A projeção de negociações alvissareiras foi apontada por especialistas durante o Seminário de Abertura das Campanhas Salariais 2013. Realizado no Dia da Engenharia, em 10 de abril, no auditório do SEESP, na Capital paulista, o evento já tradicional encontra-se em sua 13ª edição. O objetivo principal é sedimentar o caminho do diálogo entre capital e trabalho. Assim, recebe anualmente interlocutores do sindicato nas empresas e entidades patronais.
Neste ano, estiveram presentes representantes de recursos humanos de dez companhias, além do Sinaenco-SP (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva/ Regional São Paulo). Também prestigiou a iniciativa o presidente do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo), Francisco Yutaka Kurimori.
À abertura, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, destacou a importância do seminário para se buscar “avanços e entendimento (da conjuntura em que se dará o processo no ano)”. O consultor sindical João Guilherme Vargas Netto saudou sua realização por 13 anos consecutivos. “Os seminários se deram nas mais diferentes situações políticas e econômicas. O SEESP acumulou êxitos e hoje é detentor de um saber negocial sobre as condições de ação dos engenheiros.”
Na sua opinião, a conjuntura sindical no Brasil, na atualidade, é extremamente favorável – na contramão do que vem ocorrendo no mundo. “Tem-se emprego, ganho real, unidade de ação e clareza na luta pelo desenvolvimento nacional, cujo projeto ‘Cresce Brasil’ é quase um marco do empenho dessa entidade e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros).” Diante disso, ele foi categórico: “O SEESP propõe, pressupõe e vai agir para ter em 2013 resultado pelo menos igual ao tido em 2012, o qual foi o melhor ano em termos salariais da história do sindicato.” Vargas Netto observou que o saldo positivo se deu mesmo diante de um baixo crescimento do PIB (produto interno bruto), de apenas 0,9%. “Os ganhos reais têm feito com que o Brasil resista à crise que tem avassalado outras economias”, salientou. “A luta reivindicatória tem que se casar com a qualificatória e de objetivos convergentes. Que este seminário nos ilumine e abra a perspectiva de avanços significativos em que transparência e democracia sejam palavras-chaves.”
O ano de 2012 é uma boa medida para as negociações deste ano. Como apontou Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no período houve ganhos reais em 95% dos acordos coletivos. Na sua análise, as campanhas salariais têm se dado – e 2013 não será diferente – em meio a uma transição, em que a economia assentada nos últimos anos no rentismo deve passar a se sustentar no setor produtivo. “Configura-se um portfólio de investimentos da iniciativa privada, uma perspectiva na esfera estatal e de infraestrutura social e um volume do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como jamais se viu no País. Esse cenário está em disputa.” Ganz Lúcio indicou que mesmo diante de desafios, como a tentativa de setores baseados no rentismo de ressuscitarem o fantasma da inflação e a possibilidade de aumento na taxa de juros como consequência, é possível enxergar “oportunidades inéditas”. As negociações salariais, nesse sentido, “são o recurso para a partilha de ganhos econômicos e a construção de uma sociedade muito menos desigual”.
Já Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor de documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), revelou conjuntura política sem grandes sobressaltos – o que pode levar o setor empresarial, ancorado no rentismo e no oligopólio das comunicações, a recuar na aposta de “terrorismo inflacionário para a volta de subida da taxa de juros e contenção de salários”. “Quando perceberem que tem se mantido o crescimento da demanda e sido aberto espaço à iniciativa privada em setores onde antes essa não participava, vão ver que não vale a pena o enfrentamento.”
