Na quinta-feira (30/3) foi realizada na sede do SEESP reunião da nova gestão do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCTI), presidido pelo atual secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel, e composto pelo poder público e representantes da sociedade (entidades sindicais, universidades etc.).
Na ocasião, formou-se a parte destinada a organizações da comissão de avaliação do programa de Valorização de Iniciativas Tecnológicas (Vai Tec), gerido pela Agência São Paulo de Desenvolvimento (Adesampa). Em sua terceira edição, esse subsidia projetos inovadores voltados ao desenvolvimento econômico e social da cidade.
Antonio Octaviano, diretor de extensão e serviços de consultoria do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), colocou o estabelecimento de ensino à disposição da comissão de avaliação. Também se dispuseram a integrar tal iniciativa a Universidade de São Paulo (USP), representada pelo professor livre-docente em engenharia elétrica Antonio Mauro Saraiva; o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), na figura do presidente Fernando José Gomes Landgraf; e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), representada pelo diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec), Paulo Henrique Rangel Teixeira.
O SEESP também está engajado na elaboração de um aplicativo, ainda em fase de projeto, sobre a alimentação saudável, em parceria com entidades como o Sindicato dos Nutricionistas no Estado de São Paulo (Sinesp), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Escola Politécnica da USP (Poli-USP) e o Instituto Mauá de Tecnologia. O app tem o objetivo de oferecer desde um guia nutricional a informações de alimentos e feiras orgânicas até quanto ao uso prejudicial dos agrotóxicos, além de fomentar debates sobre o sobrepeso e a obesidade da população.
A 14ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi outro destaque do encontro. O evento está agendado para ocorrer de 23 a 29 de outubro próximo, sob o tema “A matemática está em tudo”. Saraiva destacou a importância de iniciativas nessa área como, por exemplo, a reativação do parque tecnológico na zona leste da cidade.
A ação foi recebida positivamente pelo diretor do sindicato Allen Habert. “A ideia é de que cada município organize sua semana de ciência e tecnologia (CT&I). A força das cidades de São Paulo é a inovação e a cultura. O objetivo do conselho é exatamente fazer com que essa força seja vista”, disse. Para ele, é por meio da inteligência coletiva, da engenharia e da ciência que se garante qualidade de vida aos cidadãos. “É a sociedade organizada com poder público para fazer as coisas acontecerem”, conclui. A próxima reunião do conselho está agendada para 11 de maio, na USP.
Foto: Jéssica Silva
Reunião da nova gestão do conselho, presidido por Eliseu Gabriel.
Vai Tec
O programa financia atividades inovadoras voltadas ao desenvolvimento econômico e social que sejam relevantes para as políticas públicas, priorizando as desenvolvidas por moradores da periferia de São Paulo. Foi criado juntamente com a Adesampa, em julho de 2013, pela Lei Municipal 15.838.
Na primeira edição, o Vai Tec contou com 599 projetos inscritos, dos quais 139 selecionados receberam até R$ 25 mil cada. Na segunda, foram 789 escritos, 71 selecionados com o subsídio no valor de R$ 27 mil.
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Com informações da Adesampa
O coletivo de comunicação social Intervozes lançou, em 23 de março último, a publicação “Direito à comunicação no Brasil 2016”, que traz um panorama dos principais acontecimentos do ano no campo das políticas públicas na área de radiodifusão e internet.
Em seis capítulos, o relatório analisa a mudança na comunicação pública com a intervenção do governo Temer na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e levanta dados de violações à liberdade de expressão e manifestação e à comunicação comunitária, no contexto das Olimpíadas do Rio. Aponta ainda as ameaças ao acesso com mudanças no Marco Civil da Internet e o crescimento do controle de canais por grupos religiosos e por políticos.
O lançamento foi realizado na mesma semana em que o blogueiro Eduardo Guimarães foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal e teve seu sigilo de comunicação quebrado. Para Bia Barbosa, jornalista e coordenadora do Intervozes, o texto vem em um momento propício em que a liberdade de expressão e o direito à comunicação estão profundamente ameaçados.
O compilado reúne seis reportagens publicadas ao longo do ano passado no “Observatório do Direito à Comunicação”, que falam sobre políticos que têm vínculos com canais de rádio e televisão, o avanço de grupos econômicos e religiosos sobre o setor, as ações prejudiciais do governo federal à comunicação pública, iniciativas que ameaçam o acesso e a livre expressão na internet e o papel dos meios de comunicação no processo de impeachment que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República.
