digitais. O engenheiro trabalha com profissionais de áreas distintas, ou seja, precisa ler bastante, inclusive sobre economia. Isso exige muita flexibilidade.

 

Como se preparar para essa realidade?

Esse engenheiro precisa ter alguns atributos além da técnica. Por exemplo, trabalhar em equipe exige saber se comunicar tanto na escrita como na comunicação oral. Nas plataformas digitais a maior parte do contato é via e-mail. Estamos falando que esse profissional precisa saber escrever e ler adequadamente, inclusive em outros idiomas. Além disso, fazer gráficos para apresentar uma ideia. Aprender a ouvir é outra virtude.

 

 

 

Oportunidades na engenharia

Profissionais e mercado de trabalho mais próximos

Reformulado em abril último, o setor de Oportunidades na Engenharia do SEESP abre-se ao atual cenário em que se desenvolve essa área no País. O que temos hoje é uma profissão altamente impactada pelas novas tecnologias da informação, principalmente, pelas mudanças nas relações de trabalho, pela discussão das novas diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em Engenharia e pela economia ainda desacelerada. Ao mesmo tempo, as vagas de trabalho oferecidas têm viés ainda mais desafiador, agregando ao conhecimento técnico competências comportamentais e saberes multidisciplinares (inclusive da área de humanas). Os pré-requisitos exigidos pelo mercado apontam para uma qualificação e aprendizado permanentes.

 

Conheça mais o setor de Oportunidades na Engenharia.

 

 

Curso de idiomas com desconto no SEESP

A Casa do Engenheiro, plataforma digital que reúne diversos benefícios e serviços aos associados ao sindicato e seus dependentes, também tem curso de inglês e espanhol com qualidade reconhecida. É o caso da Cel.Lep, há 50 anos na área de ensino de idiomas no Brasil, que mantém unidades em diversos bairros da capital paulista e nas cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Campinas, Piracicaba e Sorocaba.

 

Mais informações sobre esse e demais benefícios aqui.

 

 

Qualificação

Isitec oferece pós-graduações

Estão abertas vagas para cursos de pós-graduação na área de engenharia  pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec). São eles: Geração de Energia Solar Fotovoltaica, com carga de 360 horas; MBA Executivo de Energia, com 400 horas; Projeto e Produção de Estruturas Metálicas e Mistas na Indústria 4.0, com 480 horas; Projeto e Construção de Edificações nos Sistemas Construtivos Wood Frame (WF) e Light Steel Frame (LSF), também com carga de 480 horas; Inovação dos Processos de Inspeção e Manutenção Veicular, com 12 horas; e Manutenção de Pneus, reduzindo custos, oito horas. Mais informações no site http://www.isitec.edu.br/ (inserir link) e pelo telefone (11) 3113-2600, ramal 342.

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