Os negociadores
Seguidas das preleções dos especialistas, as falas dos interlocutores do SEESP à mesa apontaram o acerto do seminário enquanto espaço para fortalecer a via do diálogo. Rildo Martins da Silva, gerente de Relações Trabalhistas da Telefônica-Vivo, salientou a importância de a negociação ser conduzida em ambiente respeitoso, como tem sido feito. “Os engenheiros tiveram grande destaque nas últimas campanhas salariais. Saímos do processo negocial de forma satisfatória”, afirmou Nilton João dos Santos, gerente do Departamento de Recursos Humanos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Segundo ele, a grande conquista foi a implantação do novo Plano de Cargos e Salários e de avaliação de competências, ao que o sindicato influiu positivamente, garantindo melhor resultado. “Para este ano, temos a expectativa de, senão termos o mesmo avanço, pelo menos obtermos algo a mais”, sinalizou, indicando dificuldades sobretudo por se tratar de empresa estatal e regulada. O argumento também foi usado por Donato Locaspi, gerente do Departamento de Recursos Humanos da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que, não obstante, enfatizou: “Nas negociações de 2012, os engenheiros tiveram aumento real. O que aconteceu no ano passado mostrou como se pode melhorar e crescer. A negociação foi bastante franca e propositiva. Essa será a linha mestra em 2013.” O relacionamento com o SEESP, o qual privilegia o diálogo, foi enaltecido ainda por Luis Antonio Escarabello, relações Trabalhistas e Sindicais da Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).
Assessor jurídico do Sinaenco, Carlos de Freitas Nieuwenhoff destacou que o bom diálogo tem se mantido para além da data-base, no caso da consultoria em 1º de maio. “Vimos buscando principalmente a valorização do engenheiro. Não podemos estar sujeitos a ser analisados por pregão, mas temos que defender a capacitação da mão de obra consultiva.” Ele continuou: “Sofremos também com projetos que vêm prontos de fora, não são adaptados e precisam ser revisados.”
Na mesma linha, Cristina Rodrigues, supervisora de Relações Trabalhistas da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), frisou a importância da valorização profissional pela companhia. Da categoria, conforme sua informação, há cerca de 5 mil funcionários. “Desde 2001 temos o PE, programa de especialização do engenheiro. Acreditamos no profissional. Vamos às capitais brasileiras buscar os recém-formados, eles fazem dois anos de curso e saem especialistas em engenharia aeronáutica.” Com esse gancho, Murilo Pinheiro lembrou a criação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), mantido pelo SEESP, cuja infraestrutura e proposta pedagógica obtiveram nota máxima pelo Ministério da Educação. O curso de graduação em engenharia da inovação espera a conclusão do processo de credenciamento da nova instituição pelo órgão governamental para breve. “É uma alegria estarmos no caminho certo. Queremos dar nossa contribuição nesse sentido, para a população, o Brasil, a tecnologia, a empresa, a engenharia.”
Também estiveram presentes ao seminário Luiz Antonio Bonavita, líder do Grupo de Benefícios, Cargos e Salários da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano); José Armando Tortella, analista administrativo de Recursos Humanos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental); Gilberto Campanha, consultor de Recursos Humanos da Elektro; e Cláudio Spicciati Barbosa, assessor de Desenvolvimento de Qualidade da SPTrans (São Paulo Transporte). Este último concluiu pela importância do movimento sindical para avanços aos trabalhadores nas empresas. “Diante de dificuldades, é fundamental esse contraponto para que o governo promova as mudanças necessárias e as negociações cheguem a bom termo.” Luta que, como ressaltou o presidente do SEESP, essa entidade não perde de vista. “Buscamos cada vez mais a participação no debate nacional, o entendimento e o grito”, finalizou.
Por Soraya Misleh
Como as políticas sociais, a ciência e a tecnologia influenciam a soberania dos povos foi o tema de debate proposto pela CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) durante o Fórum Social Mundial 2013, que aconteceu em Túnis, na Tunísia, entre os dias 26 e 30 de março. A atividade, que foi coordenada pela vice-presidente da confederação, Gilda Almeida, aconteceu no dia 28, em parceria com a Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
O secretário de Políticas Sociais da central, Carlos Rogério Nunes, abriu a discussão chamando a atenção para o debate que vem sendo travado pelos trabalhadores brasileiros sobre o desenvolvimento. Atuando em conjunto, lembrou ele, o movimento sindical defende uma plataforma aprovada em 2010 numa grande conferência, que leva em conta políticas públicas, mas principalmente a valorização do salário mínimo, o que automaticamente incrementa as aposentadorias.