Publicado por Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Com informações do Intervozes
“Tem muitas maldades nessa reforma. Então, temos que massificar essas maldades.” Foi com essa fala que o jornalista João Franzin, coordenador da Agência Sindical, abriu o debate sobre a proposta de reforma da Previdência (Proposta de Emenda à Constituição nº 287/2016) e desafios da comunicação, realizado pela agência em conjunto com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, na capital paulista, no dia 24 de março último.
O primeiro bloco do seminário abordou os impactos econômicos e sociais da PEC 287. O material de base para a discussão foi o documento “Previdência: reformar para excluir?”, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip). “É uma contribuição ao debate em defesa da aposentadoria”, disse o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da rede Plataforma Política Social, Eduardo Fagnani.
Segundo ele, a “deforma” da Previdência, como definiu, “acaba com o direito a proteção à velhice no Brasil”. “Está na Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, no artigo 25 que diz que todo homem tem direito a proteção à velhice”, explicou. Ele continuou sua fala ressaltando como maldades as modificações dos requisitos à aposentadoria na nova regra, se aprovada. Para se aposentar, o trabalhador terá que ter 65 anos e o mínimo de 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Nessa situação, o trabalhador receberá 76% do valor do benefício. Para receber a aposentadoria integral, no teto de R$ 5.531,31, o empregado tem que completar 49 anos de contribuição. “Isso é um escracho”, criticou.
Para ele, mesmo os 25 anos de contribuição são “impossíveis de se atingir”. “Hoje, no Brasil, 45% dos trabalhadores estão na informalidade. Essa é a média nacional, mas em regiões como Nordeste a informalidade chega a ser de 65% a 70%”, contou ele citando estudo do Dieese. E continuou: “Em 2015, 80% das pessoas que se aposentaram no Brasil foram por idade. Essas estavam com menos de 20 anos de contribuição. Nesse cenário, temos apenas 20% da população em empregos que possibilitam a contribuição ao INSS por mais de 25 anos.”
O tempo de contribuição já aparentemente extenso foi exemplificado de forma mais intensa pelo economista da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Rodolfo Viana. O trabalhador tem que comprovar 180 “boletos”, como ele chamou, nas regras atuais, proporcional ao mínimo de 15 anos hoje aplicado. Na regra proposta, de 25 anos, esse número sobe para 300. “É como se falasse ao trabalhador que ele tem uma dívida em 300 vezes, sendo que para se tentar o benefício integral (49 anos de contribuição) esse carnê de 300 parcelas pula para 588.”
Foto: Jéssica SilvaRodolfo Viana (à esq.), do Dieese; Altamiro Borges, o Miro, do Barão de Itararé e o professor Eduardo Fagnani
Transição prejudicial
Para o trabalhador que entraria na regra de transição, conforme alertou o técnico do Dieese, a fórmula também é prejudicial. “A transição exige que se trabalhe 50% a mais do que faltaria para a pessoa se aposentar, como um pedágio”, conta. O cálculo do benefício já é feito na nova fórmula proposta. “Hoje, para acessar a aposentadoria, o trabalhador já começa com 70% da média das suas maiores contribuições. Na regra proposta, 51% da média são garantidos e ele passa a receber mais 1% por ano de pedágio”, comparou Viana.
Além da diferença nos percentuais, citou o economista, a média é calculada em cima de todas as contribuições, e não somente das 80 maiores, como é hoje. Ao início da vida laboral, é de se esperar “que seu salário seja baixo e cresça com reajustes, ao longo da carreira”, lembrou ele. Logo, a média a partir de todos os valores “abaixa o valor do benefício”.
“Colocando na realidade, a única forma de se aposentar com essas regras é se o jovem começar a trabalhar aos 16 anos, parar aos 65, não ficar um mês sequer desempregado e sempre ganhar o teto salarial”, resumiu Viana. “Imagine essa situação com um metalúrgico, no pé de uma prensa”, salientou ele.
Idade mínima
Além disso, “a idade mínima que se está propondo é móvel”, destacou Fagnani. Sempre que a expectativa de sobrevida aos 65 anos aumentar um ponto, explicou o professor, automaticamente “aumenta a idade mínima para aposentadoria”. A PEC estipula essa idade apoiada na média da expectativa de vida no Brasil, que atualmente é de 75 anos. “Mas em mais da metade das unidades da federação do País a expectativa é muito inferior a isso”, esclareceu.
Dados do documento do Dieese mostram que, no município de São Paulo, a média da expectativa de vida é de 76 anos. Nos bairros ricos é de 78 e, em cinco distritos mais pobres, a média é de 54. “O Brasil, além de ser um dos países mais desiguais do mundo, é extremamente heterogêneo” disse.
Imagem do documento "Previdência: reformar para excluir?"
Para Fagnani, juntamente com a idade mínima e o tempo exigido de contribuição, outra maldade em curso é a alteração no Benefício Assistencial ao Idoso, instituído em 1988. “Se ele tem 65 anos e renda equivalente a um quarto do salário mínimo, ele tem direito a esse benefício mesmo sem contribuir ao INSS”, contou. A PEC sugere que a idade mínima para este benefício seja de 70 anos.
“Essa reforma, junto com a terceirização da atividade-fim e a reforma trabalhista também em curso, tem potencial para quebrar a Previdência Social. Seja porque as pessoas não terão capacidade de contribuir pelo tempo pedido; ou pelo aumento da informalidade no mercado de trabalho; ou ainda pelo jovem que começa a trabalhar, hoje, aos 16 anos e sabe que tem que trabalhar ininterruptamente durante 49 anos para se aposentar aos 65 e, sabendo que não conseguirá isso, escolhe não contribuir”, concluiu o professor.
Casos específicos
Outro ponto exemplificado pelo especialista do Dieese foi em relação ao auxílio por pensão por morte, que também sofre alterações com a PEC 287. Nas regrais atuais, o benefício é integral, com o projeto do governo cria-se uma cota familiar. O falecimento conta como aposentadoria, então será calculado o 51% da média das contribuições, que dá início ao valor do benefício, mais 1% por ano trabalhado e então, desse resultado, calcula-se a cota. Essa equivale a 50% do resultado final do benefício que seria de direito ao trabalhador ou trabalhadora falecido(a) e mais 10% por dependente, caso esse tenha filhos. “E filhos até 21 anos, após essa idade ele é retirado do cálculo da pensão”, salienta Viana. Ele ainda explica a todos no debate que não será possível somar benefícios. “Se um trabalhador que sempre contribuiu ao INSS, com um bom salário, falecer, sua companheira terá que escolher entre a própria aposentadoria ou a pensão”, explanou.
Sobre o trabalhador rural, Fagnani afirmou que “esse não vai mais se aposentar”. O agronegócio é isento do recolhimento à Previdência, desde 1997, sendo a contribuição do trabalhador rural computada pela produção. Com a nova regra, ele passa a contribuir mensalmente, “como um boleto bancário”, disse. Isso, argumenta ele, desestrutura a renda familiar do ruralista. “Ele vai optar por não contribuir.”
O mito do déficit
A PEC 287, conforme apontou os especialistas no debate, está apoiada no argumento do caixa deficitário da Previdência. Fagnani destacou que um dos motivos desse argumento é o Indicador Razão de Dependência de Idosos, que sinaliza que cada vez mais terá um número menor de trabalhadores ativos que vai financiar um número maior de aposentados. “Qual é o problema desse indicador? O falso argumento é de que o INSS é financiado apenas pelo trabalhador, e não é”, disse.
A Previdência Social faz parte da Seguridade Social, que tem outras arrecadações além da receita da folha salarial do trabalhador e do imposto patronal. “Se olharmos todas as contribuições da Seguridade Social, percebemos que a Previdência é superavitária, não tem nenhum problema de falta de dinheiro. Aliás, se quiserem arrecadar ainda mais, primeiramente é só cumprir a Constituição, melhorar a fiscalização e parar de desonerar empresários”, criticou Viana.
Em 2015, conforme dados da Associação Paulista dos Auditores-fiscais da Receita Federal (Apafisp), a seguridade social apresentou um superávit de R$11 bilhões. “Não precisamos aumentar impostos ou criar requesitos que dificultem o trabalhador de se aposentar. Para se equacionar essa questão, basta que a Constituição da República Federativa do Brasil seja cumprida”, apontou Fagnani.