Nunes destacou ainda o esforço feito pelo movimento sindical brasileiro na luta contra a desindustrialização, que gerou medidas para favorecer esse setor da economia. “No entanto, o governo atendeu principalmente os empresários. Precisa ouvir os trabalhadores, daí a marcha realizada em 6 de março”, afirmou.
José Araújo, do Conselho Nacional de Assistência Social, abordou os avanços registrados nessa área nos últimos dez anos. “Hoje, é um direito do cidadão e um dever do Estado, deixou de ser vista como caridade”, salientou. Entre as conquistas, apontou a criação do Suas (Sistema Único de Assistência Social). Segundo ele, no Brasil está se consolidando um modelo sustentável de assistência social. “Diferentemente do que houve nos países escandinavos, estamos construindo um sistema que vai se aguentar”, frisou. Assim como Nunes, da CTB, Araújo apontou o incremento da remuneração básica como um dos principais ganhos contabilizados. “Temos um mínimo de mais de US$ 300,00. É uma valorização sem paralelo no mundo.”
Além disso, informou ele, a estrutura de atendimento também se aprimorou, com a implantação de 10 mil Cras (Centros de Referência de Assistência Social) no País. O orçamento da área, disse, também foi ampliado e, em 2013, terá R$ 64 bilhões, que devem saltar para R$ 70 bilhões em 2014. Ainda conforme Araújo, outro ponto importante é a participação popular por meio dos conselhos municipais paritários, que contam com representantes do governo e da sociedade civil.
Ciência e tecnologia
Fechando as exposições, o presidente da CNTU e do SEESP, Murilo Pinheiro, falou sobre as bandeiras de luta da entidade, que incluem o desenvolvimento sustentável com distribuição de renda. Na busca dessa meta, apontou, é fundamental que os povos tenham acesso à ciência e à tecnologia. “Os avanços nessa área devem servir à humanidade, não a grandes corporações”, salientou.
Pinheiro lembrou também a importância da inovação e da qualificação da mão de obra para a inserção das nações na economia global. Tais aspectos, pontuou, são fundamentais para que o Brasil supere a desindustrialização que vem ocorrendo no País e garanta o seu desenvolvimento. É nesse contexto, afirmou Pinheiro, que a CNTU defende a implantação de um Sistema Nacional de Educação Continuada, que garanta atualização aos trabalhadores de formação universitária, assegurando a sua valorização e possibilidade de contribuir com a superação dos desafios que o País ainda enfrenta.
A discussão realizada em Túnis contou ainda com a presença dos representantes da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Cícero Pereira, e da Força Sindical, João Peres Fuentes, que compuseram a mesa. Também participaram do debate outras lideranças dos movimentos sindical e feminista, além de estudantes, professores e profissionais da assistência social.
Outro mundo possível em meio à primavera árabe
A edição 2013 do FSM (Fórum Social Mundial) aconteceu entre 26 e 29 de março último, no berço da chamada “primavera árabe”, que se iniciou na Tunísia, em dezembro de 2010, provocando a queda de Zine El Abidine Ben Ali, instalado no poder por um golpe de estado em 1987. Na sequência, os levantes prosseguiram e derrubaram regimes autoritários no Egito, no Iêmen e na Líbia, nessa última após a intervenção estrangeira que terminou com a morte de Muammar Kadafi, em 20 de outubro de 2011. Sem as mesmas consequências, manifestações aconteceram ainda no Marrocos, no Bahrein, na Argélia e na Jordânia. Na Síria, acabou por se instalar uma guerra civil, hoje em curso.