Leia também: Imprensa sindical articula estratégia para atuar contra reforma da Previdência, matéria sobre a segunda mesa do debate.
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
O presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, foi o entrevistado do programa “Economia dia a dia”, produzido pelo Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP). O dirigente falou também em nome das duas outras entidades que está à frente, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).
Murilo ressaltou a temática do seminário de abertura das campanhas salariais, realizado anualmente pelo sindicato, abordando o cenário econômico e político nacional, antes de iniciar as negociações dos engenheiros. “É dever de cada cidadão estar por dentro dos números do País”, disse. Sobre a reforma da Previdência, a liderança destacou: “Estão propondo que o trabalhador morra antes de se aposentar.”
O movimento “Engenharia Unida” e o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, ambos da FNE, também estiveram na pauta. Segundo Murilo, para enfrentar a crise, “temos que brigar, sugerir e apresentar soluções factíveis”. A engenharia e a economia têm muito a acrescentar nesse sentido, conforme ele salientou durante o programa. “Precisamos discutir juntos uma saída a essa crise.”
Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=6tSYIti73qA
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) promove, na próxima segunda-feira (20/3), o seminário “Reforma da Previdência – Reformar hoje para garantir o amanhã de quem?”, na capital paulista. O objetivo do debate, segundo a entidade, é analisar a proposta do governo em tramitação no Congresso (PEC 287/16) relativa ao assunto, o impacto sobre o trabalhador e os efeitos futuros.
No evento serão realizados quatro painéis. O primeiro, com o tema “Sistema previdenciário brasileiro”, tem como palestrantes os auditores-fiscais Mário Pinho e Alcides Pinto. O segundo, “Regime próprio de Previdência do servidor público e regime complementar da União”, será apresentado pelo atuário Antônio Mário Rattes. O painel “PEC 287 – A minimização da Previdência Social” fica a cargo do diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio. A economista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denise Gentil faz a última exposição sobre “Contrarreforma da Previdência”. Por fim, haverá uma rodada de debates.
O seminário acontece no auditório do Ministério da Fazenda (Avenida Prestes Maia, 733, 22º andar, Centro, São Paulo, SP), das 9h às 13h. Não é necessário fazer inscrição. Mais informações no site do Sindifisco Nacional.
Nas redes
Desde 10 de fevereiro último, o Sindifisco Nacional disponibilizou pelas redes sociais o vídeo intitulado “A mentira por trás do rombo da Previdência”, que mostra como a seguridade social tem servido de caixa para bancar outras despesas do governo. Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=KVcEGyroVq0&feature=youtu.be
Publicado por Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Com informações da Assessoria de Comunicação do Sindifisco Nacional
O SEESP, em convênio com o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), oferece benefícios às empresas e engenheiros empreendedores na admissão do profissional iniciante. Trata-se de desconto de 30% no valor da Contribuição Institucional na contratação de um estagiário e de 10% na de um jovem aprendiz.
O Ciee fica responsável por todo o processo seletivo. Para Mariles Carvalho, coordenadora do setor de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional do sindicato, o benefício “é um auxílio às empresas, mas principalmente uma forma de estimular a criação de vagas de estágio”.
O desconto pode ser utilizado em vagas de estágio em qualquer área, e não somente em engenharia. Confira como:
Empresa
A empresa deve se cadastrar previamente ao banco de dados do SEESP, entrando em contato com o setor de Cadastro e Contribuição Sindical pelo telefone (11) 3113-2621 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h.
Depois, as vagas devem ser abertas diretamente com o Ciee, na Rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi, São Paulo/SP, pelo telefone (11) 3046-8222 ou no site www.ciee.org.br.
Engenheiro empreendedor
O associado ao sindicato que tenha uma empresa também pode utilizar o benefício. Basta contatar o Ciee.
Estagiário/ Jovem Aprendiz
As vagas serão divulgadas pelo setor de Oportunidades, além do próprio site do Ciee. O estudante pode entrar em contato com o departamento pelo telefone (11) 3113-2666, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h. Ou pelos e-mails: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
A Fundação Maurício Grabois, juntamente com a organização Advogados pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), promove, na capital paulista, o seminário “Democracia e direitos dos trabalhadores”, nos dias 17 e 18 de março. O principal objetivo é colocar em debate as contrarreformas propostas pelo Governo Temer, que afetam garantias consagradas do Estado Democrático de Direito e direitos adquiridos pela classe trabalhadora.