Esse clima de anseio por democracia e liberdade deu a tônica à discussão sobre como construir o “outro mundo possível”, proposto pelo FSM desde sua estreia há 12 anos, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao longo do evento, 50 mil pessoas participaram da marcha de abertura que saiu da Praça 14 de Janeiro, na região central de Túnis, e das atividades concentradas na Universidade El Manar. Na pauta, as mais variadas lutas travadas pelos povos nos quatro cantos do planeta, traduzidas na declaração aprovada na assembleia dos movimentos sociais (http://www.ciranda.net/article7006.html), que encerrou a atividade.
Por Rita Casaro
A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) realiza, em 25 de abril, em São Paulo, o seminário sobre o tema “Nosso ar pode ser melhor – Uma abordagem crítica das emissões veiculares”, com a coordenação do engenheiro Alfredo Castelli. Destina-se a especialistas e representantes de órgãos governamentais, fabricantes de veículos automotores, de ciclomotores, autopeças, fornecedores de equipamentos do setor, produtores de aditivos, de combustíveis e distribuidoras, acadêmicos e estudantes.
Três painéis compõem a programação do evento, além da palestra de abertura “Visão internacional dos programas de emissões para o futuro”. O primeiro deles, “Vazio da legislação atual”, contará com três mesas. “Ferramentas para manutenção do baixo nível de emissões” é o tema do segundo painel e “Alternativas para redução de emissões e seu impacto na saúde pública”, o do terceiro.
O seminário ocorrerá das 8h às 18h, no Milenium Centro de Convenções, que fica na Rua Dr. Bacelar, 1.043, na Vila Clementino. Os valores são diferenciados: sócios da AEA, R$ 430,00, não sócios, R$ 570,00, e estudantes, R$ 120,00. Mais informações e a programação completa podem ser obtidas no site www.aea.org.br.
CAMPINAS
Escola de Extensão da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas)
Site: www.extecamp.unicamp.br
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Telefone: (19) 3521-4133
• Análise de explosão e incêndio na indústria de processos químicos. O curso tem como objetivo apresentar as diversas abordagens de modelagem dos cenários acidentais causados por incêndio e explosão. É voltado a engenheiros e consultores que estejam envolvidos no projeto, na operação e na área de segurança e meio ambiente. Carga de 32 horas. Condições de pagamento: uma parcela de R$ 1.800,00 a vista ou três de R$ 600,00, com vencimento em 30 de abril. Local: Faculdade de Engenharia Química (Av. Albert Einstein, 500, distrito de Barão Geraldo).
SÃO PAULO
FDTE (Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia)
Site: www.fdte.org.br
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Telefone: (11) 3814-1988
• Disciplinas avulsas de tecnologia e gestão na produção de edifícios. O curso tem como público-alvo engenheiros e arquitetos da área de produção de incorporadoras, construtoras e empresas de projeto. A carga é de 24 horas, com oito aulas semanais de três horas: Integração entre sistema de produção e negócios de real estate (às segundas-feiras, início em 29 de abril); e Desafios atuais da produção de edifícios: como superá-los (às quartas-feiras, a partir de 30 de abril). As disciplinas serão ministradas na Av. Prof. Almeida Prado, trav. 2, nº 83 (Edifício da Engenharia Civil), na Cidade Universitária – USP. O custo de cada disciplina é de R$ 1.500,00.
Fundação Vanzolini
Site: www.vanzolini.org.br
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Telefone: 0800-770 06 08
• Curso de administração para engenheiros. Hoje, o mercado de trabalho requer que os profissionais com formação técnica atuem também como gestores administrativos. O curso tem como objetivo expor aos participantes os conhecimentos, habilidades e técnicas necessárias para o entendimento da gestão corporativa integrada. Carga de 160 horas. Início das aulas previsto para 4 de junho próximo, no Centro de Treinamento da Fundação Vanzolini – Unidade Paulista (Av. Paulista, 967 – 5º andar). Valores: matrícula de R$ 720,00; mensalidade, seis vezes de R$ 720,00; custo total de R$ 5.040,00.
Trabalhos técnicos para a 19ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
A Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô) recebe, até 30 de abril próximo, inscrições de trabalhos técnicos para apresentação na 19ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que será realizada paralelamente à Metroferr 2013, de 10 a 13 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 596, 4º andar), na Capital. Os autores deverão entregar uma síntese do trabalho no ato da inscrição. O regulamento completo pode ser acessado no site www.aeamesp.org.br ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Sugestões – A associação propõe alguns temas, dando ênfase ao setor metroferroviário e à inovação tecnológica: construção civil, arquitetura, via permanente, sistemas de sinalização, telecomunicação, energia, alimentação elétrica, material rodante, operação, manutenção, técnicas de planejamento urbano e empresarial, modos e logística de transportes, meio ambiente, sustentabilidade.
70 anos de CLT é tema do 1º de maio
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Força Sindical, NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) fazem o 1º de maio unificado, a partir das 9h da data, na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo.
Com o tema “Garantir direitos e avançar nas conquistas”, a celebração comemorará os 70 anos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em alerta às tentativas de fexibilizar vários direitos dos trabalhadores. Mais bandeiras estarão em destaque no ato: 40 horas semanais sem redução de salários, igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim do fator previdenciário, entre outras. O presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, destaca que a data serve para reflexão, reivindicação e um aviso: “Não aceitaremos qualquer reforma que retire ou flexibilize direitos conquistados com muita luta e suor.”
A CUT-SP, em preparação ao dia, realizou oficinas regionais, durante o mês de abril, com o tema “Desenvolvimento econômico e sustentabilidade”, abordando o uso dos recursos energéticos, consumo consciente, reforma agrária e o novo Código Florestal. “O desenvolvimento econômico e a sustentabilidade estão vinculados à vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, observa o presidente estadual, Adi dos Santos Lima. O ato da central, do dia 1º, será no Paço Municipal de São Bernardo do Campo, a partir das 10h.
A CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), à qual o SEESP está filiado por meio da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), vem se consolidando como uma importante organização de representação das categorias de classe média. Uma das vertentes de sua atuação é o apoio ao fortalecimento da ação das entidades ligadas a ela. Nos dias 19 e 20 de março, em Brasília, foi realizada uma fundamental atividade nesse sentido: o seu primeiro curso de formação. Nessa edição inaugural, denominada “Organização, mobilização e expressão”, entraram em pauta temas essenciais da organização sindical no dia a dia e da compreensão desse universo.
Contando com a participação de lideranças das seis categorias ligadas à CNTU (engenheiros, médicos, farmacêuticos, odontologistas, economistas e nutricionistas), oriundas de todas as regiões do País, foi uma rica experiência que demonstrou a pertinência dos temas escolhidos. Compuseram a programação assuntos como desafios e obrigações sindicais, conjuntura política, econômica e sindical, Justiça do Trabalho, exercício jurídico no dia a dia, abordando contribuição e registro, os interesses dos trabalhadores na pauta do Congresso Nacional e no Governo, conjuntura econômica, mídia, democracia e o papel da imprensa sindical nesse contexto, além do trabalho de comunicação desenvolvido pela CNTU.
O projeto terá ainda continuidade por meio de uma mesa-redonda de avaliação, que debaterá sugestões de aprimoramento na formatação e conteúdo, visando a sistematização de um curso que possa ser levado às mais diversas localidades brasileiras, possibilitando a disseminação da informação e da qualificação dos nossos dirigentes. Ainda com esse objetivo, serão produzidos, a partir dos conteúdos abordados, um DVD com a íntegra das palestras e uma cartilha com as principais questões levantadas. Ambos os materiais ficarão disponíveis no site da CNTU e serão distribuídos às entidades ligadas à confederação.