A programação conta com palestras com ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), juristas, sindicalistas, representantes da sociedade civil organizada e gestores públicos.
Para Leocir Costa Rosa, diretor da fundação, "o momento político e institucional do País requer das pessoas e instituições que têm compromisso com o Estado Democrático de Direito que se posicionem em relação ao respeito à Constituição, aos direitos sociais dos trabalhadores, ao emprego e à Previdência Social".
O evento acontece no Novotel SP Jaraguá Conventions (Rua Martins Fontes, 71 – Bela Vista – São Paulo/SP). A inscrição deve ser feita pelo site: www.grabois.org.br e tem o custo de R$ 50,00.
Confira a programação:
Comunicação SEESP
Com informações da Fundação Maurício Grabois
A Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional realizou nesta quinta-feira (9/3) reunião na Câmara Federal, em Brasília, para discutir a situação das ferrovias brasileiras e riscos de perda desse patrimônio construído ao longo de 160 anos.
A iniciativa expôs a precarização da malha ferroviária, o abandono da mão de obra qualificada e especializada nesse modal e a necessidade de uma discussão profunda sobre a Medida Provisória 752, que trata da prorrogação e nova licitação de contratos de concessões à iniciativa privada nos segmentos ferroviário, rodoviário e aeroportuário.
Foto: Edgar Marra
Diretora da FNE, Clarice Soraggi fala em reunião da Frente Parlamentar Mista de Engenharia.
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) foi representada pela diretora Regional Sudeste, Clarice Soraggi, presidente da Federação das Associações dos Engenheiros Ferroviários (Faef). Ao fazer um diagnóstico do segmento ferroviário, ela chamou a atenção para a falta de investimentos, redução da malha operacional dos trilhos e abandono da mão de obra especializada. “Existe um corpo técnico muito forte de engenheiros, profissionais altamente qualificados. Com os desmandos dos governos em relação ao setor ferroviário, houve uma pulverização desse conhecimento. Daqui a pouco, todo esse conhecimento será perdido e leva-se tempo para formar uma nova geração de profissionais”, disse. Segundo ela, esses são os que executam a inventariança dos bens ferroviários. Se não forem valorizados e se não atuarem nesse segmento, as informações sobre o patrimônio ferroviário se perderão.
Soraggi lembrou que desde os anos 90 até hoje foram perdidos aproximadamente 16 mil quilômetros de ferrovias. Atualmente, a malha ferroviária é formada por cerca de 20 mil quilômetros, dos quais apenas 15 mil estão em operação. Esse quadro, de acordo com a diretora da FNE, é consequência do abandono de trechos pelos concessionários, cuja recuperação deve necessariamente estar prevista na MP 752.
A representante da federação observou ainda a premência de que o Ministério do Trabalho recupere sua capacidade de planejamento e de gestão ferroviária e que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seja fortalecida em seu papel de agente fiscalizador das empresas concessionárias.
Presente à reunião, o presidente da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente), José Manoel Ferreira, criticou a MP 752. Em sua avaliação, tal é falha e não prevê uma série de indicadores necessários para resguardar a qualidade na prestação do serviço. Entre os quais, os relativos a via permanente, condição dos trilhos, drenagem e qualidade da sinalização. “Precisamos exigir respeito institucional para termos um transporte ferroviário que não jogue a engenharia no lixo.”
Investimento público x Estado mínimo – Representante da ANTT, Jean Mafra dos Reis lembrou que os contratos em vigor entre o governo federal e os concessionários retratam a época em que foram firmados (década de 1990) e que, com a MP 752, serão reformulados. “O que se pretende é ampliar a oferta de transporte ferroviário”. afirmou. Ele reconheceu que o setor precisa de planejamento de longo prazo e que, no contexto atual, está clara a carência de infraestrutura e de mecanismos para fomentá-lo.
Ao abordar a reformulação dos contratos de concessão e a necessidade de investimentos, o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) disse ser contra o Estado mínimo, argumentando que há investimentos de longo prazo, como os do segmento ferroviário, que a iniciativa privada não faz. “Nessa visão de menos Estado, esse menos é para o povo. Defendo o Estado forte, que é o que atende o País como um todo.”