Tal esforço, conforme pontuado durante o curso de formação, tem um objetivo claro e de sentido prático que é o de associar qualificação do dirigente com capacidade de intervenção na sociedade. Ou seja, levar as lideranças à ação eficaz com o fim último de bem representar as nossas categorias e lutar por seus direitos e por novas conquistas. É com esse norte que trabalha a CNTU.
FNE – Outro evento de grande importância aconteceu em Brasília, no dia 20 de março. Tomou posse a diretoria da FNE, que ficará à frente da entidade na gestão 2013-2016. Composta por uma equipe de diretores extremamente qualificada, a federação inicia essa nova jornada com duas prioridades: a defesa da categoria e sua valorização profissional e a continuidade da luta pelo desenvolvimento nacional, por meio do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente
João Guilherme Vargas Netto
Comparo a expressiva votação eleitoral do “Movimento 5 estrelas” (M5S na abreviatura oficial) do comediante italiano Beppe Grillo, que escrachou a política e os políticos de seu país, à consagradora eleição, aqui em São Paulo, do deputado federal Tiririca pelo PR em 2010.
Mas em um caso e outro o tratamento da mídia internacional e local foi diferente. Para Beppe Grillo, tão palhaço quanto o nosso, somente elogios e o destaque (sério) à contestação anárquica que ele, o M5S e seu eleitorado representaram. Os que votaram em Tiririca, os paulistas, foram considerados despreparados e acríticos em relação à imagem de televisão do candidato e demonstraram imaturidade. Os comentaristas, em geral, foram demofóbicos aqui e laudatórios acolá.
Hoje, Tiririca, que é um deputado que procura levar a sério o seu mandato (quaisquer que sejam suas motivações e orientações – veja seu ataque solitário ao veto presidencial na distribuição das rendas do pré-sal) –, pensa em abandonar a carreira política, encerrando-a sem o tom caricato da cobertura midiática que provocou.
Já para Beppe Grillo, o futuro imediato apresenta-se radioso, porque o eleitorado italiano, ao “trividir”, jogou lenha na fogueira da crise do país e da Europa, valorizando quem pesca em águas turvas.
Com um terço de votos, a centro-esquerda de Bersani teve maioria na Câmara e com outro terço o ex-primeiro-ministro Berlusconi, de direita, passou a comandar o Senado, instalando uma crise institucional. A solução depende da intervenção do terceiro terço, exatamente o de Beppe Grillo, já que a coalizão do “Super Monte”, primeiro-ministro serviçal dos bancos alemães e queridinho da mídia, naufragou no cagagésimo lugar.
Lastimo a situação política italiana: um apertado vencedor anódino e sem rumo, um “cavalieri” da bunga-bunga e um Mussolini apalhaçado. Porca miséria!
João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical do SEESP
Com esse objetivo, a chapa “Trabalho–Integração–Compromisso” concorre na próxima eleição para a diretoria do SEESP, a se realizar a partir da zero hora de 16 de abril até as 18h do dia 18. Única inscrita para participar do pleito, tem à frente Murilo Celso de Campos Pinheiro, que disputa a reeleição. Todos os associados em dia com a anuidade, desde que tenham se filiado até 31 de dezembro de 2012, podem votar.
Para facilitar a participação e garantir segurança e confiabilidade, o processo se dará via internet, por sistema criptografado, conforme divulgado no Jornal do Engenheiro 426. Também estará à disposição na sede da entidade, na Capital paulista, no último dia do sufrágio, uma urna eletrônica, das 9h às 18h.
Entre as propostas da chapa, estão ações de interesse específico da categoria, como estimular a valorização profissional. Com a aquisição de 13 sedes próprias para funcionamento de suas delegacias sindicais no Interior, nas últimas duas gestões, o SEESP levou à frente sua política de fixação nesses locais, de modo a aproximar-se dos seus representados em diversas regiões do Estado. A meta é avançar nesse processo. Além disso, para o próximo período, a pretensão é continuar a somar esforços com o conjunto do movimento sindical para alcançar a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário, entre outras demandas.
A ideia ainda é manter o engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros). E batalhar pela implantação da engenharia pública e gratuita, conforme determina a Lei 11.888/08. “A proposta é dar prosseguimento ao que vem dando certo. A prioridade absoluta é a ação sindical, que implica defesa incansável dos interesses da categoria, lutando tanto pela manutenção das conquistas quanto pela obtenção de novas vitórias, com vistas a atender às justas reivindicações dos profissionais”, conclui Pinheiro.
Programa de gestão
Ação sindical
• Defender os interesses e direitos dos engenheiros, lutando sempre por novas conquistas;
• aprofundar o diálogo com as empresas e sindicatos patronais, visando firmar acordos e convenções coletivas que beneficiem os engenheiros, assim como manter aberto um canal de negociação permanente;
• defender, além do emprego e de ganhos salariais, a melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho;
• lutar pela obrigatoriedade da representação sindical nas empresas;
• promover a filiação permanente de novos sócios;
• somar esforços com o conjunto do movimento sindical brasileiro para lutar por questões de interesse geral dos trabalhadores, como a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, a ratificação da Convenção 158 (proibição à demissão imotivada) e a regulamentação da 151 (direito à organização sindical ao funcionalismo público).
Mercado de trabalho
• Implementar programas de apoio ao engenheiro, com melhoria constante da Área de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional;
• instituir ações voltadas ao engenheiro formando e ao recém-formado, visando sua integração ao mercado de trabalho;
• promover campanhas de valorização profissional;
• dar continuidade ao Programa Engenheiro Empreendedor;
• apoiar e estimular a formação, atualização, qualificação e requalificação dos engenheiros, sobretudo via Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia).
Prestação de serviços e benefícios
• Expandir os planos e convênios médicos, bem como demais benefícios oferecidos aos filiados;
• manter e aprimorar o Plano de Saúde do Engenheiro e o SEESPPrev, o fundo de pensão da categoria;
• dar continuidade ao serviço de assistência jurídica e previdenciária oferecido aos associados.
Relações institucionais e políticas
• Intensificar as ações junto à FNE, à CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) e ao Sistema Confea/Creas (Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia);
• participar dos debates e buscar influir nas questões políticas municipais, estaduais, nacionais e internacionais;
• interação com entidades associativas, sindicais, regulamentadoras e comunitárias.
Desenvolvimento, sustentabilidade e C&T
• Manter o engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lutando pelo desenvolvimento econômico sustentável com inclusão social;
• aprimorar o trabalho do Conselho Tecnológico Estadual e dos regionais, buscando o desenvolvimento local e das regiões metropolitanas;
• estimular e apoiar ações voltadas ao avanço científico e tecnológico brasileiro;
• buscar a participação em fóruns visando a melhoria das condições de vida da população brasileira e a defesa do meio ambiente;
• debater e propor soluções para áreas pertinentes à engenharia, como mobilidade, saneamento, habitação e comunicações;
• trabalhar pela implementação da engenharia pública e gratuita.
Ações administrativas
• desenvolver esforços que possibilitem a consolidação das estruturas descentralizadas;
• desenvolver estudos que visem a diversificação das fontes alternativas de receitas.
Por Soraya Misleh
Tomou posse em 20 de março, em Brasília, a equipe que comandará a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) na gestão 2013-2016. Reeleito para a Presidência da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro, que também está à frente do SEESP, destacou durante a cerimônia o trabalho realizado pela diretoria cujo mandato se encerrou e fez um chamado à unidade e à continuidade do fortalecimento da FNE. “Quero agradecer aos diretores que fizeram parte da gestão que termina. Foi um aprendizado muito grande. Aos que tomam posse, que façamos uma federação cada vez mais presente nas questões da sociedade, lutando por desenvolvimento e valorização profissional.”