Conteúdo local – Ao final do debate sobre a situação das ferrovias, o presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), informou que será realizada no próximo dia 30 de março uma ampla reunião no Congresso para debater o tema do conteúdo nacional. Ele comunicou que representantes de várias frentes parlamentares estarão presentes, a fim de colocar em evidência a importância de se ter uma política que favoreça as indústrias brasileiras e ajude na geração de empregos. “Nós queremos que o governo reveja a sua posição em relação ao conteúdo local. Esse é o nosso objetivo”, disse Lessa.
Comunicação FNE
Mesmo cada vez mais qualificada profissionalmente, a mulher ainda enfrenta preconceitos e diferenças no mercado de trabalho, como por exemplo nas áreas da ciência e tecnologia. Foi para debater essa questão que o Instituto Superior de Tecnologia e Inovação (Isitec) promoveu nesta quarta-feira (8) em sua sede, na capital paulista, uma roda de conversa sobre a mulher na engenharia, comemorando o Dia Internacional da Mulher.
O evento contou com a presença de Juliana Yukimitsu, estudante do instituto no terceiro ano de Engenharia de Inovação; Fabiane Becari Ferraz, engenheira agrônoma da empresa WF Ambiental, Engenharia, Estudos e Projetos; e a professora livre-docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Roseli de Deus Lopes. A gerente de Comunicação do SEESP, jornalista Rita Casaro, mediou a atividade. Na plateia, os alunos do Isitec participaram ativamente do debate.
Foto: Beatriz ArrudaRoseli de Deus Lopes, Fabiane Becari Ferraz, Juliana Yukimitsu e Rita Casaro, à frente do debate realizado no Isitec
“Essa discussão é de interesse de todos nós, engenheiros, profissionais, cidadãos”, saudou à abertura o presidente do sindicato, Murilo Pinheiro. Também ressaltando a importância do debate, o diretor-geral do Isitec, Saulo Krichanã Rodrigues, informou que as alunas são 23% do total de estudantes do instituto, mas a turma de Engenharia de Inovação deste ano “é 50% composta por mulheres”.
Fabiane Becari contou sua experiência em 20 anos de formação. A engenheira mencionou diversos casos em que foi destratada por funcionários quando estava em cargos de liderança, somente por ser mulher. “Eles preferiam se dirigir ao engenheiro homem, que nem era o responsável pelo projeto”, disse.
Para a professora Roseli de Deus, agravante é quando essas situações são vistas como normais, “sendo que sabemos que não deveriam acontecer”. “Hoje é um dia de luta das mulheres, que recebem salários inferiores fazendo as mesmas coisas que o homem, são discriminadas”, ressaltou. Idealizadora de um dos maiores eventos de ciências do País, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), ela acredita que para aumentar a participação feminina nas áreas tecnológica e científica ainda são necessárias campanhas “para dizer à mulher que ela pode fazer o que quiser”.
A futura engenheira de Inovação Juliana Yukimitsu garantiu que sempre teve incentivo da família e nunca sofreu tratamento desigual. “Mas não é porque eu não sofri preconceito que eu viro as costas para as tantas mulheres que sofrem, temos que combater essas situações”, salientou.
O calouro Pedro Luiz Mendes Silveira contribuiu com o debate: “Esse quadro de desigualdade não muda de um dia para o outro, é uma mudança gradual, e a melhor forma de acontecer é através da educação.”
Confira as fotos da roda de conversa na Fanpage do SEESP.
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Lugar de mulher é onde ela quiser. Inclusive na engenharia. É com esse mote que a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), entidade na qual o SEESP é filiado, realiza nesta semana uma campanha de postagens no Facebook em homenagem às mulheres pelo dia 8 de março.
Nas postagens, é ressaltada a crescente participação feminina na área, porém ainda minoritária. Conforme texto publicado pelo jornalista Carlos Orsi (Revista Ensino Superior, Unicamp, 2012), citado na campanha, as mulheres “(...) ainda representam apenas 30% dos formandos (em engenharia), embora já sejam mais da metade da população e detentoras da maior parte (63%) dos títulos acadêmicos no País”.
Reprodução – post realizado em 6/3
Post realizado em 7/3
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a FNE reafirma a importante luta pela igualdade de gênero. As postagens especiais seguem até sexta-feira (10/3) e podem ser acompanhadas na Fanpage da Federação.
Reprodução – post realizado em 8/3
Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Com informações da Federação Nacional dos Engenheiros – FNE