O papel desempenhado pela FNE nessas duas lutas prioritárias foi o destaque na cerimônia, prestigiada por mais de 500 convidados, entre profissionais, lideranças sindicais, autoridades e parlamentares. O deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) lembrou a relevância do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela entidade, contendo propostas para a expansão econômica com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental. “Foi apresentado num evento em São Paulo aos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Paulo Bernardo, então à frente do Planejamento, e creio que foi muito importante para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), feito depois pelo Governo Lula”, relatou.
“A FNE é firme na defesa da categoria, mas não é corporativista, tem uma visão de País, de projeto nacional”, corroborou o deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP). Ele destacou, entre as iniciativas da entidade, o apoio à criação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), em fase de implementação pelo SEESP, e a luta pela atualização profissional da categoria. “São fatos que valem por si”, resumiu. O parlamentar também ressaltou a liderança do presidente da FNE para o sucesso dessas empreitadas: “Murilo é uma pessoa dinâmica e de convergência. É o homem certo no lugar certo.” Líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT/CE) enalteceu o papel dos engenheiros organizados pela federação. “Essa categoria tem compromisso com o Estado nacional e pode ajudar muito”, afirmou.
A mesma ênfase foi dada pela vice-presidente da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), Gilda Almeida, para quem “a FNE tem tido desempenho importante na construção de políticas públicas no País”. A sindicalista ressaltou também a contribuição da entidade à consolidação da CNTU: “Tem sido um baluarte da nossa confederação.”
A sessão solene contou também com a participação dos deputados Taumaturgo Lima (PT/AC) e Gladson Cameli (PP/AC), dos secretários nacionais de Políticas para o Turismo, Vinícius Lummertz, e de Acessibilidade e Programas Urbanos, Leodegar Tiscoski, do representante do Ministério do Esporte, Luís Antônio Paulino, dos presidentes da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria), José Calixto Ramos, do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia e Arquitetura Consultiva), João Alberto Viol, do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), José Tadeu da Silva, do Crea-SP, Francisco Kurimori, e do Crea-DF, Flávio Correa de Souza.
Gestão 2013-2016
Presidente
Murilo Celso de Campos Pinheiro
Vice-presidente
Carlos Bastos Abraham
Diretor Administrativo
Manuel José Menezes Vieira
Diretor Administrativo adjunto
Disneys Pinto da Silva
Diretor Financeiro
Antonio Florentino de Souza Filho
Diretor Financeiro adjunto
Luiz Benedito de Lima Neto
Diretora de Relações Internas
Maria de Fátima Ribeiro Có
Diretor Operacional
Flávio José A. de Oliveira Brízida
Diretora de Relações Institucionais
Thereza Neumann Santos de Freitas
Diretora Regional Norte
Maria Odinéa Melo Santos Ribeiro
Diretor Regional Nordeste
Modesto Ferreira dos Santos Filho
Diretor Regional Centro-Oeste
Gerson Tertuliano
Diretora Regional Sudeste
Clarice Maria de Aquino Soraggi
Diretor Regional Sul
José Luiz Bortoli Azambuja
Diretor representante na Confederação – titular
Sebastião Aguiar da Fonseca Dias
Diretor representante na Confederação – suplente
Wissler Botelho Barroso
Conselheiros Fiscais efetivos
Edson Kiyoshi Shimabukuro
José Carlos Ferreira Rauen
Lincolin Silva Américo
Conselheiros Fiscais suplentes
João Alberto Rodrigues Aragão
Marcos Camoeiras G. Marques
Diretor de Negociações Coletivas Nacionais
José Ailton Ferreira Pacheco
Diretor de Assuntos do Exercício Profissional
Augusto César de Freitas Barros
Diretor de Relações Acadêmicas
Cláudio Henrique Bezerra Azevedo
Diretor de Relações Internacionais
José Luiz dos Santos
Por Rita Casaro